84 resultados para Sobral (CE) História
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
O presente estudo investiga a história poltica de Sobral no perodo entre 1963-1996. Ao longo dessas dcadas, o executivo municipal esteve sob a liderana dos grupos polticos Prado e Barreto que se revezaram na direo do poder local na vigncia do Regime Militar no Brasil, sobrevivendo ainda uma dcada do fim da ditadura. Para alguns analistas, foram trs dcadas de estagnao econmica e poltica, mas para outros, foi um perodo de importantes investimentos infraestruturais, com resultados positivos ainda hoje. O objetivo desta tese compreender as mudanas e permanncias ocorridas na cidade de Sobral ao longo da gesto desses administradores. A investigao est balizada pelo referencial terico-metodolgico da Nova História Poltica que, embora no tenha a pretenso de afirmar que tudo poltico, compreende que o poltico o lugar para onde conflui a maioria das atividades humanas. O conceito de cultura poltica, pensada como conjunto coerente de elementos que permite definir uma forma de identidade do indivduo que dela se reclama; aqui o instrumento de anlise do objeto proposto. As fontes analisadas foram documentos do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Judicirio, alm de peridicos, pea de teatro, fotografias, vdeos, depoimentos, entre muitos outros materiais que permitiram elucidar as questes propostas a esta investigao.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo principal apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo compreendido entre as dcadas de 60 e 90. Iniciamos este trabalho discutindo a crise no campo da Psicologia Social que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos a partir de meados dos anos 60. No Brasil, a crise comeou a ter desdobramentos apenas na dcada de 70. Iniciava-se a crtica a Psicologia Social cognitiva norte-americana e a busca de novas teorias, metodologias e interlocutores no campo da Psicologia Social. No Rio de Janeiro, o principal representante desta perspectiva foi Aroldo Rodrigues. Sua principal opositora foi Silvia Lane. Em Minas Gerais, O Setor de Psicologia Social foi outro importante eixo de oposio. Ao longo da tese, buscamos compreender como alguns enunciados presentes nos anos 60 e 70, entre os movimentos de resistncia como o CPC da UNE, o Tropicalismo e a Teologia da Libertao, como crtica e alternativa aos ditames positivistas. Era necessria uma Psicologia Social que permitisse pensar a realidade social brasileira. As categorias universalizantes da Psicologia Social norte-americana, que pensavam o homem fora da história e da cultura, passaram a ser objeto de crtica. Como afirmamos, buscamos apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo histrico j definido anteriormente. Para isso, alm do levantamento de referncias sobre o tema fizemos entrevistas com vrios dos personagens que participaram desta mesma história, como professores, pesquisadores e alunos.
Resumo:
Escrever uma história do antigo Israel no tanto uma aventura, apesar das querelas cronolgicas e alguns confrontos com as culturas material e bblica. O fato de ter como hiptese central a emergncia do antigo Israel entre os sculos XIV-XIII a.C. julgou-se importante considerar o evento cronolgico de mdia durao e ocorrido em interao sociocultural no Mediterrneo. Para a fundamentao foram apresentados os documentos literrios e artefatos materiais. Assim, realizou-se a abordagem historiogrfica em dilogo cientfico com a arqueologia histrica, sendo a cultura material o campo de comprovao dos pressupostos, e pela antropologia social de grandezas sociotnicas e polticas do segundo milnio a.C., como auxiliar no desenvolvimento da argumentao. Tanto os documentos de Tell el-'Amarna quanto a estela Hino da vitria de Merenptah, Cairo e Karnak foram analisados em seus contextos histricos. Os objetivos, portanto, foram fundamentar com evidncias a fuga de escravos do Egito em vrios perodos da Idade do Bronze Recente, entre a poca amarniana e a poca ramessida, e a emergncia multitnica dos 'ibrm em meio a povos nmades e seminmades em um amplo fenmeno histrico de reao ao protetorado egpcio no Mediterrneo. Isso levou-nos a adotar o mtodo comparativo para a anlise dos documentos e seguir o debate historiogrfico sobre os testemunhos arqueolgicos desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e da Universidade Hebraica de Jerusalm. Em concluso, ficou demonstrada a existncia de vrias rotas de fugas de escravos e evidncias de ocorrncias envolvendo os povos mediterrneos poca da emergncia do antigo Israel e a correspondncia por trocas culturais, organizao poltica, atividades e assentamentos nos altiplanos envolvendo aqueles povos, o que possibilitou a simbitica etnicidade.
