11 resultados para Enfermagem Ensino auxiliado por computador

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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Nos ltimos dois anos letivos o Conselho Pedaggico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) implementou um Programa de integrao de estudantes do 1 ciclo de estudos em Enfermagem, tendo como objetivos promover a sua integrao na ESEnfC, seu funcionamento e servios, contribuir para a integrao na vida acadmica e comunidade educativa, facilitar a interao com professores, outros estudantes e funcionrios. Em parceria com a coordenao do 1 ano, organizaram-se e dinamizaram-se 3 dias de atividades na primeira semana do ano letivo, sob o lema " descoberta da ESEnfC luz dos seus valores matriciais" em setembro de 2013 e " descoberta da ESEnfC luz dos seus Projetos" em setembro de 2014. Abrangeram-se cerca de 320 estudantes (2013 e 2014) e envolveram-se professores (32/2013; 36/2014) e estudantes (30/2013; 30/2014) de referncia, estruturas estudantis (Associao Estudantes, Comisso Praxe e Tuna), Unidades Diferenciadas, Gabinetes e Servios (e.g. Gabinete Apoio Projetos, Conselho Qualidade e Avaliao, Unidade Investigao). Metodologicamente organizaram-se grupos de 15 estudantes do 1 ano orientados respetivamente por 2 professores e 2 estudantes nas sesses de acolhimento com os presidentes dos rgos, nas visitas aos 3 polos e aos principais pontos estratgicos (e.g. Centro Simulao, Biblioteca) e nas atividades integrativas. Em 2013 props-se a realizao de sesses de brainstorming, atribuindo a cada grupo um valor matricial da ESEnfC, que resultou numa sntese reflexiva e 'nuvem de palavras' por grupo e apresentada em plenrio. Em 2014, a cada grupo foi apresentado um Projeto da ESEnfC propondo-se a construo de cartaz digital representativo e respetiva sntese reflexiva, com apresentao em plenrio. Dos estudos de opinio (inicial em setembro e de impacto em fevereiro) realizados pelo Conselho Qualidade e Avaliao, em 2013 e 2014, a satisfao dos estudantes (expressa numa escala de Muito Baixo a Muito Elevado) situa-se sobretudo nos nveis Elevado e Muito Elevado relativamente ao Programa e ao seu contributo na integrao Escola, ensino superior e novo ambiente, facilitando a interao, comunicao e relao entre estudantes e comunidade escolar. No estudo inicial 80% dos estudantes atriburam Muita Importncia a este tipo de atividades e 90% dos estudantes gostaria de participar futuramente no Programa. Registou-se a sugesto de melhoria futura na integrao dos estudantes da 2 e 3 fase de colocao no ensino superior. Ressalta a importncia que este Programa assume na integrao dos estudantes no Ensino Superior, na ESEnfC e na prossecuo dos objetivos estratgicos propostos de promover um ambiente institucional de proximidade e de trabalho colaborativo de toda a comunidade educativa, envolvendo estudantes, docentes e funcionrios no docentes.

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Introduo: A Sistematizao da Assistncia de Enfermagem (SAE) reconhecida enquanto metodologia organizadora do trabalho da enfermagem. Todavia, apesar de ter sua obrigatoriedade no Brasil instituda pelo Conselho Federal de Enfermagem, sua consolidao ainda inconsistente. Nesse contexto se reconhece que uma possibilidade de avano para a implementao da SAE constitui o aspecto formativo da equipe de enfermagem, sobretudo dos tcnicos de enfermagem, classe que costuma ser esquecida quando se aborda a SAE (Cruz & Almeida, 2010; Salvador & Santos, 2013). Objetivos: Desvelar a tipificao de docentes sobre o ensino da sistematizao da assistncia de enfermagem em nvel tcnico. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa. Participaram sete docentes do Curso Tcnico em Enfermagem de uma universidade pblica do Nordeste do Brasil. A coleta de dados ocorreu em fevereiro de 2015, a partir da tcnica do grupo focal. As falas foram transcritas e o contedo textual decorrente das entrevistas foi submetido anlise lexicogrfica, com auxlio do software Interface de R pour Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionneires (IRAMUTEQ). A anlise dos dados foi realizada a partir do referencial terico de Alfred Schutz (2012). Os preceitos ticos foram atendidos. Resultados: Participaram sete docentes com formao mnima de mestrado, experientes no ensino tcnico. Por meio da Classificao Hierrquica Descendente, cinco classes advieram das trs parties de contedo. As classes 1 e 2 denotaram por um lado experincias e possibilidades que afirmam a necessidade de inserir a SAE no nvel tcnico e por outro dvidas quanto ao momento certo para este ensino. As classes 3 e 4 elucidaram os motivos-porque ensinar a SAE aos tcnicos de enfermagem, ao destacar que os docentes devem enfrentar os receios em busca de alternativas para que o ensino da SAE em nvel tcnico se consolide, a partir da reflexo acerca do papel da universidade na mudana da prtica e na superao da ciso entre o fazer e o pensar no mundo da vida da enfermagem. A classe 5 possibilitou a compreenso dos motivos-para ensinar a SAE em nvel tcnico, com destaque para as contribuies que o tcnico de enfermagem pode efetivar ao se integrar SAE. Concluses: Os docentes do curso tcnico de enfermagem tipificam a importncia de efetivar o ensino da SAE aos tcnicos de enfermagem. Para tanto, enfatizam a necessidade de incluir tal temtica na formao em nvel tcnico. Assim, ao mesmo tempo em que denotam dvidas e receios em no saber como e quando efetivar o ensino da SAE aos tcnicos de enfermagem, refletem acerca das possibilidades e necessidade de consolidar tal ensino.

