24 resultados para Formação em Enfermagem

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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O pensamento crítico implica raciocínio e critica e constitui uma ferramenta para a compreensão da realidade e do conhecimento. Para que o estudante se torne pensador crítico é necessário que incorpore um conjunto de habilidades. A análise, a interpretação e a avaliação, são algumas, de forma a poderem examinar os diferentes processos sociais humanos: ideias, princípios, argumentos, debates, intervenções, entre outros. O estudo teve como objetivo compreender como se desenvolve o pensamento crítico nos estudantes de enfermagem. O estudo teve como população alvo todos os estudantes da licenciatura em enfermagem, a amostra foi constituída pelos estudantes que frequentaram a unidade curricular de pensamento crítico em enfermagem, 48 estudantes, oferecida no primeiro e segundo ano curricular. Foi utilizado como instrumento de recolha de dados um texto-estímulo “Rebeldes Competentes” de Laborinho Lúcio e um questionário sociodemográfico. Foi realizada análise textual. Encontramos uma alteração significativa no léxico utilizado nos dois momentos. No primeiro momento os comentários dos estudantes vão no sentido de um pensamento crítico importante na tomada de decisão e consequente desenvolvimento de competências, centrado no ensino ministrado na escola no sentido de educar a pensar. No segundo momento os comentários dos estudantes introduzem um léxico mais direcionado, através da informação determinada pelo contexto que pode educar para o pensamento coerente utilizando o conhecimento científico, por sua vez, enunciam a ação que envolve reflexão para aprender a tomar decisões. Tais assunções leva-nos a atestar que a metodologia em sala de aula promoveu o desenvolvimento de habilidades de pensamento critico, das quais destacamos a interpretação, a análise e avaliação.

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O pensamento crítico implica raciocínio e critica e constitui uma ferramenta para a compreensão da realidade e do conhecimento. Para que o estudante se torne pensador crítico é necessário que incorpore um conjunto de habilidades. A análise, a interpretação e a avaliação, são algumas, de forma a poderem examinar os diferentes processos sociais humanos: ideias, princípios, argumentos, debates, intervenções, entre outros. O estudo teve como objetivo compreender como se desenvolve o pensamento crítico nos estudantes de enfermagem. O estudo teve como população alvo todos os estudantes da licenciatura em enfermagem, a amostra foi constituída pelos estudantes que frequentaram a unidade curricular de pensamento crítico em enfermagem, 48 estudantes, oferecida no primeiro e segundo ano curricular. Foi utilizado como instrumento de recolha de dados um texto-estímulo “Rebeldes Competentes” de Laborinho Lúcio e um questionário sociodemográfico. Foi realizada análise textual. Encontramos uma alteração significativa no léxico utilizado nos dois momentos. No primeiro momento os comentários dos estudantes vão no sentido de um pensamento crítico importante na tomada de decisão e consequente desenvolvimento de competências, centrado no ensino ministrado na escola no sentido de educar a pensar. No segundo momento os comentários dos estudantes introduzem um léxico mais direcionado, através da informação determinada pelo contexto que pode educar para o pensamento coerente utilizando o conhecimento científico, por sua vez, enunciam a ação que envolve reflexão para aprender a tomar decisões. Tais assunções leva-nos a atestar que a metodologia em sala de aula promoveu o desenvolvimento de habilidades de pensamento critico, das quais destacamos a interpretação, a análise e avaliação.

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Introdução: A compreensão do papel da intimidade no cuidar é uma questão essencial para o estabelecimento das competências relacionais no processo de cuidar o utente, visto que este se centra no desenvolvimento de relações interpessoais. Na formação dos estudantes de Enfermagem, visa-se o desenvolvimento de competências, assentes na compreensão da dimensão ética dos cuidados de forma a “promover o desenvolvimento ético, com respeito pela autonomia das pessoas, pressupõe prudência, reflexão crítica, consciência de cidadania e de responsabilidade” (Bettencourt, 2008: 61). Sendo assim, o modelo de formação em enfermagem deve assentar num processo reflexivo que proporcione aos estudantes a aquisição de posturas e condutas que lhe permitam a aquisição de competências profissionais. Objetivo: Compreender quais as variáveis que são preditoras do desenvolvimento das dimensões das competências relacionais na preservação da intimidade do utente. Metodologia: Estudo descritivo – correlacional de abordagem quantitativa. A população acessível, foram os estudantes da licenciatura em enfermagem de uma Escola Superior de Enfermagem integrada numa Universidade (A) e de uma Escola Superior de Saúde integrada num Instituto Politécnico (B). A amostra foi constituída por todos os estudantes de enfermagem das referidas escolas a partir do ano em que iniciam o primeiro ensino clínico. Os instrumentos de recolha de dados foram um questionário de caracterização dos estudantes e do contexto clínico e um Inventário de Competências Relacionais de Ajuda (ICRA). Os dados foram analisados com recurso ao Software IBM® SPSS® Statistic (Statistical Package for Social Sciences) de onde se fez uma análise dedutiva. Resultados: As variáveis independentes que melhor predizem a variável dependente (Competências relacionais) são a Escola seguida do ano e do acompanhamento em ensino clínico. Após a utilização dos métodos de seleção de preditores (seleção de Forward, seleção Backward e seleção Stepwise) as nossas variáveis independentes preditoras são o ano, a escola e o tipo de acompanhamento em EC, as restantes foram excluídas (sexo, idade, estado civil e habilitações literárias). Conclusões: As variáveis preditoras evidenciam a sua importância no desenvolvimento das competências relacionais dos estudantes de enfermagem, interferindo nos seus comportamentos enquanto estudantes e futuros enfermeiros. São variáveis que de uma ou de outra forma vão influenciar como é que cada estudante se vai comportar perante as situações de cuidado, onde se salientam nomeadamente o sexo e o ano do curso, variáveis que são intrínsecas a cada estudante, enquanto a Escola e o tipo de acompanhamento em EC são extrínsecas aos estudantes. Estas últimas são, portanto, as que consideramos que poderão ser alteradas em cada escola para que os estudantes adquiram e desenvolvam este domínio das competências de forma mais harmoniosa com o cuidar em enfermagem. Referencia Bibliográficas Almeida, M.J.F. (2004), A intimidade da «pessoa doente» em contexto hospitalar: valores e fundamentos éticos, Dissertação de mestrado, Porto: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Acedido em 14/08/2012, disponível em: http://hdl.handle.net/10216/9667 Bettencourt, M. (2008), «Tomada de posição sobre a segurança do cliente», Revista da Ordem dos Enfermeiros, Nº 29, maio, Lisboa: Ordem dos enfermeiros, pp. 57-62. Melo, R.C.; Parreira, P.M. (2009), «Predictors of the development of relational skills: Study with students of nursing», in The 1st International Nursing Research Conference of World Academy of Nursing Science, Japão: Kobe International Exhibition Hall, pp. 90. Acedido em 17/08/2012, disponível em: http://wans.umin.ne.jp/confe/wans_1st.pdf

