67 resultados para Citotoxidade de mediação celular Teses
Resumo:
Introduo. Apesar das evidncias dos efeitos imunomodulatrios da morfina, no h na literatura estudos que tenham comparado a interao entre citocinas, imunidade celular (linfcitos T, B e NK) e a administrao prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crnica neuroptica no relacionada ao cncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnstico de dor lombar crnica e com presena de radiculopatia (dor neuroptica) previamente operados para tratar hrnia discal lombar (Sndrome Dolorosa Ps- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infuso de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantvel no compartimento subaracnideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com frmacos mas sem opiides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentrao das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no lquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfcitos T, B e clulas NK e avaliados os ndice de Escalonamento de Opiide (em percentagem de opiide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), durao do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. No houve diferena estatisticamente significativa entre o nmero de linfcitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os no usurios de morfina. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD4 e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao negativa entre as concentraes de clulas NK (CD56+) e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao positiva entre o nmero de clulas NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD8 e a durao do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentraes de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentraes de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos no usurios de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentraes de plasmticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que no a utilizavam. A concentrao de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentrao de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentraes plasmticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos no a utilizavam. A concentrao de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentrao plasmtica das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a durao do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Concluses: Os resultados sugerem associaes entre citocinas e imunidade celular (clulas T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreenso da imunomodulao da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuroptica crnica no oncolgica . So necessrios mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunolgico
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O fenmeno conhecido como Nitrificao e Desnitrificao Simultnea (SND) significa que em um mesmo reator ocorre simultaneamente a nitrificao e a desnitrificao, sob condies de operaes idnticas, podendo ser justificada principalmente pela teoria de microambiente no floco ou biofilme. Assim, em um nico reator, sob condies controladas de oxignio dissolvido (OD) e elevados tempos de residnciacelular possvel que ocorra a nitrificao e a criao de zonas anxicas no interior dos flocos ou biofilme para a ocorrncia da desnitrificao. Neste sentido, a tecnologia MBBR/IFAStem como caractersticaelevado tempo de residncia celular do biofilme formado nos meios suporte presentes no reator. Deste modo, neste estudo avaliou-se a remoo de nitrognio via SND em um sistema IFAS quando submetido a diferentes concentraes de OD e Tempo de DetenoHidraulica de 5,5 e 11 horas, tratando efluente sanitrio e efluente sinttico. Os resultados experimentais demonstraram que pode ser possvel desenvolver efetiva SND com concentraes de OD mdia de 1,0 mg.L-1 e 1,5 mg.L-1. Sendo que, foram obtidas eficincia mdia de remoo de NTde cerca de 68% e concentraes mdias efluente de N-NH4 de aproximadamente 5,0 mg L-1, de N-NO3 inferiores a 4,5 mg L-1 e de N-NO2 em torno de 0,1 mg L-1, e com eficincia mdia de remoo DQO solvel acima de 90%, quando empregado efluente sinttico. Ademais, por meio da avaliao da emisso de xido Nitroso (N2O), foi possvel comprovar que a desnitrificao ocorreu de forma efetiva.
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O operon groESL de C. crescentus apresenta dupla regulao. A induo deste operon por choque trmico dependente do fator sigma de choque trmico σ32. A temperaturas fisiolgicas, a expresso de groESL apresenta regulao temporal durante o ciclo celular da bactria e o controle envolve a protena repressora HrcA e o elemento CIRCE (controlling inverted repeat of chaperonin expression). Para estudar a atividade da protena repressora in vitro, produzimos e purificamos de E. coli a HrcA de C. creseentus contendo uma cauda de histidinas e a ligao especifica ao elemento CIRCE foi analisada em ensaios de migrao retardada em gel de poliacrilamida (EMRGP). A quantidade de DNA retardada pela ligao a HrcA aumentou significativamente na presena de GroES/GroEL, sugerindo que estas protenas modulam a atividade de HrcA. Corroborao desta modulao foi obtida analisando fuses de transcrio da regio regulatria de groESL com o gene lacZ, em clulas de C. crescentus produzindo diferentes quantidades de GroES/EL. HrcA contendo as substituies Pro81 AJa e Arg87Ala, aminocidos que se localizam no domnio putativo de ligao ao DNA da protena, mostraram ser deficientes na ligao a CIRCE, tanto in vitro como in vivo. Em adio, HrcA Ser56Ala expressa na mesma clula juntamente com a protena selvagem produziu um fentipo dominante-negativo, indicando que a HrcA de C. crescentus liga-se a CIRCE como um oligmero, provavelmente um dmero. As tentativas de obteno de mutantes nulos para os genes groESL ou dnaKJ falharam, indicando que as protenas GroES/GroEL e DnaK/DnaJ so essenciais em C. crescentus, mesmo a temperaturas normais. Foram ento construdas no laboratrio as linhagens mutantes condicionais SG300 e SG400 de C. crescentus, onde a expresso de groESL e de dnaKJ, respectivamente, est sob controle de um promotor induzido por xilose (PxyIX). Estas linhagens foram caracterizadas quanto sua morfologia em condies permissivas ou restritivas, assim como quanto capacidade de sobrevivncia frente a vrios tipos de estresse. As clulas da linhagem SG300, exauridas de GroES/GroEL, so resistentes ao choque trmico a 42C e so capazes de adquirir alguma termotolerncia. Entretanto, estas clulas so sensveis aos estresses oxidativo, salino e osmtico. As clulas da linhagem SG400, exauridas de DnaKlJ, so sensveis ao choque trmico, exposio a etanol e ao congelamento, e so incapazes de adquirir termotolerncia. Alm disso, tanto as clulas exauridas de GroES/GroEL quanto as exauridas de DnaK/DnaJ apresentam problemas na sua morfologia. As clulas de SG300 exauridas de GroES/GroEL formam filamentos longos que possuem constries fundas e irregulares. As clulas de SG400 exauridas de DnaK/DnaJ so apenas um pouco mais alongadas que as clulas pr-divisionais selvagens e a maioria das clulas no possuem septo. Estas observaes indicam bloqueio da diviso celular, que deve ocorrer em diferentes estgios em cada linhagem.