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Introduo: Em 2011 residiam em Portugal 394.496 cidados estrangeiros, 3.7% do total da populao do pas.A partir de 2008, diminuiu o nmero global de imigrantes mas aumentou o nmero de estrangeiros altamente qualificados. Em 2013/2014 cerca de 9% do total dos estudantes do ensino superior em Portugal eram estrangeiros. Alguns estudos empricos revelam que os estudantes universitrios internacionais apresentam vulnerabilidades especficas. Estudos sobre processos de transio em sade focando este grupo so escassos ou inexistentes em Portugal. Objetivos: Identificar os fatores de vulnerabilidade em sade, atravs da anlise de experincias vivenciais de integrao, incluso ou excluso de estudantes estrangeiros no ensino superior em Coimbra; Compreender de que forma a pertena a um grupo de expresso minoritria influencia a integrao na vida acadmica; Identificar fatores de incluso e de excluso, com vista prestao de cuidados de enfermagem sensveis e culturalmente congruentes. Metodologia: Foi realizada uma reviso de literatura sobre o tema e analisada informao estatstica sobre fluxos migratrios recentes em Portugal. O estudo exploratrio, de natureza qualitativa, incluiu uma amostra de convenincia constituda por 8 estudantes estrangeiros inscritos no ensino superior em Coimbra no ano letivo 2015-2016. Para proceder recolha de dados, cada estudante participou numa entrevista semiestruturada durante cerca de 30 minutos, realizada em ingls e portugus que foi gravada em udio e posteriormente transcrita e analisada de acordo com a metodologia anlise de contedo. Resultados: A amostra foi constituda por 8 participantes, 3 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idades entre 20 e 39 anos. As nacionalidades, representativas de alguns dos principais grupos de estudantes do ES em Portugal foram: pases da unio europeia (Blgica, Grcia, Itlia, Polnia e Sua), EUA, Brasil e China. Foram identificados 4 temas comuns, com impacto nos processos de integrao, que influenciam a sade e bem-estar: diferenas culturais relativas a valores estruturais e as formas de sociabilidade; religio; barreira lingustica; experincias concretas de excluso. A maioria dos inquiridos reportou alteraes nos padres de consumo de lcool relacionado com a cultura permissiva de consumo em Portugal no meio acadmico. A experincia de ser estudante internacional em Coimbra foi considerada positiva, permitindo um forte contacto com outras culturas e vivncias pessoais de liberdade e autonomia. Os estudantes em contacto com o sistema nacional de sade, relataram diferentes concees culturais sobre cuidados de sade e valores dos profissionais de sade. Concluses: Os achados do estudo vo de encontro a estudos empricos que revelam a importncia de fatores como as barreiras lingusticas e culturais, a perda de apoio social e dificuldades de integrao acadmica nos estudantes internacionais do ensino superior. A existncia de aulas e unidades curriculares em Ingls facilitadora da integrao. O suporte entre estudantes nas mesmas circunstncias, embora de nacionalidades e culturas diferentes um fator positivo de integrao. Estes dados podem proporcionar indicadores relevantes para as necessidades especficas de promoo de sade deste grupo.

