25 resultados para Torta de andiroba
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A pesquisa objetivou estudar o potencial de utilização da torta de murumuru (Astrocaryum murumuru var. murumuru, M art.) (TM) em dietas de ovinos, em substituição à gramínea Mombaça (Panicum maximum Jacq) com teores crescentes. Realizou-se ensaio metabólico, com 20 ovinos machos, castrados, na Embrapa Amazônia Oriental, Belém, Pará, durante 26 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado, em cinco dietas e quatros repetições. TM0: 100% de gramínea; TM10: 10% de TM e 90% de gramínea; TM20: 20% de TM e 80% de gramínea; TM40: 40% de TM e 60% de gramínea e TM60: 60% de TM e 40% de gramínea. Foram avaliados o consumo e o coeciente de digestibilidade aparente da matéria seca (CMS e CDMS), matéria orgânica (CMO e CDMO), proteína bruta (CPB e CDPB), bra em detergente neutro (CFDN e CDFDN), bra em detergente ácido (CFDA e CDFDA), extrato etéreo (CEE e CDEE), celulose (CCEL e CDCEL), hemicelulose (CHEM e CDHEM) e balanço de nitrogênio (BN) das dietas experimentais. O CMS, CMO, CMM, CPB, CFDN e CFDA apresentaram efeito linear decrescente em função dos teores de substituição da gramínea Mombaça por TM na dieta. O CEE e o CLIG apresentaram efeitos quadráticos em função dos teores de substituição da TM na dieta. O CDMS, CDMO e CDHEM tiveram efeitos lineares crescentes, entre TM0 e TM60. O CDEE, CDFDN, CDFDA e CDCEL apresentaram efeito quadrático, com teores de substituição ótimos de 56,65%, 41%, 31,33% e 27,46%, respectivamente. O balanço de nitrogênio apresentou efeito linear negativo no intervalo de inclusão de 0% a 60% de torta. Conclui-se que a torta de murumuru constitui alternativa para a suplementação alimentar de ruminantes, em substituição à gramínea Mombaça, pois proporciona aumento na digestibilidade dos nutrientes por ovinos. Entretanto, deve-se respeitar um limite de inclusão, considerando-se que a partir de 27,46%, 31,33%, 41% e 56,65% de substituição ocorrem decréscimos, respectivamente da CDCEL, CDFDA, CDFDN e CDEE, embora não ocorra valor negativo para o balanço de nitrogênio.
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1974
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ABSTRACT: Organic residues from sugarcane crop and processing (vinasse, boiler ash, cake filter, and straw) are commonly applied or left on the soil to enhance its fertility. However, they can influence pesticide degradation and sorption. The objective of this study was to assess the effect of adding these organic residues on the degradation and sorption of fipronil and atrazine in two soils of the State of Mato Grosso do Sul, MS, Brazil. The degradation experiment was carried out with laboratory-incubated (40 days; 28°C; 70% field capacity) soils (0-10cm). The batch equilibration method was used to determine sorption. Fipronil (half-life values of 15-105 days) showed to be more persistent than atrazine (7-17 days). Vinasse application to the soil favored fipronil and atrazine degradation, whereas cake filter application decreased the degradation rates for both pesticides. Values for sorption coefficients (Kd) were determined for fipronil (5.1-13.2mL g-1) and atrazine (0.5-1.5mL g-1). Only straw and cake filter residues enhanced fipronil sorption when added to the soil, whereas all sugarcane residues increased atrazine sorption. RESUMO: Resíduos orgânicos do cultivo e processamento da cana-de-açúcar (vinhaça, cinzas, torta de filtro e palha) são usualmente aplicados ou deixados no solo para aumentar sua fertilidade, mas eles podem influenciar na degradação e sorção de agrotóxicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição desses resíduos orgânicos no solo sobre a degradação e sorção do fipronil e da atrazina em dois solos no Estado de Mato Grosso do Sul, MS, Brasil. O experimento de degradação foi realizado com solos (0-10cm) incubados em laboratório (40 dias; 28°C; 70% da capacidade de campo). Para determinar a sorção, foi usado o método da batelada. Fipronil mostrou ser mais persistente (valores de meia-vida entre 15-105 dias) que atrazina (7-17 dias). O solo com adição de vinhaça favoreceu a degradação de fipronil e atrazina, enquanto adição da torta de filtro desacelerou o processo. Os valores do coeficiente de sorção (Kd) foram determinados para fipronil (5,1-13,2mL g-1) e atrazina (0,5-1,5mL g-1). Apenas os resíduos palha e torta de filtro aumentaram a sorção de fipronil quando adicionados ao solo, enquanto todos os resíduos aumentaram a sorção de atrazina.