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Decorrente do atual contexto socioeconómico de Portugal e das alterações que se avizinham na formação em enfermagem, pareceu-nos pertinente compreender e identificar como ocorre a aquisição e o desenvolvimento de competências relacionais do estudante da licenciatura em enfermagem na preservação da intimidade dos utentes durante o processo de cuidar. No final propõem-se as bases teórico-metodológicas para o ensino da enfermagem na aquisição e desenvolvimento desta dimensão das competências. O livro que apresentamos reproduz com algumas adaptações a tese apresentada à Universidade Católica Portuguesa, para obtenção do grau de Doutor em Enfermagem, na especialidade de Educação em Enfermagem. Este estudo teve o apoio financeiro da FCT - Departamento de Formação de Recursos Humanos, do Programa de apoio à formação avançada de docentes do Ensino Superior Politécnico. Referência: SFRH/PROTEC/50455/2009. A Investigação realizou-se em duas instituições públicas onde é lecionado o Curso de Enfermagem, com planos de estudos diferentes em termos curriculares e metodológicos no que se refere à componente prática. A partir da análise efetuada verificámos que se evidenciam a presença de quatro variáveis preditoras da aquisição e desenvolvimento desta dimensão das competências, as quais influenciam a aprendizagem e os resultados finais dos estudantes.

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CONHECIMENTO EM ENFERMAGEM: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS CONSTRUÍDAS POR ESTUDANTES DE FORMAÇÃO INICIAL Fonseca, A.; Lopes, M. J.; Sebastião, L., & Magalhães, D. (2013). Conhecimento em enfermagem: representações sociais construídas por estudantes de formação inicial. In Mendes, F; Gemito, L; Cruz, D., & Lopes, M. (org). Enfermagem Contemporânea. Dez Temas, Dez Debates. (pp 30-43), Nº 1. Coleção E-books. Oficinas Temáticas. ISBN:978-989-20-4162-9. Palavras chave: enfermagem; conhecimento; representações sociais; formação inicial. A aquisição e a construção pessoal do conhecimento em enfermagem resultam de processos complexos de compreensão das situações, nas quais, experiência e saber são estruturados e alvo de reflexão. O conhecimento em enfermagem que o estudante constrói ao longo do tempo, consciente da sua responsabilidade pela própria aprendizagem e num processo contínuo de desenvolvimento, há de possibilitar-lhe o desempenho profissional, pois será mobilizável, nas diversas situações, para dar resposta às necessidades de cuidados de enfermagem. A forma como os estudantes se apropriam dos saberes, como se relacionam com eles e como constroem o seu conhecimento em enfermagem está vinculada à representação que têm deste, uma vez que a constatação da realidade presente nas representações sociais alicerça-se solidamente no indivíduo que a possui e baliza o modo como ele se relaciona com o objeto de representação (Moscovici,1976, 2010; Jodelet, 2001; Abric, 1994). Partindo da questão “quais as representações sociais do conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem em diferentes etapas da sua formação inicial?”, e tendo como referencial teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais proposta por Moscovici (1961), procurou-se: • Identificar as representações sociais de conhecimento em enfermagem, na perspetiva dos estudantes de enfermagem; • Analisar a estrutura das representações sociais de conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem. Realizou-se um estudo exploratório, no qual, a partir do total de estudantes da Escola Superior de Enfermagem de S. João de Deus da Universidade de Évora, se selecionaram dois grupos: - Grupo A, composto por 33 estudantes do 1º semestre do 1º ano, recém-admitidos na escola e ainda sem participação em atividades no âmbito da sua formação, obviando assim qualquer contaminação das construções previamente elaboradas; - Grupo B , constituído por 39 estudantes do 2º semestre do 4º ano, no último dia da sua formação. Os dados foram recolhidos através de um questionário, previamente testado, que incluía questões para caraterização sociodemográfica e um estímulo indutor – conhecimento em enfermagem -, para que os sujeitos, através da técnica de associação livre de palavras, evocassem as cinco palavras ou expressões que, por ordem decrescente de importância, associavam a este estímulo . Os dados foram categorizados recorrendo ao Microsoft Office Word® e processados no software Evoc® que forneceu estrutura das representações sociais. Cumpriram-se os procedimentos ético-legais, em conformidade com o preconizado pela Comissão de Ética da Área da Saúde e Bem-Estar da Universidade de Évora. Apresentação dos resultados Dos 33 estudantes do 1º ano (Grupo A), 5 eram do sexo masculino e 28 do sexo feminino, com média de idade de 19,5 anos. Dos 39 estudantes do 4º ano (Grupo B), 5 eram do sexo masculino e 34 do sexo feminino, com média de idade de 23,59 anos. Relativamente ao núcleo central da estrutura das representações sociais do objeto em estudo, constata-se que os estudantes do 1º ano, ao estímulo conhecimento em enfermagem, associaram os elementos ajudar; empenho; competência; prática; desenvolvimento; investigação e pessoas. Os estudantes do 4º ano vincularam conhecimento em enfermagem aos elementos sabedoria; cuidados de qualidade; cuidar e responsabilidade. No que concerne à segunda periferia, verifica-se que os estudantes do 1º ano associaram ao estímulo conhecimento em enfermagem os elementos processos de diagnóstico; trabalho; disponibilidade para com os outros e responsabilidade, enquanto que os estudantes do 4º ano associaram prática e reflexão. A produção das representações, em ambos os grupos, divide-se entre elementos que, embora não revelem consensos, se podem integrar nas dimensões científica e clínica. De salientar que, na estrutura das representações sociais, se encontra, no Grupo B, a dimensão reflexiva identificada no elemento reflexão. Considerações finais Do estudo realizado, realça-se que não há consenso nos elementos da estrutura das representações sociais do conhecimento em enfermagem na perspetiva dos dois grupos de estudantes de formação inicial em enfermagem - estudantes recém-admitidos e estudantes finalistas -. Sendo diferentes os elementos do núcleo central das estruturas das representações dos dois grupos, como é o caso, consideram-se diferentes as representações sociais do objeto em estudo construídas por aqueles (Sá, 1998). Tal fato, poderá ser atribuído à natureza das experiências pessoais e académicas obrigatoriamente diferentes dos estudantes a iniciar a sua formação face aos estudantes a terminar o seu percurso académico. Todavia, os diferentes elementos encontrados assumem caraterísticas semelhantes que permitem, como anteriormente se afirmou, o seu agrupamento nas dimensões científica e clínica. Acresce, no grupo de estudantes finalistas e encontrada na segunda periferia, a dimensão reflexiva que poderá ser reveladora da importância atribuída à reflexão como estratégia para estabelecer novas formas de desenvolvimento do conhecimento, capacidade potencialmente desenvolvida nas experiências ocorridas durantes a formação. Face à estrutura das representações sociais do objeto em estudo que se aprendeu, pode-se dizer que os estudantes do 1º ano consideram a investigação promotora do desenvolvimento do conhecimento em enfermagem, indispensável para ajudar as pessoas no contexto de uma prática exercida com competência e empenho. Para os estudantes do 4º ano, cuidados de qualidade são indispensáveis no processo de cuidar e exigem sabedoria e responsabilidade.

