5 resultados para Encuestas semi-estructuradas

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


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A atuação eficaz dos trabalhadores da saúde no atendimento imediato da parada cardiorrespiratória possibilita o efetivo processo de implementação da hipotermia terapêutica, reduzindo possíveis danos cerebrais e proporcionando um melhor prognóstico para o paciente. O presente estudo objetivou conhecer o processo de implementação da hipotermia terapêutica pós-parada cardiorrespiratória em hospitais do extremo sul do Brasil. Tratou-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritiva. O cenário do estudo foram duas Unidades de Terapia Intensiva de dois hospitais onde a hipotermia terapêutica pós-parada cardiorrespiratória é realizada. Os sujeitos do estudo foram médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem atuantes nas referidas unidades. A coleta de dados foi composta por dois momentos. Primeiramente, foi desenvolvida uma pesquisa retrospectiva nos prontuários dos pacientes e, posteriormente, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas por meio de roteiro de entrevista com os profissionais citados, as quais foram gravadas com aparelho digital. A coleta de dados ocorreu durante o mês de outubro de 2014. Para interpretação dos dados, foi utilizada a análise textual discursiva, construindo-se três categorias. Na primeira categoria, “processo de implementação da hipotermia terapêutica”, constatou-se que o hospital com uma implementação sistematizada e organizada utiliza um protocolo escrito e, em relação às fases de aplicação da hipotermia terapêutica, ambas as instituições utilizam os métodos tradicionais de indução, manutenção e reaquecimento. A segunda categoria, “facilidades e dificuldades vivenciadas pela equipe de saúde durante a aplicação da hipotermia terapêutica”, identifica a estrutura física, harmonia da equipe, equipamentos para a monitorização constante das condições hemodinâmicas dos pacientes e a otimização do tempo de trabalho como facilitadores. No que tange às dificuldades, constatou-se a aquisição de materiais, como o gelo e o BIS; disponibilidade de um único termômetro esofágico; inexistência de EPI’s; conhecimento insuficiente e inaptidão técnica; ausência de educação permanente e dimensionamento inadequado dos profissionais de enfermagem. Na terceira categoria, “efeitos adversos e complicações encontradas pela equipe de saúde durante a aplicação da hipotermia terapêutica e cuidados de enfermagem realizados”, verificou-se, como efeitos adversos, a ocorrência de tremores, bradicardia e hipotensão e de complicações como hipotermia excessiva e queimaduras de pele. Os cuidados de enfermagem direcionam-se aos cuidados com a pele e extremidades, uso do gelo, sedação, higiene, conforto e preparo de material para monitorização. Concluiu-se que a hipotermia terapêutica é possível de ser aplicada, na realidade das instituições pesquisadas, de maneira segura, eficaz e de baixo custo.

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Objetivou-se conhecer como a família e os profissionais da equipe de enfermagem compartilham o cuidado à criança hospitalizada. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória de cunho qualitativo. Teve como contexto a Unidade de Pediatria do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. Os participantes do estudo foram treze familiares de crianças internadas no setor, no período da coleta de dados e por nove profissionais da equipe de enfermagem atuantes no mesmo local. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas no 2° semestre de 2014 e analisados pela técnica de Análise temática. Foram respeitados os aspectos éticos do estudo de acordo com a Resolução 466/12. Produziram-se dados acerca da percepção dos familiares cuidadores sobre a internação da criança na Unidade de Pediatria, abordando o impacto da necessidade de internação da criança no hospital, os cuidados realizados pela família á criança no hospital, a assistência de enfermagem prestada à criança e à família no setor e sugestões do familiar cuidador para a melhoria do cuidado de enfermagem prestado no setor. Quanto à percepção dos profissionais, abordou-se a presença do familiar cuidador da criança no hospital, o cuidado prestado pela família no hospital, os cuidados prestados pelos profissionais de enfermagem à família e à criança no hospital, a estrutura da Unidade de Pediatria para o recebimento da criança e do familiar cuidador, situações em que os profissionais de enfermagem identificam que o cuidado da criança é compartilhado no hospital e os aspectos positivos e negativos do cuidado compartilhado na Unidade de Pediatria. Concluiu-se que compartilhar o cuidado à criança no hospital implica em mudanças de valores e atitudes por parte dos familiares cuidadores das crianças e dos profissionais da equipe de enfermagem, tendo em vista que ambos têm o objetivo comum de tornar a hospitalização da criança o mais breve e menos traumática possível. A enfermagem precisa mostrar iniciativa na negociação do cuidado à criança com seu familiar cuidador, valorizando suas crenças, valores e saberes, familiarizando-o com as normas e rotinas do hospital, auxiliando-o a adquirir habilidades e competências para cuidar, assumindo a articulação pela assistência prestada no setor. O conhecimento gerado nesse estudo poderá proporcionar subsídios aos cuidadores (famílias e profissionais da saúde) para a (re) construção de um cuidado sensível às necessidades da criança internada e sua família.