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Avaliou-se o comportamento ingestivo de ovinos alimentados com níveis de inclusão (0, 15, 30 e 60%) de torta de castanha-do-pará (TC) (Bertholletia excelsa Bonpl.), na dieta à base de silagem de milho. Foram utilizados 16 cordeiros, sem raça definida e peso médio de 33 ± 6.04 kg, distribuídos aleatoriamente nos quatro tratamentos. Os dados foram analisados quanto à normalidade, submetidos à análise de variância, ajustados em equações de regressão e ao teste de Williams, estimando-se o ponto W. Os consumos voluntários de matéria seca (MS) e fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), reduziram linearmente (P=0,013 e P=0,002) em 5,0 g e 2,41 g dia-1, respectivamente, para cada 1% de TC inclusa na dieta. O tempo despendido em alimentação (288,75 min dia-1) não foi afetado significativamente, o tempo em ócio cresceu linearmente (P=0,002) em 3,10 minutos, e o tempo gasto em ruminação decresceu (P=0,001) em 2,62 minutos, para cada 1% de inclusão do coproduto. O número de bolos ruminados (NBR) sofreu efeito decrescente (P=0,004) em 4,61 nº dia-1. Quanto às mastigações merícicas, o tempo gasto por bolo (37,5 seg) e o número por bolo (56,14) não diferiram (P>0,05) entre os tratamentos, mas o tempo total de mastigação (TTM) reduziu linearmente (P=0,002) em 0,05 h dia-1 e o número de mastigações por dia apresentou efeito quadrático (P=0,008), com máximo estimado em 17,5% de TC. A eficiência de ruminação não diferiu entre os tratamentos (101,95 g MS h-1 e 36,76 g FDN h-1) e a eficiência de alimentação (EAL) sofreu redução linear (P=0,045) em 0,42 g FDN h-1, mas foi semelhante para g MS h-1 (172,5). Os consumos diários de MS e FDN apresentaram pontos W estimados em 51,96 e 30,67% de TC, respectivamente. As variáveis NBR, TTM e EAL (g FDN h-1) tiveram os pontos W estimados em 56,64, 56,19 e 56,33% de TC. A torta de castanha-do-pará, em níveis superiores a 56% da MS da dieta, afeta o comportamento ingestivo dos animais, principalmente em variáveis relacionadas à ruminação, sendo que a partir de 30,67% já passa a afetar o consumo de FDN, tendo como principais fatores o teor de extrato etéreo e a fonte de fibra das dietas.
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São avaliadas a eficácia de dois tipos de anelagem de árvores, como tratamento silvicultural para florestas naturais da Amazônia e a resistência de oito espécies arbóreas ao tratamento de anelagem, em 5 ha, na Floresta Nacional do Tapajós, à margem da BR 163, km 69, no município de Belterra, Pará. As espécies escolhidas foram: Carapa guianensis (andiroba, Meliaceae); Pouteria heterosepala (abiu, Sapotaceae); Hevea guianensis (seringueira, Euphorbiaceae); Helicostylis pedunculata (muiratinga-folha-peluda, Moraceae); Couratari oblongtfolia (tauari, Lecythidaceae); Sclerolobium crysophyllum (taxi-vermelho, Leguminosae); Virola melinonii (ucuuba-da-terra-firme, Myristicaceae); Bixa arborea (urucu-da-mata, Bixaceae). Os dois tipos de anelagem: anelagem completa e anelagem com entalhes foram analisados em três classes diamétricas, perfazendo seis tratamentos. De cada espécie foram escolhidas duas árvores, perfazendo um total de dezesseis árvores em cada tratamento. Tanto a anelagem completa quanto a anelagem com entalhes podem ser considerados tratamentos eficazes quando utilizado em desbastes, pois já aos cinco anos mostraram uma taxa de mortalidade alta. A anelagem completa se mostrou mais indicada como tratamento silvicultural, porque mostra a maior taxa de mortalidade em todos os tratamentos e dificulta a recuperação da área anelada. As espécies Pouteria heterosepala, Helicostylis pedunculata, Hevea guianensis e Couratari oblongifolia se mostraram mais resistentes a ambos os tipos de anelagem, com uma taxa de mortalidade considerada baixa. Nas espécies Sclerolobium crysophyllum, Virola melinonii, Bixa arborea e Garapa guianensis, a anelagem pode ser aplicada com sucesso, considerando que aos cinco anos já atingiram uma taxa média consideravelmente alta (maior que 60%), sem a utilização de arboricidas.