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Introdução O ebook que aqui se apresenta resulta da compilação das diferentes intervenções que tiveram lugar nas Oficinas Temáticas mensais (no total de nove), que decorreram no ano de 2013, na ESESJDUE. As Oficinas Temáticas definem-se como espaços de discussão pública entre a academia, as diversas organizações de saúde da sociedade civil (públicas, privadas e de solidariedade social) e os agentes sociais da saúde. Com este espaço pretendeu-se promover o debate, a discussão, a reflexão e a confluência de saberes sobre as várias dimensões da enfermagem, da saúde e da doença na sociedade atual. Estas oficinas procuraram colocar em articulação as diferentes perspectivas sobre uma determinada área temática da saúde, desde os conhecimentos científicos pro-duzidos (resultantes da investigação produzida ou em curso nessa área), ao seu en-quadramento pelas políticas públicas, marcando a exploração dos discursos oficiais e as perspetivas de diferentes profissionais sobre a saúde a doença e a enfermagem. Foram, e continuarão a ser, objetivos das Oficinas Temáticas promover um espaço de reflexão, discussão e partilha de saberes aberto aos diferentes atores da academia e da sociedade/comunidade sobre a saúde na atualidade; estimular e possibilitar a refle-xão e discussão fora da sala de aula e incentivar a produção de relatos resultantes da discussão e reflexão, a serem publicados e partilhados na comunidade virtual - este ebook é o resultado do primeiro ano de trabalho. Os temas debatidos neste primeiro ano foram aqueles que habitualmente estão ausentes dos programas curriculares da enfermagem, mas cuja centralidade marca as agendas quer da área clínica, quer do ensino, quer da política de saúde. São disso exemplo as questões da violência doméstica e de género, o conhecimento em enfer-magem, a segurança do doente, as práticas simuladas, a medicalização do parto, os valores éticos, a comunicação em saúde, os cuidadores informais ou a espiritualidade nos cuidados . A heterogeneidade dos temas discutidos, visou colmatar necessidades sentidas de refle-tir, discutir e aprofundar cada uma das referidas temáticas a partir de novas perspetivas e abordagens e simultaneamente captar novos contributos disciplinares para enriquecer o conhecimento em enfermagem. Tendo como referência o relatório Frenk , cada vez mais a enfermagem, tal como todas as disciplinas da área da saúde, deve exercer um papel central nas reformas institucionais e educacionais necessárias à saúde. Para tal, afirma-se a necessidade preparar os futuros profissionais para o trabalho em equipa não só interprofissional (várias profissões que trabalham em conjunto para um objetivo comum) mas essen-cialmente transdisciplinar (várias profissões trabalham em conjunto sob um modelo compartilhado com uma linguagem comum). Neste novo modelo também designado por “profissionalismo transdisciplinar” (Belar, 2013) , cada um não só usa a sua própria experiência, para resolver problemas comum com base num modelo integra-tivo, mas assume ativamente seu papel de agente da mudança, revela-se um gestor competente dos recursos e um promotor de políticas baseadas em evidência, enfati-zando sempre a responsabilidade pelo seu desempenho. Trabalhando em conjunto, os diferentes profissionais da saúde, não só melhoram a saúde dos utentes e comu-nidades como são dignos da sua confiança. Neste contexto, a educação/formação destes profissionais deve ter como objetivos centrais a melhoria dos serviços de saúde, preparando-os para ir de encontro às necessidades dos indivíduos e das popu-lações de uma forma equitativa e eficiente e ainda promover uma visão global e comum da saúde para o futuro. As mudanças propostas, segundo os referidos autores, não cabem em currículos está-ticos e em modelos educativos fragmentados, desatualizados e insensíveis às exigên-cias da saúde na sociedade atual. Para responder a este objetivo, o relatório citado salienta a necessidade de, no processo formativo dos estudantes da área da saúde (enfermagem, medicina, nutrição, serviço social), assumir lugar de destaque o nível transformador da aprendizagem, que inclui competências para liderar e mudar o sistema de saúde, competências de interação e de trabalho em equipa e o conheci-mento sobre a governança do sistema de saúde e dos seus componentes. Neste contexto, cabe à academia um papel central no debate e reflexão necessárias às mudanças que o novo modelo de educação/formação dos profissionais de saúde exige. As Oficinas Temáticas realizadas durante o ano de 2013 foram, a seu modo, e espera-se que continuem a ser, o ponto de partida para a reflexão imprescindível à mudança que se impõe e deseja. O primeiro texto deste ebook centra-se no trabalho em rede no combate à violência doméstica. Apesar da Violência Doméstica ser um fenómeno presente na sociedade desde tempos imemoriais, só nos anos mais recentes ganhou visibilidade pública e mobilizou esforços congregados de diferentes áreas no seu combate. Apesar disso, este é um tema que tem estado ausente dos currículos académicos das diferentes profissões da saúde. O debate e reflexão sobre Violência Doméstica permitiu, não apenas conhecer o trabalho realizado no âmbito da Rede de Intervenção Integrada do Distrito de Évora (RIIDE) e os objetivos que visa alcançar, mas também sensibilizar os docentes para a importância deste tema ser integrado na formação dos futuros enfermeiros, cujo papel no combate à Violência Doméstica, a partir de um trabalho integrado, não pode ser ignorado. A construção do conhecimento em enfermagem na perspetiva do estudantes de licen-ciatura e o raciocínio clínico dos enfermeiros dominaram a reflexão do segundo tema. Quer um, quer outro são fundamentais para a compreensão da enfermagem como disciplina e para a prestação de cuidados, ao permitirem compreender quer como se estrutura esta realidade, quer como se reflete sobre ela. O primeiro texto centra-se na análise das representações sociais dos estudantes sobre a conhecimento em enfermagem e o segundo apresenta uma reflexão profunda sobre as questões que medeiam o processo de raciocínio clínico dos enfermeiros. O terceiro tema debatido e refletido foi a segurança do doente e a qualidade dos cuidados. Em qualquer área da saúde este é um tema incontornável no atual contexto dos cuidados de saúde. A qualidade dos cuidados e os custos associados aos cuidados dominam os mercados e os negócios da saúde e definem a pressão sobre a organiza-ções de saúde, obrigadas a agir e a incorporarem os princípios e os conceitos da segu-rança do doente na prática quotidiana. Neste texto apresentam-se o princípios centrais que devem sustentar o posicionamento de todos os profissionais de saúde face à implementação de uma cultura de segurança na saúde. No quinto texto analisa-se a medicalização do parto a partir de uma investigação (ainda em curso) sobre os motivos subjacentes à opção das mulheres grávidas pelo parto por cesariana. Os avanços nos campos da anestesiologia e da antibioterapia, se vieram tra-zer mais segurança a este ato também contribuíram para a medicalização do parto, no-meadamente através do aumento das taxas de cesariana. A questões debatidas cen-tram-se no papel das enfermeiras especialistas em saúde materna e obstetrícia e o seu papel na informação e formação das grávidas em termos de opção face ao parto. Apesar do avanço da medicalização não atingir todos os fenómenos com o mesmo grau de intensidade, o nascimento é um dos acontecimentos mais medicalizados, desde a indução do parto até ao próprio parto, com os riscos que lhe são inerentes. Este texto questiona e discute os motivos que levam as mulheres a optar por um parto por cesariana e, desta forma, a aderirem à medicalização de um acontecimento ances-tralmente descrito como “natural”. A relação terapêutica como pacto de cuidados na perspetiva de Paul Ricoeur é o tema dominante do texto seis, em que são refletidas e aprofundadas as conceções filosófi-cas e éticas deste autor sobre o pacto de cuidado. A partir das conceções de Ricouer, a autora reflete sobre o significado ético das relações entre quem cuida e quem é cuida-do, salientado a importância da apreciação crítica das questões éticas e do agir, no quotidiano dos cuidados de enfermagem. No texto seguinte analisam-se as questões dos cuidadores informais, que se avolumam na justa proporção em que se assiste ao envelhecimento da população, à complexifi-cação do contexto social caraterizado por alterações nas estruturas familiares, bem como a alteração das políticas sociais que apelam à permanência de idosos e depen-dentes nos seus ambientes familiares e às novas políticas de saúde com valorização dos tratamentos ambulatórios e diminuição dos tempos de demora média de interna-mento. Apesar da complexidade que carateriza a prestação de cuidados informais, é à família que tradicionalmente se atribui a responsabilidade pelo cuidado informal, ignorando-se frequentemente toda a dinâmica que envolve este tipo de cuidado e as implicações que gera na própria estrutura familiar. O tema que encerra este ebook é a espiritualidade em Enfermagem, que congrega dois texto. No primeiro, enquadra-se a espiritualidade no âmbito dos cuidados de saúde e de enfermagem e destaca-se a sua importância nas profissões ligadas ao cuidado humano. Afirma-se que a espiritualidade não pode ser confundida com religiosidade. Ela é uma dimensão de vida do ser humano, que a par da dimensão biológica, inte-lectual, emocional e social, permite que cada um reconheça o sentido que procura para a sua existência e se diferencia de outro ser humano. A espiritualidade, parte integrante da experiência vivencial de cada ser humano, deve assumir também um lugar central na atenção dos profissionais de saúde. O segundo texto, sobre a espiritualidade em enfermagem, centra-se na validação clínica do diagnóstico de enfermagem angústia espiritual, realizado com um grupo de doentes adultos de um serviço de hemato-oncologia. Alerta-se para a prevalência do diagnóstico angústia espiritual e afirma-se a necessidade de os enfermeiros estarem atentos a este diagnóstico que não deve ser confundido com uma situação patológica de depressão e refere-se a importância do aprofundamento concetual da espiritualidade em enferma-gem, através do conhecimento de como os doentes vivenciam a angústia espiritual e quais os significados atribuem a esse estado de sofrimento na sua vida. Por fim, salienta-se que apesar da heterogeneidade dos temas e das diferentes aproxi-mações realizadas pelos autores, os textos aqui reunidos traduzem-se num importante contributo para a reflexão da enfermagem contemporânea e para uma aproximação ao trabalho transdisciplinar na saúde.