Resumo:
A presente dissertao tem como objetivo descrever o Tratamento Moral desenvolvido por Philippe Pinel no perodo que se estende do final do sculo XVIII ao incio do sculo XIX em Paris. Trata-se de um novo mtodo de tratamento da loucura baseado na normatizao e em uma atitude mais humana de cuidado com o louco. O asilo torna-se smbolo desse modelo, hegemnico por mais de um sculo. Neste estudo, pretendemos descrever o que foi o Tratamento Moral, quais os fundamentos deste mtodo e, principalmente quais as mudanas que engendrou na prtica do cuidado da loucura. Para tanto, faremos uma breve descrio do tipo de tratamento dado ao louco no perodo que antecede o surgimento do Tratamento Moral em Paris. Com o Tratamento Moral, nasce a Psiquiatria como especialidade mdica, surgem o alienista e o alienado, o asilo transforma-se em local de cura da loucura e a relao mdico-paciente da seus primeiros passos. A partir de uma anlise bibliogrfica de fontes primrias e secundrias buscamos oferecer aos interessados neste tema dados sobre as bases e as prticas do tratamento iniciado por Pinel, parte da história da psiquiatria e da loucura que so constituintes da realidade psiquitrica atual.
Resumo:
O estudo desenvolvido nesta tese teve por inteno investigar a relao entre a questo da arte e a história do ser, tal como esta ir progressivamente se construir na obra de Martin Heidegger, sobretudo a partir de meados da dcada de 1930. Com isso, pretendeu-se identificar e destacar o papel fundamental que a abordagem desta questo deteve para a chamada viragem (Kehre) e os rumos posteriores da obra deste filsofo, conduzindo seu pensamento para alm dos limites da analtica existencial empreendida em Ser e Tempo (1927) e em direo construo da chamada "história do ser" e questo do acabamento da metafsica como niilismo, na ltima fase de seu pensamento e em obras como o Beitrge zur Philosofie (1938). Para tal, partimos da investigao do ensaio A origem da obra de arte, publicado em meados da dcada de 1930, devido ao carter central (no apenas em sentido cronolgico) que esse texto ocupa para a abordagem do problema, posto nele Heidegger empreender a reviso de conceitos como Zuhandenheit e Vorhandenheit, de modo a assim abrir lugar, em sua ontologia, para este ente que a obra de arte , com isso permitindo que o acontecimento do ser pudesse vir a ser pensando em novas bases e em perspectiva histrico-hermenutica.
Resumo:
O Distrito Grafitfero Aracoiba-Baturit apresenta depsitos do tipo gnaisse grafitoso (minrio disseminado) e veio (minrio macio) com diferentes origens genticas e com caractersticas fsicas e ambientes geolgicos de formao prprios. O minrio tipo gnaisse grafitoso de origem sedimentar, singentico, com teores de 1,5 a 8% de C, que se distribuem ao longo de duas extensas faixas paralelas, hospedadas na Subunidade Baturit, que constitui um importante metalotecto regional. A associao de grafita metamrfica disseminada em metassedimentos da Sequncia Acarpe constitui um geoindicador de antiga bacia sedimentar neoproterozica e, tambm, pode ser considerado como zona de geosutura resultante do subsequente fechamento de um oceano primitivo. As rochas desta subunidade correspondem na paleogeografia da Sequncia Acarpe aos fcies de sop de talude e de plancie abissal. O minrio tipo veio (fluido depositado) epigentico e, com teores entre 20% e 70% de C, forma corpos tabulares e bolses, controlados em escala local por estruturas de alvio (falhas, fraturas, zonas de contato, eixos de dobras etc.) que permitiram a percolao de solues penumatolticas relacionadas ao corpo plutnico de Pedra Aguda. As variaes dos valores das relaes entre istopos estveis de carbono (δ13C) na grafita do minrio disseminado so de -26,72 a -23,52 e do minrio macio de -27,03 a -20,83, revelando sinal de atividades biolgicas (bioassinaturas) e permitem afirmar que a grafita das amostras acima so derivadas de matria orgnica. Foram apresentados os principais guias de prospeco para grafita e testados os seguintes mtodos geofsicos: Eletro-Resistividade; GPR - Ground Penetrating Radar; Magnetometria; VLF (Very Low Frequency); e Polarizao Induzida Espectral (IPS) / Resistividade (ER). A conjugao dos mtodos de Polarizao Induzida Espectral (IPS) e Eletro Resistividade (ER) foi o que demonstrou a melhor eficincia. Com relao determinao do teor de carbono por termogravimetria (ATG), que o mtodo mais utilizado para este elemento. Verificou-se, que as faixas de queima atribudas ao carbono no minrio do Distrito de Aracoiba-Baturit (340 a 570C e de 570 a 1050C) eram diferentes das faixas do minrio de Minas Gerais (350C a 650C e 650C a 1.050C). Esta constatao indica a necessidade de se determinar previamente as faixas de temperatura para cada regio pesquisada.