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Em Enfermagem considera-se o Ensino Clnico um momento privilegiado na formao dos estudantes. Permite que os estudantes de Enfermagem aprendam no seio de uma equipa e em contacto directo com um indivduo em bom estado de sade ou doente e/ou uma colectividade a planear, executar e avaliar os Cuidados de Enfermagem globais requeridos com base nos conhecimentos e competncias adquiridas. nos contextos reais que os estudantes tm possibilidade de mobilizar os referenciais tericos para as diferentes situaes de sade/doena que a pessoa/grupo vive, podem desenvolver o pensamento crtico e contribuir para a reflexo das prticas clnicas atravs do debate com os elementos da equipa de sade (Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 2016). Na rea de Enfermagem de Sade Infantil e Peditrica pode ler-se no Guia Orientador do Ensino Clnico (Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 2016) que se preconiza que os estudantes desenvolvam capacidades de forma a prestarem cuidados globais criana e sua famlia, privilegiando os cuidados atraumticos, a parceria de cuidados, os cuidados centrados na famlia e a utilizao de uma linguagem classificada (CIPE) e que constituem objectivos de aprendizagem: Promover o crescimento e o desenvolvimento da criana, quer em situao de sade, quer em situao de doena e hospitalizao, em cada etapa do seu desenvolvimento, tendo em conta o ciclo vital da famlia; Comunicar adequadamente com a criana e famlia; Promover o bem-estar e adaptao da criana e famlia em situaes de hospitalizao, reduzindo os efeitos negativos e potencializando a resilincia e Promover a recuperao da sade da criana de acordo com as suas respostas situao de doena, tendo como referncia o processo de cuidados de enfermagem. Nesta rea os estudantes realizam o Ensino Clnico em Instituies hospitalares e em Creches/Jardins-de-infncia.Neste contexto, realizando os estudantes de Enfermagem o Ensino Clnico em creches/jardinsde- infncia e verificando-se a carncia de pesquisas desenvolvidas no nosso Pas sobre esta temtica, propomo-nos desenvolver um estudo descritivo e exploratrio, que seguir a metodologia qualitativa, que nos responda s questes: O que valorizam os professores de enfermagem no papel do enfermeiro na creche? Ser que consideram que as creches so locais de ensino clnico que proporcionam aos estudantes momentos de aprendizagem e de apropriao e desenvolvimento de conhecimentos? Com este estudo pretendemos: - Conhecer o que valorizam os professores no papel do enfermeiro na creche; - Identificar as oportunidades de aprendizagem que os professores consideram que o ensino clnico desenvolvido em creches proporciona aos estudantes; - Analisar as experincias, dos professores, de orientao de estudantes em creches.

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Introduo: Em 2011 residiam em Portugal 394.496 cidados estrangeiros, 3.7% do total da populao do pas.A partir de 2008, diminuiu o nmero global de imigrantes mas aumentou o nmero de estrangeiros altamente qualificados. Em 2013/2014 cerca de 9% do total dos estudantes do ensino superior em Portugal eram estrangeiros. Alguns estudos empricos revelam que os estudantes universitrios internacionais apresentam vulnerabilidades especficas. Estudos sobre processos de transio em sade focando este grupo so escassos ou inexistentes em Portugal. Objectivos: Identificar os factores de vulnerabilidade em sade, atravs da anlise de experincias vivenciais de integrao, incluso ou excluso de estudantes estrangeiros no ensino superior em Coimbra; Compreender de que forma a pertena a um grupo de expresso minoritria influencia a integrao na vida acadmica; Identificar factores de incluso e de excluso, com vista prestao de cuidados de enfermagem sensveis e culturalmente congruentes. Metodologia: Foi realizada uma reviso de literatura sobre o tema e analisada informao estatstica sobre fluxos migratrios recentes em Portugal. O estudo exploratrio, de natureza qualitativa, incluiu uma amostra de convenincia constituda por 8 estudantes estrangeiros inscritos no ensino superior em Coimbra no ano lectivo 2015-2016. Para proceder recolha de dados, cada estudante participou numa entrevista semiestruturada durante cerca de 30 minutos, realizada em ingls e portugus que foi gravada em udio e posteriormente transcrita e analisada de acordo com a metodologia anlise de contedo. Resultados: A amostra foi constituda por 8 participantes, 3 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idadesentre 20 e 39 anos. As nacionalidades, representativas de alguns dos principais grupos de estudantes do ES emPortugal foram: pases da unio europeia (Blgica, Grcia, Itlia, Polnia e Sua), EUA, Brasil e China. Foram identificados 4 temas comuns, com impacto nos processos de integrao, que influenciam a sade e bem-estar:diferenas culturais relativas a valores