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1951
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Podridões radiculares e murchas, causadas respectivamente por Cylindrocladium spathiphylli e Verticillium dahliae, podem inviabilizar a produção comercial de espatifilo e da berinjela. Com o reconhecido potencial de fontes de carbono na indução de supressividade de solos e de substratos a diversos patógenos habitantes do solo, o presente trabalho teve como objetivos: 1) avaliar o potencial de seis fontes de carbono (esterco bovino de curral, cama de frango, torta de mamona, casca de camarão, hidrolisado de peixe e lodo de esgoto compostado) na inibição do crescimento micelial de C. spathiphylli; 2) avaliar o potencial de hidrolisado de peixe e cama de frango na indução de supressividade de substrato a C. spathiphylli; e 3) avaliar o efeito do hidrolisado de peixe no controle da murcha de verticilio em berinjela e no desenvolvimento das plantas. Para avaliar a inibição do crescimento micelial de C. spathiphylli, extratos aquosos das matérias orgânicas foram incorporados ao meio BDA nas concentrações de 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30% (v/v). Além disso, ao substrato padrão para espatifilo foram incorporados as matérias orgânicas nas concentrações de 0, 5, 10, 15, 20 e 25% (v/v) e as misturas colocadas em placas de petri e recobertas com uma camada de Agar-água. No centro das placas foi colocado um disco de micélio do patógeno em pleno desenvolvimento e avaliado o crescimento micelial. O extrato aquoso do hidrolisado de peixe, não autoclavado, a 25% reduziu o crescimento micelial. Os extratos autoclavados não inibiram o crescimento do patógeno. Nos substratos autoclavados apenas o hidrolisado de peixe, nas concentrações de 15 a 25%, inibiram completamente o crescimento micelial. Nos substratos não autoclavados o hidrolisado de peixe a 15, 20 e 25%, a torta de mamona a 15 e 25% e a casca de camarão a 20 e 25% inibiram complemente o crescimento micelial de C. spathiphylli. O hidrolisado de peixe na concentração de 20 e 30% do volume da capacidade de retenção de água do substrato induziu a supressividade ao patógeno, controlando completamente a incidência da doença. Por outro lado, a cama de frango não apresentou efeito na indução de supressividade. Nas maiores concentrações do hidrolisado de peixe e da cama de frango a condutividade elétrica do substrato foi responsável por alta fitotoxicidade para as plantas. No estudo sobre o potencial do hidrolisado de peixe em controlar Verticillium em berinjela, foram coletados cinco solos naturalmente infestados com o patógeno e tratados com o hidrolisado na concentração de 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30% do volume de água necessário para atingir a capacidade de campo dos solos, contidos em vasos de 4 litros. Após 15 dias de incubação foram transplantadas três mudas de berinjela para cada vaso, sendo que os vasos foram mantidos em condições de campo, sob telado e biofumigado mantidos sob telado. O hidrolisado de peixe não apresentou efeito sobre a severidade da doença, nem sobre o desenvolvimento das plantas. O principal efeito foi das condições ambientais da condução do ensaio. Na avaliação, aos 72 dias após o plantio, os tratamentos apresentaram resultados distintos para cada tipo de solo e em cada condição em que as plantas foram mantidas. As plantas que permaneceram no campo apresentaram severidades mais elevadas do que nas demais condições independentemente do tipo de solo. Os resultados demonstram a influência dos fatores ambientais sobre a severidade de V. dahliae em berinjela.
