2 resultados para C1q

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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OBJETIVO: Avaliar a presença de anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-DNA de duplo filamento (dsDNA) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) e controles. MÃTODOS: Foram analisados 67 pacientes com LESJ e 34 controles saudáveis para presença de anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA pelo método ELISA. Os níveis de C1q foram avaliados por imunodifusão radial. RESULTADOS: Na época, a média de idade era similar entre os pacientes com LESJ e os controles (14,6 ± 3,86 vs. 13,6 ± 2,93 anos; P = 0,14). Foram observadas frequências mais altas de anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA em pacientes com LESJ em relação aos controles (20% vs. 0%; P = 0,0037; 48% vs. 0%; P < 0,0001 e 69% vs. 3%; P < 0,0001, respectivamente). A mediana dos anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA também foi significativamente mais alta em pacientes com LESJ em relação aos controles [9,6 (5,5-127) vs. 7,5 (5-20) unidades, P = 0,0006; 18 (1,9-212) vs. 3,2 (1,7-17) unidades, P < 0,0001; e 111 UI/mL (6-741) vs. 14 (6-33) UI/mL, P < 0,0001, respectivamente]. A sensibilidade para os anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA foi: 21% (IC: 11-33), 49% (IC: 36-62) e 70% (IC: 57-81). A especificidade foi de 100% (IC: 88-100), 100% (88-100) e 97% (IC: 83-99), respectivamente. Foi observada uma correlação positiva entre os níveis de anti-dsDNA e tanto anticorpos anti-C1q (r = 0,51; IC: 0,29-0,68; P < 0,0001) como anticromatina/nucleossomo (r = 0,87; IC: 0,79-0,92; P < 0,0001). Foi observada uma correlação negativa entre os níveis de anti-C1q e C1q (r = -0,33; IC: -0,56-0,05; P = 0,018). A frequência de anti-dsDNA foi mais alta em pacientes com SLEDAI-2K &gt; 1 (P = 0,0047), e não foram observadas diferenças nas frequências desses três autoanticorpos e nefrite (P &gt; 0,05). CONCLUSÃO: Nosso estudo demonstrou elevada especificidade para diagnóstico de lúpus envolvendo os três autoanticorpos, especialmente anti-C1q e anticromatina/nucleossomo.

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To report a case of triple association of juvenile systemic lupus erythematosus (SLE), juvenile dermatomyositis and urticarial vasculitis as well as a review of the relevant literature. A 12-year-old male patient diagnosed with overlap syndrome between SLE and juvenile dermatomyositis since 2004 evolved with erythematous plaques, which were compatible with an urticarial rash. Clinical, laboratory and histopathological findings indicated a diagnosis of urticarial vasculitis. The patient previously had a C1q deficiency. Using the established treatment with methylprednisolone (1 g/day for 3 days), increasing doses of deflazacort and introduction of a dapsone, as well as mycophenolate mofetil regimen, with the suspension of azathioprine resulted in complete resolution of skin lesions. Urticarial vasculitis can present in various diseases. In SLE, presentation of urticarial vasculitis in children is rarely found. The triple association of juvenile-onset SLE, juvenile dermatomyositis and urticarial vasculitis is unusual, and this is the first case described in literature.