104 resultados para Geografia política


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A Geografia como ciência consolidou-se durante o século XIX, no Brasil somente a partir da década de 1970, período em que iniciou-se um movimento de renovação  da Geografia dividindo-a em dois segmentos: Geografia Pragmática e Geografia Crítica. Dentro da perspectiva da Geografia Crítica está sendo desenvolvido um trabalho interdisciplinar procurando retratar diversas categorias espaciais. Neste sentido, os conteúdos abordados em sala de aula buscam interligar teoria à realidade vivenciada pelos estudantes. Este artigo tem como principal objetivo analisar o processo de ensino aprendizagem da Geografia, buscando enfatizar procedimentos, práticas e dinâmicas utilizados pelos docentes no âmbito escolar, com o intuito de incentivar a capacidade do aluno de expor suas idéias e pensamentos na aquisição e construção do conhecimento. Logo, a educação é vista como o principal meio para a receptividade desse aprendizado, sendo considerada a responsável pela direção e transformação da sociedade. Para tanto, foi realizada a revisão bibliográfica de autores que discutem essa temática. De fato, o estudo em pauta possibilita melhores reflexões do processo de ensino aprendizagem, o que corrobora na busca de novos caminhos e instrumentalização para modificar a realidade vivenciada.

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O texto expõe algumas mudanças no processo de educação, procura definir o uso que faz de conceitos como Estudo do Meio, Visita Técnica e Trabalho de Campo, para discutir este último. Relativo ao Trabalho de Campo propõe estratégias, cita exemplos de temas, examina os objetivos, as fases, as condições para a realização e como deve ser planejado e executado. Finaliza com proposições a respeito da utilização dos resultados e a avaliação. Ou seja, é uma discussão e uma proposta a respeito da importância do Trabalho de Campo para o ensino de Geografia.

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O presente trabalho tem por escopo realizar um estudo interdisciplinar entre dois ramos da ciência: Geografia e Direito. Enquanto a Geografia tem como uma de suas vertentes estudar o comportamento da sociedade e a conjuntura em que ela está inserida, realizando levantamentos quantitativos e qualitativos, além de efetivar uma análise crítica sobre essa realidade, o Direito busca adequar esses dados observados na realidade fenomenológica, para instituir normas que venham a atingir a harmonia das relações humanas e a pacificação social. Para tanto, a presente pesquisa buscará, através de levantamentos teóricos/bibliográfico e reflexões críticas dos autores, discutir a importância da formação da cidadania discente combinando conhecimentos básicos do Direito ao ambiente escolar do professor de Geografia, utilizando-se de experiências pessoais observadas nos cotidianos profissionais dos autores. Não há como se compreender a cidadania em sua essência, sem nos remetermos a conhecimentos mínimos dos direitos do cidadão, assim como não se deve dissociar os conhecimentos adquiridos com a Geografia, da formação do pensamento crítico de crianças e adolescentes.

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Neste trabalho pretendemos analisar a evolução do ensino superior brasileiro e sua relação com o estabelecimento dos modelos  de formação do professor de Geografia, buscando demonstrar que o estabelecimento desses modelos  não resulta apenas de políticas educacionais no campo curricular, mas de uma combinação dessas políticas e das características assumidas pelo ensino superior brasileiro em  seu processo de expansão e consolidação. Tomamos como marco histórico os anos 1930 quando a formação de professores foi elevada a nível superior com a criação das faculdades de filosofia. É nos anos 1950 que a formação do professor de Geografia separa-se do curso de História que até então formava conjuntamente esses profissionais. Em 1960 ocorre outra mudança  com a criação das licenciaturas curtas em Estudos Sociais capitaneada pela forte expansão e mercantilização da educação superior brasileira. Nos anos de 1990 um novo modelo de formação do professor de Geografia se estabelece em consonância com a reforma do ensino superior no país.

