21 resultados para territórios solidários

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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Neste trabalho analisa-se a problemática da definição de territórios para os períodos mais recuados da Pré e Proto-História do Alentejo. O processo de ocupação do espaço das primeiras sociedades camponesas variou em função das suas estratégias de exploração do território mas, também, em função da sua evolução e complexificação técnica, económica e social. A necessidade de protegerem pessoas e bens levou-os a construir os primeiros castelos do Alentejo.

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Em Portugal, desde a década de sessenta do século XX que se verificou uma alteração significativa na distribuição das populações no continente, associada a uma transformação na estrutura produtiva, possibilitada por impactantes inovações tecnológicas. Paralelamente tem ocorrido no país uma assinalável modificação na dinâmica e na estrutura demográfica com repercussões estruturantes. Assim, segundo Almeida et al. (1994), CE (2008), Correia et al. (2006), Fernandes (s/d), Ferrão (2003) e Sousa (2008), têm emergido diferentes tipos de territórios, caraterizados pela conjugação da desigual distribuição das atividades económicas, das populações, dos equipamentos e infraestruturas. Decorrente do acima exposto, as questões a que os autores se propõem responder são as seguintes: • Que tipos de territórios são esses e quais as respetivas caraterísticas? • Qual o contexto (incluindo antecedentes próximos e tendências pesadas) que os enquadra e influencia? • Quais as perspetivas no horizonte 2030 (ano em que se presume terminará o rescaldo do próximo quadro comunitário de apoio), para os territórios de baixa densidade que se situam na faixa designada por interior? Pretende-se assim traçar cenários para esses territórios e discutir as causas subjacentes e respostas que implicam o cenário mais provável, baseado no impacto de tendências consolidadas.

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A educação acontece em todo o lado e em todos os momentos. Este livro revela-nos, um pouco, da extraordinária realidade que é a educação que acontece nos territórios do interior do sul de Portugal e que é concretizada pelas instituições e pelas que aí existem. Este livo é feito de projetos, pessoas, palavras e sentimentos do interior.

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O século XX é caraterizado por uma dinâmica bastante particular dos setores produtivos e notamente do setor secundário. Num mesmo século assiste-se a construção, desconstrução, reestruturação, deslocalização e revitalização dos territórios industriais. Entre os tecidos industriais ainda produtivos, uma tipologia específica ocupa lugar estratégico no cenário mundial de competição entre os territórios: os SPLs (Sistemas Produtivos Locais). Um tipo de organização industrial baseado na especialização produtiva de várias pequenas e médias empresas ao redor de um produto, ofício ou "savoir faire" tradicional; de forte ancoragem territorial e engajamento da população e instituições locais. Assim, revela-se uma identidade territorial, uma vantagem competitiva, que pode ser incrementada se explorarmos também a dimensão patrimonial e não apenas a económica. Analisando-se o caso de um SPL no Brasil tenta-se encontrar tal identidade e dimensão patrimonial e propôr possibilidades de salvaguarda e valorização deste património - material e imaterial - local.

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Num mundo complexo e globalizado como o de hoje, as instituições não sobreviverão se tiverem visões que não ultrapassem seus obstáculos. Elas precisam descobrir parceiros que possam ajudá-las a atingir resultados mais amplos e eficazes. A complexidade dos problemas do mundo rural, ultrapassam as capacidades institucionais das organizações, com e sem fins lucrativas, de isoladamente darem as devidas respostas. A cooperação emerge como espaço de novas possibilidades. Nenhuma entidade isolada possui todos os elementos necessários para abordar e dar resposta aos problemas com que as zonas rurais estão confrontadas. A busca de soluções a nível local sem descurar o intercâmbio de ideias a nível nacional é o caminho viável. Trata-se de mobilizar os atores locais para que se envolvam no futuro da sua zona e de abrir os espaços rurais a outros territórios. Neste contexto nas regiões menos favorecidas como é o caso do Alentejo, com falta de população, as parcerias aparecem como instrumento fundamental para levar a frente projetos ligados ao desenvolvimento local. ABSTRACT: ln a complex and globalized world like the one we are currently living in, institutions are not going to survive if they have visions that do not extrapolate their obstacles. They need to look further in order to discover partners that can help them in achieving higher and more efficient results. The growing extension and complexity of social and economical challenges go beyond the institutional capacities of organizations, which have to deal with them individually - whether they are profit-seeking or not. Cooperation emerges with space of new possibilities. No isolated entity has all the necessary elements for discussing and answering the problems which rural zones face. The search for solution on a local level without mentioning the exchange on national level ideas is a save way. This is about mobilization of local actors with the purpose of a major involvement in the future of the zone and opens the rural spaces to other territories. ln this context the regions less beneficiaries through the lack of enough population like the Alentejo case, the partnerships show up as a fundamental instrument to bring forward projects connected to the local development.

