29 resultados para Territórios marginais


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A cultura popular e local é um dos mais fortes pilares da identidade dos territórios e uma das mais potenciais bases para um desenvolvimento sustentável que não elimine, nem desmantele, tudo o que os nossos antepassados construíram em cada um dos territórios. Neste contexto, a literatura popular, em territórios do interior de Portugal, nomeadamente, onde os níveis de iliteracia foram sempre demasiadamente altos, é um dos principais patrimónios a preservar. A recolha, valorização e divulgação da literatura popular de base oral é, nestas condições, um importante contributo para a preservação da identidade local e um fundamental trabalho para a preservação, valorização e divulgação do património nacional.

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A rede de ensino superior é, no presente, um dos instrumentos de política pública mais importante no desenvolvimento regional em Portugal. A capacidade de atração dos estudantes, a fixação de diplomados, bem como a territorialização de conhecimento científico nos territórios do interior é, na atualidade, uma das mais importantes variáveis da equação de desenvolvimento do nosso país. Qual o papel das Universidades e dos Institutos Politécnicos no desenvolvimento regional é uma das finalidades da reflexão que se propõe.

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O presente estudo trata da prática política nos diferentes espaços das monarquias ibéricas na primeira metade do século XVIII. Tendo como objecto de análise principal a correspondência de quatro municípios seleccionados como observatórios (Évora, Córdova, Ouro Preto e Quito), pretende-se conhecer com maior detalhe as variações desta mesma prática em função dos contextos. Partindo da ideia de que o modelo político-administrativo implementado na América seria, na essência, decalcado do peninsular, procura-se aqui entender as mutações resultantes desta transferência. Ao longo deste trabalho defender-se-á a ideia de que, apesar das semelhanças entre o aparelho burocrático metropolitano e americano, a prática política nos territórios extra-europeus revestia-se de um conjunto de especificidades que a diferenciavam de forma clara. Neste sentido, argumenta-se que estas mutações condicionavam igualmente quais seriam os interlocutores das coroas nas diferentes regiões. Ou seja, que uma mesma instância teria, nos territórios ultramarinos e peninsulares, graus de participação nos processos de negociação e articulação política consideravelmente diferentes, algo que de que os municípios são um bom exemplo. Para o efeito serão comparados aspectos como os ritmos da comunicação; o relevo de cada instância na comunicação com a coroa; o perfil dos indivíduos que, nos diferentes territórios, ocupavam os ofícios da malha administrativa; as dinâmicas de especialização de competências ou de concentração de funções num mesmo cargo; a conflitualidade institucional e a existência de iniciativas políticas de cariz supramunicipal; Abstract: This study deals with the political practice in different areas of the Iberian monarchies in the first half of the eighteenth century. The main object of study is the correspondence of four selected municipalities (Évora, Cordoba, Ouro Preto and Quito), and it aims to know in greater detail the variations of this same practice on different contexts. Starting from the idea that the political and administrative model implemented in America would, in essence, be modeled on the peninsular, the intent is to understand the changes resulting from this transfer. Throughout this work we will argue that, despite the similarities between the metropolitan and American bureaucracy, political practice in non-European territories possessed a set of characteristics that were very specific. In this sense, it is argued that these mutations would also determine which would be the interlocutors of the crowns in different regions. That is, if the same instance would, in the overseas and peninsular territories, have different levels of participation in the negotiation and in the political articulation processes, something that municipalities are a good example of. For this purpose, aspects such as the rhythms of communication; the importance of each instance in the correspondence with the crown; the profile of the individuals who, in different territories, occupied the offices of the administrative network; the dynamics of specialization or concentration of functions in the same position; the institutional conflicts and the existence of supramunicipal initiatives will be compared.