estruturais e as formas de sociabilidade; religio; barreira lingustica;experincias concretas de excluso. A maioria dos inquiridos reportou alteraes nos padres de consumo de lcool relacionado com a cultura permissiva de consumo em Portugal no meio acadmico. A experincia de serestudante internacional em Coimbra foi considerada positiva, permitindo um forte contacto com outras culturas e vivncias pessoais de liberdade e autonomia. Os estudantes em contacto com o sistema nacional de sade, relataram diferentes concepes culturais sobre cuidados de sade e valores dos profissionais de sade. Concluses: Os achados do estudo vo de encontro a estudos empricos que revelam a importncia de factores como as barreiras lingusticas e culturais, a perda de apoio social e dificuldades de integrao acadmica nos estudantes internacionais do ensino superior. A existncia de aulas e unidades curriculares em Ingls facilitadora da integrao. O suporte entre estudantes nas mesmas circunstncias, embora de nacionalidades e culturas diferentes um factor positivo de integrao. Estes dados podem proporcionar indicadores relevantes para as necessidades especficas de promoo de sade deste grupo.

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Sob proposta do Conselho Nacional de Avaliao do Ensino Superior integrei a Comisso de Avaliao Externa da rea de Enfermagem da Agncia de Avaliao e Acreditao do Ensino Superior (A3ES) dos cursos de ensino superior politcnico da rea da Enfermagem. Procedi avaliao dos seguintes Cursos: Escola Superior De Enfermagem De Lisboa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Sade Da Guarda do Instituto Politcnico Da Guarda; Curso de Mestrado em Enfermagem de Sade Infantil e Pediatria; Escola Superior Politcnica De Sade do Porto - Universidade Catlica Portuguesa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior Politcnica De Sade de Lisboa - Universidade Catlica Portuguesa - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Sade Dr. Lopes Dias do Instituto Politcnico De Castelo Branco - Curso de Licenciatura em Enfermagem e Curso de Mestrado em Cuidados Paliativos; Escola Superior De Sade De Portalegre Do Instituto Politcnico De Portalegre - Curso de Mestrado em Enfermagem; Escola Superior De Sade De Viseu Do Instituto Politcnico De Viseu - Curso de Mestrado em Enfermagem de Sade Infantil e Pediatria; Escola Superior De Enfermagem Do Porto - Curso de Mestrado em Enfermagem de Sade Infantil e Pediatria.

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Objetivo: analisar as crenas e atitudes dos estudantes de enfermagem acerca dos doentes e doenas mentais e o efeito do ensino clnico nessas crenas e atitudes. Mtodo: estudo de cariz pr-experimental que compara o estigma discente antes e aps o ensino clnico. A amostra constituda por 89 estudantes que frequentavam o Curso de Licenciatura em Enfermagem, em Portugal, em 2010. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado o Inventrio de Crenas acerca das Doenas Mentais e a verso portuguesa traduzida e adaptada da Escala de Opinies sobre a Doena Mental. Resultados: os resultados relacionados s crenas e atitudes, antes e aps o ensino clnico, revelam um efeito estatisticamente significativo mais patente na crena na incurabilidade e atitude de restrio social. Concluso: o ensino clnico contribui para uma perspetiva mais positiva em relao s crenas e atitudes dos estudantes de enfermagem

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Introduo: As doenas cardiovasculares (DCV) so a mais importante causa de mortalidade em Portugal, pelo que uma rea de interveno prioritria (Direo-Geral da Sade [DGS], 2014). Sendo uma doena que se carateriza por estar associada ao estilo de vida, existe um enorme potencial de interveno para os enfermeiros, enquanto agentes promotores de estilos de vida saudveis, atuando na sua promoo e preveno da doena. Apesar da evoluo nos tratamentos, as taxas de mortalidade, EAM e reinternamento de doentes com Sndrome Coronria Aguda (SCA) continuam altas (European Society of Cardiology [ESC], 2011). Para alm disso, uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovasculares (obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e hipertenso), assim como a adeso teraputica, uma vez que na prtica tem-se verificado que os doentes frequentemente no aderem teraputica, mantendo comportamentos de risco cardiovascular. Nesse sentido, evidencia-se a pertinncia do acompanhamento de enfermagem para fomentar o controlo dos fatores de risco, atravs de um estilo de vida saudvel e da adeso ao regime teraputico proposto. Objetivo(s): O objetivo geral desta investigao foi analisar os efeitos de um programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, nos doentes a quem foi diagnosticada SCA; e o objetivo especfico, analisar a influncia do programa de ensino sobre o ndice de massa corporal (IMC), permetro abdominal (PA), tenso