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INTRODUÇÂO: A presente dissertação decorre do trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Projecto Avançado III desenvolvido durante o programa Erasmus na Technische Universitãt Dlesden, Alemanha em pareceria com a L’Université de Strasburg, França. O enunciado do exercício dado, intitulado Künstlerhaus\ tinha como premissa a elaboração de um projecto num proeminente quarteirão de esquina no bairro de AuBete Neustadt em Dresden. Pretendia-se a elaboração de uma estratégia que definisse o limite sudoeste do bairro através de um programa cultural, uma Kunstlemaus, residência de artistas, restaurante, zona de exposição, workshops e um auditório - relacionando o programa com a atmosfera artística e alternativa do bairro. A necessidade e entender as forças de estruturação desse bairro, com particularidades extremamente específicas do ponto de vista da interligação de espaços, leva ao estudo e análise de casos que, pela sua semelhança, possam ajudar a esclarecer e informar futuras decisões projectuais. Esta investigação, pelo interesse que foi acumulando, deixa de ser um simples suporte para o caso prático de Neustadt, mas antes uma base de interpretação desta realidade específica, útil e válida para qualquer caso prático em contexto similar. Contrariamente à estruturação inicial, esta investigação adquire maior relevância, no que diz respeito ao seu contributo, e apresenta-se como peça central deste trabalho. Assim, efectua-se uma divisão em dois capítulos: o primeiro denominado "Der Hinterhof- Investigação aplicável”; e o segundo "Caso prático: Aplicação em projecto". Este caso prático não tem a pretensão de ser paradigmático, mas antes uma possibilidade de utilização, ou forma de aplicação dos conceitos apreendidos na primeira instância - esclarecendo, por conseguinte, o sentido desta dissertação. Relativamente á escolha dos elementos a investigar, e de forma mais concreta, esta passou por identificar situações e operações que tivessem como base bairros com princípios urbanos similares dos de Neustadt, bem como características históricas e sociais também semelhantes. Nesse sentido, é analisado o caso da lnternationale Beuausstellung Berlin (IBA) de 1987, pelo tipo de abordagem, em rotura com a tida até então, no que diz respeito à recuperação de centros históricos; é ainda investigada a situação de Kreuzberg, Berlim, pelas suas semelhanças, ao nível do modelo, com AuBere Neustadt; e por fim, é analisado um caso prático - integrado nestes dois contextos (IBA e Kreuzberg)- realizado pelo Arquitecto Siza Vieira, com a intenção de entender a metodologia utilizada na aplicação dos principies pré-estabelecidos. "A cidade, tal como a realidade histórica, nunca é independente das etapas por que passou na sua evolução: é uma actualização dessas etapas e a sua projecção em direcção ao futuro" Berlim e Dresden, cidades do século XIX e XX, tiveram a sua (re)definição urbana na Revolução Industrial e Idade Contemporânea - ambas estas épocas cruciais para o desenvolvimento e reconstrução destas cidades, assim como para a formação de singularidades, nomeadamente a utilização especifica do espaço vazio do quarteirão na estrutura urbana destas cidades. Dresden procura, nos tempos actuais, reencontrar a sua identidade perdida após ter sido palco do maior massacre na II Guerra Mundial (1939-1945) e cobaia do regime da Deutsche Demokratische Republik (DDR). No entanto, uma pequena parcela da cidade manteve-se intacta desde a sua elementar constituição no século XVIII: Aubere Neustadt. Um bairro operário que, com o desenvolvimento histórico, social e político, viu os espaços vazios dos seus quarteirões, associados à rigidez do traçado urbano, serem transformados em concepções personalizadas pelos sobreviventes da guerra e por comunidades alternativas ligadas sobretudo ao mundo das artes. Esse fenómeno iniciou-se na Revolução Industrial com a ocupação fabril dos espaços ainda não construídos da cidade, nomeadamente dentro dos quarteirões, assistindo-se à sobreposição dos interesses económicos sobre o desenho urbano existente. Devido à ausência de um projecto base, essas estruturas foram sendo ocupadas e modificadas por comunidades distintas, compondo o espaço actual numa gramática complexa. Falar de identidade, é falar de apropriar um todo, e compreendê-lo como um acto de unificação. A conjuntura social alemã é a génese de vários factores históricos, alguns dos quais considerados dramáticos. Nos territórios de Dresden e Berlim, inscrevem-se algumas das cicatrizes mais profundas do século XX. Nesse sentido, não são cidades como acto violento contra a natureza, mas antes demonstrações da natureza violenta do homem. Sendo a cidade o reflexo mais imediato das relações humanas e organização em sociedade, as cicatrizes patentes dessa violência criaram um impacto nas estruturas urbanas, socais, históricas e políticas. Morfologicamente, o quarteirão é um elemento urbano que mistura, agrupa e, ao mesmo tempo, divide os espaços públicos dos privados - muitas vezes detentor de ambiguidades na separação destas duas atmosferas. Importa entender o motivo social que leva a que existam espaços semi-públicos e semi-privados. O Hinterhof (espaço urbano vazio do quarteirão) prima, normalmente, por um carácter mais privativo por se encontrar distante da rua. No entanto os seus acessos, nos casos particulares de Dresden e Berlim, são maioritariamente de livre passagem, dando lugar a pátios, jardins, espaços para congregar as pessoas (esplanadas de bares, parques de estacionamento, workshops, parques de crianças, lugar para estender a roupa, festas de bairro, convívio particular, ateliers, horta comunitária, organização de picnics ao fim de semana ...) Os seus papeis não se conseguem definir, tal a sua pluralidade. O pensamento de "partiha" alemão, ainda hoje presente, possibilitou a criação desses espaços plurais semi-privados e semi-públicos. Devido ao facto de terem sido, outrora, o espaço comum de habitação de inúmeros trabalhadores fabris, com um sentido comunitário fixado no pós-guerra, também reflexo das dificuldades e sentido de entre-ajuda social com a imposição do regime da DDR.