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Os implantes mamrios de silicone tm sido empregados, tanto nas cirurgias de aumento das mamas, quanto na reconstruo do tecido mamrio aps mastectomia. A segurana biolgica dos implantes de silicone merece estudo relacionado aos processos de esterilizao empregados, pois podem constituir-se em fator de comprometimento da estrutura qumica do polmero e, conseqentemente, da biocompatibilidade. Este estudo consistiu na avaliao da biocompatibilidade de implantes mamrios de silicone aps terem sido submetidos aos processos de esterilizao por calor seco, radiao gama e xido de etileno. O parmetro avaliado foi a viabilidade celular, empregando o mtodo de difuso em agar e de captura do vermelho neutro. As amostras compreenderam implantes de silicone gel lisos, texturizados e revestidos com poliuretano e implantes texturizados pr-cheios com soluo salina. Tambm foi realizado o teste de endotoxinas bacterianas pelo mtodo do LAL e determinao da taxa de migrao do gel de silicone (teste de bleed). Os trs mtodos de esterilizao mostraram-se igualmente eficientes pela comprovao da condio de esterilidade dos implantes atravs de metodologia descrita na Farmacopia Americana 27 edio. Os nveis de endotoxinas bacterianas dos implantes, tambm atenderam aos requisitos dos compndios oficiais. Na avaliao da biocompatibilidade todos os implantes, independente dos processos de esterilizao utilizados, apresentaram ausncia de citotoxicidade. Os resultados do teste de bleed mostraram uma maior taxa de migrao de gel para os implantes de superfcie lisa em comparao com os implantes de superfcie texturizada e revestida com poliuretano, quando esterilizados por calor seco. Ao comparar a taxa de migrao do gel para os implantes de superfcie lisa esterilizados por calor seco e xido de etileno, obteve-se uma maior taxa de migrao para aqueles implantes esterilizados por xido de etileno. As diferentes avaliaes realizadas neste estudo abrangeram aspectos biolgicos, qumicos e fsicos relevantes para garantir um produto de boa qualidade e que, por assegurar a manuteno da caracterstica de biocompatibilidade, resulta na segurana biolgica deste tipo de implante.
