6 resultados para Processos de mudança

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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No contexto educativo português existem, atualmente, orientações legais para que as escolas sejam, por um lado, sujeitas a processos de avaliação externa e, por outro, induzidas a criar mecanismos de autoavaliação. Embora a escola seja, pelo menos em parte, um “locus de produção normativa”, na prática não tem sido fácil o diálogo entre a avaliação externa e os processos de mudança e melhoria, através da autoavaliação institucional. Num contexto onde as politicas nem sempre criam os estímulos e as condições adequadas, a ação organizacional em torno dos processos avaliativos acaba por refletir o jogo dos atores. Face à “natureza política” da avaliação, as escolas e os seus atores recorrem a “soluções organizacionais” que lhes permitem, em função dos interesses e dos objetivos individuais e organizativos, gerir as pressões e as expetativas do seu meio institucional. O presente trabalho pretende encontrar respostas sobre os efeitos do programa de avaliação externa das escolas (AEE) nas dinâmicas de autoavaliação e nos planos de ação para a melhoria da escola. Trata-se de uma investigação inserida numa matriz de cariz essencialmente qualitativo que opta pelo estudo de casos múltiplos. A informação foi recolhida através de várias fontes: observação direta, grupo focal (focus group), entrevistas, inquérito por questionário e análise documental. Os resultados tendem a evidenciar que as organizações educativas, nas respostas às prescrições externas para a avaliação e melhoria da escola recorrem a estratégias e táticas plurais, de tal modo que as mudanças que ocorrem, mais do que respostas à necessidade de eficácia e melhoria interna da escola, traduzem-se em processos de adaptação, que variam consoante as tensões existentes entre o contexto institucional e o ambiente competitivo onde as escolas estão inseridas; Abstract: The Evaluation of Schools: Effects of External Evaluation in the dynamics of Self-evaluation of Schools In the Portuguese educational context, there are currently legal guidelines for schools to be subject to external evaluation process, on the one hand, and on the other hand induced to create self-assessment mechanisms. Although the school is at least partly a "normative production locus", in practice the dialogue between the external evaluation and the processes of change and improvement through institutional self-assessment has not been easy. In a context where the policies do not always create the incentives and the right conditions, the organizational action around the evaluative process ends up reflecting the set of actors. Before the "political nature" of the evaluation, the schools and their actors recur to "organizational solutions" that allow them, in the interests of individual and organizational goals, to manage the pressures and expectations of its institutional environment. This work aims at finding answers to the effects of the External Schools Evaluation (ESE) programme, in the dynamics of self-evaluation and action plans for the improvement of school. It is an investigation inserted into an oriented matrix, essentially of qualitative nature that opts for multiple case studies. The information was collected through various sources: direct observation, focus group, interviews, questionnaire survey and document analysis. The results tend to show that educational organizations, in response to the external requirements for assessing and improving, use plural strategies and tactics. Similarly, the changes that occur in the structures, processes and practices, more than answers to the need for efficiency and indoor improvement of the school, result into adjustment processes, that change according to the existing tensions between the institutional context and the competitive environment where schools are located.

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A participação, como avaliador externo, em processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, desde o aparecimento, em Portugal, dos Centros RVCC, tem proporcionado o contacto com pessoas envolvidas em poderosos processos de mudança pessoal, associados à construção de novas representações de si mesmas. Estas autênticas metamorfoses pessoais, com importantes ecos ao nível familiar, profissional e comunitário, apresentam a extraordinária capacidade de reinterpretar o passado e reconstruir os projetos de futuro, num movimento pessoal que altera, profundamente, o presente de cada indivíduo que participa nestes processos. Nesta comunicação pretendem-se apresentar os principais vértices do processo de avaliação de competências que se protagonizou e se refletiu acerca do momento deste autêntico corredor oficial, através do qual milhares de portugueses têm vindo a trazer, para o campo formal, um importante conjunto de aprendizagens que concretizaram nos ambientes não formais.

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A educação e formação de adultos tem constituído, nos últimos tempos, uma prioridade política neste campo, traduzindo-se, na Iniciativa Novas Oportunidades, programa que ambiciona instituir as ofertas provenientes desta política,nomeadamente o processo de RVCC. Considerando que o processo de RVCC é uma das modalidades formativas oferecidas pelos CNO, a sua essência centra-se em reconhecer, validar e certificar as competências provenientes da experiência que o adulto adquiriu em diferentes contextos ao longo da vida.