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O Museu do Território, descentralizado e polinucleado, sediado no Museu Maria da Fontinha, compreende 50 núcleos, de diversificados patrimónios: geológico (Geoparque de Arouca), arqueológico (castros, dólmens ou orcas) religioso (mosteiros, igrejas e ermidas), histórico, gastronómico, paisagístico, artístico, musical e do "saber fazer". Pretende-se a preservação de identidades, memórias, patrimónios, tangíveis e intangíveis, garantindo a auto-estima das populações abrangidas, buscando sempre um desenvolvimento, um ambiente e um turismo sustentáveis, para acréscimo da melhoria económica e social. Respeitar-se-ão sempre os princípios da museologia. O presente trabalho/dissertação descreve com algum pormenor a transformação da Casa-Museu Maria da Fontinha, com 26 anos de existência, em Museu Maria da Fontinha. O Museu abrange territórios de 28 freguesias dos Municípios de Arouca, Castro Daire, São Pedro do Sul e Vila Nova de Paiva. ABSTRACT: The Museum of the Territory, decentralized and polynucleated, based in the Museum of Maria da Fontinha, includes 50 centres of diverse heritages: geological (Geoparque of Arouca), archaeological (castors, dolmens or orcas), religious (monasteries, churches and hermitages), history, food, landscape, artistic, musical and know-how. It wishes the protection of identities, memories and tangible and intangible heritages, and thus ensuring the self-esteem of the populations concerned, proceeding with the development, the environment and the sustainable tourism, to achieve better economic and social improvement, always respecting the museology principles. The principales of museology will always be respected. The present work thesis describes in detail the transformation of Casa­Museu Maria da Fontinha, with its 26 years of existence, into Museu Maria da Fontinha. The Museum covers areas of 28 parishes of the Arouca, Castro Daire, São Pedro do Sul and Vila Nova de Paiva Municipalities.