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A prtica da reutilizao de produtos mdico-hospitalares de uso nico vem sendo aplicada desde meados da dcada de setenta. A principal razo que tem contribudo para disseminao desta conduta pelas instituies hospitalares radicadas tanto nos pases em desenvolvimento como naqueles considerados ricos, tem sido a aparente economia de custos. Apesar dos riscos relacionados com a prtica da reutilizao, como reaes pirognicas, danos ocasionados por bactrias consideradas patognicas em pacientes imunologicamente comprometidos, danos na integridade fisica dos produtos, assim como aumento do perodo de permanncia dos pacientes no hospital, tm despertado o interesse em avaliar aspectos fisicos e biolgicos dos produtos mdico-hospitalares reutilizados. Baseando-se nestas consideraes foram aplicados desafios com esporos de Bacillus Subtilis varo niger ATCC 9372 e endotoxina bacteriana E. coli 055:B5. Os produtos desafiados foram cateteres intravenosos, torneira trs vias e tubos de traqueostomia. A possvel presena microbiana foi investigada aps contaminao intencional dos esporos de B. Subtillis (107 ufc/unid.) com submisso das unidades contaminadas limpeza e posterior esterilizao, utilizando xido de etileno/CFC na proporo 12:88. Os ciclos de reprocessamentos simulados de produtos mdico-hospitalares consistiram de contaminao de cada unidade teste com carga microbiana, lavagem com detergente enzimtico, secagem e esterilizao. Ao trmino de cada ciclo de reprocessamento foram separadas unidades representativas para avaliao por contagem microbiana (pour plate), testes de esterilidade por inoculao direta e indireta, citotoxidade por cultura de clulas e microscopia eletrnica de varredura. A eficincia da esterilidade foi avaliada tanto por contagem microbiana como pelos testes de esterilidade, que resultaram em nveis microbianos de 103 ufc/unid. e deteco de contaminao at o 6 ciclo de reprocessamento nos cateteres intravenosos, tubos de traqueostomia e torneiras trs vias. A segurana dos reprocessamentos dos produtos mdico-hospitalares foi avaliada pela cultura de clulas de fibroblastos de camundongo (NCTC clone 929), as quais no apresentaram toxicidade. Entretanto, os resultados obtidos durante microscopia eletrnica de varredura comprovaram presena de carga microbiana aps 10 ciclo de reprocessamento, assim como danos na superficie polimrica. Durante desafio com endotoxina bacteriana, que consistiu em contaminar as unidades com 200 UE, secagem e exposio ao ciclo de esterilizao com xido de etileno/CFC (12:88), verificou-se que aps ciclos de reprocessamentos simulados, totalizando dez ciclos, foi possvel detectar valores de recuperao de endotoxina em torno de 100%. Os cateteres-guia que foram adquiridos em instituio hospitalar aps quatro reutilizaes, apresentaram nveis de contaminao de 105 ufc/unid., assim como presena de bactrias consideradas patognicas em pacientes comprometidos imunologicamente, j a deteco de endotoxina bacteriana nestes cateteres no foi considerada significativa. Logo, as avaliaes aplicadas nas unidades submetidas aos ciclos de reprocessamentos simulados, assim como nos cateteres-guia reprocessados e reutilizados quatro vezes, refletiram a realidade de algumas instituies no mbito nacional e internacional que praticam a reutilizao de produtos mdico-hospitalares de uso-nico. Os resultados obtidos vm enfatizar objees quanto prtica da reutilizao, considerando que a ausncia de segurana pode ocasionar em danos ao paciente.
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As contaminaes por leveduras selvagens e por bactrias no processo de produo de etanol combustvel no Brasil causam prejuzos ao rendimento fermentativo e aumento de custos pelo uso de biocidas. No entanto, poucos estudos tem focado no efeito das contaminaes conjuntas de leveduras selvagens e bactrias e as possveis interaes entre os micro-organismos, especialmente em funo dos diferentes substratos de fermentao e das formas de controle. Este trabalho teve por objetivos verificar o efeito do substrato (caldo de cana e melao) sobre o desenvolvimento das contaminaes pela levedura da espcie Dekkera bruxellensis e pela bactria Lactobacillus fermentum, em co-culturas com Saccharomyces cerevisiae (linhagem industrial PE-2) e possveis formas de controle do crescimento dos contaminantes (pelo uso de metabissulfito de potssio e adio de etanol ao tratamento cido) sem afetar a levedura do processo. Os testes foram realizados em condies de crescimento (substrato com 4 Brix, culturas agitadas) e fermentao com reciclo celular (substrato com 16 Brix, culturas estticas). Houve interao entre as leveduras e a bactria quando crescidas em caldo de cana 4 Brix. A levedura industrial no foi afetada pela presena dos micro-organismos contaminantes, no entanto, para D. bruxellensis a presena de L. fermentum interferiu positivamente no crescimento, com aumento no nmero de UFC, e consequentemente inibio do crescimento da bactria. Em melao, houve um estmulo ao crescimento de L. fermentum quando em co-cultura com S. cerevisiae. Houve influncia das contaminaes sobre os parmetros avaliados no experimento (pH, acar redutor total, etanol, glicerol e crescimento das clulas) e a contaminao conjunta de L. fermentum e D. bruxellensis potencializou o efeito das contaminaes pelos micro-organismos isoladamente, tanto em caldo quanto em melao. A adio de 13% de etanol soluo de cido sulfrico pH 2,0 no tratamento celular resultou em uma diminuio significativa no nmero de UFC de D. bruxellensis (entre 90-99%). A levedura PE-2 foi pouco afetada pelo tratamento proposto. A bactria L. fermentum teve seu crescimento afetado em todas as combinaes testadas. Como os experimentos foram feitos em co-culturas, verificouse que pode haver influncia de um micro-organismo sobre a viabilidade do outro, dependendo da reao ao tratamento cido-etanol. O metabissulfito de potssio (MBP), no intervalo entre 200-400 mg/L, foi eficaz para controlar o crescimento de D. bruxellensis dependendo do meio de cultura e linhagem. Quando adicionado (250 mg/L) soluo cida (pH 2,0) no tratamento celular, um efeito significativo foi observado nas culturas mistas, pois ocorreu a inativao do SO2 pela S. cerevisiae e uma provvel proteo das clulas de D. bruxellensis, no sendo essa levedura prejudicada pelo MBP. A resposta fisiolgica de S. cerevisiae na presena de MBP pode explicar a diminuio significativa na produo de etanol. Quando o MBP foi adicionado ao meio de fermentao, resultou no controle da D. bruxellensis mas no em sua morte, com efeito menos intensivo sobre a eficincia fermentativa. Em cocultura com a adio de MBP, a eficincia fermentativa foi significativamente menor do que na ausncia de MBP.