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Tradicionalmente considerado um país rural, Portugal caracteriza-se por assimetrias significativas ao nível da distribuição da população e da paisagem, da atividade económica e das dinâmicas sociais e culturais, que se traduzem em diferenças de desenvolvimento territorial, sustentabilidade e qualidade de vida entre as áreas urbanas e rurais. Porque muitas áreas rurais se têm urbanizado e perdido a sua identidade produtivo-agrícola e, também, porque algumas áreas urbanas têm incorporado conceitos e paisagens rurais, importa conhecer as perceções sobre o nível de bem-estar que os indivíduos registam no local onde residem e os factores de ligação entre o rural e urbano que fazem, nomeadamente, com que ambos sejam territórios de trabalho e mobilidade, residência ou evasão, cultura e lazer, tranquilidade ou agitação, ou seja, de bem-estar global. A sociedade atual continua a adotar padrões de comportamento baseados numa lógica que impera desde há dezenas de anos ainda que a posição das várias atividades desenvolvidas no território, apoiada por novas acessibilidades e conectividades (físicas e eletrónicas), propicie o surgimento de vários usos do território, por vezes conflituantes. Esta nova realidade física distante do padrão vigente num passado recente, pressupõe significativas alterações de natureza muito diversas. Partindo deste pressuposto e de uma abordagem multi-método, o objetivo é analisar as ligações entre as regiões urbanas e rurais, em Portugal, e a perceção de qualidade de vida que lhes é associada, a partir de informação secundária obtida do INE, PORDATA e de um estudo de caracterização da paisagem de Portugal continental e informação primária recolhida por sondagem a uma amostra da população portuguesa.

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As Instituições de Ensino Superior (IES) localizam-se ao longo de todo o território português, em cidades de dimensão distinta mas sempre âncoras dos territórios envolventes. Um dos efeitos mais imediatos, entre os “efeitos de procura”, relaciona-se com a dimensão populacional das cidades onde as IES estão instaladas. Logo que todos os agentes diretamente envolvidos com a IES chegam à (permanecem na) cidade – funcionários docentes e não docentes e estudantes – provocam efeitos vários, quer pela dimensão demográfica (quer em termos de volume quer de estrutura) quer pelos efeitos multiplicadores na atividade económica. O enquadramento teórico deste estudo prende-se com duas teorias fundamentais: os estudos acerca dos impactes das IES e a teoria das migrações jovens. Esta investigação visa estudar a existência de correlações entre as cidades que acolhem as IES, estas instituições e os movimentos migratórios ao longo do país. As questões de investigação são as seguintes: a dimensão das IES está relacionada com a dimensão da cidade onde está instalada e a capacidade de atração de ambas é proporcional? Podem as IES servir para inverter os fluxos migratórios que se verificam com destino às cidades onde existem IES? Os objectivos do trabalho são: - relacionar a dimensão das IES com as cidades de acolhimento, bem como os respectivos níveis de atração; - estudar os fluxos migratórios, destacando os jovens do conjunto do total da população que se desloca para as cidades / concelhos onde existem IES. Utilizar-se-ão dados relativos i) aos estabelecimentos da rede pública, universitária e politécnica; ii) às migrações internas em Portugal por grupos de idades e, iii) caracterização das cidades de acolhimento das IES. Os dados serão analisados com métodos de estatística descritiva, multivariada e com a metodologia fuzzy que visa conhecer as condições necessárias e/ou suficientes da atratividade das cidades relativamente aos fluxos migratórios jovens.