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Tema e Referencial teórico: Nas escolas, se ao nível teórico, os conceitos de holismo e cuidar, dominam as conceções subjacentes à formação dos estudantes, é o desempenho e treino de procedimentos técnico-instrumentais que é privilegiado, com os ensinos clínicos a ocorrerem maioritariamente em contextos hospitalares. A aposta nos cuidados de saúde comunitários tem um menor impacto ao nível dos currículos, quer em termos teóricos quer práticos (Correia, 2008). As RS construídas pelos estudantes expressam uma realidade simbólica, não apreensível numa primeira aproximação, mas com capacidade de mobilizar a realidade gerando e orientando comportamentos e atitudes (Formozo e Oliveira, 2010). As RS marcam o processo de construção da identidade profissional e as opções futuras pelo contexto de trabalho. Objetivos: Identificar e comparar as RS dos cuidados hospitalares e comunitários em estudantes de enfermagem do 1º e 4º ano. Metodologia: Pesquisa qualitativa orientada pela Teoria das Representações Sociais. Amostra constituída por 132 estudantes do CLE da ESESJDUE, 71 do 1º ano e 61 do 4º ano. Utilizou-se um questionário em que eram apresentados dois estímulos indutores, com recurso à técnica de Associação Livre de Palavras. Foi realizada a análise no Software IRaMuTeQ.. Salvaguardados todos os aspetos éticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: A partir de matrizes cruzando segmentos de texto e palavras, aplicou-se o método da Classificação Hierárquica Descendente e obtivemos 4 classes. A classe 2, remete para os cuidados hospitalares e as classes 1, 3 e 4, para um conjunto de cuidados inerentes ao processo de cuidar os utentes. Na classe 1 a palavra central é ajuda, seguida de bem-estar, cuidado e sociedade, na classe 2 é enfermeiro seguida de médicos, internamento e recurso, na classe 3 é tratamento, seguida de vacina, comunicar e rastreio e na classe 4 é ensino, seguida de urgência, prevenção e promoção. Os dois grandes eixos organizadores da RS são enfermeiro, doença e tratamento, no núcleo central – cuidados hospitalares. Na nuvem de palavras, das mais evocadas destaca-se enfermeiro, doença, tratamento, prevenção, cuidado e ajuda. Conclusões: As RS dos estudantes estruturam-se em torno do papel central do enfermeiro no processo de cuidar. São os cuidados mais próximos da intervenção hospitalar que assumem destaque e posicionam o enfermeiro no centro do processo, sendo a partir daí que se concetualizam os cuidados ao doente, através do tratamento, prevenção, cuidado e ajuda. Salienta-se que as RS remetem para a importância social e especificidade do papel do enfermeiro na sociedade, evidenciados por termos como responsabilidade, ensino, promoção, educar ou apoio. Referências Bibliográficas Brito A. M. R., et al. (2011). Representações sociais de discentes de graduação em enfermagem sobre “ser enfermeiro”. Rev Bras Enferm, Brasilia 2011 mai-jun; 64(3): 527-35. Correia, Raquel (2008). Enfermeiros recém-formados e Cuidados de Saúde Comunitários: as lógicas subjacentes à escolha. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 05, pp. 45-58. Consultado em [maio, 2014] em http://sisifo.fpce.ul.pt Formozo GA, Oliveira DC. (2010). “Representações sociais do cuidado prestado aos pacientes soropositivos ao HIV”Rev Bras Enferm, mar-abr; 63(2): 230-7