Resumo:
Considerado pela maioria da crtica como uma literatura ptrida (cf. ULBACH, 1868) ou torpe (cf. VERSSIMO, 1894), acusado de confundir ingenuamente cincia e literatura, bem como de cientizar a linguagem literria, e em particular no Brasil, alm disso, questionado por plgio ou importao de uma moda estrangeira, o naturalismo foi relegado s margens da historiografia literria. Assumindo como ponto de partida esse panorama crtico, a tese prope uma reavaliao crtica e historiogrfica da esttica naturalista, comeando por descrever e analisar sua origem no decurso da história, a partir do advento do realismo moderno nas obras de Stendhal e de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). Enfoca a lenta afirmao dos termos realismo e naturalismo, bem como a importncia da contribuio de diferentes romancistas franceses no processo de consolidao da esttica realista e de seu prolongamento no naturalismo. Discute-se tambm o projeto esttico proposto por Zola, assim como se desconstroem mitos corroborados pela historiografia literria a respeito da teoria e do movimento naturalistas. Por fim, correlacionando a esttica naturalista com o ideal republicano, aborda-se a aclimatao dos princpios naturalistas no Brasil, na obra daquele que foi seu principal representante, Alusio Azevedo. A partir de uma abordagem comparativa entre o naturalismo na Frana e no Brasil, busca-se, em sntese, contribuir para o processo de reviso crtica e historiogrfica de um perodo literrio muito produtivo nos dois pases, no obstante a tendncia para sua desvalorizao em geral observada nas manifestaes da crtica novecentista
Resumo:
Este trabalho contemplou a anlise das relaes entre imigrao, negcios e poder a partir da insero do imigrante portugus no comrcio da cidade do Rio de Janeiro entre 1850 e 1875. Nesse perodo, as relaes internacionais entre Brasil e Portugal caracterizaram-se essencialmente por duas foras sociais: o fluxo migratrio e o comrcio. Atravs do intercruzamento de fontes documentais, identificou-se o perfil dos membros da elite mercantil portuguesa instalada na capital do Imprio brasileiro, bem como suas estratgias de ascenso econmica e projeo poltica junto sociedade e aos Estados de Portugal e Brasil. Avaliou-se, ainda, o estmulo causado pelas trajetrias de sucesso na realimentao do movimento de emigrao portuguesa. Concluiu-se que os imigrantes lusos, atravs do comrcio, tornaram-se agentes dinmicos das relaes bilaterais Brasil-Portugal.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo ressaltar a importncia dos contedos da disciplina História da Lngua Portuguesa para a formao do graduando do curso de Letras. O ensino de Lngua Portuguesa se d, por questes didticas, de forma recortada, sendo cada um de seus recortes (Morfologia, Fontica, Sintaxe etc.) trabalhado em semestres diferentes. A forma fragmentada de estudar a lngua parece induzir o graduando a uma viso tambm fragmentada (e fragmentria) de seu objeto de estudo, prejudicando a formao do futuro professor/pesquisador da lngua. A anlise dos fenmenos lingusticos sob a tica da diacronia em que uma alterao fontica pode, por exemplo, resultar em alteraes morfolgicas e sintticas possibilita a viso da lngua em seu funcionamento como um todo, com suas partes interagindo e se interpenetrando. Essa viso mais ampla, segundo cremos, poder capacitar o aluno para conectar as informaes de diferentes recortes, a fim de alcanar conhecimentos novos e mais complexos. Procuramos evidenciar os benefcios da abordagem diacrnica apresentando o contedo programtico da disciplina História da Lngua Portuguesa e tecendo comentrios que apontam a relevncia de cada contedo para a formao do graduando. Acrescentamos, algumas vezes, sugestes de atividades didticas com o intuito de granjear o interesse do aluno para a disciplina
Resumo:
Marc Ferrez (1843-1923), filho de franceses nascido no Brasil, exerceu por mais de cinqenta anos a atividade de fotgrafo e comerciante de materiais afins. Para o presente estudo foi selecionada da imensa produo de Ferrez uma srie de fotografias que pudesse abranger a diversidade de temas, regies e perodos nos quais o fotgrafo atuou. A partir desta seleo foi estudada a contribuio da fotografia para a formao de uma identidade nacional brasileira, levando-se em conta os meios de circulao e recepo das fotografias e suas diversas formas de reproduo. Neste circuito visual travou-se um combate de imagens: de um lado o pblico que encomendava trabalhos de documentao fotogrfica procurava apresentar uma nao n a marcha do progresso, de outro lado a comercializao de fotografias ou reprodues delas com grande aceitao em um mercado de imagens trazia especialmente temas como a natureza ou os tipos humanos exticos. Na fotografia de Ferrez podemos apreender imagens de um pas cujas elites sonhavam em mostrar civilizado, mas onde, a o mesmo tempo, predominava o elemento natural exuberante e os tipos exticos. Elementos e temas essenciais para se discutir pertencimento, imaginrio, identidade, enfim, para avaliar as construes da nao brasileira.