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CARTOGRAFIA ANTIGA Resumo: A cartografia, ou seja, a ciência de preparar cartas, mapas e planos para os mais variados fins, com diversos níveis de complexidade e informação, baseados em elementos científicos, técnicos e artísticos de extremo apuro, tendo por base os resultados da observação direta ou da análise de documentos, remonta a tempos muito antigos. Conhecem-se cartas ou representações de território ou do mundo que ia sendo descoberto, desde Ptolomeu que os realizou baseado nas referências de viajantes e mercadores, e no material coligido por geógrafos que o antecederam, dados sobre a Europa, Ásia e África. Uma das representações mais remotas que existe é uma reconstituição (de autor não identificado) do mapa de Eratóstenes, de cerca de 220 a.C. O matemático grego e bibliotecário da Alexandria usou os levantamentos do mundo conhecidos, após as conquistas de Alexandre, o Grande. Posteriormente nos mapas-mundo medievais, a Terra não tem forma geográfica, mas geográfica ou anti geográfica -como se poderá observar em Psalter, manuscrito em papel velino, anónimo, 1265). Mais tarde o Planisfério de Cantino (1502), constitui-se como a mais antiga carta náutica portuguesa conhecida, mostrando o resultado das viagens de Vasco da Gama à Índia, Colombo à América Central, Gaspar Corte Real à Terra Nova e Pedro Álvares Cabral ao Brasil, representando a superfície terrestre em seu conjunto, apresentando os dois hemisférios lado a lado. A época dos descobrimentos, foi para Portugal, altura em que a ciência da cartografia se desenvolveu de forma muito assinalável, sendo de referir inúmeros cartógrafos reais, de entre os quais André Homem, Bartolomeu Velho, Fernando Álvaro Seco, João Teixeira Albernaz, o Moço, João Teixeira Albernaz, o Velho, Lopo Homem, Pedro Reinel, Pedro Teixeira Albernaz, Diogo Ribeiro, entre muitos outros. Os portugueses também se destacaram na produção de portulanos, especialmente no período do Infante D. Henrique e da lendária "Escola de Sagres “. A partir do século XVI a designação de ‘'portulano'' disseminou-se e começou a ser aplicado a qualquer coleção de instruções náuticas, assim como aos mapas que as acompanhavam. A partir do século XIX o termo passou a designar, de forma genérica, as cartas marítimas produzidas até aos fins do século XVI. A cartografia, foi desde sempre um conjunto de documentos fundamentais, para que homens e bens pudessem circular, que as diferentes civilizações, nas mais distantes partes do mundo se conectassem. Como elementos de orientação terrestre ou marítima foram a representação de territórios novos a explorar. Mais ou menos guarnecidos de cor ou representações fantásticas de gentes e animais procuraram transmitir a visão dos homens coevos.

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O presente trabalho de investigação apresenta um estudo sistemático da expressão arquitetónica que teve na região do Alentejo a implantação agro-industrial da cultura do trigo, em especial, durante a "Campanha do Trigo", iniciada em 1929 e prosseguida durante o Estado Novo, até 1969. Para tanto, procede ao mapeamento dos elementos edificados, em ligação com os processos de produção, silagem e moagem industrial do trigo, bem como ao seu transporte, estabelecendo uma análise comparativa com outras regiões e países, com o intuito de revelar o impacto destes equipamentos nos diversos territórios e paisagens. Assim, procura-se compreender as relações que se estabeleceram entre a forma arquitetónica do silo (cujo desenho resulta fundamentalmente de uma resposta programática intrinsecamente ligada à sua função primordial - armazenamento do cereal) e os lugares, onde se implantaram e com os quais se procuraram articular, e as paisagens, com as quais perspetivaram dialogar. Para tal, procede-se a descrição do estado atual de cada exemplar das denominadas "arquiteturas do trigo", com o objetivo de gerar, num primeiro nível, o entendimento de cada caso em particular e, posteriormente, estabelecer, por efeito de comparação, um confronto, quer entre os diferentes contextos em que se inserem, quer entre as suas caraterísticas formais, de modo a tirar ilações que possibilitem problematizar o seu uso futuro, equacionando diferentes perspetivas de atuação sobre o edificado. Finalmente procura-se introduzir uma discussão segundo diferentes orientações e posicionamentos, de modo a invocar perspetivas de atuação sobre os silos, que se adequem a cada situação específica, a cada contexto e a cada lugar. É no confronto entre as abordagens enunciadas, que se evidencia, mais do que a pertinência, a emergência social e cultural de uma ação diligente, quer ao nível particular de cada peça silar, quer do sistema, do qual era parte integrante a linha de caminho de ferro, que através do seu traçado permitia interligar todas as peças silares e garantir o seu funcionamento a escala industrial; ABSTRACT: This research presents a systematic study of architectural expression of wheat crop agro-industrial development, in particular the "Wheat Campaign", started in 1929 and continue during the "New State", until 1969. We first proceed to map the built elements related to production processes, silage and wheat industrial grinding, as well as the ways of transportation, establishing a comparative analysis with other countries and regions, in order to reveal the impact of these objects in various territories and landscapes. We seek to understand the relationships between the architectural form of the silo (whose design is mainly a result of an intrinsically programmatic response linked to its primary function - cereal storage) and the places where they are implemented and the landscapes which they sought to communicate and articulate. Secondly, we describe the current status of each copy of the "wheat architectures" in Alentejo, with the main objective of attain, at first, the understanding of each particular case and, then, to establish a connection between the different contexts in which they operate and their formal characteristics, in order to conceive and discuss their future use, equating different perspectives of action in the buildings. Finally seeks to introduce a discussion according to different orientations and positions in order to invoke prospects for action on the grain elevators that are appropriate to each specific situation, every context and every place. It is the clash between the stated approaches, which shows more than the relevance, it shows social and cultural emergence of a diligent action on the particular level of each grain elevator on the system, which was an integral part of the railway, which through its tracing allowed to interconnect all grain elevators and assure its operation on an industrial scale

