4 resultados para Coordenador(a) pedagógico(a)
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
A CIPESC® é um instrumento de trabalho do enfermeiro em Saúde Coletiva, que visa apoiar a sistematização de sua prática assistencial, gerencial e de investigação. É também, instrumental pedagógico potente para a formação e qualificação de enfermeiros comprometidos com o SUS. No ensino das doenças transmissíveis, o uso da CIPESC® auxilia a análise sobre as intervenções, ao estimular o raciocínio clínico e epidemiológico do processo saúde-doença e das necessidades de saúde dos indivíduos, famílias e grupos sociais. Com o propósito de desenvolver recursos didáticos para graduação de enfermagem e estimular a reflexão sobre o processo de trabalho de enfermagem, este artigo apresenta o relato de uma experiência de aplicação da CIPESC®, tomando como exemplo a meningite meningocócica.
Resumo:
A formação humanística do aluno de Medicina é um importante objetivo educacional nas escolas médicas. Parte dessa formação se dá por meio de disciplinas da área das Humanidades, mas grande parte ocorre pelo aprendizado no ambiente cultural e nas relações interpessoais dentro da escola médica, em especial a relação professor-aluno. Com o objetivo de estudar a relação professor-aluno em uma escola médica padrão no Estado de São Paulo, desenhou-se este estudo de caso. Por meio de observação etnográfica e entrevistas em profundidade, obtivemos dados que foram analisados pelo método hermenêutico dentro de categorias analíticas construídas com base no referencial teórico da pesquisa e nos achados empíricos referentes aos tipos de relação pedagógica observados nessa escola. Descrevemos e interpretamos três tipos de relação dessa natureza, baseados na onipotência do professor, na construção de vínculo e na desqualificação do aluno. Em cada um deles, um modo predominante de comportamento estaria sendo ensinado de modo informal, aproximando ou afastando o ensino da ética e da competência relacional. Conclui-se que as relações professor-aluno na escola médica precisam ser alvo de estudo e atenção, assim como a clara definição de um padrão ético institucional para todos, para que se possa alcançar o objetivo de uma formação humanística em Medicina.
Resumo:
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular depende da preparação da comunidade escolar para promover a participação de todos os alunos. Foi objetivo deste estudo conhecer, do ponto de vista do professor do ensino fundamental da rede pública municipal, as estratégias pedagógicas que utilizavam para a inclusão de crianças com deficiência na classe comum. Para isso foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais e, posteriormente, grupais com 11 professores de cinco escolas, um representante do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão e um coordenador pedagógico. As entrevistas foram gravadas e transcritas. Após diversas leituras foi possível identificar como temáticas principais: sentidos e imaginários do professor sobre a deficiência, formação do professor para efetivação do processo de inclusão, bem como a utilização de estratégias pedagógicas diferenciadas e formação de rede de apoio na escola. Os entrevistados utilizavam estratégias gerais como aula expositiva, debates, e específicas como: avaliação dos alunos, adaptação do material, atividades em duplas, parceria com o professor da sala de apoio e acompanhamento à inclusão. Parte dos entrevistados trouxe uma visão com relação aos alunos com deficiência permeada de possibilidades, acreditando no potencial de aprendizagem dos mesmos, enquanto para outros, o discurso centrou-se, sobretudo, na impossibilidade da aprendizagem. Os docentes identificaram a necessidade de apoio institucional para seu trabalho, incluindo possibilidades de formação a partir das demandas cotidianas. Responder às necessidades levantadas é parte dos desafios para implementar a Educação Inclusiva na perspectiva da Educação para Todos, para a efetivação dos direitos de crianças com necessidades educacionais especiais.
Resumo:
O artigo objetiva colocar em causa a razão imanente entre as práticas educacionais atuais e o âmbito da governamentalidade, por meio da problematização dos processos de pedagogização aí levados a cabo. Mais especificamente, visa analisar o jogo do expert como modalidade privilegiada do governamento docente na atualidade. Para tanto, toma como objeto empírico entrevistas concedidas por especialistas à revista Nova Escola entre 2005 e 2009. A discussão indica uma espécie de saturação pedagogizante do campo escolar, sempre com vistas a um (auto)governamento flexível, porém obstinado, das condutas docentes, operando a reboque da autoridade indefectível do expert, da lógica da desqualificação/requalificação profissional e da apologia da formação permanente, as quais, somadas, redundarão numa acirrada pedagogização do pedagógico