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Os mecanismos moleculares envolvidos na resistncia de plantas contra patgenos so um tema bastante discutido no meio acadmico, sendo o objetivo maior dos estudos a diminuio das perdas de produtividade provocadas por doenas em plantaes do mundo todo. Muitos modelos de interao patgeno-hospedeiro foram propostos e desenvolvidos priorizando plantas e culturas de rpido desenvolvimento com ciclo de vida curto. Espcies de ciclo longo, porm, devem lidar durante anos - ao menos at a idade reprodutiva - contra o ataque de bactrias, fungos e vrus, sem contar, nesse meio tempo, com recombinaes genticas e mutaes que tornariam possvel o escape contra as molstias causadas por microrganismos. Assim, como alternativa aos modelos usuais, o presente trabalho estudou um diferente par de antagonistas: Eucalyptus grandis e Puccinia psidii. Apesar da contribuio de programas de melhoramento gentico, o patossistema E. grandis X P. psidii ainda pouco descrito no nvel molecular, havendo poucos estudos sobre os processos e as molculas que agem de forma a conferir resistncia s plantas. Assim, buscando o melhor entendimento da relao entre E. grandis X P. psidii, o presente trabalho estudou a mudana dos perfis de protenas e metablitos secundrios ocorrida nos tecidos foliares de plantas resistentes e susceptveis durante a infeco pelo patgeno, com o auxlio da tcnica de cromatografia lquida acoplada espectrometria de massas. Os resultados obtidos indicam que as plantas resistentes percebem a presena do patgeno logo nas primeiras horas ps-infeco, produzindo protenas ligadas imunidade (HSP90, ILITYHIA, LRR Kinase, NB-ARC disease resistance protein). Essa percepo desencadeia a produo de protenas de parede celular e de resposta oxidativa, alm de modificar o metabolismo primrio e secundrio. As plantas susceptveis, por outro lado, tm o metabolismo subvertido, produzindo protenas responsveis pelo afrouxamento da parede celular, beneficiando a absoro de nutrientes, crescimento e propagao de P. psidii. No trabalho tambm so propostos metablitos biomarcadores de resistncia, molculas biomarcadoras de resposta imune e sinais da infeco por patgeno em E. grandis.
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Os microRNAs (miRNAs) so pequenos RNAs endgenos no codantes de 21-24 nucleotdeos (nt) que regulam a expresso gnica de genes-alvos. Eles esto envolvidos em diversos aspectos de desenvolvimento da planta, tanto na parte area, quanto no sistema radicular. Entre os miRNAs, o miRNA156 (miR156) regula a famlia de fatores de transcrio SQUAMOSA Promoter-Binding Protein-Like (SPL) afetando diferentes processos do desenvolvimento vegetal. Estudos recentes mostram que a via gnica miR156/SPL apresenta efeito positivo tanto no aumento da formao de razes laterais, quanto no aumento de regenerao de brotos in vitro a partir de folhas e hipoctilos em Arabidopsis thaliana. Devido ao fato de que a origem da formao de raiz lateral e a regenerao in vitro de brotos a partir de raiz principal compartilham semelhanas anatmicas e moleculares, avaliou-se no presente estudo se a via miR156/SPL, da mesma forma que a partir de explantes areos, tambm capaz de influenciar na regenerao de brotos in vitro a partir de explantes radiculares. Para tanto foram comparados taxa de regenerao, padro de distribuio de auxina e citocinina, anlises histolgicas e histoqumicas das estruturas regeneradas em plantas com via miR156/SPL alterada, incluindo planta mutante hyl1, na qual a produo desse miRNA severamente reduzida. Alm disso, foi avaliado o padro de expresso do miR156 e especficos genes SPL durante a regenerao de brotos in vitro a partir da raiz principal de Arabidopsis thaliana. No presente trabalho observou-se que a alterao da via gnica miR156/SPL capaz de modular a capacidade de regenerao de brotos in vitro a partir de raiz principal de Arabidopsis thaliana e a distribuio de auxina e citocinina presente nas clulas e tecidos envolvidos no processo de regenerao. Plantas superexpressando o miR156 apresentaram reduo no nmero de brotos regenerados, alm de ter o plastochron reduzido quando comparado com plantas controle. Adicionalmente, plantas contento o gene SPL9 resistente clivagem pelo miR156 (rSPL9) apresentaram severa reduo na quantidade de brotos, alm de terem o plastochron alongado. Interessantemente, plantas mutantes hyl1-2 e plantas rSPL10 no apresentaram regenerao de brotos ao longo da raiz principal, mas sim intensa formao de razes laterais e protuberncias, respectivamente, tendo essa ltima apresentado indcios de diferenciao celular precoce. Tomados em conjunto os dados sugerem que o miR156 apresenta importante papel no controle do processo de regenerao de brotos in vitro. Entretanto, esse efeito mais complexo em regenerao in vitro a partir de razes do que a partir de cotildones ou hipoctilos.