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A cultura popular e local é um dos mais fortes pilares da identidade dos territórios e uma das mais potenciais bases para um desenvolvimento sustentável que não elimine, nem desmantele, tudo o que os nossos antepassados construíram em cada um dos territórios. Neste contexto, a literatura popular, em territórios do interior de Portugal, nomeadamente, onde os níveis de iliteracia foram sempre demasiadamente altos, é um dos principais patrimónios a preservar. A recolha, valorização e divulgação da literatura popular de base oral é, nestas condições, um importante contributo para a preservação da identidade local e um fundamental trabalho para a preservação, valorização e divulgação do património nacional.

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A rede de ensino superior é, no presente, um dos instrumentos de política pública mais importante no desenvolvimento regional em Portugal. A capacidade de atração dos estudantes, a fixação de diplomados, bem como a territorialização de conhecimento científico nos territórios do interior é, na atualidade, uma das mais importantes variáveis da equação de desenvolvimento do nosso país. Qual o papel das Universidades e dos Institutos Politécnicos no desenvolvimento regional é uma das finalidades da reflexão que se propõe.

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O presente estudo trata da prática política nos diferentes espaços das monarquias ibéricas na primeira metade do século XVIII. Tendo como objecto de análise principal a correspondência de quatro municípios seleccionados como observatórios (Évora, Córdova, Ouro Preto e Quito), pretende-se conhecer com maior detalhe as variações desta mesma prática em função dos contextos. Partindo da ideia de que o modelo político-administrativo implementado na América seria, na essência, decalcado do peninsular, procura-se aqui entender as mutações resultantes desta transferência. Ao longo deste trabalho defender-se-á a ideia de que, apesar das semelhanças entre o aparelho burocrático metropolitano e americano, a prática política nos territórios extra-europeus revestia-se de um conjunto de especificidades que a diferenciavam de forma clara. Neste sentido, argumenta-se que estas mutações condicionavam igualmente quais seriam os interlocutores das coroas nas diferentes regiões. Ou seja, que uma mesma instância teria, nos territórios ultramarinos e peninsulares, graus de participação nos processos de negociação e articulação política consideravelmente diferentes, algo que de que os municípios são um bom exemplo. Para o efeito serão comparados aspectos como os ritmos da comunicação; o relevo de cada instância na comunicação com a coroa; o perfil dos indivíduos que, nos diferentes territórios, ocupavam os ofícios da malha administrativa; as dinâmicas de especialização de competências ou de concentração de funções num mesmo cargo; a conflitualidade institucional e a existência de iniciativas políticas de cariz supramunicipal; Abstract: This study deals with the political practice in different areas of the Iberian monarchies in the first half of the eighteenth century. The main object of study is the correspondence of four selected municipalities (Évora, Cordoba, Ouro Preto and Quito), and it aims to know in greater detail the variations of this same practice on different contexts. Starting from the idea that the political and administrative model implemented in America would, in essence, be modeled on the peninsular, the intent is to understand the changes resulting from this transfer. Throughout this work we will argue that, despite the similarities between the metropolitan and American bureaucracy, political practice in non-European territories possessed a set of characteristics that were very specific. In this sense, it is argued that these mutations would also determine which would be the interlocutors of the crowns in different regions. That is, if the same instance would, in the overseas and peninsular territories, have different levels of participation in the negotiation and in the political articulation processes, something that municipalities are a good example of. For this purpose, aspects such as the rhythms of communication; the importance of each instance in the correspondence with the crown; the profile of the individuals who, in different territories, occupied the offices of the administrative network; the dynamics of specialization or concentration of functions in the same position; the institutional conflicts and the existence of supramunicipal initiatives will be compared.