História de Farrapos: biografia, historiografia e cultura histrica no Rio Grande do Sul oitocentista
Resumo:
Este trabalho procura conhecer os caminhos pelos quais a história do movimento poltico-militar Farroupilha (1835-1845) foi escrita. Situando essa busca na produo historiogrfica do sculo XIX, optamos por enfatizar o papel da obra biogrfica História do General Osrio, nesse processo. Escrita por Fernando Luis Osrio sobre seu pai, o marqus do Herval, Manoel Luis Osorio e publicada em 1894, o primeiro volume da narrativa biogrfica da vida do General Osorio possu 7 captulos sobre sua participao nos conturbados quase 10 anos do movimento Farroupilha. nesses captulos que concentramos nossa analise, buscando estabelecer o como essa narrativa participou do processo que delegou Farroupilha um local de destaque na cultura histrica riograndense como experincia histrica valorosa, que lhe permite ser lembrada, narrada e comemorada em festa patritica at hoje. Dessa forma, procurou-se estabelecer as bases dessa cultura histrica e o papel da Farroupilha junto ela. Da mesma maneira, visitamos a produo historiogrfica do XIX na inteno de compreender seu papel no estabelecimento de valor para o movimento. Analisamos as possibilidades historiografias da obra e as caractersticas principais da narrativa como o uso documental, o narrador, as discusses historiogrficas e o personagem General Osorio que ali construdo. Identificamos na obra de Fernando Luis Osrio impulsos historiogrficos caractersticos do XIX, buscamos relaes entre a narrativa ali desenvolvida e a história da Farroupilha e pensamos a participao da mesma no estabelecimento do espao valoroso dado ao movimento na cultura histrica riograndense de fins do oitocentos.
Resumo:
As cmaras municipais constituram-se em um dos mais notveis mecanismos de manuteno do vasto imprio ultramarino portugus. Originavam-se dos antigos conselhos medievais, aglutinavam os interesses das elites coloniais ao serem compostas pelos homens bons da colnia, detinham considervel poder sobre a sociedade local alm de terem a liberdade de representar ao rei de Portugal seus anseios ou dificuldades. Paralelo, ao poder do senado da cmara municipal, encontravam-se as autoridades nomeadas pelo rei de Portugal: governadores coloniais. Este compartilhamento do poder na colnia gerava, muitas vezes, conflitos entre a cmara municipal e os funcionrios rgios. No Rio de Janeiro, setecentista, vrios fatores internos e externos colnia deterioraram as relaes entre os governadores coloniais e os membros do senado.Tal situao agrava-se com as incurses corsrias francesas de 1710 e 1711 que demonstraram a fragilidade do imprio portugus que h muito deixara de ter um poder naval significativo, perdendo espaos para potncias como a Frana, Inglaterra e Holanda. Incapaz de conter os inimigos no vasto oceano, desprovido de meios navais capazes de patrulhar os litorais de suas colnias na frica, sia e Amrica, em especial o do Brasil, o imprio portugus dependia cada vez mais dos recursos humanos de suas colnias para a manuteno do seu territrio ultramarino. A corte portuguesa sofreu duro impacto com a conquista da cidade do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin e, ao longo dos prximos anos, procurou fortalecer o sistema defensivo de sua colnia com o envio de tropas e navios alm da construo de novas fortalezas e o reaparelhamento do sistema defensivo j existente.Todo este esforo para a guerra era bancado, em sua maior parte, com recursos da prpria colnia do Rio de Janeiro. Obviamente este nus no agradava a incipiente elite mercantil que florescia na colnia resultando no fato de que a poltica de enclausurar o Rio de Janeiro entre muralhas e fortificaes, s custas da economia colonial, colocou em campos opostos os funcionrios do rei e os membros do senado por vrias vezes nas primeiras dcadas do sculo XVIII. Surgiram inevitveis conflitos pelo uso e posse do territrio urbano do Rio de Janeiro cada vez mais pontilhado por fortalezas, sulcado por extensas valas e trincheiras a impedir-lhe o crescimento urbano. Alm do conflito territorial, em funo da expanso da atividade mercantil desenvolvida pelos colonos, as disputas comerciais envolveram as elites locais, vidas por lucros e impulsionadas ao comrcio devido descoberta do ouro na regio das Minas, e as autoridades e comerciantes lusos, uns querendo controlar a atividade comercial que crescia em acelerado ritmo, outros querendo lucrar e disputar espaos com as elites coloniais locais. No meio destes embates encontrava-se a Cmara Municipal do Rio de Janeiro, objetivo maior desta pesquisa, a defender os interesses das elites da colnia, pois delas era representante. Era uma disputa em que, muitas vezes, seus membros pagaram com a perda da liberdade e dos seus bens frente a governadores coloniais mais intolerantes
