Associação ecológica entre características dos municípios e o risco de homicídios em homens adultos de 20-39 anos de idade no Brasil, 1999-2010
Contribuinte(s) |
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO |
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Data(s) |
07/11/2013
07/11/2013
2012
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Resumo |
No Brasil, a mortalidade por homicídios persiste como importante problema de saúde pública, principalmente entre homens adultos jovens. O objetivo do presente estudo foi analisar o risco de morte por homicídios entre homens de 20-39 anos de idade e sua associação com características sociodemográficas dos municípios brasileiros. Foi realizado estudo ecológico, tendo como unidades de análise todos os municípios do País. Foram estudadas as tendências temporais entre 1999-2010 e as associações do desfecho com indicadores dos municípios em análise transversal referente ao quatriênio 2007-2010. Entre os quatriênios 1999-2002 e 2007-2010, houve aumento das taxas medianas de mortalidade por homicídios entre homens de 20-39 anos, de 22,7 para 35,5 por 100 mil habitantes. No quatriênio 2007-2010, os riscos de homicídios foram estatisticamente superiores (p<0,001) nos municípios de maior porte populacional, maior taxa de fecundidade, baixa proporção de alfabetizados, maior desigualdade aferida pela renda 20/40 e maior urbanização. Para a proporção da população de baixa renda e renda média per capita, as associações indicam excessos nas estimativas de risco de homicídios nos municípios com valores intermediários desses indicadores. Os achados podem auxiliar na focalização de políticas públicas. Homicide mortality remains a major public health problem in Brazil, especially among young adult males. The aim of this study was to assess the homicide mortality risk (HMR) among males aged 20 to 39, and its association with selected socio-demographic characteristics of the Brazilian municipalities. This is an ecologic study in which all the municipalities in Brazil were the unit of analysis. Time trends (from 1999-2002) and adjusted associations between HMR and socio-demographic characteristics of municipalities were estimated in a cross-sectional analysis for 2007-2010 in this study. Between 1999-2002 and 2007-2010, an increasing trend of mean HMR rates from 22.7 to 35.5 per 100,000 inhabitants was observed in Brazil. In 2007-2010, HMR rates were significantly higher (p<0.001) in the largest cities, with higher fertility rates, lower literacy rates, higher social inequality (as estimated by the 20/40 income ratio) and more-urbanized municipalities. Considering the proportion of low income population and the average per capita income, associations with HMR identified greater risks in the intermediary categories of these independent variables. Findings from this study may support the implementation of focal policies directed to more vulnerable municipalities. |
Identificador |
CIENCIA & SAUDE COLETIVA, RIO DE JANEIRO, v. 17, n. 9, pp. 2259-2268, 2012 1413-8123 http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/42997 10.1590/S1413-81232012000900008 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
ABRASCO RIO DE JANEIRO |
Relação |
CIENCIA & SAUDE COLETIVA |
Direitos |
openAccess Copyright ABRASCO |
Palavras-Chave | #HOMICIDE #MORTALITY RATE #MEN #ADULT #ECOLOGICAL STUDIES #PUBLIC, ENVIRONMENTAL & OCCUPATIONAL HEALTH |
Tipo |
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