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Tradicionalmente considerado um país rural, Portugal caracteriza-se por assimetrias significativas ao nível da distribuição da população e da paisagem, da atividade económica e das dinâmicas sociais e culturais, que se traduzem em diferenças de desenvolvimento territorial, sustentabilidade e qualidade de vida entre as áreas urbanas e rurais. Porque muitas áreas rurais se têm urbanizado e perdido a sua identidade produtivo-agrícola e, também, porque algumas áreas urbanas têm incorporado conceitos e paisagens rurais, importa conhecer as perceções sobre o nível de bem-estar que os indivíduos registam no local onde residem e os factores de ligação entre o rural e urbano que fazem, nomeadamente, com que ambos sejam territórios de trabalho e mobilidade, residência ou evasão, cultura e lazer, tranquilidade ou agitação, ou seja, de bem-estar global. A sociedade atual continua a adotar padrões de comportamento baseados numa lógica que impera desde há dezenas de anos ainda que a posição das várias atividades desenvolvidas no território, apoiada por novas acessibilidades e conectividades (físicas e eletrónicas), propicie o surgimento de vários usos do território, por vezes conflituantes. Esta nova realidade física distante do padrão vigente num passado recente, pressupõe significativas alterações de natureza muito diversas. Partindo deste pressuposto e de uma abordagem multi-método, o objetivo é analisar as ligações entre as regiões urbanas e rurais, em Portugal, e a perceção de qualidade de vida que lhes é associada, a partir de informação secundária obtida do INE, PORDATA e de um estudo de caracterização da paisagem de Portugal continental e informação primária recolhida por sondagem a uma amostra da população portuguesa.

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As Instituições de Ensino Superior (IES) localizam-se ao longo de todo o território português, em cidades de dimensão distinta mas sempre âncoras dos territórios envolventes. Um dos efeitos mais imediatos, entre os “efeitos de procura”, relaciona-se com a dimensão populacional das cidades onde as IES estão instaladas. Logo que todos os agentes diretamente envolvidos com a IES chegam à (permanecem na) cidade – funcionários docentes e não docentes e estudantes – provocam efeitos vários, quer pela dimensão demográfica (quer em termos de volume quer de estrutura) quer pelos efeitos multiplicadores na atividade económica. O enquadramento teórico deste estudo prende-se com duas teorias fundamentais: os estudos acerca dos impactes das IES e a teoria das migrações jovens. Esta investigação visa estudar a existência de correlações entre as cidades que acolhem as IES, estas instituições e os movimentos migratórios ao longo do país. As questões de investigação são as seguintes: a dimensão das IES está relacionada com a dimensão da cidade onde está instalada e a capacidade de atração de ambas é proporcional? Podem as IES servir para inverter os fluxos migratórios que se verificam com destino às cidades onde existem IES? Os objectivos do trabalho são: - relacionar a dimensão das IES com as cidades de acolhimento, bem como os respectivos níveis de atração; - estudar os fluxos migratórios, destacando os jovens do conjunto do total da população que se desloca para as cidades / concelhos onde existem IES. Utilizar-se-ão dados relativos i) aos estabelecimentos da rede pública, universitária e politécnica; ii) às migrações internas em Portugal por grupos de idades e, iii) caracterização das cidades de acolhimento das IES. Os dados serão analisados com métodos de estatística descritiva, multivariada e com a metodologia fuzzy que visa conhecer as condições necessárias e/ou suficientes da atratividade das cidades relativamente aos fluxos migratórios jovens.