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Objetivou-se conhecer as implicações do cuidado à criança e ao adolescente vítimas de queimaduras para a prática da enfermagem. Realizou-se uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. Participaram dez profissionais da equipe de enfermagem de um Centro de Referência a Pacientes Queimados do sul do Brasil. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2012 por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados pela técnica de Análise de Conteúdo. Em relação aos sentimentos frente ao cuidado verificou-se que esses vivenciam ansiedade e tensão frente à dor do paciente, têm a sensação de doação querendo “fazer mais”, tristeza e abalo, sensação de utilidade e de competência ao ver os efeitos do cuidado, impotência por não terem controle sobre a situação vivenciada, revolta e raiva por não compreenderem o porquê este acidente aconteceu e pena dos pacientes e de seus familiares devido o seu sofrimento. Como facilidades para o cuidado referiram a ajuda mútua entre os membros da equipe aliada ao tempo de atuação no setor, o desenvolvimento de um bom relacionamento com a família da criança / adolescente, a sinceridade da criança ao manifestar seus sentimentos, uma identificação e afinidade maior para cuidar crianças e adolescentes e o adolescente ser mais aberto e entender com facilidade a linguagem utilizada no setor. Referiram como dificuldades à falta de preparo e a pouca habilidade para cuidar de crianças/ adolescentes com dor, o desconhecimento acerca do paciente, a falta de habilidades técnicas para realizar procedimentos em crianças/ adolescentes, lidar com o familiar, lidar com a necessidade de manipular o corpo do adolescente, comunicar-se com crianças que não sabem expressar-se, pacientes que não falam o português e adolescentes que possuem linguagem própria, explicar para o paciente a magnitude do trauma sofrido e conversar com esses acerca das sequelas, deformidades e limitações com as quais terão que (con)viver. Quanto às estratégias para se instrumentalizar para o cuidado utilizam a leitura sobre queimaduras e curativos, leituras de materiais de outras áreas da saúde, uso de técnicas de abordagem e interação com pacientes e familiares, a prática diária no setor e a busca de apoio na equipe e na instituição, realizando atividades de educação continuada. Quanto às estratégias utilizadas para cuidar referiram o estabelecimento de vínculo e de uma relação dialógica, o uso de brincadeiras e atividades lúdicas, o fornecimento de apoio, a introdução da família no processo de cuidado, o uso da criatividade, a valorização do aspecto psicológico do paciente, a adaptação do cuidado de acordo com a faixa etária do paciente e o uso da escuta atenta e sensível. A partir dos dados concluiu-se que o cuidado de enfermagem a crianças e adolescentes vítimas de queimaduras é complexo bem como causador de impacto para os profissionais atuantes em Centros de Queimados. Acredita-se que o estudo possibilitará discutir e refletir acerca da prática profissional da enfermagem no Centro de Queimados frente ao cuidado à criança e ao Adolescente vítima de queimaduras.

