2 resultados para assimilação

em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica


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A clássica leitura econômica e a funcional leitura espacial não têm sido suficientes para explicar as novas dinâmicas do mundo das mercadorias, porque não estamos falando simplesmente de mercadorias e objetos espaciais, mas de subjetividades incorporadas a estes, de relações de trocas subjetivas criadas a partir da assimilação dos objetos pelo mundo. Para além do valor de uso é preciso também apagar o valor simbólico que aos objetos e lugares são assimilados. Entramos em discussões profundas que envolvem outros conhecimentos sempre pela porta dos fundos, e reforçamos uma idéia que nos tem sido muito cara, a idéia de síntese, por isso outras ciências nos buscam para que processemos a nova síntese do mundo, nosso eterno papel, pois sem ela como poderão pensar esse mundo que se apresenta. Sabem que temos os instrumentos, mais que suficientes para a construção do novo imago mundi, mas sabem também que poderíamos, se tivéssemos clareza disso, oferecer além de uma imagem ordenada, oferecer também uma autêntica explicação sobre as mutações espaciais. Por isso a geografia não entra em crise e quando entra gera falsas crises ou falsos dilemas, como o mundo versus lugar, cotidiano versus história, fragmentação versus globalização, dentre outros nossos conhecidos.

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O objetivo deste estudo é refletir sobre o papel da retórica sobre a compreensão e assimilação do discurso geográfico. Para isso, optou-se pela análise da obra de Smith, intitulada “Geographical Rhetoric: Modes and Tropes of Appeal”, na qual trata das quatro figuras representativas de discurso e dos quatro modos de narrativa básicos da arte da retórica. Smith alerta para a necessidade dos geógrafos reconhecerem a existência de múltiplas audiências com preferências e preconceitos retóricos, e que não são idênticas às categorias institucionais e epistemológicas existentes, ou seja, para se convencer uma audiência, não basta falar a verdade, mas é preciso confirmar seus preconceitos e respeitar suas preferências. Essa constatação de um problema que perpassa os textos e a arte da retórica geográfica levou Smith a elaborar dois “mapas” sobre a relação do texto com o leitor. O primeiro deles contrasta os quatro modos de narrativa de um texto (romance, tragédia, comédia e ironia) com os quatro modos de narrativa preferidas do leitor. O segundo mapeamento faz a mesma comparação, mas com referência às figuras de discursos predominantes no texto, como a metáfora, a metonímia, a sinédoque e a ironia. Smith explica que a razão para se preocupar com a questão da retórica é que quando favorecemos ou excluímos o estilo de um autor, automaticamente aceitamos ou rejeitamos acriticamente seus argumentos. Assim, por meio de uma reflexão baseada em autores especializados, foi possível constatar a importância da arte da retórica nos discursos geográficos.