Resumo:
Esta dissertao apresenta uma reflexo sobre os processos que levaram os artistas a atuarem em formaes grupais e/ou coletivas e os desdobramentos que essas prticas produziram na arte. A partir de diferentes contextos, o estudo analisa algumas concepes sobre grupo e coletivo e em que medida a arte envolve-se em regras e organizaes correlativas as que governam as estruturas de uma sociedade. Analisamos a produo dos artistas nos grupos, uns respondendo lgica mercantil e outros se organizando em torno das questes sociais e polticas dos seus respectivos contextos a fim de produzir diferentes reflexes e intervenes. Ao pensarmos na cidade como territrio para essa discusso, analisamos o Coletivo Mesa que utiliza como mtodo de trabalho a lgica da disperso, assumindo a noo de coletivo como ao, movimento, fluxo de entrada e sada de diferentes saberes e concepes no espao urbano. Apresentamos o projeto Percursos Urbanos que funciona como uma plataforma volante de investigao e convivncia que se estrutura a partir de um nibus comum, um mediador e passageiros que juntos realizam uma partilha de experincias e saberes, lanando novas descobertas e olhares sobre a cidade de Fortaleza/CE. Buscamos ampliar a partir da pesquisa, a possibilidade de incluir na história da cidade, aspectos que no obedeam somente o caminho traado pelos monumentos, mas o exerccio da flnerie como experincia esttica e o discurso como dispositivo meditico
Resumo:
O presente trabalho tem como propsito refletir sobre a questo da identidade do sujeito de Os cus de Judas, de Lobo Antunes, a partir do momento em que h um deslocamento espacial do narrador-personagem. Em tempos de guerra colonial, tal deslocamento para o continente africano faz com que o sujeito da narrativa se depare com o outro; isso reflete em sua existncia provocando uma crise de identidade a partir da qual ele passa a questionar sua nacionalidade, sua ptria. Ao contestar seu pas e suas razes, o personagem-narrador acaba por macular a identidade portuguesa sustentada tantos sculos por um imaginrio que j no mais existe.Obrigado a participar da guerra como combatente, o narrador-personagem observa que aqueles que esto do outro lado, os colonizados, tambm sofrem com o sistema de governo institudo por Salazar. O processo de alteridade rasurado e/ou quase desfeito medida que os laos entre colonizado e colonizador se tornam mais estreitos e se rasuram.Na obra Os cus de Judas, a experincia traumtica da guerra instiga o narrador-personagem ao autoexlio, pois o sujeito, ao retornar da guerra na frica, torna-se um refugiado dentro de si mesmo e de sua prpria nao, ensimesmado e expatriado. Tais consideraes colocam em cena os conceitos de identidade do sujeito e da nao revisitados pela memria
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o papel do design no mercado brasileiro de perfumes. Parte-se da hiptese de que ele o elemento fundamental para o bom desempenho desse segmento. Na medida em que ele possibilita a diferenciao entre as diversas embalagens, criando uma segmentao para o consumo nas mais diversas camadas sociais. Inicialmente ser apresentado o universo do perfume, abordando seus aspectos tcnicos e culturais. Uma relao de matrias primas utilizadas na indstria de perfumaria ser fornecida. Seu propsito proporcionar ao designer profissional e ao designer pesquisador uma referncia visual dos elementos que compe um perfume. Adiante, os principais aspectos da história do perfume no mercado nacional de perfumaria so destacados, bem como a mudana de paradigmas de consumo ao longo dessa trajetria. Segue-se com a apresentao das peculiaridades de um projeto de embalagens para esse segmento, destacando o perfil do designer, desse mercado e uma relao de termos tcnicos. Por fim, um modelo para catalogao ser apresentado e aplicado a um grupo de perfumes nacionais e internacionais. O estudo se encerra com uma anlise das embalagens catalogadas, a fim de mostrar que existem diferentes solues de design para comunicar os conceitos de um perfume.