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Caracterizado muitas vezes e talvez algo injustamente como um escritor que publicou sobretudo romances de ideias, expressão que não deixa de ser equívoca, é indiscutível que a obra de Vergílio Ferreira, nas suas múltiplas dimensões, transita frequentemente entre os territórios classicamente definidos como literatura e filosofia. Por isso, é habitual associar-se alguns dos seus romances, nomeadamente aquele que tem por cenário a cidade de Évora (Aparição, 1959), ao existencialismo sartriano. Essa colagem merece ainda assim ser questionada. Até porque, noutros passos da sua obra, Vergílio discute longa e pertinentemente algumas teses do autor de L’Être et le Néant (cf., por exemplo, as páginas 128-138, escritas precisamente em Évora, do Diário Inédito, 2010). Menos referida é, contudo, a relação que os escritos de Vergílio têm com outro filósofo francês, Jacques Derrida. Essa relação não é, com certeza, de circunstância. Aliás, deve-se a Vergílio aquela que é, seguramente, uma das primeiras tentativas de traduzir para a língua portuguesa a famosa expressão cunhada por Derrida: différance (cf. Espaço do Invisível II, 1976, pp. 82-83). A presente comunicação visa pôr em diálogo dois livros de Vergílio Ferreira que estão, como se sabe, intimamente vinculados entre si – Para Sempre (1983) e a Cartas para Sandra (1996) – com a matriz teórica derridiana, designadamente com as suas concepções de escrita, de destinação e até de destinerrância. Fá-lo-á sobretudo a partir de La Carte Postale – de Socrate à Freud et au-delà (1980), obra singular no próprio trajecto do filósofo francês em que se mesclam o diário e a ficção, a teoria e o género epistolar.

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O Alto Alentejo constitui-se como uma região extensa e muito diversa nas suas paisagens. Essa heterogeneidade ajuda a dfinir uma rede de povoamento que em época romana apresenta grandes variações, desde as áreas plenamente inseridas nos circuitos da romanidade até sub-regiões onde a presença é escassa ou parece preservar uma identidade arcaica. Durante a Antiguidade Tardia os fenómenos de evolução diferenciada acentuam-se: a rede de povoamento sofre uma retracção, abandonando-se as áreas periféricas, e nos territórios mais próximos da capital provincial, Augusta Emerita, e/ou da rede viária que percorre este espaço, criam-se reformulações na arquitectura e vivência das villae. Na passagem do tempo vemos profundas alterações no modo como se vive em meio rural, quer pela presença de novas comunidades, quer também pela implementação do cristianismo que conduz a novas formas de perceber os sítios e o território. Analisam-se as linhas evolutivas neste território, procurando caracterizar os novos perfis de ocupação nos sítios e as alterações na estrutura da rede de povoamento.