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O cuidado de enfermagem faz parte do mundo científico exigindo não apenas o desenvolvimento de habilidades para a realização de procedimentos técnicos, mas a possibilidade de resgatar a sensibilidade para cuidar de modo humanizado. Pressupõe-se que a construção moral durante o processo de formação dos estudantes de graduação em Enfermagem possibilita o exercício de um cuidado humanizado. Assim, tem-se como objetivo geral: Compreender como ocorre o processo de construção moral dos estudantes de graduação em Enfermagem para o exercício de um cuidado humanizado; e como objetivos específicos: Conhecer quais os valores morais que estão presentes nas ações dos estudantes de enfermagem para a promoção do cuidado humanizado; Refletir acerca de como a construção moral do estudante de graduação em enfermagem pode fomentar a humanização do cuidado; Conhecer barreiras vivenciadas no processo de construção moral dos estudantes de graduação em enfermagem para a realização do cuidado humanizado. Mediante uma abordagem qualitativa e utilizando, como referencial teórico-metodológico, a Etnoenfermagem de Leininger, o estudo foi desenvolvido com 28 estudantes regularmente matriculados na quinta e na sétima séries do Curso de Graduação em Enfermagem. A coleta dos dados ocorreu através de quatro fases de observação, uma fase de entrevista semi-estruturada e quatro fases de análise, identificando-se as categorias:- Processo de construção moral dos estudantes de enfermagem e o cuidado humanizado;- Valores morais nas ações dos estudantes de enfermagem para a promoção do cuidado humanizado;- Construção moral do estudantes de graduação em enfermagem como fomento da humanização do cuidado; - Humanização: barreiras vivenciadas no processo de construção moral dos estudantes de enfermagem. A partir da análise, afirma-se que a construção moral dos estudantes de graduação em Enfermagem, durante o processo de formação, possibilita o exercício de um cuidado humanizado. Destaca-se que o ambiente de formação deve ser um local em que o estudante seja respeitado e considerado como cidadão; estes aspectos culminarão com a possibilidade desse estudante desenvolver competências morais necessárias ao cuidado humanizado. Por outro lado, em um ambiente onde ocorra abuso ou desrespeito ao estudante, existe a tendência de ocorrer o fenômeno inverso, causando uma regressão da competência moral e possíveis repercussões negativas para o cuidado humanizado. Assim, pensar a construção moral dos estudantes de graduação em enfermagem exige das instituições de ensino um compromisso social e político, pois essa reflexão convida a avaliar e revisar suas práticas pedagógicas e condutas adotadas diante dos estudantes. Cabe, às escolas de enfermagem, oportunizar ao graduando, espaços que favoreçam sua construção moral. Na formação em enfermagem, é necessária a priorização das relações humanas e não somente do ensino de teorias e técnicas de cuidado, concluindo-se que o desenvolvimento moral é um dos eixos da humanização do cuidado.

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A assistência em pediatria suscita a promoção de um ambiente que atenda as necessidades da criança, por meio de um olhar diferenciado que pondere a especificidade desta fase da vida em que se tem maior dificuldade em lidar com o adoecimento e enfrentar o desconhecido e o medo causado por ele. Considerando que qualquer desestruturação poderá interferir no pleno desenvolvimento da criança, o cuidar em Enfermagem Pediátrica deve contribuir para a diminuição dos efeitos estressores do ambiente hospitalar de forma a tornar a assistência humanizada. Assim, faz-se necessário investir em questões fundamentais de adequação do ambiente de pediatria, com equipamentos e tecnologias que considerem e respeitem a singularidade das necessidades tanto dos usuários quanto dos profissionais. Trabalhar a ambiência em pediatria mostra-se relevante no contexto atual, tendo em vista que devemos preconizar a assistência calcada nos princípios da humanização, que demandam a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na criação de espaços de trabalho menos alienantes que valorizem a dignidade do profissional de saúde, da criança e da família. Por esta razão, este estudo teve como objetivo analisar a ambiência de unidades pediátricas como ferramenta para a humanização da assistência a partir da percepção dos diferentes atores implicados no processo de produção de saúde. Para atingi-lo, adotou-se o delineamento da pesquisa qualitativa com caráter exploratório. Os ambientes de investigação foram as Unidades de Pediatria do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. (HU/FURG) e do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE/UFPel), tendo como sujeitos 20 usuários, 20 trabalhadores das referidas unidades, bem como 04 gestores de enfermagem e saúde. A coleta de dados ocorreu no período compreendido de agosto a outubro de 2014, por meio da triangulação metodológica, utilizando-se imagens e dados verbais obtidos por meio de fotos e entrevistas semiestruturadas com emprego de foto-elicitação, respectivamente. Para análise dos dados empregou-se o software Nvivo 10, emergindo as seguintes categorias: Confortabilidade das crianças e de suas famílias; Produção de subjetividades nas crianças e familiares; Produção de subjetividade e autonomia dos trabalhadores de enfermagem; Ambiência como ferramenta facilitadora do processo de trabalho e da produção de saúde. Cada categoria exibe subcategorias que expõem a perspectiva dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde: usuários, profissionais de enfermagem e gestores. A partir dos resultados do estudo são apontadas as potencialidades e os desafios para a consolidação da ambiência como ferramenta de humanização da unidade de pediatria. Pode-se inferir que para que a unidade de pediatria seja percebida como humanizada deve ser projetada de forma que a sua ambiência comporte aspectos que visem a confortabilidade das crianças e suas famílias; possibilite a produção de subjetividades nas crianças, familiares e a autonomia dos trabalhadores de enfermagem por meio da reflexão acerca dos processos de trabalho e possibilite a utilização do próprio espaço como ferramenta facilitadora da produção de saúde.