Resumo:
INTRODUO: Os enxertos de gordura tem se mostrado como uma poderosa tcnica cirrgica em reconstruo mamaria secundria e os enxertos enriquecidos com clulas-tronco, alm de suas aes parcrinas, vem apresentando resultados encorajadores no que tange a persistncia volumtrica. OBJETIVO: Este estudo clnico teve como objetivo analisar comparativamente quantitativa e qualitativamente enxertos de gordura enriquecidos com clulas da frao vsculoestromal em reconstruo mamria secundria e a incidncia de complicaes. MTODO: Ns desenvolvemos um mtodo que produz enxertos de gordura, na sala de cirurgia, em uma taxa de enriquecimento maior que os j publicados (2:1). Este estudo clnico prospectivo e controlado analisou qualitativa e quantitativamente enxertos de gordura com (GT - grupo tronco) e sem (GC - grupo controle) adio das clulas da frao vsculo-estromal fresca em reconstruo mamria secundria; atravs de volumetria mamria por RNM de mamas, imunofenotipagem e contagem celular. Tambm foram estudados os resultados estticos, a satisfao das pacientes e as complicaes. RESULTADOS: A persistncia volumtrica no GT foi 78,9% e 51,4% no GC, entretanto no houve diferena estatisticamente significativa entre os grupos. CD90 foi o marcador mais expresso e que alcanou diferena significante e ao mesmo tempo apresentou correlao positiva entre a sua expresso e a persistncia volumtrica (r=0.651, p=0.03). Necrose gordurosa ocorreu, isoladamente em 4 pacientes do GT submetidas radioterapia e nenhuma paciente do GC apresentou este evento. Desta forma, pacientes do GC mostraram tendncia de estar mais satisfeitas com o enxerto de gordura. Nos dois grupos, os resultados estticos foram iguais e no foram observadas recidivas loco-regionais. CONCLUSO: Os resultados do enriquecimento em uma taxa maior que as j publicadas so encorajadores, apesar de a persistncia volumtrica no ter alcanado diferena estatisticamente significante entre os grupos. Enxertos de gordura enriquecidos na proporo 2:1 podem no ser indicados para pacientes submetidas radioterapia apesar de terem se mostrados seguros num tempo de seguimento de 3 anos
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Este trabalho tem como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento de novos potenciais metalofrmacos de rutnio. Nele so descritas a sntese, a caracterizao e a avaliao da ao antiproliferativa de alguns complexos de dirutnio (II,III) com os frmacos antiinflamatrios no-esterides (AINEs): ibuprofeno (ibp), cido acetilsaliclico (aas), naproxeno (npx) e indometacina (ind) e tambm com o cido γ-linolnico (lin), sobre clulas cancergenas. Os compostos obtidos foram caracterizados por anlise elementar, espectroscopia de absoro eletrnica, medidas de susceptibilidade magntica, espectroscopia vibracional FTIR e Raman, difratometria de raios X de p, medidas de condutividade molar e anlise trmica (TG, OTAe OSC). Todos os complexos sintetizados apresentam estrutura em gaiola, com os carboxilatos derivados dos frmacos AINEs coordenados unidade dimetlica Ru2( (II,III), em ponte equatorial, estabilizando assim a ligao direta rutnio-rutnio. As posies axiais so ocupadas por ons cloreto, no caso dos complexos [Ru2(O2(CR)4(Cl] (O2(CR = ibp, aas, npx ou ind), ou por molculas de gua, nas espcies do tipo [Ru2(O2(CR)4(H2O)2]PF6(O2CR =npx e ind). Ensaios biolgicos demonstraram que os compostos [Ru2(ibp) 4Cl]•½H2O e [Ru2(npx)4(H2O)2]PF6 apresentam ao antiproliferativa sobre clulas de glioma de rato C6 in vitro, dependendo do tempo de exposio do meio celular ao complexo. O complexo [Ru2 (lin)4Cl] tambm apresenta efeito sobre a proliferao de clulas C6; entretanto, nesse caso, efeitos significativos so observalos j nas primeiras 24 h de exposio. Estudos mostraram que as bases adenina e adenosina reagem com o complexo [Ru2(OAc)4(H2O)2]PF6 sem que ocorra quebra da estrutura em gaiola. As bases nitrogenadas substituem axialmente as molculas de gua, formando pontes axiais entre duas unidades de dirutnio (II,III) no estado slido.