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Tema e referencial teórico: Atualmente assiste-se em Portugal, a uma reorganização das dinâmicas da profissão de enfermagem, no que se refere às alterações da carreira de enfermagem, à formação e acesso ao mercado de trabalho. A saúde e as organizações são dinâmicas e os enfermeiros, dentro das organizações, devem ser capazes de responder a desafios usando habilidade e conhecimento profissional e sentir-se capacitados para agir (Rao, 2012). Objetivo: Identificar as Representações Sociais dos enfermeiros acerca das dinâmicas atuais da profissão e do desenvolvimento da sua identidade profissional. Metodologia: Estudo de natureza qualitativa, ancorado nas representações sociais. A amostra foi de 35 enfermeiros de serviços hospitalares e centros de saúde do ACES do Alentejo Central. Recorreu-se ao Software IBM® SPSS® Statistic e ao Software Alceste 2010. Salvaguardados todos os aspetos éticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: Dos inquiridos, 34,3% tem entre 25-29 anos, 74,3% com licenciatura em enfermagem e 60,1% a categoria de enfermeiro. O Software estabeleceu quatro classes: a Classe 1 – Exercício profissional desdobrou-se em duas categorias: “Prática profissional” e “Autonomia”. Na classe 2 – Ordem dos Enfermeiros, sobressaem duas categorias: “Reconhecimento da enfermagem” e “Regulamentação da profissão”. Relativamente à Classe 3 – Enfermagem/profissão, divide-se em duas categorias: “Valorização da evidência científica” e “Prática baseada na evidência científica”. A Classe 4 – Carreira de Enfermagem, desdobra-se em duas categorias: “Valorização da profissão” e “Futuro da enfermagem”. O dendograma de similitude indica-nos que há um núcleo onde a letra “e” de enfermagem é central de um grupo de palavras com alguma afinidade com a enfermagem. Os enfermeiros organizam a sua opinião em cinco núcleos periféricos, com palavras centrais; enfermeiro, enfermagem, profissional, profissão e cuidado. Pela nuvem de palavras observa-se que as palavras com maior representação são enfermeiro, enfermagem, profissional, profissão e cuidado. Conclusões: As RS dos enfermeiros relativas ao exercício profissional salientam a prática profissional autónoma dominada pelas intervenções no processo de cuidar e pelo desenvolvimento de competências. A profissão de enfermagem é representada a partir da prática baseada na evidência, da sua valorização como campo específico de conhecimentos, da preocupação com a qualidade dos cuidados e da importância da promoção da autonomia profissional. Sobre a carreira de enfermagem destaca-se a progressão na carreira e a remuneração. O fraco reconhecimento social da profissão é apontado como uma dificuldade, os quais assinalam este aspeto como uma das dinâmicas que marcam a enfermagem portuguesa na atualidade (Mendes, F; Mantovani, M.F., 2010). Referências Bibliográficas - Ferreira, M.; Silva, C. (2012). Reformas da gestão na saúde-desafios que se colocam aos enfermeiros. Revista de Enfermagem Referência, III Série, dez. 2012; n.º 8; 85-93. - Mendes, F; Mantovani, M.F (2010), Dinâmicas atuais da enfermagem em Portugal: a representação dos enfermeiros, Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília 2010 mar-abr; 63(2): 209-15. - RAO, A (2012). The Contemporary Construction of Nurse Empowerment. Journal of Nursing Scholarship, 2012; 44:4, 396–402

