6 resultados para Teatro inglês (Comédia) História e crítica
em Repositorio Académico de la Universidad Nacional de Costa Rica
Resumo:
A clssica leitura econmica e a funcional leitura espacial no tm sido suficientes para explicar as novas dinmicas do mundo das mercadorias, porque no estamos falando simplesmente de mercadorias e objetos espaciais, mas de subjetividades incorporadas a estes, de relaes de trocas subjetivas criadas a partir da assimilao dos objetos pelo mundo. Para alm do valor de uso preciso tambm apagar o valor simblico que aos objetos e lugares so assimilados. Entramos em discusses profundas que envolvem outros conhecimentos sempre pela porta dos fundos, e reforamos uma idia que nos tem sido muito cara, a idia de sntese, por isso outras cincias nos buscam para que processemos a nova sntese do mundo, nosso eterno papel, pois sem ela como podero pensar esse mundo que se apresenta. Sabem que temos os instrumentos, mais que suficientes para a construo do novo imago mundi, mas sabem tambm que poderamos, se tivssemos clareza disso, oferecer alm de uma imagem ordenada, oferecer tambm uma autntica explicao sobre as mutaes espaciais. Por isso a geografia no entra em crise e quando entra gera falsas crises ou falsos dilemas, como o mundo versus lugar, cotidiano versus história, fragmentao versus globalizao, dentre outros nossos conhecidos.
Resumo:
Em Girardi (2008)[1] defendemos a proposta terico-metodolgica de uma Cartografia Geogrfica Crítica (CGC), apresentada neste artigo j com alguns avanos alcanados desde a elaborao da proposta inicial. A CGC est baseada na teoria crítica do mapa e no uso intercomplementar de trs abordagens cartogrficas: a semiologia grfica, a visualizao cartogrfica e a modelizao grfica ou coremtica. O objetivo com esta proposta contribuir no esforo de valorizar e estabelecer o mapa como instrumento analtico e discursivo na Geografia brasileira, em especial na corrente crítica, que, no processo de renovao da Geografia no Brasil, negligenciou o uso do mapa na pesquisa e discurso geogrfico. Desde a proposio inicial da CGC, nosso foco tem sido a elaborao de uma teoria cartogrfica que argumente para a mudana de concepo do mapa, de forma que seja compreendido e praticado a partir da crítica. Nossa elaborao atual de que a negligncia do mapa pela corrente crítica parte de uma contradio: esta corrente no concebe o mapa a partir de uma teoria crítica, mas tem um posicionamento e uma compreenso positivista do mapa, que o relaciona diretamente dominao, objetividade e sinnimo de distncia. A mudana desta concepo permitir novas prticas cartogrficas, inclusive que utilizem o mapa como instrumento de libertao. A mudana necessria para ampliar a importncia do mapa na Geografia no tcnica, mas terico-metodolgica. Isso permitir mais avanos para a Geografia Crítica. [1] Par uma compreenso mais detalhada da proposta inicial da Cartografia Geogrfica Crítica indicamos a leitura da obra original em Girardi (2008) em www.fct.unesp.br/nera/atlas
Resumo:
Este trabalho tem o objetivo de construir a idia de lugar do espetculo a partir de sua verificao no caso da Lapa, na rea central da cidade do Rio de Janeiro. Pretendemos transformar esta noo em um conceito tributrio do processo gerado pela Sociedade do Espetculo, que utiliza os fatores subjetivos que transformam o local em lugar para gerar uma ampliao de lucros. Alguns projetos de revitalizao de reas urbanas tradicionais, como a Lapa, transformam-se, predominantemente, em uma montagem de cenrios tpicos para atrair o turismo. A idia do espetculo aquela produzida pelos Situacionistas nos anos 1950. Os objetivos especficos so: fazer uma anlise comparativa da Lapa do perodo (1910 - 1940) ureo da boemia e da Lapa atual (a partir de 1990) e provarmos que o bairro, atualmente, predominantemente um lugar do espetculo, alm de demonstrar a importncia do lugar para a compreenso da organizao das cidades.O levantamento bibliogrfico ter continuidade. Realizaremos entrevistas com frequentadores e moradores, alm de observaes participativas. No estabeleceremos uma delimitao da rea da Lapa baseada em critrios administrativos. Seguiremos os textos pretritos e as impresses do que acontece hoje. Os limites vividos e as foras de representao sero predominantes nesta pesquisa.
