3 resultados para Mulheres Saúde e Higiene
em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Resumo:
A prematuridade um problema de saúde pblica que est intimamente ligada aos ndices de mortalidade infantil. Para que se consiga solucionar esse problema necessrio o preparo do sistema de saúde em atender as necessidades das gestantes e por meio de uma eficaz assistncia pr-natal sejam identificados precocemente os fatores de risco na gestante, de forma a possibilitar uma interveno efetiva, caso seja necessrio. Este estudo tem por objetivo analisar a inter-relao entre as alteraes de saúde e complicaes gestacionais que costumam estar relacionadas ocorrncia do parto prematuro e a rede de ateno saúde disponibilizada s gestantes. Estudo quantitativo longitudinal, do tipo estudo de caso-controle. O local foi municpio do Rio Grande RS e os contextos de estudo referem-se s maternidades dos dois hospitais existentes no municpio, Hospital Universitrio Dr. Miguel Riet Corra Jr. e Associao de Caridade Santa Casa. Esta pesquisa trabalhou com dados secundrios, com a coleta realizada no banco de dados da pesquisa intitulada Parto prematuro: estudo dos fatores associados para construo de estratgias de preveno, do Grupo de Pesquisa Viver Mulher, da Escola de Enfermagem, da Universidade Federal do Rio Grande. A populao da pesquisa foram mulheres que apresentaram seu parto de forma prematura (casos) e mulheres com parto a termo (controles) em momento imediatamente posterior s que tm parto prematuro, durante os meses de novembro e dezembro de 2013, totalizando 29 casos e 29 controles. A coleta de dados foi iniciada em 01 de novembro e finalizada em 31 de dezembro, sendo realizada por integrantes do Grupo de Pesquisa Viver Mulher. A anlise dos dados se deu por meio da estatstica descritiva simples, com medidas de frequncia, para que se consiga visualizar a presena de complicaes e presena de tratamento aos agravos de saúde e como foi organizada a rede de ateno saúde nos casos e controles e assim constatar a relao das causas e dos efeitos nestes dois grupos. Os aspectos ticos envolvendo pesquisas com seres humanos foram respeitados, bem como se obteve aprovao dos comits de tica das instituies envolvidas, parecer n 134/2013 CEPAS FURG, parecer n 05/2013 CEPAS Santa Casa
Resumo:
Introduo: As mudanas no mundo do trabalho vem repercutindo de maneira positiva e negativa na saúde dos trabalhadores, na particularidade do ambiente rural. A incluso de tecnologias representam parte destas mudanas, que buscam aumentar a produtividade e, consequentemente, a exposio ao riscos. Objetivos: o primeiro objetivo deste estudo incide em identificar o perfil do trabalhador agricultor rural na relao saúde, trabalho e ambiente. O segundo objetivo visa analisar a relao saúde e ambiente rural frente a percepo de agricultores e o terceiro e ltimo, desenvolver um processo de interveno junto equipe da EMATER/ASCAR de Uruguaiana/RS, a partir da percepo de risco ocupacional de pequenos produtores rurais do municpio. Metodologia: a fim de contemplar a primeira produo realizou-se um estudo exploratrio, descritivo, de abordagem quantitativa, com amostra intencional pareada de 20 agricultores de Uruguaiana/RS/Brasil. A coleta dos dados foi realizada por meio de questionrio, observaes no participantes e registro fotogrfico. Os dados foram analisados quantitativamente e por meio da leitura dos registros nos dirios de campo. O segundo estudo foi qualitativo tipo exploratrio, realizado com uma amostra intencional de 27 agricultores, neste incluimos sete agricultores que participaram do estudo piloto. A anlise temtica resultou em dois temas: caractersticas socioeconmicas dos agricultores e ao humana na relao saúde e ambiente com dois significados principais na relao: benefcios e agravos. Resultados: as propriedades rurais eram de difcil acesso para transporte e coleta de lixo, ausncia do tratamento de gua e rede sanitria de esgoto; a maioria no possua cuidado com a gua e utilizavam agrotxicos na produo. Todos identificaram a existncia da relao entre saúde e ambiente, remetendo-se a siginificados como: ausncia da doena e da dor, local natural, manuteno da vida, higiene, bem estar e poluio. Concluso: os enfermeiros podem fomentar aes de cuidado saúde dos trabalhadores que tm dificuldades de acesso s informaes em saúde, mediante ateno e orientaes aos riscos estabelecidos na relao saúde e ambiente, por meio da saúde socioambiental, no intuito de orientar estes trabalhadores para mudanas de hbitos que promovero melhoras na saúde, ambiente e trabalho, propiciando o bem estar dos seres humanos.