Resumo:
A doena de Chagas uma parasitose extremamente negligenciada, cujo agente etiolgico o protozorio Trypanosoma cruzi. Atualmente, 21 pases da Amrica Latina so considerados regies endmicas, onde 75-90 milhes de pessoas esto expostas infeco, 6-7 milhes esto infectadas e mais de 41 mil novos casos surgem por ano. Entretanto, apenas os frmacos nifurtimox e benznidazol esto disponveis no mercado. Estes, alm da baixa eficcia na fase crnica da parasitose, apresentam diversos efeitos adversos, sendo que no Brasil apenas o benznidazol utilizado. Este fato mostra a importncia de se ampliar o nmero de frmacos disponveis e propor quimioterapia mais eficaz para o tratamento da doena de Chagas. Como forma de contribuir para essa busca, este trabalho objetiva a sntese de compostos hbridos bioisostricos N-acilidraznicos e sulfonilidraznicos, contendo grupo liberador de xido ntrico, com potencial de interao com cisteno-proteases parasitrias, tais como a cruzana. Nestes derivados, os grupos liberadores de xido ntrico utilizados foram os grupos furoxano (contendo substituinte metlico e fenlico) e ster nitrato. Props-se a variao de anis aromticos substitudos e no-substitudos, com o intuito de avaliar a possvel relao estrutura-atividade (REA) desses anlogos. At o momento, somente os compostos da srie N-acilidraznica tiveram avaliao biolgica realizada. Os valores de IC50 dos compostos na forma amastigota do parasita variaram entre >100 a 2,88 µM, sendo este ltimo valor comparvel ao frmaco de referncia. A atividade inibitria frente cruzana foi de 25,2 µM a 2,2 µM. J a liberao de xido ntrico foi avaliada pelo mtodo indireto de deteco de nitrato e os valores variaram entre 52,0 µM e 4.232,0 µM. Estes so bem inferiores ao composto padro, alm de no se identificar correlao direta entre a atividade biolgica e a liberao de NO. Na sequncia, os dois compostos mais ativos (6 e 14) foram submetidos a estudos de permeabilidade e de citotoxicidade. O composto 6 foi considerado o de maior permeabilidade segundo o Sistema de Classificao Biofarmacutica (SCB) e todos os compostos apresentaram a taxa de fluxo menor que 2, indicando a ausncia de mecanismo de efluxo. Na avaliao do potencial citotxico desses compostos em clulas humanas, o derivado 6 apresentou ndice de seletividade superior ao do benznidazol. Em estudos de modelagem molecular usando anlise exploratria de dados (HCA e PCA), propriedades estricas/geomtricas e eletrnicas foram consideradas as mais relevantes para a atividade biolgica. Alm disso, estudos de docking mostraram que a posio do grupo nitro no anel aromtico importante para a interao com a cruzana. Ademais o composto 6 no provocou mudanas significativas no ciclo celular e na fragmentao de DNA em clulas humanas, mostrando-se como lder promissor para futuros estudos in vivo. Atividade tripanomicida, citotoxicidade, potencial de liberao de NO e estudos de permeabilidade dos 23 derivados sulfonilidraznicos e steres nitrato esto sendo avaliados.
