66 resultados para Mobilidade social Portugal Séc. XIX

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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O propsito desta dissertao apresentar uma anlise da pobreza e da mobilidade social na obra de Ea de Queirs no perodo de 1878 a 1888. Para tanto, examinaremos os personagens pobres, refletindo sobre seu papel na diegese, sua construo no texto e sua influncia na concepo artstica do autor; sobre a subjacente viso de mundo que nelas se expressa; e, finalmente, confrontamo-las, enquadradas no que tem sido considerado esttica realista-naturalista. Esta pesquisa justifica-se pela proposta de criao de um novo foco de anlise dentro da crtica queirosiana: aquele voltado s personagens que se dedicam de modo especfico ao trabalho, e, ao faz-lo, revelar a perspectiva do romancista relativamente sociedade e ao momento histrico. O estudo que fazemos de alguns estratos sociais pouco valorizados (o pessoal domstico, por exemplo) uma lacuna nos estudos queirosianos. Algumas das personagens que acompanhamos passam quase despercebidas nos romances. Com exceo de Juliana, de O primo Baslio, tm interveno mnima na ao. Ainda assim tm uma caracterizao bastante elaborada, mesmo que por vezes com poucos traos, e no deixam de compor uma viso mais alargada da sociedade portuguesa do século XIX, desmentindo a ideia ainda hoje corrente de que Ea teria posto nos seus livros apenas os extratos sociais privilegiados de seu tempo. Para alm da designao to vaga de crtico social, Ea testemunhou um processo de transformao de um mundo em runas, que j no podia mais ser o que sempre fora

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Esta dissertao tem como objetivo analisar a trajetria escolar de jovens de origem popular e oriundos de um bairro de periferia da cidade do Rio de Janeiro, que ingressaram em cursos de ps-graduao stricto sensu de importantes universidades pblicas. Tais trajetrias sero aqui analisadas a partir das narrativas dos prprios atores sociais em questo, buscando evidenciar as marcas de sua socializao e formao escolar em um contexto social que, do ponto de vista de algumas anlises no campo da sociologia da educao, no favoreceriam a aquisio do capital cultural e social necessrios ao ingresso na carreira acadmica. Desta perspectiva, alm de no serem muito comuns nos meios populares, essas trajetrias tambm no seriam reconhecidas pelo grupo de origem que, na maioria das vezes, identifica a formao escolar como porta de entrada no mundo do trabalho, tendo no curso superior o ponto mximo de uma formao escolar bem sucedida. Busca-se aqui, a partir da anlise do conjunto dessas trajetrias, apreender os elementos e experincias sociais que possibilitaram esse prolongamento na formao escolar, e, sobretudo, o impacto e o significado da insero na carreira acadmica, tanto do ponto de vista da mobilidade social quanto dos conflitos decorrentes dessa experincia subjetiva, quer em relao s expectativas familiares ou do grupo social de origem. O trabalho de campo de carter etnogrfico, baseado na observao participante e realizao de entrevistas aprofundadas constituram as ferramentas metodolgicas bsicas a partir das quais essa pesquisa foi desenvolvida. Com relao discusso terica aqui proposta tomou-se como referncia os trabalhos de Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron, Bernard Lahire, Jailson de Souza e Silva e Maria da Graa Jacintho Setton, entre outros

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Esta tese composta por trs artigos que permitiram avaliar o efeito da exposio ao tabagismo durante a gestao e no incio da infncia sobre o crescimento linear e ganho de peso do nascimento adolescncia, alm de verificar o efeito do nvel socioeconmico no incio da infncia e da mobilidade social sobre a adiposidade at a adolescncia. Foram utilizados para este fim os dados de uma coorte de crianas nascidas entre 1994 e 1999 na cidade de Cuiab-MT. Essas crianas fizeram parte de um estudo de base populacional realizado na cidade de Cuiab, entre 1999 e 2000, com 2405 crianas (0 a 5 anos) e foram selecionadas aleatoriamente em unidades bsicas de sade quando da vacinao. As mes foram entrevistadas aps a vacinao, quando foram obtidos dados relativos exposio ao tabagismo gestacional, tabagismo passivo, nvel socioeconmico das famlias e dados antropomtricos. Entre 2009 e 2011, aps aproximadamente 11 anos, essas crianas foram localizadas por meio do Censo Escolar e ento 1716 adolescentes entre 10 e 17 anos de idade (71,4% da populao) foram reavaliados nas escolas da rede pblica e privada de Cuiab, de 18 municpios do estado e outras 5 capitais do pas. A anlise por modelos lineares de efeitos mistos permitiu verificar a mudana de estatura e ndice de Massa Corporal (IMC) entre o nascimento e a adolescncia. O primeiro e o segundo artigo desta tese avaliaram o efeito da exposio ao tabagismo materno durante a gestao e no incio da infncia sobre o crescimento linear e o IMC entre o nascimento e a adolescncia. Crianas expostas ao tabagismo materno durante a gestao e no incio da infncia apresentaram menor estatura desde o nascimento at a adolescncia quando comparadas s crianas no expostas. Quanto adiposidade, entre o nascimento e a infncia a mudana do IMC foi similar entre as crianas expostas e no expostas ao tabagismo materno, porm, entre a infncia e a adolescncia, aquelas expostas apenas durante a gestao mostraram maior ganho de IMC. Em conjunto, os dados corroboram o efeito deletrio do tabagismo sobre o crescimento, efeito j bastante estudado, mas tambm indicam que avaliar e comparar exposio gestacional com ps-gestacional importante, dado que seus efeitos parecem ser diferentes. O terceiro artigo avaliou o efeito do nvel socioeconmico no incio da infncia e da mobilidade social entre a infncia e a adolescncia sobre o IMC do nascimento adolescncia. Para avaliar o nvel socioeconmico, as famlias foram classificadas em nvel econmico alto, mdio e baixo, a partir do Critrio de Classificao Econmica Brasil. Foi observada expressiva mobilidade social na populao, principalmente entre os de menor nvel econmico. Houve maior aumento do IMC entre o nascimento e a adolescncia entre aqueles de maior nvel econmico na infncia e aqueles que permaneceram nas classes mais elevadas, indicando que a posio inicial foi o maior determinante das mudanas observadas no IMC.