arterial (TA), frequncia cardaca (FC), glicemia capilar, colesterol total (CT), adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico, literacia acerca da sua situao clnica e estilo de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, longitudinal, randomizado, do tipo experimental, "antes-aps", com grupo testemunho. Utilizou-se um mtodo de amostragem probabilstico: a amostragem aleatria simples. Os participantes foram distribudos aleatoriamente pelos grupos, sendo que o grupo experimental (GE) foi acompanhado durante 6 meses, com uma consulta de enfermagem mensal. Existiram duas avaliaes em cada grupo: no incio, antes do programa de consultas e no final. Utilizaram-se vrios instrumentos de colheita de dados: questionrio de caraterizao sociodemogrfica, Medida de Adeso aos Tratamentos, Instrumento de Autocuidado Teraputico, Teste de Batalla, conjunto de questes verdadeiro/falso e Questionrio Estilo de Vida Fantstico. A amostra constituda por 24 participantes, 13 no GE e 11 no grupo de controlo (GC). Resultados: Procurou-se assegurar a homogeneidade dos grupos em termos sociodemogrficos, sendo que existiam 72,73% de homens e 27,27% de mulheres no GC e 69,23% de homens e 30,77% de mulheres no GE. Quanto idade, a mdia no GE era 68,08 anos (s 11,74) e no GC 67,55 (s 10,24) anos. Verificou-se um predomnio dos doentes casados/unio de facto (63,64% no GC e 61,54% no GE) e a maioria dos doentes vivia com familiares (72,73% no GC e 76,92%). Relativamente ao nvel de escolaridade, verificou-se que a maioria dos doentes apresentava at o 1 ciclo de ensino bsico (45,45% no GC 45 e 46,15% no GE). Quanto situao profissional, a maioria dos doentes pertencia categoria de reformados (72,73% no GC e 61,55% no GE). Verificou-se uma elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares nos grupos, nomeadamente hipertenso (92,31% no GE e 81,81% no GC), dislipidmia (84,62% no GE e 81,81% no GC), diabetes (46,15% no GE e 27,27% no GC), excesso de peso (69,23% no GE e 90,9% no GC), histria familiar (38,46% no GE e 54,55% no GC) e tabagismo (15,38% no GE). O acompanhamento dos doentes do GE com uma consulta de enfermagem por ms, durante 6 meses, ter contribudo para a reduo do IMC e do PA. No se verificaram diferenas estatisticamente significativas, entre os grupos, no que respeita influncia do programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, no controlo da TA, FC, glicemia capilar e CT, na melhoria do estilo de vida, na adeso teraputica farmacolgica, na capacidade de autocuidado teraputico nem na literacia acerca da sua situao clnica. Verificou-se, no GE, um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas da avaliao inicial para a avaliao final. Houve ainda um aumento estatisticamente significativo do score de estilo de vida, de adeso teraputica farmacolgica, de capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica, no GE. No se verificou influncia do programa de ensino estruturado na evoluo do GE quanto FC e CT. Discusso: No que se refere s caratersticas da amostra, os dados encontrados vo de encontro s caratersticas da prpria DCV aterosclertica, que possui uma origem multifatorial, afetando maioritariamente homens e cuja incidncia aumenta com a idade. Relativamente ao sexo, os dados so concordantes com os apresentados por Ijzelenberg et al. (2012) e Eshah (2013), j na idade, os estudos referidos apresentam uma mdia etria inferior da presente investigao. Verificou-se ainda uma maior prevalncia de doentes casados/unio de facto, que residem com familiares, factos concordantes entre si e com os resultados apresentados em vrios estudos (Holmes-Rovner et al., 2008, Ijzelenberg et al., 2012; Eshah, 2013). Neste estudo, por se tratar de preveno secundria da DCV, todos os elementos da amostra j tinham apresentado pelo menos um evento cardiovascular, pelo que se trata de uma amostra com elevada prevalncia de fatores de risco. De notar que os doentes do GC apresentavam valores mais elevados relativamente obesidade e histria familiar de doena cardaca. Esta elevada prevalncia de fatores de risco cardiovasculares concordante com a apresentada nos estudos de Holmes-Rovner et al. (2008) e Eshah (2013). No sentido de averiguar se os doentes que seguiram um programa de ensino estruturado de preveno secundria da DCV, apresentavam valores mais baixos de IMC e PA, do que aqueles que no seguiram o referido programa, verificou-se que o acompanhamento dos doentes do GE contribuiu para a reduo do IMC e do PA. Estes resultados vo de encontro ao que referido por vrios autores, nomeadamente Ijzelenberg et al. (2012) que verificaram que os doentes do GE, que foram acompanhados durante 6 meses, com o objetivo foi modificar fatores de risco cardiovasculares associados ao estilo de vida, apresentaram uma reduo significativa do peso, IMC e PA. Tendo sido verificada a existncia de diferenas com significado estatstico, entre