3 resultados para Praças

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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O presente trabalho pretende demonstrar o valor patrimonial das praças de toiros, enquanto manifestações arquitetónicas representativas de uma manifestação cultural e patrimonial herdada - a Tauromaquia. Assim sendo, é nossa intenção criar mecanismos que despertem interesse pelo referido património e que lhe seja reconhecido valor arquitetónico e cultural, sendo que aliada à materialidade do edificado identificámos também aspetos imateriais: costumes, tradições e rituais que, aliados à prática tauromáquica contribuem para a nossa identificação enquanto povo. Através da inventariação do património tauromáquico imóvel existente dentro das balizas cronológicas apontadas procuramos sensibilizar a sociedade para o papel que estes edifícios assumem na história e na cultura das populações, contribuindo simultaneamente para a sua preservação e valorização. O presente trabalho teve como base um vasto leque de leituras alusivas ao tema da tauromaquia que permitiu traçar um percurso de molde a evidenciar a evolução dos preceitos da arte tauromáquica, onde se insere o aparecimento e desenvolvimento das praças de toiros portuguesas. Julgamos que um dos aspetos mais importantes deste trabalho seja o facto da identificação dos espaços e o registo das suas características nos ter permitido conhecer e dar a conhecer a existência de uma tipologia patrimonial que se encontra como que oculta, que para muitos chega mesmo a ser desconhecida ou ignorada, mas que faz parte do nosso património, transcendendo uma dimensão puramente material. ABSTRACT: This paper aims to demonstrate the heritage value of bullrings as architectural manifestations, representing a cultural heritage and legacy - Bullfighting. First of all, the construction of these buildings requires a “will of manifestation" and the recognition of values with which part of the Portuguese people identifies itself. lt is therefore our intention to create mechanisms to awaken interest in this heritage, so that its architectonic and cultural value is recognized. Along with the materiality of the buildings, we have also identified intangible aspects, such as: customs, traditions and rituals, that when allied to bullfighting contribute to our identity as a people. With the inventorying of the bullfighting assets existing within the established timelines, we seek to enlighten society about the role that these buildings assume both in history and culture, as well as contributing to its preservation and enhancement. This research was based on a vast range of readings related to bullfighting which allowed us to outline the path of the evolution of the bullfighting art, which includes the appearing and development of Portuguese bullrings. We believe that one of the most important aspects in this paper is the fact that the identification of the places and the registration of their features has allowed us not only to acknowledge but also to display the existence of a heritage that has been hidden. For many people this is unknown or even ignored, but it's part of our heritage, transcending a purely material dimension.

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Resumo As cidades apresentam no seu desenvolvimento características comuns, embora em cada uma se verifique uma entidade intrínseca e determinada por vários fatores, nomeadamente a morfologia e o desenho urbano. Estes são influenciados pelo processo de instalação da cidade, numa determinada época, com uma posição específica no território funcional e num sítio com características topográficas e geográficas, que irão informar a criação das várias dimensões da configuração urbana; económicas; funcionais; sociológicas; estéticas e simbólicos. Temos, assim, cidades com os seus elementos estruturantes distintos: ruas; praças; quarteirões, equipamentos; edifícios singulares e a arquitetura de caracter corrente, que as distinguem. Analisemos o exemplo das cidades de Setúbal e Évora sob estes aspetos e as suas diferentes configurações morfológicas. A cidade de Setúbal instalou-se numa local que lhe assegurou boas condições naturais de defesa, boa exposição solar, proteção dos ventos, facilidade de recursos económicos assentes nas actividades fluvio-marítimos, condições geográficas de comunicação quer por via terrestre, quer por via fluvial e marítima, através do Oceano Atlântico. A urbe, que beneficiou de grande desenvolvimento no período de ocupação romana, terá sofrido, posteriormente, um período de decadência, tendo sido reocupada com a reconquista cristã. A área urbana inicial foi cercada, no séc. XIV, por uma cintura de muralhas. No séc. XVII a construção da segunda estrutura defensiva, abaluartada, circunscreveu também os arrabaldes e conteve a consolidação urbana até ao final ao séc. XIX. Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda hoje o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção remonta à Baixa Idade Média. O desenvolvimento da cidade ocorreu a partir dos eixos que ligavam as principais portas situadas no circuito amuralhado quer o mais antigo que remontava ao período romano-godo quer o seguinte da época medieva, ou o mais recente, o Sistema Vauban do século XVII. O tecido urbano foi-se densificando ao longo dos séculos constatando-se actualmente a existência de espaços urbanos livres no casco histórico de tipologias diversas. No caso de Setúbal o tecido urbano foi sendo formado, com uma forma alongada, sob a orientação de eixos paralelos à linha de costa e o surgimento progressivo de praças, segundo um crescimento orgânico, embora submetido a uma estrutura que seguiu em cada momento os parâmetros organizacionais definidores e geradores da forma urbana. A cidade de Évora teve um desenvolvimento radio-concêntrico que evoluiu prolongando os eixos radiais, interligados através de vias circulares.

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Resumo As cidades apresentam no seu desenvolvimento características comuns, embora em cada uma se verifique uma entidade intrínseca e determinada por vários fatores, nomeadamente a morfologia e o desenho urbano. Estes são influenciados pelo processo de instalação da cidade, numa determinada época, com uma posição específica no território funcional e num sítio com características topográficas e geográficas, que irão informar a criação das várias dimensões da configuração urbana; económicas; funcionais; sociológicas; estéticas e simbólicos. Temos, assim, cidades com os seus elementos estruturantes distintos: ruas; praças; quarteirões, equipamentos; edifícios singulares e a arquitetura de caracter corrente, que as distinguem. Analisemos o exemplo das cidades de Setúbal e Évora sob estes aspetos e as suas diferentes configurações morfológicas. A cidade de Setúbal instalou-se numa local que lhe assegurou boas condições naturais de defesa, boa exposição solar, proteção dos ventos, facilidade de recursos económicos assentes nas actividades fluvio-marítimos, condições geográficas de comunicação quer por via terrestre, quer por via fluvial e marítima, através do Oceano Atlântico. A urbe, que beneficiou de grande desenvolvimento no período de ocupação romana, terá sofrido, posteriormente, um período de decadência, tendo sido reocupada com a reconquista cristã. A área urbana inicial foi cercada, no séc. XIV, por uma cintura de muralhas. No séc. XVII a construção da segunda estrutura defensiva, abaluartada, circunscreveu também os arrabaldes e conteve a consolidação urbana até ao final ao séc. XIX. Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda hoje o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção remonta à Baixa Idade Média. O desenvolvimento da cidade ocorreu a partir dos eixos que ligavam as principais portas situadas no circuito amuralhado quer o mais antigo que remontava ao período romano-godo quer o seguinte da época medieva, ou o mais recente, o Sistema Vauban do século XVII. O tecido urbano foi-se densificando ao longo dos séculos constatando-se actualmente a existência de espaços urbanos livres no casco histórico de tipologias diversas. No caso de Setúbal o tecido urbano foi sendo formado, com uma forma alongada, sob a orientação de eixos paralelos à linha de costa e o surgimento progressivo de praças, segundo um crescimento orgânico, embora submetido a uma estrutura que seguiu em cada momento os parâmetros organizacionais definidores e geradores da forma urbana. A cidade de Évora teve um desenvolvimento radio-concêntrico que evoluiu prolongando os eixos radiais, interligados através de vias circulares.