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Tema e Referencial teórico: Nas escolas, se ao nível teórico, os conceitos de holismo e cuidar, dominam as conceções subjacentes à formação dos estudantes, é o desempenho e treino de procedimentos técnico-instrumentais que é privilegiado, com os ensinos clínicos a ocorrerem maioritariamente em contextos hospitalares. A aposta nos cuidados de saúde comunitários tem um menor impacto ao nível dos currículos, quer em termos teóricos quer práticos (Correia, 2008). As RS construídas pelos estudantes expressam uma realidade simbólica, não apreensível numa primeira aproximação, mas com capacidade de mobilizar a realidade gerando e orientando comportamentos e atitudes (Formozo e Oliveira, 2010). As RS marcam o processo de construção da identidade profissional e as opções futuras pelo contexto de trabalho. Objetivos: Identificar e comparar as RS dos cuidados hospitalares e comunitários em estudantes de enfermagem do 1º e 4º ano. Metodologia: Pesquisa qualitativa orientada pela Teoria das Representações Sociais. Amostra constituída por 132 estudantes do CLE da ESESJDUE, 71 do 1º ano e 61 do 4º ano. Utilizou-se um questionário em que eram apresentados dois estímulos indutores, com recurso à técnica de Associação Livre de Palavras. Foi realizada a análise no Software IRaMuTeQ.. Salvaguardados todos os aspetos éticos relativos a estudos com seres humanos. Resultados: A partir de matrizes cruzando segmentos de texto e palavras, aplicou-se o método da Classificação Hierárquica Descendente e obtivemos 4 classes. A classe 2, remete para os cuidados hospitalares e as classes 1, 3 e 4, para um conjunto de cuidados inerentes ao processo de cuidar os utentes. Na classe 1 a palavra central é ajuda, seguida de bem-estar, cuidado e sociedade, na classe 2 é enfermeiro seguida de médicos, internamento e recurso, na classe 3 é tratamento, seguida de vacina, comunicar e rastreio e na classe 4 é ensino, seguida de urgência, prevenção e promoção. Os dois grandes eixos organizadores da RS são enfermeiro, doença e tratamento, no núcleo central – cuidados hospitalares. Na nuvem de palavras, das mais evocadas destaca-se enfermeiro, doença, tratamento, prevenção, cuidado e ajuda. Conclusões: As RS dos estudantes estruturam-se em torno do papel central do enfermeiro no processo de cuidar. São os cuidados mais próximos da intervenção hospitalar que assumem destaque e posicionam o enfermeiro no centro do processo, sendo a partir daí que se concetualizam os cuidados ao doente, através do tratamento, prevenção, cuidado e ajuda. Salienta-se que as RS remetem para a importância social e especificidade do papel do enfermeiro na sociedade, evidenciados por termos como responsabilidade, ensino, promoção, educar ou apoio. Referências Bibliográficas Brito A. M. R., et al. (2011). Representações sociais de discentes de graduação em enfermagem sobre “ser enfermeiro”. Rev Bras Enferm, Brasilia 2011 mai-jun; 64(3): 527-35. Correia, Raquel (2008). Enfermeiros recém-formados e Cuidados de Saúde Comunitários: as lógicas subjacentes à escolha. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 05, pp. 45-58. Consultado em [maio, 2014] em http://sisifo.fpce.ul.pt Formozo GA, Oliveira DC. (2010). “Representações sociais do cuidado prestado aos pacientes soropositivos ao HIV”Rev Bras Enferm, mar-abr; 63(2): 230-7

