7 resultados para Bioensaios
Resumo:
Para se evitarem agentes mutagênicos no ambiente são necessários indicadores sensíveis para detectar todo o espectro desses compostos. Tais sistemas indicadores tem sido definidos como testes de mutagênese de tipo II, ou seja, aqueles que apresentam alta sensibilidade e baixa especificidade. A maioria dos bioensaios vegetais são considerados testes do tipo II, com especial referencia para os ensaios do micronúcleo e do pelo estaminal em Tradescantia (comelinacea), e o ensaio do grão de pólen ceroso em milho. Outro bioensaio vegetal de interesse para o monitoramento de agentes mutagênicos ambientais e o teste do mosaicismo em soja, que permite especulação sobre o mecanismo envolvido na toxicidade genética. O bioensaio não exige qualquer instrumentação sofisticada, e e adequado para experimentação in situ. Esses bioensaios vem sendo empregados com sucesso em estudos sobre a mutagenicidade de pesticidas aplicados conforme prescrição agronômica. Resultados adicionais sobre a utilização desses bioensaios in situ nas mais diversas situações indicam que esses testes são adequados para o monitoramento extensivo de mutagênese ambiental.
Resumo:
Avaliou-se a itotoxicidade do extrato etanólico (CETOH), da fase orgânica (CEA) e do composto majoritário, o ácido (E)-cinâmico (AC), obtidos da polpa dos frutos da espécie popularmente conhecida como cujuba, cuieira e/ou cabaça (Crescentia cujete L.) sobre a inibição da germinação de sementes, desenvolvimento do hipocótilo e radícula das plantas invasoras Senna obtusifolia (L.) Irwin & Barneby (mata-pasto) e Mimosa pudica Mill. (malícia). A fase orgânica na concentração de 0,5% inibiu em 100% a germinação das sementes das duas plantas invasoras. O AC que foi obtido da fase orgânica inibiu a germinação das sementes de S. obtusifolia em 95% e de M. pudica em 99% na concentração de 0,1%, com concentração (%) tóxica para inibição de 50% (CI50) da germinação das sementes iguais a 0,063 e 0,037%, respectivamente; e nos bioensaios de crescimento de plântula, o AC foi mais eiciente sobre a radícula da planta S. obtusifolia (com CI50 igual a 0,009%) e para a planta M. pudica os valores de CI50 foram de 0,097% e 0,117% para a radícula e hipocótilo, respectivamente. Essa pesquisa reforça o potencial itotóxico do ácido (E)-cinâmico, veriicado inicialmente na fase orgânica em acetato de etila (CEA) rica nesse fenilpropanoide.
Resumo:
Extratos vegetais de diversas plantas, com conhecida ação inseticida, estao sendo testados como uma alternativa aos produtos químicos da traça do tomateiro (Scrobipalpula absoluta). Extrato bruto de Quassia sp., Simaba cedron, Simaruba amara, Melia azedarach e Chenopodium ambrosioides, em solventes acetônicos, aquosos, etanólicos e metanólicos foram testados in vitro contra larvas (6. dia larval) de Scrobipalpula. Os ensaios foram feitos utilizando folhas de tomate totalmente pulverizadas com os referidos extratos, colocadas no centro das placas de Petri, com três repetições para cada extrato e, utilizando cinco larvas/placa. O comportamento larval foi observado em relação ao período em que ficaram sem se alimentar, a repelência após 24 horas e a mortalidade após 96 horas da pulverização. O controle foi feito com folhas pulverizadas apenas com o solvente e a testemunha apenas com água. Os extratos de Simaruba/MeOH e Simaba/MeOH provocaram mortalidade maior do que 80%, o extrato de Quassia/EtOH provocou 100% de mortalidade e os extratos de Melia tanto acetônico como metanólico provocaram mortalidade em torno de 88%. De acordo com os resultados conclui-se que a alta porcentagem de mortalidade para Quassia, Simaba e Simaruba foi devido ao efeito repelente dos extratos em relação as larvas. Baseando-se nestes resultados iniciaram-se bioensaios em condicões de telado.
Resumo:
Neste trabalho avaliou-se o potencial alelopático de extratos orgânicos obtidos a partir das folhas de Calopogonium mucunoides sobre a germinação de sementes de algumas plantas daninhas comumente encontradas em áreas de pastagens cultivadas da Amazônia brasileira, as quais causam grandes danos à produtividade: Cassia tora (mata-pasto), Mimosa pudica (malícia) e Cassia occidentalis (fedegoso). Compostos secundários foram identificados e quantificados nos extratos brutos utilizando eletroforese capilar. Após identificar e quantificar os compostos presentes nos extratos realizaram-se novos bioensaios com os padrões dos compostos identificados a fim de verificar se os mesmos poderiam atuar como inibidores na germinação das sementes das plantas daninhas em estudo. Calopogonium mucunoides apresentou potencial alelopático o qual variou com a espécie de planta daninha estudada. Os protocolos desenvolvidos utilizando eletroforese capilar se mostraram eficientes e bastante específicos, sendo possível a separação e identificação de 5 classes de compostos nos extratos brutos sem necessidade de "clean up" ou fracionamento dos mesmos, com análises rápidas (em menos de 20 minutos) e baixas quantidades de solventes utilizadas quando comparadas aos métodos tradicionais de análises. Vários dos compostos identificados apresentaram potencial de inibição de germinação nas sementes estudadas, sendo malícia a mais sensível, os bioensaios também indicaram certo efeito sinérgico ao utilizar a mistura de compostos.