o GE e o GC, para o IMC e o PA aps os 6 meses de acompanhamento, seria expectvel que houvesse impacto no controlo da TA, glicemia capilar e CT, contudo tal no se verificou no presente estudo, provavelmente devido reduzida dimenso da amostra e s diferenas clnicas que se verificaram entre os grupos, sobretudo quanto presena de HTA e diabetes. No estudo desenvolvido por Ijzelenberg et al. (2012), verificaram que no existia diferena estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na TA e CT, como na hemoglobina glicada, aos 3 e 6 meses. Por outro lado, existem estudos onde se verificou uma reduo significativa do CT. sabido que a DCV possui uma componente significativa associada ao estilo de vida, e como tal, potencialmente modificvel. Contudo, tambm conhecida a dificuldade que existe em modificar comportamentos. Eshah (2013), evidencia o papel da educao para a sade na adoo de um estilo de vida mais saudvel, que consequentemente conduz a um impacto positivo na sade dos doentes, ajudando-os a prevenir novos eventos cardacos. Tambm Ijzelenberg et al. (2012) com a sua interveno compreensiva do estilo de vida, verificaram que, para alm da reduo do peso, IMC e PA no GE, tambm existiu um aumento significativo da atividade fsica. No entanto, no mesmo estudo, no se verificaram diferenas relativamente alterao de hbitos alimentares e hbitos tabgicos. O estilo de vida engloba diversos domnios, pelo que provavelmente cada um deles exigir uma interveno especfica e direcionada. Tal como o estilo de vida, tambm a adeso teraputica um fenmeno multifatorial, pelo que os resultados encontrados nos estudos analisados tambm no so concordantes entre si. Num estudo realizado por Holmes-Rovner et al. (2008), em que foi feito o acompanhamento com 6 sesses de aconselhamento telefnico, efetuadas por enfermeiros, em doentes aps SCA, no foi possvel encontrar diferenas quanto ao uso de medicao entre os GE e GC, tal como sucedeu na presente investigao. referido por alguns autores que doentes com melhor apoio social, com consultas com frequncia inferior a 3 e 6 meses e com mais conhecimentos acerca da sua situao de sade, apresentam melhor adeso teraputica. Relativamente capacidade de autocuidado, esta relaciona-se com a literacia que a pessoa possui acerca da sua situao clnica, nomeadamente no que se refere identificao de sinais e sintomas e formas de controlo, tornando o doente mais apto para o seu autocuidado. semelhana do sucedido em outros estudos, na presente investigao foi possvel obter resultados positivos ao nvel da preveno secundria da DCV, atravs do contributo que a literacia pode trazer para o controlo de fatores de risco cardiovasculares, melhoria do estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica e capacidade de autocuidado teraputico. Apesar de continuar indeterminada a combinao tima de intervenes, incluindo o contedo, modo de aplicao, frequncia e durao, uma interveno mais intensiva, com consultas mais frequentes, contribui para melhorar o controlo de fatores de risco (ESC, 2012). Eshah (2013) referindo vrios estudos realizados, afirma que a educao para a sade contribui para modificar comportamentos de sade e melhorar o conhecimento dos doentes. Neste sentido, os resultados obtidos no presente estudo so congruentes entre si, uma vez que, com a melhoria da literacia, ter sido possvel contribuir tambm para a melhoria do estilo de vida e, consequentemente, IMC e PA mais adequados. Concluso: Os resultados desta investigao levam a concluir que a implementao de um programa estruturado de ensino em doentes aps SCA, parece constituir uma boa metodologia na melhoria do IMC, PA, estilo de vida, adeso teraputica farmacolgica, capacidade de autocuidado teraputico e literacia acerca da sua situao clnica. Apesar de no existirem diferenas estatisticamente significativas, verificou-se que no GE existiu um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas. O programa no influenciou o controlo da FC nem do CT. Consideram-se como principais limitaes deste estudo a reduzida dimenso da amostra; o facto dos doentes que aceitaram participar no estudo poderem estar mais predispostos para alteraes comportamentais do que os que recusaram e ter havido muitos doentes que recusaram participar ou que no foi possvel contactar. De referir ainda, a dificuldade em garantir a homogeneidade da amostra em termos clnicos, a toma e eventuais ajustes de medicao e a existncia de outros eventos agudos. Por fim, importa ressalvar a fragilidade implicada pela utilizao das questes verdadeiro/falso para avaliao da literacia acerca da DCV aterosclertica, por se tratar de um instrumento construdo pela investigadora, embora recorrendo literatura e opinio de peritos, mas que no se encontra validado. Espera-se com esta investigao alertar para o papel preponderante dos enfermeiros no mbito da educao para a sade e o seu impacto na preveno secundria da DCV.