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A gestão da áreas classificadas é cada vez mais um factor de desenvolvimento e de sucesso para alcançar os objectivos de conservação da biodiversidade tal como é defendido por diversas convenções e tratados internacionais. As metodologias de gestão têm evoluído continuamente nas últimas décadas mas no essencial observam, de acordo com as recomendações das referidas convenções, a elaboração de inventários e do planos de gestão integrados e participados que promovam e contribuam para a utilização sustentável desses mesmo sistemas. O ecoturismo pode contribuir para a gestão e conservação destes espaços ricos em biodiversidade promovendo o conhecimento destes recursos e uma mudança de atitude dos visitantes incrementando a sua consciencialização sobre a importância dos valores naturais através da oferta de serviços e produtos sustentáveis. É imprescindível disponibilizar aos técnicos do sector, que trabalham nos territórios, dados sobre a riqueza em biodiversidade existente e simultaneamente indicar a magnitude das ameaças que sobre elas recaem para que seja feito um correto planeamento das actividades de lazer. Para a flora e fauna já existem livros vermelhos com estatutos de conservação e conceitos operacionais como RELAPE mas no que se refere à biodiversidade beta e gama a região Calcária do Centro Oeste de Portugal, em que serão indicadas as séries de vegetação e os habitats que pela sua originalidade biogeográfica e grau de ameaça deveriam ter um estatuto de conservação. Faremos referência aos desafios e oportunidades do ecoturismo na gestão e conservação da biodiversidade e daremos exemplos práticos de actividades de animação turística desenvolvidas no território.

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Ao longo da segunda metade do século XX, os territórios rurais do sul da Europa sofreram à semelhança da generalidade dos territórios do ocidente profundas transformações. No caso de Portugal, a transformação mais notória diz respeito ao processo de desagregação entre o conceito de rural e agricultura, provocando profundas mutações nas dinâmicas sociodemográficas e económicas dos territórios. De uma forma generalizada os territórios rurais ganharam novas atribuições e surgem como espaços de consumo e pós-produtivistas, onde se desenvolvem múltiplas atividades produtivas, relacionadas com um novo modelo ecossocioeconómico, sendo objeto de novas procuras e interesses urbanos. No entanto, e apesar do quadro recessivo, de crescimento do desemprego e da emigração, assistimos nos últimos anos de assistência económica e financeira da Troika, ao ressurgimento da agricultura com investimentos agrícolas, florestais e agroalimentares no âmbito dos programas de desenvolvimento rural, acompanhados de um discurso idílico por parte dos políticos e meios de comunicação de um suposto regresso à terra. O objetivo deste trabalho é aprofundar o conhecimento em torno dos processos territoriais em curso, através da caraterização dos atores da 2.ª ruralidade que protagonizam novas dinâmicas e tendências em alguns territórios rurais de baixa densidade, bem como as ligações e inter-relações entre o urbano e o rural. A metodologia utilizada baseia-se em fontes documentais e estatísticas e em inquéritos por questionário aos neo-rurais das Aldeias Históricas de Portugal. A principal fonte de dados resultou da recolha de dados a 27 neo-rurais. Estes questionários para além da definição do perfil dos neo-rurais, também permitiram identificar os motivos de deslocação para o meio rural, as atividades económicas e um conjunto de medidas/iniciativas para minimizar os efeitos da baixa densidade territorial.

