Anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil


Autoria(s): Jesus, Adriana Almeida de; Campos, Lucia Maria Arruda; Liphaus, Bernadete Lourdes; Carneiro-Sampaio, Magda; Mangueira, Cristóvão Luis Pitangueira; Rosseto, Eliane Aparecida; Silva, Clovis Artur Almeida da; Scheinberg, Morton
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

2012

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a presença de anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-DNA de duplo filamento (dsDNA) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) e controles. MÉTODOS: Foram analisados 67 pacientes com LESJ e 34 controles saudáveis para presença de anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA pelo método ELISA. Os níveis de C1q foram avaliados por imunodifusão radial. RESULTADOS: Na época, a média de idade era similar entre os pacientes com LESJ e os controles (14,6 ± 3,86 vs. 13,6 ± 2,93 anos; P = 0,14). Foram observadas frequências mais altas de anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA em pacientes com LESJ em relação aos controles (20% vs. 0%; P = 0,0037; 48% vs. 0%; P < 0,0001 e 69% vs. 3%; P < 0,0001, respectivamente). A mediana dos anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA também foi significativamente mais alta em pacientes com LESJ em relação aos controles [9,6 (5,5-127) vs. 7,5 (5-20) unidades, P = 0,0006; 18 (1,9-212) vs. 3,2 (1,7-17) unidades, P < 0,0001; e 111 UI/mL (6-741) vs. 14 (6-33) UI/mL, P < 0,0001, respectivamente]. A sensibilidade para os anticorpos anti-C1q, anticromatina/nucleossomo e anti-dsDNA foi: 21% (IC: 11-33), 49% (IC: 36-62) e 70% (IC: 57-81). A especificidade foi de 100% (IC: 88-100), 100% (88-100) e 97% (IC: 83-99), respectivamente. Foi observada uma correlação positiva entre os níveis de anti-dsDNA e tanto anticorpos anti-C1q (r = 0,51; IC: 0,29-0,68; P < 0,0001) como anticromatina/nucleossomo (r = 0,87; IC: 0,79-0,92; P < 0,0001). Foi observada uma correlação negativa entre os níveis de anti-C1q e C1q (r = -0,33; IC: -0,56-0,05; P = 0,018). A frequência de anti-dsDNA foi mais alta em pacientes com SLEDAI-2K > 1 (P = 0,0047), e não foram observadas diferenças nas frequências desses três autoanticorpos e nefrite (P > 0,05). CONCLUSÃO: Nosso estudo demonstrou elevada especificidade para diagnóstico de lúpus envolvendo os três autoanticorpos, especialmente anti-C1q e anticromatina/nucleossomo.

Identificador

Rev. Bras. Reumatol.,v.52,n.6,p.976-981,2012

0482-5004

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/39607

10.1590/S0482-50042012000600015

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042012000600015&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0482-50042012000600015&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0482-50042012000600015&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Idioma(s)

por

Publicador

Elsevier Editora Ltda

Relação

Revista Brasileira de Reumatologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #lúpus eritematoso sistêmico juvenil #complemento C1q #nucleossomos #autoanticorpos #DNA #juvenile systemic lupus erythematosus #complement C1q #nucleosomes #autoantibodies #DNA
Tipo

article

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