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A presente investigação empírica, desenvolvida na área da formação contínua, procura compreender como se processa a formação continua em contexto de trabalho dos enfermeiros de uma organização hospitalar, centrando-se na percepção e representações dos enfermeiros de cuidados gerais sobre a qualidade, autopercepção do impacte e importância da formação no desenvolvimento de competências e motivação para a participação na formação contínua, como forma de promover o desenvolvimento de competências. Considerando-se que a problemática do paradigma da formação, subsiste na falta de articulação entre os processos comunicacionais, motivadores, procedimentais e dos recursos à disposição dos usuários e gestores da formação, a nível micro dos serviços da organização e macro da tutela o que contribui para a inexistência de resultados quantificáveis, em termos de eficácia e eficiência da formação no desenvolvimento de competências dos colaboradores e crescimento da organização. Apesar da formação contínua, nas organizações, objectivar o desenvolvimento de competências, implicar a construção de um quadro de referência a partir de uma abordagem multidisciplinar, de forma a incluir a complexidade dos fenómenos, a investigação dos factores determinantes que concorrem para a performance dos enfermeiros, parece ser uma abordagem imprescindível para compreender e analisar a problemática na sua dimensão. O estudo empírico consistiu numa investigação exploratória/descritiva, partindo de uma amostragem não probabilística, optando-se por uma metodologia quantitativa, através da aplicação de questionários a 208 enfermeiros da prestação de cuidados, de uma organização hospitalar pública EPE, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Esta investigação permitiu verificar que no geral, os enfermeiros têm uma percepção positiva sobre a qualidade da formação contínua desenvolvida no serviço onde desempenham funções. Maioritariamente consideram importante a formação contínua como factor de desenvolvimento de competências, sentem-se motivados e participam activamente na formação. No entanto, não se conseguiu efectuar qualquer tipo de inferências ou correlações entre as variáveis de estudo constatando-se que os enfermeiros responderam frequentemente e Sempre, na grande maioria das questões, havendo heterogenia nas respostas a questões semelhantes. O estudo demonstrou que apesar da percepção positiva dos enfermeiros sobre a formação contínua desenvolvida no serviço, não se consegue ter a verdadeira percepção de como é conduzida a formação em serviço qual o seu impacte na melhoria do desempenho dos enfermeiros e se a organização evidencia uma cultura de formação voltada para uma estratégia de melhoria continua das qualificações dos enfermeiros. À luz dos resultados, foi desenvolvido um projecto de intervenção sócio-organizacional na área da gestão da formação, numa perspectiva de estratégia de desenvolvimento organizacional, melhoria das competências individuais e proposto um portfólio de descrição de funções do enfermeiro responsável pela formação. ABSTRACT: This study, based on the issues of continuous professional training in the hospital setting, as a factor to develop nurses competencies, intends to understand how the training program in the hospital milieu is conducted, focusing on perceptions and concepts of quality, impact, importance and motivation to participate in ongoing professional training, according to general care registered nurses point of view. The study main goal is to identify how is developed professional training in a medical institution from Sub-Região de Saúde de Lisboa and Vale do Tejo, and evaluate the impact of the training program. Considering that a problematic exists in the articulation between the communication processes, motivational drives, procedures and resources at the disposition of the participants and managers of the professional development program, at a micro level of services in the organization and at a macro level of the government policies and organizational strategies leaders; which contributed to the absence of quantifiable results and little evidence, in terms of efficiency of the professional development program to enhance the professional competencies of those participating in the study. The investigation of the factorial determinants related to nurse’s efficient performance enhanced by participating in continuous professional training, seems to be an imperative approach to understand and analyze the problematic in its own dimension. The empirical study consisted in an exploratory/descriptive investigation, departing from a random sample, by means of a quantitative methodology approach; through the use of questionnaires being administered to 208 nurses in general care, from a public medical organization. This study, allowed to verify that nurses have a positive perception of the professional development programs established in their workplace, and the competencies of those nurses in charge of delivering the program. The majority, considered the maintenance of a continuous professional development program, imperative to maintain good professional skills; they feel motivated and actively participate in professional development programs. However, it was not possible to make any correlations between the variables of the study, noticing that the nurses answered frequently and always, to the majority of the questions. The study demonstrated that even though nurses have a positive perception of professional development in terms of their workplace, it was inconclusive to ascertain the training quality programs delivered at medical facilities. ln conclusion, a plan of intervention centered on a socio-organizational model, was developed to create a uniform, procedural approach to developing high standards competencies for the registered nurses, by a professional training program, that include monitoring the process and assessing the results of the program. Management competencies according to a balanced scorecard it's another proposal of this study.