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O presente projeto tem como objetivo sensibilizar a comunidade educacional sobre a importância de utilizar o computador adequadamente, aperfeiçoando as habilidades dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, da Escola Municipal Jair de Oliveira. Partindo de um diagnóstico, sobre aulas de Geografia, verificou-se que a aprendizagem dos alunos a partir da utilização do computador e da Internet poderia contribuir para melhorar o desempenho dos mesmos. Foram elaboradas e realizadas entrevistas e/ou questionários, para coleta  e tabulação de dados sobre o uso dos recursos tecnológicos. Nessa perspectiva, ressalta-se a importância da apropriação das novas tecnologias e da necessidade da qualificação para o uso dos mesmos. A educação do futuro será uma combinação entre telecomunicações e computadores. Todavia, em pleno século XXI, alguns têm pouco acesso a computadores em rede. As escolas que possuem o laboratório, na maioria das vezes não qualificam os professores para utilizá-los, e esses se sentem impotentes por causa de problemas disciplinares. Com esse projeto espera-se que os educandos sintam-se capazes de lidar com os avanços tecnológicos, e que o docente seja mais flexível na escolha das metodologias a serem trabalhadas a fim de conciliar os usos dos recursos tecnológicos com êxito no aprendizado.

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Este artigo discute o papel exercido por professores da educação básica na formação inicial de professores de Geografia durante o estágio curricular supervisionado. As discussões partem das concepções desses professores sobre o papel que desempenham junto a alunos da licenciatura, bem como sobre o papel que atribuem aos professores orientadores de estágio da Universidade.

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A importância da educação ambiental vem crescendo desde a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972. Portanto, está atrelada à tomada de consciência sobre os crescentes problemas ambientais em escala local, regional e global. Sua genealogia mais específica pode ser encontrada no seminário realizado pela Unesco em Belgrado, em 1975, no qual foram decididos os objetivos e as diretrizes básicas da educação ambiental, cristalizados na Carta de Belgrado. As conclusões do Relatório Brundtland, publicado em 1987, e a realização da Rio-92 aumentaram a preocupação com a educação ambiental, que então passou a ser contemplada nas legislações nacionais. No Brasil a lei n. 9.795/99 regulamentou a educação ambiental tanto na educação formal quanto na informal e os Parâmetros Curriculares Nacionais contemplaram o meio ambiente como tema transversal no ensino básico. Este trabalho pretende verificar as possibilidades da educação ambiental como tema transversal no ensino de Geografia na escola básica brasileira. Pretende também discutir seus limites num mundo onde há crescente demanda por recursos naturais, crescente consumismo, e que, portanto, tem aumentado os impactos ambientais em diversas escalas geográficas. Parece que há uma expectativa exagerada sobre as possibilidades da educação ambiental.

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A Agenda 21 Global, desenvolvida no âmbito da ONU e ratificada por diversos países a partir da CNUMAD/Rio-92, prevê o desdobramento dos seus preceitos e o estabelecimento de diretrizes e metas em agendas de sustentabilidade em diferentes escalas e abordagens. O trabalho apresenta uma análise da aplicação da Agenda 21 Escolar a partir da realização de uma pesquisa participante em uma escola pública, localizada no município de São Paulo - Brasil. Tendo como base o conceito de interdisciplinaridade, buscou-se avaliar se esse tipo de projeto consegue ampliar o entendimento das questões socioambientais em escala local pelos diversos sujeitos envolvidos (alunos, professores, funcionários, direção, pais, comunidade local, órgãos públicos, etc.), bem como estimular a participação e o envolvimento da comunidade escolar na busca de soluções para os problemas do “lugar”.

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A Cartografia e a Geografia sempre estiveram presentes desde as descobertas e utilização pelo homem da pré-história, aos dias atuais. Ambas têm como base a análise do espaço geográfico, embora uma priorize a análise da produção e organização deste espaço e a outra a sua representação. Com isso, o objetivo desta pesquisa é apresentar a relevância da cartografia no ensino da Geografia, reforçando a necessidade da linguagem visual no processo ensino-aprendizagem. A cartografia contribui no processo ensino-aprendizagem com o auxilio das representações gráfico-cartográficas, além da utilização de recursos como: uso dos mapas, globos, cartas, plantas, entre outras formas de representação em corte espacial. Pretende-se desta forma, oferecer aos discentes e docentes da Geografia alternativas de trabalhar a realidade do espaço geográfico por meio das representações cartográficas. Para realização desta pesquisa foi feita uma revisão bibliográfico e pesquisa de campo com entrevistas com os educadores que lecionam na Geografia do ensino fundamental. Diante da pesquisa realizada foi possível perceber uma carência no que se refere à ciência cartográfica em suas práticas de ensino. Porém os educadores reconhecem a importância da cartografia para as aulas de Geografia.