Resumo:
Os objetivos deste trabalho foram isolar, identificar e caracterizar a atividade alelopática de substâncias químicas produzidas por Parkia pendula. Os efeitos alelopáticos foram avaliados sobre a germinação de sementes e o desenvolvimento da radícula das plantas daninhas malícia (Mimosa pudica) e mata-pasto (Senna obtusifolia). O processo de isolamento das substâncias envolveu a extração com solvente em ordem crescente de polaridade, e a elucidação estrutural foi realizada via Ressonância Magnética Nuclear, espectro de COSY e de HETCOR. Os bioensaios foram desenvolvidos em condições controladas de 25 ºC de temperatura e fotoperíodo de 12 (germinação) e 24 horas (desenvolvimento da radícula). Foram isolados e identificados nas folhas da P. pendula os seguintes aleloquímicos: ácido 3,4,5-trimetoxibenzóico (S1), ácido 3,4-dimetoxibenzóico (S2) e o Blumenol A (S3). Comparativamente, S1 e S2 apresentaram maior atividade alelopática. Os efeitos promovidos sobre o desenvolvimento da radícula foram de maior magnitude do que aqueles verificados sobre a germinação das sementes. As substâncias isoladas mostraram baixo potencial inibitório da germinação das sementes, especialmente as sementes de mata-pasto. Os efeitos alelopáticos inibitórios estiveram positivamente associados à concentração das substâncias, embora em alguns casos esses efeitos não tenham correspondido às diferenças estatísticas.
Resumo:
Visando a determinar e a caracterizar a atividade alelopática em função das espécies fabáceas e poáceas, da fração da planta e sensibilidade da planta receptora, coletaram-se folhas e raízes de poáceas e fabáceas em Belém-PA. O potencial da atividade alelopática foi testado sobre a germinação de sementes e alongamento da radícula e hipocótilo, utilizando Mimosa pudica e Senna obtusifolia como receptoras, em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Os valores de inibição da germinação, alongamento do hipocótilo e da radícula foram analisados por modelo linear geral, testados via teste F, e, quando significativos, comparados por Tukey a 5%, sendo classificados como inibição efetiva (p<0,001) e potencial (pelos componentes das espécies, p<0,05). Os efeitos de poáceas e fabáceas sobre a germinação das sementes, alongamento de radícula e hipocótilo de M. pudica não foram significativos, enquanto que a germinação em S. obtusifolia, bem como o alongamento do hipocótilo, foi menor sob extratos das fabáceas. As espécies estudadas não apresentaram comportamento semelhante em relação aos efeitos alelopáticos. Houve tendência das frações folha apresentarem maior efetividade inibitória e, pela análise multivariada dos cinco agrupamentos, os grupos fração folha de Calopogonium mucunoides e Enterolobium sp e ambas as frações para o grupo Canavalia ensiformis foram os inibidores em maior magnitude. De forma geral, pode-se considerar que as fabáceas apresentaram maior potencial alelopático.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo estabelecer as variações na atividade fitotóxica dos extratos hexânico, acetato de etila e metanólico das raízes de Moutabea guianensis, e das substâncias cafeato de metila e escopoletina isoladas do extrato acetato de etila, variando a concentração e as espécies receptores. Foram desenvolvidos bioensaios de atividades fitotóxicas de germinação (a 25 °C e 12 horas de fotoperíodo) e de desenvolvimento da radícula e do hipocótilo (25 °C e 24 horas de fotoperíodo). A germinação das sementes de Mimosa pudica foi sensível aos extratos hexânico, acetato de etila e metanólico a 1% (w/v), com efeitos de inibição em 92%, 100% e 100%, respectivamente. A análise comparativa da atividade fitotóxica das substâncias testadas revelou que a escopoletina apresentou um potencial de inibição mais elevado no bioensaio de germinação de sementes frente a Mimosa pudica. Senna obtusifolia não foi sensível às substâncias testadas. Cafeato de metila apresentou maior potencial de inibição no bioensaio de desenvolvimento da radícula e hipocótilo, e a intensidade dos efeitos alelopáticos variou com as concentrações.