Resumo:
Pouco se sabe sobre o efeito do substrato e a interao entre as leveduras selvagens e bactrias do gnero Lactobacillus na fermentao alcolica, pois os estudos tem se concentrado na avaliao dos efeitos da contaminao por um ou outro contaminante separadamente. Diante disso, este trabalho teve como objetivos estudar o efeito do substrato e das condies de tratamento do fermento sobre as fermentaes contaminadas com ambos os micro-organismos, leveduras S. cerevisiae selvagens (trs linhagens apresentando colnias rugosas e clulas dispostas em pseudohifas) e Lactobacillus fermentum, tendo a linhagem industrial de S. cerevisiae PE-2 como levedura do processo. Foram realizadas fermentaes em batelada em mosto de caldo e de melao, sem reciclo e com reciclo celular, utilizando tanto a cultura pura da linhagem PE-2 quanto as culturas mistas com as linhagens rugosas e ou L. fermentum. Foram avaliadas modificaes no tratamento cido do fermento, visando o controle do crescimento dos contaminantes sem afetar a levedura do processo. Em seguida, foram conduzidas fermentaes contaminadas e no contaminadas submetidas ao tratamento cido combinado com adio de etanol, tanto em caldo quanto em melao, utilizando-se PE-2, uma das linhagens rugosas e L. fermentum. A atividade da invertase extracelular foi tambm avaliada em ambos os substratos para os micro-organismos estudados, em condies de crescimento. Concluiu-se que o tipo de substrato de fermentao, caldo de cana ou melao, influenciou o desempenho da linhagem industrial PE-2 assim como afetou o desenvolvimento das contaminaes com as leveduras rugosas S. cerevisiae na presena ou ausncia da bactria L. fermentum, em fermentaes sem reciclo celular. O efeito da contaminao foi mais evidente quando se utilizou caldo de cana do que melao como substrato, no caso da contaminao com leveduras rugosas, e o inverso no caso da contaminao com L. fermentum. O efeito da contaminao sobre a eficincia fermentativa foi maior na presena da levedura rugosa do que com a bactria, e a contaminao dupla (tanto com a levedura rugosa quanto com a bactria) no teve efeito maior sobre a eficincia fermentativa do que a contaminao simples, por um ou por outro micro-organismo isoladamente, especialmente na fermentao em batelada com reciclo celular, independentemente do substrato. Nas fermentaes com reciclo de clulas, o efeito do substrato foi menos evidente. O controle do crescimento das linhagens rugosas pode ser realizado modificando o tratamento cido normalmente realizado na indstria, seja pela adio de etanol soluo cida ou pelo abaixamento do pH, dependendo da linhagem rugosa. O tratamento combinado baixo pH (2,0) + 13% etanol afetou a fisiologia da linhagem industrial, trazendo prejuzos fermentao com reciclo celular, com pequeno controle sobre o crescimento da levedura rugosa e causando morte celular L. fermentum. A diferena na atividade invertsica entre as linhagens rugosas e industrial de S. cerevisiae pode ser a responsvel pela fermentao lenta apresentada pelas linhagens rugosas quando presentes na fermentao, sendo no significativa a influncia do substrato sobre a atividade dessa enzima.
Resumo:
Estudos com tratamento hipertrmico de tumores utilizando nanopartculas metlicas tm sido realizados durante as ltimas dcadas e mostram resultados bons quanto remisso de tumores, por vezes chegando cura completa. O mesmo acontece em relao aos tratamentos baseados em ao fotodinmica de fotossensibilizadores. Tratamentos aliando a terapia hipertrmica com nanopartculas de ouro e a terapia fotodinmica com diversos fotossensibilizadores tem efeito sinrgico e apresenta excelente potencial teraputico, em que pese serem necessrios mais estudos para que uma nova terapia conjunta possa ser implementada. A proposta deste trabalho foi investigar esse efeito sinrgico utilizando nanobastes de ouro complexados com fotossensibilizadores. Aps a sntese dos nanobastes pelo mtodo de seeding, a eficcia do tratamento fotodinmico e da terapia hipertrmica, separadamente, foi investigada. A metodologia do recobrimento dos nanobastes por fotossensibilizador, em um primeiro momento, no logrou xito com a porfirina, porm com a ftalocianina tetracarboxilada se mostrou mais eficaz. A taxa de fotodegradao da ftalocianina em soluo foi investigada como parmetro para a eficincia em gerao de oxignio singlete. Aps centrifugao e lavagem das nanopartculas, no entanto, evidenciou-se por espectrofotometria que o fotossensibilizador no permaneceu aderido aos nanobastes. Em um segundo momento, optamos por recobrir os nanobastes por porfirinas tetrassulfonadas, com ou sem grupamentos metil-glucamina. Aps o processo de recobrimento, essas ftalocianinas formaram complexos inicos com o CTAB que recobre os nanobastes. Os complexos nanobastes-ftalocianinas foram analisados por microscopia eletrnica de transmisso e as taxas de gerao de oxignio singlete e de radical hidroxil foram investigadas. Alm disso, foram utilizadas para testes in vivo e in vitro com clulas de melanoma melantico (B16F10) ou amelantico (B16G4F). As clulas tumorais em cultura ou os tumores em camundongos C57BL6 foram irradiados com luz em 635 nm e os tumores foram observados por 15 dias aps o tratamento. Houve evidente aumento na gerao de oxignio singlete por ambos fotossensibilizadores, e maior gerao de radicais livres por parte do fotossensibilizador metilglucaminado. O oposto ocorre com o fotossensibilizador sem metilglucamina. Houve, tambm, moderada citotoxicidade no escuro quando clulas foram incubadas com nanopartculas recobertas por ftalocianinas ou no. Quando ativados pela luz, os complexos ftalocianinas-nanobastes desencadearam um aumento de 5C no meio de cultura das clulas, e a morte celular observada foi extensa (91% para a linhagem B16G4F e 95% para a linhagem B16F10). Tanto os resultados in vitro quanto os in vivo indicam que as propriedades das ftalocianinas testadas so melhoradas significativamente quando elas esto complexadas aos nanobastes. Este um estudo pioneiro por utilizar duas porfirinas tetrassulfonadas especficas e por utilizar o mesmo comprimento de onda para a ativao dos fotossensibilizadores e nanobastes.