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Objetivo: Descrever a percepo de docentes sobre o ensino da sistematizao da assistncia de enfermagem em nvel tcnico. Mtodos: Estudo descritivo, de abordagem mista. Participaram do grupo focal sete docentes do Curso Tcnico em Enfermagem de uma universidade pblica do Nordeste brasileiro. O contedo textual foi tratado com auxlio do IRAMUTEQ e a anlise dos dados foi realizada a partir do referencial terico de Alfred Schutz. Resultados: Os docentes do curso tcnico de enfermagem tipificam a importncia de integrar o tcnico de enfermagem na sistematizao da assistncia e para tanto realam a necessidade de incluir tal temtica na formao em nvel tcnico. Concluso: os docentes denotam dvidas e receios em no saber como e quando efetivar o ensino da SAE em nvel tcnico, mas refletem sobre as possibilidades e necessidades de consolidar esta temtica.

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Introduo: Serious games podem viabilizar ambiente simulado virtual transformando a experincia de jogo em aprendizagem significativa (Marsh, 2011). Os recursos multimdias so tambm interessantes para uso no ensino, enriquecendo, por meio da tecnologia, contedo cientificamente estruturado (Fonseca et al., 2013). Outra estratgia bastante utilizada na rea da sade, na qual tambm temos interesse, a simulao, que oferece vantagens como segurana do paciente, tica na assistncia e oportunidades de aprendizagem clnica (Martins et al., 2012). Objectivos: Avaliar a aprendizagem cognitiva de estudantes de enfermagem sobre avaliao clnica neonatal em um curso semipresencial utilizando simulao virtual e em laboratrio; comparar a aprendizagem cognitiva dos estudantes assumindo como interveno do grupo experimental a simulao em laboratrio; e avaliar o curso na perspectiva dos estudantes. Metodologia: Foi conduzido estudo quase-experimental junto a 14 estudantes portugueses incluindo pr-teste, teste intermedirio e ps-teste. As tecnologias includas no curso oferecido foram serious game e-Baby (jogo educacional com formato de simulao virtual), software instrucional de semiologia e semiotcnica (recursos multimdia e contedo embasado cientificamente) e simulao em laboratrio, todos no tema avaliao clnica do beb prematuro. Para a avaliao do curso e caracterizao dos estudantes foram utilizados instrumentos de coleta de dados desenvolvidos especificamente para este estudo, e anlise descritiva. A anlise estatstica foi no paramtrica: Mann-Whitney e Wilcoxon. Resultados: O uso de tecnologias digitais e de simulao em laboratrio, evidenciou diferena estatisticamente significativa (p=0,001) na aprendizagem dos participantes. O curso foi avaliado como muito satisfatrio pelos estudantes, que afirmaram, unanimemente, ter sido esta a primeira vez em que participaram de um curso envolvendo tecnologias educacionais digitais, apesar de j terem participado de outras simulaes em laboratrio. A simulao em laboratrio isoladamente no representou diferena significativa no aprendizado (p=0,845), quando comparado grupo experimental em relao ao controle. Os resultados de avaliao do curso foram majoritariamente positivos variando essencialmente entre "muito bom" e "excelente" em todos os critrios. Sobre avaliao negativa, caracterizada pela opo "insuficiente", verificou-se no quesito: "Tempo reservado s prticas de simulao em laboratrio" (n=3/21,5%). Tanto para a simulao em laboratrio como a virtual, alguns estudantes sugeriram que fossem inseridos mais casos para estudo, de forma a oferecer mais material de natureza semelhante, reforando a satisfao em utiliz-los como apoio para o curso oferecido. Concluses: A aprendizagem cognitiva dos participantes aumentou significativamente ao se comparar os escores no fim do curso em relao ao incio. A simulao em laboratrio, analisada isoladamente, no representou mudana significativa nas pontuaes quando se comparou grupo controle e experimental, o que destaca a importncia da associao de ferramentas e estratgias no ensino superior em enfermagem. Considera-se que o uso de tecnologia seja parte do sucesso do mesmo, podendo ser uma importante ferramenta de inovao didtica e motivao da aprendizagem na rea da sade. A avaliao dos estudantes sobre o curso refora o interesse em ferramentas diferenciadas para apoio dos estudos.

