3 resultados para Erosões Marginais
em Repositório Aberto da Universidade Aberta de Portugal
Resumo:
Neste trabalho os autores, embora reconhecendo não se se tratar de novas estações pré-históricas, não podem deixar de atribuir ao material recolhido uma importância bastante significativa, não só do ponto de vista tipológico, como da variedade de tipos de rocha, empregues na sua confecção. No aspecto tipológico, é de realçar as afinidades mirenses e asturienses de algumas peças recolhidas (picos, machados e pesos de rede), que apesar das suas reduzidas dimensões em relação aqueles encontrados no Baixo Alentejo e no Minho, não deixam de ser os representantes do «Languedocense» costeiro no centro do país mais precisamente na Foz do Tejo, ponto de encontro das indústrias paleolíticas e respectivas fácies do Norte e do Sul. O material agora estudado, embora não tenha sido recolhido em estações bem definidas, não perde de forma alguma o seu valor arqueológico, pois é originário (em especial aquele com afinidades «languedocences») das zonas marginais do Tejo, dado que a matéria prima utilizada está presente nos locais onde foi recolhida. Devemos ainda realçar as dimensões do material de calcário de aspecto acheulense e languedocense, sendo difícil atribuir-lhe uma datação correcta dada a fragilidade e fraca consistência desta rocha, e tendo ainda em conta o meio em que foi recolhido. No entanto se atender-mos à tipologia das peças e aos vários tipos de rochas utilizadas, podemos constatar que: I - Quartzito - Material acheulense e «languedocense». II - Basalto - Acheulense e «Ianguedocense». IlI - Calcário - «Ianguedocense» e peças de tradição acheulense. IV - Silex - Mustierense e Paleolítico superior.
Resumo:
No estudo de séries temporais, os processos estocásticos usuais assumem que as distribuições marginais são contínuas e, em geral, não são adequados para modelar séries de contagem, pois as suas características não lineares colocam alguns problemas estatísticos, principalmente na estimação dos parâmetros. Assim, investigou-se metodologias apropriadas de análise e modelação de séries com distribuições marginais discretas. Neste contexto, Al-Osh and Alzaid (1987) e McKenzie (1988) introduziram na literatura a classe dos modelos autorregressivos com valores inteiros não negativos, os processos INAR. Estes modelos têm sido frequentemente tratados em artigos científicos ao longo das últimas décadas, pois a sua importância nas aplicações em diversas áreas do conhecimento tem despertado um grande interesse no seu estudo. Neste trabalho, após uma breve revisão sobre séries temporais e os métodos clássicos para a sua análise, apresentamos os modelos autorregressivos de valores inteiros não negativos de primeira ordem INAR (1) e a sua extensão para uma ordem p, as suas propriedades e alguns métodos de estimação dos parâmetros nomeadamente, o método de Yule-Walker, o método de Mínimos Quadrados Condicionais (MQC), o método de Máxima Verosimilhança Condicional (MVC) e o método de Quase Máxima Verosimilhança (QMV). Apresentamos também um critério automático de seleção de ordem para modelos INAR, baseado no Critério de Informação de Akaike Corrigido, AICC, um dos critérios usados para determinar a ordem em modelos autorregressivos, AR. Finalmente, apresenta-se uma aplicação da metodologia dos modelos INAR em dados reais de contagem relativos aos setores dos transportes marítimos e atividades de seguros de Cabo Verde.
Resumo:
A leitura do romance Quando o diabo reza de Mário de Carvalho propõe uma procura da ética, da moral e do direito, que proporcione reflexão sobre os valores que constroem a pessoa e a projetam na sociedade e no Estado. Procura ver-se o direito na literatura, demonstrando-se que este texto literário tem a capacidade de apelar ao reconhecimento do direito, por nos apresentar histórias de procedimentos ilegais, criminosos e de tentativas de manipulação da leis para fins diversos dos valores éticos e morais que visam tutelar. O texto desenvolve várias ações desviantes do direito, criando personagens marginais inconformadas, não só com a sua vida, mas com as leis que não lhes permitem atingir os seus objetivos. Analisa os seus comportamentos, as suas justificações, evidenciando as contradições entre nós e os outros. O trabalho explora as relações entre direito e literatura, reconhecendo a retórica e processos de interpretação comuns, e a forma como o texto questiona princípios, procedimentos e institutos jurídicos, contribuindo para a construção da memória e do mundo. Aborda dum ponto de vista geral os estudos desenvolvidos pelo chamado Law and Literature Movement (Capítulo I), identifica e analisa as personagens, interpretando o seu posicionamento com a ética, a moral e o direito (Capítulo II), e reconhece os institutos do nosso ordenamento jurídico presentes na narrativa, e o seu papel na ação do romance (Capítulo III).