Resumo:
O nibio possui potencial para ser um metal de grande aplicabilidade, tanto na engenharia como na rea mdica; porm a literatura mdica a respeito deste material escassa. Para que o nibio de pureza 97,47% possa ser utilizado como material de implante e permita a osteointegrao se faz necessrio avali-lo quanto a sua biocompatibilidade e potencial de mineralizao. Para tanto importante compreender os eventos celulares e moleculares que ocorrem na interface nibio-clula. Neste estudo foram utilizadas as tcnicas laboratoriais de Alamar Blue, colorao de Alizarin Red, assim como a expresso de genes, importantes na ocorrncia de mineralizao e manuteno das clulas osteoblsticas, utilizando a tcnica de qPCR. As clulas em contato direto com o nibio obtiveram atividade celular indiferente em relao ao material controle. O nibio possibilita a aposio de depsitos de clcio e a adeso celular em sua superfcie, comprovando a osteoinduo, osteoconduo e osteognese. A anlise do qPCR comprovou estatisticamente pelo mtodo Livak que o nibio um material com potencial de osteointegrao. O entendimento dos resultados obtidos nos testes de biocompatibilidade, mineralizao e expresso gnica comprovaram que o metal nibio biocompatvel e possui propriedades osteointegrativas, pode ser indicado como um material para implante e que permite a osteointegrao.
Resumo:
A formao em servio realizada pelo programa de Residncia Multiprofissional em Sade (RMS) uma estratgia educativa que visa a mudana do perfil dos profissionais da sade para atuao no Sistema nico de Sade (SUS). Dentre as profisses que compem as residncias, a terapia ocupacional foi eleita como foco deste estudo com o objetivo de conhecer e refletir sobre os desafios e tendncias do processo de educao profissional e interprofissional na perspectiva de tutores, preceptores e residentes terapeutas ocupacionais. A metodologia eleita foi a abordagem qualitativa com realizao de entrevistas e anlise de contedo para a elaborao dos resultados e discusso. Foram realizadas 17 entrevistas em trs programas de RMS de diferentes municpios do estado de So Paulo com cenrios educativos realizados na ateno hospitalar e na ateno bsica. Duas categorias empricas foram identificadas nos resultados: (i) \"Residncia multiprofissional de sade como dispositivo de mudana\" dividida em duas subcategorias: \"Trabalho em equipe\" e \"Trabalho na perspectiva do SUS\" e (ii) \"Singularidades na formao do terapeuta ocupacional em RMS\" agrupada nas subcategorias: \"Particularidades da insero profissional do terapeuta ocupacional nos cenrios educativos\", \"Produo de identidades e a fragmentao da atuao do terapeuta ocupacional nas RMS\" e \"Terapia ocupacional e as prticas colaborativas e interprofissionais no SUS\". A pesquisa permitiu conhecer o potencial de mudanas dos programas de RMS em relao formao dos residentes e disseminao de prticas em sade, colaborativas em equipe e sob a perspectiva do SUS. Os resultados apontaram a singularidade do processo formativo de terapeutas ocupacionais nas RMS que sofrem impactos pela insuficiente contratao de profissionais nos servios, pelo desconhecimento do papel profissional do terapeuta ocupacional e pela fragmentao da atuao profissional nos cenrios de prtica; experincias que geram insegurana de residentes e profissionais quanto aos limites da atuao profissional e interprofissional no trabalho em equipe. O foco da terapia ocupacional nas atividades e cotidianos das pessoas no processo do cuidado em sade e a mediação do cuidado de pessoas com deficincia e transtornos mentais foram identificados como contribuies da terapia ocupacional para as prticas colaborativas e interprofissionais no SUS. Conclui-se que o potencial de mudanas dos programas para a atuao dos residentes como futuros profissionais est diretamente relacionado com as estratgias pedaggicas desenvolvidas nos cenrios educativos. A formao de terapeutas ocupacionais nas RMS depende das caractersticas dos cenrios educativos, no que se refere a sua organizao e interao interprofissional pr-existente, suficincia do nmero de preceptores, consolidao de fluxos assistenciais e ao (re)conhecimento da Terapia Ocupacional pelos demais profissionais dos servios. Por fim, os participantes afirmaram a importncia da RMS para a aprendizagem de saberes e prticas - prprios da profisso, comuns aos profissionais de sade e construdos em equipe de forma colaborativa - com o propsito da qualificao do cuidado em sade