Resumo:
O espao urbano produzido de forma complexa e contraditria, fruto da relao de agentes sociais concretos atravs de suas aes e decises. A paisagem urbana a expresso dos conflitos inerentes da relao entre os agentes produtores do espao, cuja conduo feita pelo modo capitalista de produo. O espao urbano um produto social e, por isso histrico, a história acumulada a partir das relaes sociais, materializadas no prprio espao, condicionam e tornam-se fundamentais na reproduo das relaes sociais. Neste sentido, o planejamento urbano possui importante papel na produo do espao urbano, visto que regulamenta e permite determinadas aes e decises na cidade, as quais encadearo em novas aes e decises e tornar-se-o tendncia para as relaes dos agentes produtores do espao. Neste sentido, propomos uma breve discusso sobre o planejamento urbano no Brasil, no intuito de apresentar sua importncia na produo do espao, destacando as caractersticas do discurso e suas adaptaes frente s mudanas sociais, e identificar quais interesses foram predominantemente atendidos e privilegiados. Para tanto recorremos a uma anlise crítica que possibilita identificar de forma geral, as contradies entre discurso e prtica presentes no planejamento urbano do Brasil.
Resumo:
A desconcentrao industrial da Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP), em direo s cidades do interior do estado, pode ser explicada por inmeras causas, dentre as quais destacam-se as seguintes: O crescimento muito intenso e rpido da metrpole que passou a apresentar estrangulamentos na sua capacidade de responder s necessidades das novas unidades produtivas; os problemas com o escoamento das mercadorias; o elevado preo dos terrenos e principalmente, a existncia de incentivos para a localizao em Distritos Industriais (D.Is). Muitos foram os municpios localizados no interior do estado de So Paulo, principalmente cidades mdias, distantes aproximadamente 200 km da RMSP que tiveram, a partir de 1970, a sua industrializao potencializada. Tal fato, ocorreu com a criao de D.Is que abrigaram indstrias de capitais locais, e mais notadamente, capitais nacionais e estrangeiros. A presente pesquisa pretende investigar os D.Is no municpio de Piracicaba-SP, localizado aproximadamente 164 km da capital paulista, no que tange s origens dos capitais investidos, fatores locacionais e relaes interindustriais (linkages), principalmente. A realizao desta pesquisa tem por objetivo, analisar os fatores, os processos e a dinmica que criam as condies gerais para a reproduo do capital, sendo os D.Is apenas uma representao visvel da lgica capitalista.
Resumo:
A pesquisa trata das relaes sociedade e natureza nas comunidades de Rio Sagrado de Cima, Canhembora, Brejumirim e Candonga, microbacia hidrogrfica do Rio Sagrado, municpio de Morretes, Paran. Das 520 famlias, 270 so residentes, predominando pequenos proprietrios rurais, e 250 so no-residentes. A localidade pertence rea de Preservao Ambiental (APA) de Guaratuba, que uma Unidade de Conservao Estadual. O objetivo do presente artigo compreender o processo histrico de ocupao humana e de uso dos recursos naturais pelas comunidades atravs da abordagem da história ambiental. A partir do uso da metodologia da História oral, foram realizadas cinco entrevistas com moradores mais antigos das comunidades, que permitiram resgatar lembranas e fatos histricos. Os primeiros habitantes da regio de Morretes foram os ndios tupis-guaranis e os carijs, que tiveram os contatos com os colonizadores, sendo esses, primeiro os portugueses e depois os espanhis, os quais determinaram o modelo de desenvolvimento econmico explorando recursos naturais. A ocupao efetiva da microbacia comea no sculo XIX, e explorada em funo da sincronia com relao aos ciclos econmicos regionais, como exemplo, na dcada de 1970 e 1980 com a explorao madeireira. Inicialmente a caa foi primordial para subsistncia das comunidades e posteriormente intensificada para o comrcio. Estas interferncias antrpicas reduziram a biodiversidade da regio.