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Introduo: Serious games podem viabilizar ambiente simulado virtual transformando a experincia de jogo em aprendizagem significativa (Marsh, 2011). Os recursos multimdias so tambm interessantes para uso no ensino, enriquecendo, por meio da tecnologia, contedo cientificamente estruturado (Fonseca et al., 2013). Outra estratgia bastante utilizada na rea da sade, na qual tambm temos interesse, a simulao, que oferece vantagens como segurana do paciente, tica na assistncia e oportunidades de aprendizagem clnica (Martins et al., 2012). Objectivos: Avaliar a aprendizagem cognitiva de estudantes de enfermagem sobre avaliao clnica neonatal em um curso semipresencial utilizando simulao virtual e em laboratrio; comparar a aprendizagem cognitiva dos estudantes assumindo como interveno do grupo experimental a simulao em laboratrio; e avaliar o curso na perspectiva dos estudantes. Metodologia: Foi conduzido estudo quase-experimental junto a 14 estudantes portugueses incluindo pr-teste, teste intermedirio e ps-teste. As tecnologias includas no curso oferecido foram serious game e-Baby (jogo educacional com formato de simulao virtual), software instrucional de semiologia e semiotcnica (recursos multimdia e contedo embasado cientificamente) e simulao em laboratrio, todos no tema avaliao clnica do beb prematuro. Para a avaliao do curso e caracterizao dos estudantes foram utilizados instrumentos de coleta de dados desenvolvidos especificamente para este estudo, e anlise descritiva. A anlise estatstica foi no paramtrica: Mann-Whitney e Wilcoxon. Resultados: O uso de tecnologias digitais e de simulao em laboratrio, evidenciou diferena estatisticamente significativa (p=0,001) na aprendizagem dos participantes. O curso foi avaliado como muito satisfatrio pelos estudantes, que afirmaram, unanimemente, ter sido esta a primeira vez em que participaram de um curso envolvendo tecnologias educacionais digitais, apesar de j terem participado de outras simulaes em laboratrio. A simulao em laboratrio isoladamente no representou diferena significativa no aprendizado (p=0,845), quando comparado grupo experimental em relao ao controle. Os resultados de avaliao do curso foram majoritariamente positivos variando essencialmente entre "muito bom" e "excelente" em todos os critrios. Sobre avaliao negativa, caracterizada pela opo "insuficiente", verificou-se no quesito: "Tempo reservado s prticas de simulao em laboratrio" (n=3/21,5%). Tanto para a simulao em laboratrio como a virtual, alguns estudantes sugeriram que fossem inseridos mais casos para estudo, de forma a oferecer mais material de natureza semelhante, reforando a satisfao em utiliz-los como apoio para o curso oferecido. Concluses: A aprendizagem cognitiva dos participantes aumentou significativamente ao se comparar os escores no fim do curso em relao ao incio. A simulao em laboratrio, analisada isoladamente, no representou mudana significativa nas pontuaes quando se comparou grupo controle e experimental, o que destaca a importncia da associao de ferramentas e estratgias no ensino superior em enfermagem. Considera-se que o uso de tecnologia seja parte do sucesso do mesmo, podendo ser uma importante ferramenta de inovao didtica e motivao da aprendizagem na rea da sade. A avaliao dos estudantes sobre o curso refora o interesse em ferramentas diferenciadas para apoio dos estudos.