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A murcha de Fusarium spp. em crisântemo é responsável por sérios prejuízos à cultura no Brasil. Uma alternativa para o seu controle é o uso de substrato supressivo, o qual pode ser obtido pela adição de fontes de matérias orgânicas. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver um substrato supressivo à murcha do Fusarium em crisântemo com a introdução de matéria orgânica aos substratos padrões. Para tanto, lodo de esgoto e lodo de esgoto compostado; torta de mamona; esterco suíno; cama aviária; compostos comerciais LanziC); casca de camarão, biofertilizante e hidrolisado de peixe foram incorporados a substratos à base de casca de Pinus e de turfa em diferentes concentrações e combinações. Os experimentos foram realizados em propriedade produtora de crisântemo Bola-belga com problemas de Fusarium. Em todos os experimentos o número mínimo de repetições foi de 20 vasos por tratamento. Transcorridas 8, 12, 15 e 20 semanas do transplantio foi avaliada a severidade da doença por uma escala de notas de O para planta sadia a 5 para planta morta. Com os dados foram calculadas as áreas abaixo da curva de progresso da severidade da murcha de Fusarium. Além disso, foram realizadas análises dos atributos químicos e da atividade microbiana dos substratos bem como do desenvolvimento das plantas. O lodo de esgoto, lodo de esgoto compostado e a cama aviária induziram a supressividade do substrato à base de casca se Pinus e de turfa, controlando a murcha de Fusarium. O Lanzi®, também foi supressivo ao patógeno. A casca de camarão e o composto Lanzi® também induziram a supressividade dos substratos. Por outro lado, esterco suíno, torta de mamona, hidrolisado de peixe, quitosana e Trichoderma asperellum não interferiu na supressividade à doença. Substratos obtidos com lodo de esgoto e cama aviária, em mistura ou não, nas concentrações de 10, 20 e 30% (v/v) foram os mais adequados do ponto de vista de indução de supressividade e qualidade do produto, sendo os substratos recomendados para uso pelo agricultor. A supressividade observada nos substratos foi devido à união de características químicas e biológicas obtidas com a introdução das matérias orgânicas.
Crescimento de açaizeiro em monocultivo e em sistema agroflorestal no município de Rio Branco, Acre.
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O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito dos sistemas de cultivo no crescimento de plantas de açaizeiro. O experimento foi instalado na área experimental da Embrapa Acre em Rio Branco, sendo o sistema agroflorestal composto por açaizeiro (Euterpe oleracea); andiroba (Carapa guianensis); cafeeiro (Coffea canephora); e bananeira (Musa spp.). A avaliação de crescimento do açaizeiro foi efetuada anualmente, por um período de seis anos, onde as variáveis mensuradas foram: altura total, diâmetro do colo e diâmetro da copa. Posteriormente, obtiveram-se as médias de cada sistema de cultivo e testou-se equações de regressão que melhor se ajustavam as curvas de crescimento. Até os seis anos de idade, o açaizeiro não apresenta grandes diferenças de crescimento em função do sistema de cultivo, o que indica que o mesmo pode ser uma espécie promissora como componente de sistemas agroflorestais.
Resumo:
Esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito dos sistemas de cultivo (monocultivo e sistema agroflorestal) no crescimento de plantas de andiroba (Carapa guianensis Aubl). O experimento foi instalado na área experimental da Embrapa Acre em Rio Branco; sendo o sistema agroflorestal composto por andiroba; açaizeiro; cafeeiro e bananeira. A avaliação de crescimento do açaizeiro foi efetuada anualmente, por um período de seis anos, onde as variáveis mensuradas foram: altura total, diâmetro do colo e diâmetro da copa. Posteriormente, obtiveram-se as médias de cada sistema de cultivo e testou-se equações de regressão que melhor se ajustavam as curvas de crescimento. A andiroba apresentou maior crescimento, para todas as variáveis estudadas, quando cultivada em sistema agroflorestal; o que indica que a mesma pode ser uma espécie promissora como componente desses sistemas.