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CARTOGRAFIA ANTIGA Resumo: A cartografia, ou seja, a ciência de preparar cartas, mapas e planos para os mais variados fins, com diversos níveis de complexidade e informação, baseados em elementos científicos, técnicos e artísticos de extremo apuro, tendo por base os resultados da observação direta ou da análise de documentos, remonta a tempos muito antigos. Conhecem-se cartas ou representações de território ou do mundo que ia sendo descoberto, desde Ptolomeu que os realizou baseado nas referências de viajantes e mercadores, e no material coligido por geógrafos que o antecederam, dados sobre a Europa, Ásia e África. Uma das representações mais remotas que existe é uma reconstituição (de autor não identificado) do mapa de Eratóstenes, de cerca de 220 a.C. O matemático grego e bibliotecário da Alexandria usou os levantamentos do mundo conhecidos, após as conquistas de Alexandre, o Grande. Posteriormente nos mapas-mundo medievais, a Terra não tem forma geográfica, mas geográfica ou anti geográfica -como se poderá observar em Psalter, manuscrito em papel velino, anónimo, 1265). Mais tarde o Planisfério de Cantino (1502), constitui-se como a mais antiga carta náutica portuguesa conhecida, mostrando o resultado das viagens de Vasco da Gama à Índia, Colombo à América Central, Gaspar Corte Real à Terra Nova e Pedro Álvares Cabral ao Brasil, representando a superfície terrestre em seu conjunto, apresentando os dois hemisférios lado a lado. A época dos descobrimentos, foi para Portugal, altura em que a ciência da cartografia se desenvolveu de forma muito assinalável, sendo de referir inúmeros cartógrafos reais, de entre os quais André Homem, Bartolomeu Velho, Fernando Álvaro Seco, João Teixeira Albernaz, o Moço, João Teixeira Albernaz, o Velho, Lopo Homem, Pedro Reinel, Pedro Teixeira Albernaz, Diogo Ribeiro, entre muitos outros. Os portugueses também se destacaram na produção de portulanos, especialmente no período do Infante D. Henrique e da lendária "Escola de Sagres “. A partir do século XVI a designação de ‘'portulano'' disseminou-se e começou a ser aplicado a qualquer coleção de instruções náuticas, assim como aos mapas que as acompanhavam. A partir do século XIX o termo passou a designar, de forma genérica, as cartas marítimas produzidas até aos fins do século XVI. A cartografia, foi desde sempre um conjunto de documentos fundamentais, para que homens e bens pudessem circular, que as diferentes civilizações, nas mais distantes partes do mundo se conectassem. Como elementos de orientação terrestre ou marítima foram a representação de territórios novos a explorar. Mais ou menos guarnecidos de cor ou representações fantásticas de gentes e animais procuraram transmitir a visão dos homens coevos.