Resumo:
Introduo: no Brasil, a violncia contra a mulher foi reconhecida somente com a Conveno Belm do Par, em 1995. A partir da, inmeras medidas para preveno e combate foram institudas, entre elas a criao das Delegacias Especializadas de Atendimento s Mulheres (DEAM) e a Lei Maria da Penha. No entanto, muitas mulheres ainda so vitimadas, na maioria das vezes dentro do prprio lar. Objetivos: delinear o perfil das mulheres vtimas de violncia; identificar as formas de violncia registradas na DEAM da cidade do Rio Grande/RS; identificar os motivos que levam prtica da violncia e descrever os atos violentos perpetrados, por parceiro ntimo, s mulheres que registraram ocorrncia na DEAM. Metodologia: estudo documental, quanti e qualitativo, de natureza exploratria, descritiva e delineamento transversal. Fizeram parte do estudo todas as ocorrncias cujas vtimas eram mulheres com 18 anos ou mais. O espao temporal adotado estendeu-se de agosto de 2009, quando foi implantada a delegacia, a dezembro de 2011. Os dados foram coletados entre outubro de 2011 e maro de 2012. Para a coleta, foi elaborado e aprovado, aps testagem, um instrumento contendo informaes acerca do agressor, da vtima, bem como do tipo de violncia praticada. Os dados foram digitados em planilhas do tipo Excel. A anlise quantitativa foi efetuada por meio de estatstica descritiva e do software estatstico SPSS verso 17.0. Para o estudo qualitativo utilizou-se a anlise de contedo. Esse projeto foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa na rea da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande sob Parecer no 137/2011. Resultados: esto descritos em dois artigos. Analisaram-se 902 ocorrncias policiais evidenciando-se que a maioria das vitimas eram mulheres brancas, jovens, com baixa escolaridade. Ainda foi possvel identificar que o Centro da cidade ocupou a segunda posio como local de moradia das vtimas, desmitificando a idia de que a violncia predomina na periferia. A violncia fsica prevaleceu nos registros notificados, seguida do descumprimento de ordem judicial. Alm disso, encontrou-se a reincidncia de denncias, o que pode estar atrelado morosidade judicial. Observou-se tambm, que existem diversos motivos desencadeadores da violncia, no entanto todos eles apresentam como pano de fundo as questes associadas ao gnero. A simultaneidade da violncia bem como a extenso aos filhos, famlia e sociedade retratam a gravidade do fenmeno e a necessidade de se rever a resolutividade das medidas protetivas e das penas atribudas aos agressores. Concluses: este estudo exps, parcialmente, a situao da violncia contra a mulher no municpio, pois se sabe que existem muitos casos velados que no chegam a ser notificados. Entretanto, evidenciou-se o predomnio da violncia fsica cometida por parceiro ntimo repercutindo em graves consequncias vida das vtimas. Assim, julga-se mpar a implementao de uma rede efetiva de apoio a essas mulheres bem como a atuao de equipe multidisciplinar capacitada, coesa e sensvel ao problema, incluindo os profissionais da saúde, que precisam, ainda, estar ciente da obrigatoriedade da notificao compulsria, fundamental para a formulao de novas polticas pblicas de combate e preveno a esse fenmeno.