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O artigo apresentado reune alguns dos primeiros e mais significativos resultados alcançados nos útlimos dois anos de trabalho deste grupo a frente do projeto “A Produção Audiovisual no Ensino Básico: a Linguagem Imagética como Recurso para a Educação Geográfica”, o qual se constitui como uma linha de investigação integrante do Grupo de Pesquisa em Educação Geográfica (GPEG). O projeto tem como objetivo principal analisar as possibilidades de uso da linguagem imagética como um meio para a construção do conhecimento espacial, ou seja, o uso de imagens como recurso didático para expressar conhecimentos, aliado à prática educativa da Geografia. A imagem é uma fonte de conhecimentos (SILVEIRA, 1996), é uma cristalização sensorial (MOLES, 1999) que cumpre, portanto, importante papel na transmissão de informações, na didática e em toda a atividade socialmente constituída. O projeto se desdobra em duas linhas de trabalho a saber: análise e produção de material didático integrado às atividades da geografia e de outras disciplinas no ensino básico a partir de filmes e documentários; produção de material didático a partir das elaborações dos dicentes envolvidos com atividades curriculares da disciplina geografia em séries específicas. Em nosso projeto, a produção audiovisual será analisada de forma a permitir a construção de uma proposta metodológica que articule as diferentes etapas da aprendizagem, explorando sua enorme capacidade de estímulo à memória, a chamada memória imagética, e, principalmente, as possibilidades que oferece como meio de construção do conhecimento, de interpretação crítico-reflexiva da realidade com efeitos sensíveis para a formação de cidadãos ativos e de uma sociedade mais autônoma.

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O trabalho tem como foco a análise de práticas curriculares de professores de Geografia que atuam em cursos de Educação de Jovens e Adultos. Suas reflexões derivam de pesquisa acadêmica que envolve o levantamento e a identificação do currículo praticado em instituições federais de ensino localizadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro que oferecem o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Os objetivos do trabalho visam a identificar os sentidos atribuídos pelos professores ao processo de escolarização de jovens e adultos trabalhadores, analisar as concepções de currículo que se encontram presentes em suas ações pedagógicas, bem como examinar os critérios utilizados para a seleção e a organização dos conteúdos escolares de Geografia. Para tanto, utiliza-se da análise de dados qualitativos levantados a partir da realização de entrevistas semi-estruturadas abrangendo professores de uma das instituições pesquisadas. Pretende-se, dessa forma, contribuir para o processo de reconstrução de referenciais teórico-metodológicos que apóiem o trabalho educativo do professor de Geografia em cursos de EJA.

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No processo de ensino da Geografia, trabalhar a definição de paisagem pode ser de grande valia para compreensão das grandes problemáticas sócio-ambientais. Segundo Castro (2006), “para a geografia, a paisagem é um conceito-chave, ou seja, um conceito capaz de fornecer unidade e identidade à geografia num contexto de afirmação da disciplina”, dessa forma, tendo em vista competências da geografia como uma disciplina para orientação social na perspectiva de instruir homens para uma cidadania consolidada, este trabalho objetiva avaliar o conceito de paisagem pelos alunos do ensino fundamental do Colégio Militar Tiradentes e sua viabilidade na compreensão dos desequilíbrios ambientais nas dimensões das categorias geográficas. Utilizar-se-á o método etnográfico com a inserção da pesquisa no contexto social do objeto de pesquisa, mostrando progressivamente os procedimentos metodológicos necessários para alcance desse objetivo. Entende-se que essa conceituação de paisagem implica numa análise progressiva e mais profunda, ponderando que um grande obstáculo a se avançar é desmistificar nos alunos a ligação de meio ambiente somente a florestas, desmatamentos, queimadas e poluição dos rios, construindo uma percepção de preservação ambiental. A transformação da definição de paisagem de: “é tudo o que se vê”, para: “é um conjunto de formas que, num dado momento, exprime as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza” (Santos, 2002). Entende-se que partindo da estimulação de olhares críticos sobre a paisagem local e habitual, o ensino de geografia no tratar das questões ambientais do planeta pode desenvolver no campo atitudinal, um pensamento sustentável.