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O presente trabalho de investigação apresenta um estudo sistemático da expressão arquitetónica que teve na região do Alentejo a implantação agro-industrial da cultura do trigo, em especial, durante a "Campanha do Trigo", iniciada em 1929 e prosseguida durante o Estado Novo, até 1969. Para tanto, procede ao mapeamento dos elementos edificados, em ligação com os processos de produção, silagem e moagem industrial do trigo, bem como ao seu transporte, estabelecendo uma análise comparativa com outras regiões e países, com o intuito de revelar o impacto destes equipamentos nos diversos territórios e paisagens. Assim, procura-se compreender as relações que se estabeleceram entre a forma arquitetónica do silo (cujo desenho resulta fundamentalmente de uma resposta programática intrinsecamente ligada à sua função primordial - armazenamento do cereal) e os lugares, onde se implantaram e com os quais se procuraram articular, e as paisagens, com as quais perspetivaram dialogar. Para tal, procede-se a descrição do estado atual de cada exemplar das denominadas "arquiteturas do trigo", com o objetivo de gerar, num primeiro nível, o entendimento de cada caso em particular e, posteriormente, estabelecer, por efeito de comparação, um confronto, quer entre os diferentes contextos em que se inserem, quer entre as suas caraterísticas formais, de modo a tirar ilações que possibilitem problematizar o seu uso futuro, equacionando diferentes perspetivas de atuação sobre o edificado. Finalmente procura-se introduzir uma discussão segundo diferentes orientações e posicionamentos, de modo a invocar perspetivas de atuação sobre os silos, que se adequem a cada situação específica, a cada contexto e a cada lugar. É no confronto entre as abordagens enunciadas, que se evidencia, mais do que a pertinência, a emergência social e cultural de uma ação diligente, quer ao nível particular de cada peça silar, quer do sistema, do qual era parte integrante a linha de caminho de ferro, que através do seu traçado permitia interligar todas as peças silares e garantir o seu funcionamento a escala industrial; ABSTRACT: This research presents a systematic study of architectural expression of wheat crop agro-industrial development, in particular the "Wheat Campaign", started in 1929 and continue during the "New State", until 1969. We first proceed to map the built elements related to production processes, silage and wheat industrial grinding, as well as the ways of transportation, establishing a comparative analysis with other countries and regions, in order to reveal the impact of these objects in various territories and landscapes. We seek to understand the relationships between the architectural form of the silo (whose design is mainly a result of an intrinsically programmatic response linked to its primary function - cereal storage) and the places where they are implemented and the landscapes which they sought to communicate and articulate. Secondly, we describe the current status of each copy of the "wheat architectures" in Alentejo, with the main objective of attain, at first, the understanding of each particular case and, then, to establish a connection between the different contexts in which they operate and their formal characteristics, in order to conceive and discuss their future use, equating different perspectives of action in the buildings. Finally seeks to introduce a discussion according to different orientations and positions in order to invoke prospects for action on the grain elevators that are appropriate to each specific situation, every context and every place. It is the clash between the stated approaches, which shows more than the relevance, it shows social and cultural emergence of a diligent action on the particular level of each grain elevator on the system, which was an integral part of the railway, which through its tracing allowed to interconnect all grain elevators and assure its operation on an industrial scale

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Caracterizado muitas vezes e talvez algo injustamente como um escritor que publicou sobretudo romances de ideias, expressão que não deixa de ser equívoca, é indiscutível que a obra de Vergílio Ferreira, nas suas múltiplas dimensões, transita frequentemente entre os territórios classicamente definidos como literatura e filosofia. Por isso, é habitual associar-se alguns dos seus romances, nomeadamente aquele que tem por cenário a cidade de Évora (Aparição, 1959), ao existencialismo sartriano. Essa colagem merece ainda assim ser questionada. Até porque, noutros passos da sua obra, Vergílio discute longa e pertinentemente algumas teses do autor de L’Être et le Néant (cf., por exemplo, as páginas 128-138, escritas precisamente em Évora, do Diário Inédito, 2010). Menos referida é, contudo, a relação que os escritos de Vergílio têm com outro filósofo francês, Jacques Derrida. Essa relação não é, com certeza, de circunstância. Aliás, deve-se a Vergílio aquela que é, seguramente, uma das primeiras tentativas de traduzir para a língua portuguesa a famosa expressão cunhada por Derrida: différance (cf. Espaço do Invisível II, 1976, pp. 82-83). A presente comunicação visa pôr em diálogo dois livros de Vergílio Ferreira que estão, como se sabe, intimamente vinculados entre si – Para Sempre (1983) e a Cartas para Sandra (1996) – com a matriz teórica derridiana, designadamente com as suas concepções de escrita, de destinação e até de destinerrância. Fá-lo-á sobretudo a partir de La Carte Postale – de Socrate à Freud et au-delà (1980), obra singular no próprio trajecto do filósofo francês em que se mesclam o diário e a ficção, a teoria e o género epistolar.