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A preocupação com a qualidade e normalização dos serviços de saúde é cada vez maior, verificando-se que, para responder às progressivas exigências dos utentes, aparecem entidades que criam normas universais, as quais pretendem a garantia da qualidade nos serviços de saúde. Contudo, a implementação de um sistema de gestão da qualidade, através da norma ISO 9001, nestas organizações, é um desafio pela dificuldade de avaliação da qualidade dos serviços prestados- cuidados de saúde. Estando presente num hospital profissional como médicos, enfermeiros e gestores, com características culturais que influenciam a forma de encarar a qualidade e a sua monitorização para a existência de uma mudança profunda, quando se implementa uma política de qualidade, é fundamental conhecer a definição da qualidade de cada profissional, membro de uma cultura e, deste modo, a sua postura perante o fenómeno. O presente trabalho tem como objectivos identificar a percepção dos enfermeiros do Hospital Cuf Infante-Santo, relativamente ao sistema de gestão da qualidade, segundo a norma ISO, e, consequentemente, investigar pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades da implementação dessa norma nessa organização hospitalar. Para atingir os objectivos, foi desenvolvido um modelo de análise, onde se considera o relacionamento entre as características da qualidade em saúde, cultura organizacional hospitalar e do sistema da norma ISO, para o desenvolvimento da melhoria contínua na organização. Os dados, para a elaboração desta dissertação, foram recolhidos através de inquérito por questionários aos enfermeiros do Hospital Cuf Infante-Santo, que se encontravam a laborar na organização aquando da implementação da norma ISO, sendo utilizado o método quantitativo e técnicas do estudo qualitativo na análise de dados orientados para o significado das acções. Do trabalho desenvolvido, conclui-se que a percepção relativamente às alterações na qualidade dos cuidados está limitada pelo facto de a maioria dos respondentes não conhecer o sistema de qualidade (Norma ISO 9001), sendo este um dos pontos fracos para a implementação da norma ISO na organização. Deste modo, a situação diagnosticada constitui um alerta para as organizações de saúde, ao implementarem sistemas de gestão da qualidade, potencializarem os pontos fortes identificados, como a orientação dos enfermeiros para o cuidar e para o cliente e, por outro lado, evitar repetir pontos fracos, como o identificado anteriormente, através do envolvimento e formação dos seus colaboradores nas políticas da qualidade. Os enfermeiros preocupam-se com a qualidade, mas referem que não a monitorizam regularmente. Pelo que, esta necessidade com a implementação do sistema de gestão da qualidade, deverá ser corrigida, de modo a que a organização de saúde em estudo caminhe para a excelência. ABSTRACT: The concern with the quality and standardization of health services is increasing, verifying that to respond to the progressiva demands of the users, there appear entities wishing to create universal standards to ensure the quality in health services. However, implementing a quality management service, through ISO 9001 standard, in these organizations, it is a challenge by the difficulties of evaluation in the quality of the provided services - health care. Being present in a hospital professionals such as doctors, nurses and managers, with cultural characteristics that influence the way and method of facing the quality and its monitoring for the existence of a profound change, when a quality policy is implemented, it is fundamental to know the definition of the quality of each and ever professional, member of a culture, and in this way, their posture towards the phenomenon. This present study aims to identify the perceptions of nurses at the Infante-Santo CUF Hospital, relatively to the quality management system, according to the ISO standard, and consequently, investigating strengths, weaknesses, threats and opportunities of the implementation of this standard in that hospital organization. To achieve these aims or objectives, an analysis model was developed, which considers the relationship between the characteristics of the quality of health, hospital organizational culture and the ISO standard system, for the further development of the continuous improvement in the organization. The data for the elaboration of this dissertation was collected through questionnaire surveys done to the nurses at Infante-Santo CUF Hospital, who were working in the organization during the ISO standard implementation, being used the quantity method and techniques of the quality study in the analysis of data orientated to the meaning of actions. The developed research concluded that the perception related to the alterations in the quality of the care is limited by the majority of respondents not knowing the quality system (ISO 9001 standard), being this one of the weaknesses to the implementation of the ISO standard in the organization. Therefore, the diagnosed situation constituted a warning to the health organizations, to implement quality management systems, potentially the identified strengths, such as the orientation of the nurses to the care and to the client, and on the other hand, avoiding the repetition of weaknesses, as previously identified, through the involvement and training of its employees in the quality policies. The nurses are concerned about the quality but they refer that there is no regular monitoring. Thus, this necessity of the implementation of the quality and management system should be corrected, so that the health organization being studied should proceed to excellence.

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Educação e Formação de Adultos no Alentejo: o Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), no período 2000-2005 pretende ser um contributo para a avaliação dos resultados do Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) concretizado no Alentejo, entre 2000 e 2005, na perspectiva dos adultos que o protagonizaram. No período e território considerados, 2969 pessoas adultas concluíram, com êxito, os seus percursos de qualificação, no âmbito do Processo de RVCC, nas seis instituições que, então, o disponibilizavam: ESDIME – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste, Fundação Alentejo, ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, Instituto do Emprego e Formação Profissional/Centro de Formação Profissional de Portalegre, Rota do Guadiana – Associação de Desenvolvimento Integrado e Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado.

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Obter um conhecimento mais aprofundado sobre a dimensão das diferentes realidades dos grupos vulneráveis é não só reconhecido como importante mas também como necessário para informar a intervenção técnica e política. Foi este o objectivo da Tomada de decisão para intervir e investigar ao nível das diferentes problemáticas na área da saúde mental. Reconhecidas como tal pela sua dimensão global, pois têm repercussões no bem estar humano ao nível do individual e nas dinâmicas sociai e económicas de qualquer país. Assim, de acordo com aquilo que nos foi solicitado, venho dizer-vos os projectos de pesquisa e intervenção que temos vindo a desenvolver na Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Évora

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O conceito de envolvimento dos alunos na escola tem vindo a ser colocado no cerne das discussões relacionadas com o sucesso académico e com o abandono escolar. Este estudo faz uma revisão de literatura acerca deste conceito e das suas relações com o desempenho académico, destacando a sua importância no âmbito da formação de professores. Vários estudos sustentam que a falta de envolvimento dos alunos aparece associada ao baixo desempenho académico, a problemas de comportamento e ao abandono escolar. O envolvimento dos alunos na escola apresenta-se, na literatura revista, como uma resposta eficaz para os problemas que afetam as escolas e os seus alunos, como um aspeto a ter em conta na prevenção de padrões de comportamento problemático em contexto escolar e, portanto, como um conceito transdisciplinar de elevada importância na formação de professores.

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O contexto educativo atual é cada vez mais diversificado, mais condicionado por condições económicas difíceis que potenciam desigualdades no sistema educativo e por novas realidades culturais e sociais a que a Escola e os professores não podem ser alheios. O sucesso escolar é atingido de formas cada vez mais diversificadas inutilizando o conceito de escola de massas e requerendo uma escola inclusiva. A prática letiva prevê a diversificação de metodologias de ensino e aprendizagem. A avaliação formativa reveste-se de vital importância neste âmbito, uma vez que se provou que a sua utilização melhora o sucesso escolar, como atestam estudos realizados por Paul Black and Dylan Wiliam (King’s College London School of Education). No presente texto, apresenta-se o resultado de um estudo realizado numa escola do Alentejo, em que participaram quinze professores do 2.º e 3.ºciclos das disciplinas de Línguas Estrangeiras, Língua Portuguesa e Matemática. Tendo como instrumento de recolha dados um inquérito por questionário, procurámos conhecer as perceções dos professores sobre a avaliação das aprendizagens dos alunos, designadamente a avaliação formativa e de que forma os professores estão envolvidos em práticas de avaliação formativa. Procurámos ainda saber em que medida a formação de professores contempla a avaliação formativa e se os professores sentem necessidade de formação nesta área. Serão, ainda, tecidas algumas reflexões a partir dos resultados obtidos.