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Como se poderá melhorar a imagem do agricultor e da atividade agrícola nos territórios rurais e na sociedade em geral? Para dar resposta a este problema foi realizado um estudo num território do Alentejo (Portugal) e num território do centro de França com os seguintes objetivos: i) Conhecer a perceção de população urbana e rural sobre a profissão de agricultor; ii) Conhecer a perceção dos jovens agricultores sobre o desenvolvimento sustentável; iii) Encontrar ameaças e oportunidades para o desenvolvimento da atividade dos agricultores, e iv) Elaborar um plano de ação conjunto para prestigiar e melhorar a representação social da profissão de agricultor e da atividade agrícola. Para atingir estes objetivos recorreu-se à análise bibliográfica, e à aplicação de entrevistas e questionários a uma amostra de conveniência, o que resultou no conhecimento das características dos agricultores e da atividade agrícola nos dois territórios, e no conhecimento de questões específicas relacionadas nomeadamente com: i) perceção sobre o desenvolvimento durável, ii) auto-avaliação da exploração agrícola, iii) perceção (por parte de uma amostra da população) dos agricultores e da agricultura e iv) perspetivas futuras no enquadramento do Quadro Estratégico Comum 2020. Os resultados da pesquisa são apresentados através dos seguintes pontos: i) Introdução; ii) Metodologia; iii) Apresentação do projeto; iv) Análise comparativa da perceção dos diferentes atores, v) Que novas perspetivas para o caso do Alentejo?, e vi) Considerações finais e Conclusões.

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Enquadrada no campo dos Future Studies, a prospetiva é uma abordagem interdisciplinar que estuda as mudanças passadas e presentes e procura, através da análise das fontes, padrões e causas da mudança e da estabilidade, desenvolver a capacidade de antecipação de futuros possíveis e mobilizar os atores para a ação coletiva. Nesta medida, a prospetiva apresenta um enorme potencial para intervenções orientadas para o desenvolvimento das organizações e dos territórios, tendo em vista um futuro desejável por parte dos seus atores.Este livro procura constituir-se como um auxiliar prático para estudantes do ensino superior e profissionais (sociólogos, planeadores sociais, geógrafos, gestores, entre outros) envolvidos no planeamento estratégico dos territórios e/ou das organizações.

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As espécies invasoras são uma das principais ameaças à biodiversidade causando impactes ecológicos, económicos e nos serviços dos ecossistemas. O conhecimento conjunto da dinâmica das séries de vegetação e da ecologia das plantas invasoras é uma ferramenta útil na recuperação ecológica de áreas invadidas e na prevenção de invasões. Este trabalho tem como objectivo principal averiguar a relação entre a distribuição das plantas invasoras e as comunidades vegetais terrestres do Sul de Portugal. Para tal, fez-se corresponder a distribuição de nove plantas invasoras selecionadas com as séries de vegetação e territórios biogeográficos, em 60 quadrículas com 1 Km2. A Província Lusitana-Andaluza Costeira revelou-se a mais invadida, com predomínio de Acacia dealbata, Acacia longifolia e Opuntia maxima no potencial climatófilo de sobreiral psamófilo; A. longifolia dominou no potencial edafoxerófilo de zimbral de Juniperus turbinata e A. dealbata e Arundo donax no potencial edafo-higrófilo de freixial. Com base nos resultados, estabeleceram-se áreas prioritárias para intervenção; INVASIVE PLANTS IN SOUTHERN PORTUGAL A BIOGEOGRAPHICAL APPROACH Abstract: Invasive species are one of the main threats to biodiversity worldwide and are responsible for negative impacts at ecological, economic and ecosystem services level. Complementarity between vegetation series dynamics and invasive plants ecology knowledge is essential to address ecological restoration and to prevent invasions. The main goal of this work is to investigate the relationship between invasive plants distribution and terrestrial plant communities of Southern Portugal. Fieldwork was conducted in 60 1 Km2 sampling plots and a correspondence was made between nine selected invasive plants and the vegetation series and the biogegraphic units The Andalusian-Lusitanian Coastal province was the most invaded biogeographic unit and revealed the dominance of Acacia dealbata, Acacia longifolia and Opuntia maxima in the cork oak psammophilous series; A. longifolia dominated in the maritime turbinate juniper edapho-xerophilous series and A. dealbata and Arundo donax in the ash edaphohygrophilous groves potential. Based on the results, priority areas for intervention were defined.