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Situando-se no campo da educação, este trabalho configura-se a análise do uso do vídeo no processo pedagógico. Parte do pressuposto de que a educação deve habilitar o aluno para leitura e entendimento do seu mundo e considera que o vídeo altera as práticas sociais de alunos e professores, requerendo, portanto, da escola, a análise e a reflexão sobre as mensagens que veiculam, para formar cidadãos emancipados, críticos e conscientes. Esta concepção de educação prevê a formação e desenvolvimento da autonomia, que deve levar professores e alunos ao estabelecimento de uma relação consciente com o processo de construção do conhecimento, o qual deve estar comprometido com a universalidade e a historicidade do homem, reconhecido como um ser de relações com o mundo e a importância de adotar o vídeo como ferramenta na formação social dos alunos

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Estudos recentes no campo da educação geográfica têm revelado a importância de se considerar os elementos sócio-espaciais cotidianos dos sujeitos do processo de ensino  como referência para a prática de ensino/aprendizagem de geografia. Este trabalho objetiva apresentar a importância de estudos sobre as memórias, as territorialidades e identidades que envolvem uma escola pública localizada no município de Uberaba/MG/Brasil e seu entorno espacial, de maneira que se produzam conhecimentos sobre a localidade a serem trabalhados junto aos seus alunos. Serão trazidas representações de uma professora de geografia sobre estas questões e relatos de experiências de atividades realizadas com alunos, que tratem do estudo de temáticas locais. O foco do estudo está em recuperar o fato de que estudar as singularidades de um lugar possibilita a compreensão crítica dos elementos políticos, econômicos, culturais e ambientais deste espaço e a criação de solidariedade e laços culturais e de identidade, bem como reconhecer a  existência de uma cultura escolar, que demonstra que a escola deixa de ser somente o lugar da rotina e da inércia, mas um lugar de saberes específicos e circunstanciados.

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Desde as últimas décadas do século XX, a Geografia vem se repensando como ciência e como componente curricular na escola básica. O processo de renovação da Geografia implicou a adoção de novas metodologias de análise geográfica e, por extensão, na redefinição da epistemologia geográfica que não apenas aumentou a contribuição da Geografia no entendimento das relações sociais, políticas, econômicas e territoriais, como também possibilitou a criação de novos temas de reflexão. O impacto dessas mudanças na Geografia escolar foi grande, mas também muito confuso. Boa parte das reflexões em torno das mudanças no ensino de Geografia têm enfocado a questão das metodologias de trabalho docente, mais precisamente às relações ensino – aprendizagem, e pouca atenção tem sido dada aos aspectos teórico-metodológicos ou epistemológicos da Geografia propriamente dita. Neste campo, há muito o que se discutir, pois desenvolver propostas de trabalho a partir da Geografia renovada implica clareza nos conceitos e categorias necessárias à análise dos processos espaciais. O presente trabalho é produto de nossas reflexões em torno desta questão, e procura apresentar uma proposta de ensino da Geografia da  cidade de Salvador a partir do onceito de paisagem-marca e paisagem-matriz proposto por Berque (1984). O trabalho se inicia com uma reflexão  em torno do conceito depaisagem como materialidade externa, como uma dimensão material composta por objetos naturais e objetos sociais, consagrada na Geografia clássica. Postulamos uma análise da paisagem para além de sua visualidade, isto é, como um dado físico apenas, mas que incorpore também aspectos simbólicos que sustentam sua visibilidade, tal qual nos propoe Jameson (1994). Assim, a paisagem é mais que um dado físico e objetivo, mas um conjunto simbólico a ser desvendado, e cujo desvendamento depende do domínio de uma gramática de análise visual que deve ser ensinada. Essa perspectiva implica reconhecermos uma relação entre as paisagens e os sujeitos que a observam e dela querem extrair conhecimento. Nas palavras de Berque ä paisagem e o sujeito são co-integrados em um conjunto unitário que se autoproduz e auto-reproduz”. (BERQUE, 1998) A partir dessa discussão, passamos a um trabalho de campo realizado no centro da cidade de Salvador com a intenção de copreender sua paisagem como um conjunto simbólico capaz de oferecer condições de entendimento acerca das dinâmicas sociais e das representações sócio-espaciais alí presentes. A partir desse estudo retornamos à discussão teórica da Geografia procurando demonstrar a importância dos conceitos e das metodologias de análise próprias à disciplina, nos trabalhos com a Geografia escolar