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Processos e Modelos de Raciocínio na Tomada de Decisão: contributos concetuais e interrogações Dulce Magalhães - Departamento de Enfermagem, Universidade de Évora Manuel Lopes - Departamento de Enfermagem, Universidade de Évora Ana Fonseca - Departamento de Enfermagem, Universidade de Évora Os enfermeiros que integram as equipas de unidades de cuidados hospitalares têm que prevenir, minimizar e corrigir situações clínicas instáveis. Em consequência disso defrontam-se diária e sistematicamente com a obrigatoriedade de tomar decisões no contexto da ação (Thompson & Dowding, 2005) e agir em conformidade. Eles têm que tomar decisões num espaço que não é reservado e que está confinado a uma teia de relações que acontecem entre o doente, a família e os restantes membros da equipa de saúde (Benner et al, 2011; Tanner, 2006, Lopes, 2006). Um espaço onde acontecem múltiplas interrupções que provêm de procedimentos de trabalho e exigências constantes de atenção a cada doente (Hedberg & Larsson, 2004; Potter et al, 2005; Wolf et al, 2006). São decisões processuais e multidimensionais que têm que considerar em simultâneo, o que deve ser feito, como deve ser feito e quando deve ser feito, no respeito da singularidade do doente e do seu contexto circundante (Gillespie, 2009). Esta dinâmica também está interligada com os dados clínicos que recorrentemente emergem, bem como à acessibilidade, multiplicidade e ambiguidade dos dados clínicos (Junnola et al, 2002; Carnevali &Thomas, 1993 Simmons, 2010), ao tempo de decisão e às decisões conflituosas (Thompson, 2004). São ambientes clínicos onde acontecem contingências, algumas delas aleatórias, que exigem que os enfermeiros independentemente dos níveis de proficiência sejam obrigados a tomar decisões complexas de forma rápida e precisa, para optimizar os resultados esperados (Curry & Botti, 2006). O conhecimento e o raciocínio que os enfermeiros usam na tomada de decisão são elementos, entre outros, que definem muito da prática profissional (Cody, 2006). Por isso, conscientes da realidade enunciada através da investigação que tem vindo a ser desenvolvida, foi nossa intenção analisar criticamente os modelos de decisão que têm expressão na literatura de enfermagem e que têm sido desenvolvidos em diferentes áreas do conhecimento (Concoran-Perry et al, 1999), no sentido de reconhecer o seu poder explicativo para a tomada de decisão dos enfermeiros. Alguns deles são apresentados numa estrutura normativa, outros numa descritiva e em função disso, podem dividir-se em duas categorias teóricas, sistemático-positivista e intuitivo-humanista (Thompson, 1999; Aitken, Marshall, Elliott & McKinley, 2007). As abordagens sistemático-positivistas sugerem que a tomada de decisão acontece num processo sequencial previamente definido e explicitado. Assentam no pressuposto que existe alguma atividade de análise ou de resolução de problemas em curso, para o enfermeiro tomar uma decisão. Nas abordagens intuitivo-humanistas a decisão é entendida no seio de um processo como um todo e no contexto de uma abordagem naturalista (Benner, 1984; Thompson, 1999). Elas podem ser diferenciadas, desde logo, a partir dos seus centros de interesse. Enquanto a primeira se interessa pelo número de dados e pelos processos de análise cognitiva para uma melhor decisão. A segunda dá primazia aos contextos relacionais e de comunicação com os doentes e serve-se da performance clínica para eleger as melhores ações.

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Este projeto de investigação teve como objetivo geral avaliar os impactos do processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências (RVCC) de nível básico, dos adultos que, no Centro de Novas Oportunidades da Fundação Alentejo, no período de 2000-2005, nele participaram e viram certificadas as suas competências. Sendo uma investigação de cariz descritivo, recorre, em termos metodológicos, a uma abordagem quantitativa, operacionalizada pela aplicação de um inquérito por questionário a uma amostra de 147 adultos. A análise dos resultados permitiu-nos concluir que os impactos do processo de RVCC verificam-se, maioritariamente na dimensão pessoal, enquanto, nas dimensões profissional, social e académica, não são tão visíveis. No entanto, são as mulheres que predominam, logo, valorizam mais o processo. Importa, também, verificar que o processo contribui para o aumento da valorização pessoal e do nível de escolaridade dos adultos ao familiarizar-se com o ativar das atividades de Aprendizagem ao Longo da Vida; ABSTRACT:The overall objective of this research project was to assess the impact of the adult basic RVCC (Competence Recognition, Validation and Certification) process in the people that took part in it and whose competences were certified at the Centro de Novas Oportunidades da Fundação Alentejo between 2000 and 2005. Being a descriptive research its methodology implied the application of a questionnaire to a sample of 147 people and a quantitative approach. The analysis of the results allowed us to conclude that the impact of the RVCC process occurred mostly on a personal level; however it is not so visible on the professional, social and academic levels. However, women are in a greater number and, therefore, they value the process more. It is also important to verify that the process contributes to the raise of the sense of self-worth and of the schooling level of adults as they become familiar with the Life-long Learning activities.

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O volume reúne um conjunto de textos de autores consagrados no campo da psicologia social e neles o leitor encontrará alguns dos aprofundamentos mais recentes da teoria iniciada em 1961 por Serge Moscovici. “Dada sua variedade e abrangência intelectual, as conferências se debruçam sobre o marco conceitual e empírico da teoria das representações sociais, expressando não apenas aquilo que lhe é distinto enquanto abordagem psicossocial, mas também a produtividade de suas linhas de comunicação com as sociedades vivas. Surpreendentes e inspiradoras, estas vozes nos revelam o marco e a marca da teoria das representações sociais: a dinamicidade dos saberes sociais, sua diversidade interna, e, sobretudo, sua conexão profunda com as condições socioculturais dos lugares e tempos que lhes produzem. Para os que já conhecem e trabalham com a teoria, o livro oferece uma oportunidade única de escutar grandes mestres delineando e avançando seu arcabouço teórico e sua aplicação empírica. Para os que a encontrarão aqui pela primeira vez, será evidente a conexão entre representações sociais e sentido, o problema da significação e variabilidade da ordem simbólica, a importância dos saberes do cotidiano e do senso comum e a atenção empírica aos grandes problemas da contemporaneidade”.