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O propsito desta dissertao estudar as representaes femininas nas letras luso-brasileiras do século XVII, sempre levando em conta os pressupostos tericos formulados pela crtica brasileira atual. Pretende-se examinar as prticas letradas seiscentistas pelo prisma dos critrios retrico-poticos vigentes na poca, em que se destacam a importncia dos elementos visuais. O estudo tem como base o contraponto das figuras de Eva e Maria, formando o grande paradigma da dualidade feminina nas letras coloniais; tal construo da imagem da mulher como tentadora e salvadora foi um longo processo desde as letras dos tempos antigos, se intensificando no perodo medieval at chegar no século XVII. Desse modo, focalizamos as poesias de Gregrio de Matos e alguns sermes do padre Antonio Vieira, dialogando com questes histricas, sociais e artsticas no momento de produo das obras para tentar reduzir os riscos de anacronismo, sempre presentes quando abordamos perodos to distanciados no tempo. Analisamos variadas configuraes femininas nas poesias lricas e satricas de Gregrio de Matos; j nos sermes de Vieira, percebemos que o contraponto entre as concepes mariana e eviana fica mais evidente. Mostramos como as figuras femininas examinadas se aproximavam de Eva ou de Maria, levando em conta o contexto scio-econmico das mesmas. Notamos que o modelo ideal de mulher encarnando na figura de Maria, difundido pela Igreja com o objetivo de alcanar todas as mulheres, no correspondia realidade das mesmas no sistema colonial e no se adequava as suas necessidades. Examinamos igualmente como tal construo feminina perfeita e submissa circulava nos manuais de boa conduta em que a famlia patriarcal se encaixava, atendendo s exigncias dos modelos propagados pela Igreja Catlica na poca. Apesar de todos os esforos da Igreja Catlica e do homem para domesticar a mulher, to temida e admirada pelos mesmos, muitas mulheres fugiram aos padres sociais e foram estigmatizadas, rotuladas, discriminadas, mas acima de tudo foram mulheres que ficaram registradas nas pginas da Inquisio, na histria e principalmente, nas letras luso-brasileiras do século XVII, escritas por homens, como o poeta Gregrio de Matos e o padre Antonio Vieira

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As polticas pblicas de desenvolvimento e distribuio de renda levadas a efeito durante a primeira dcada do nosso século alteraram os patamares de renda da parcela mais pobre da populao brasileira, fenmeno que estaria dando origem quilo que se passou a chamar de nova classe mdia brasileira. A reduo das desigualdades sociais estaria atrelada, assim, a um processo de mobilidade social. Esse estudo se ocupa desse fenmeno. Para isso, apresenta, inicialmente, uma anlise das polticas sociais implementadas, a partir de 2003, nos mbitos econmico e educacional. A seguir, discute os conceitos de classe social e de mobilidade social, optando por considerar o fenmeno luz do conceito de capital cultural, de Pierre Bourdieu, com o qual se define o trao distintivo da educao superior como marca da classe mdia. Assim, props-se a investigar a emergncia desse trao em universitrios oriundos de classes populares, que estariam em processo de mobilidade social. O trabalho de campo, que ouviu 35 estudantes de 16 diferentes cursos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em metodologia de carter qualitativo, permitiu verificar que os alunos entrevistados mantm seu perfil original de classe trabalhadora, embora sejam inequvocos os ganhos da realizao do curso superior, em termos de realizao prpria e de perspectivas de futuro, tanto para o estudante quanto para o seu grupo social, o que aponta para uma alterao do perfil da classe trabalhadora, e no para a emergncia de uma nova classe mdia.

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Alexandre Herculano foi uma figura muito importante na Histria de Portugal. Primeiramente como historiador, recolhendo materiais que continham a Histria da Nao e que serviu como estudo para a preservao e divulgao de um passado glorioso. Como intelectual, engajou-se na poltica e assuntos sociais em benefcio da nao portuguesa. Escrevendo e publicando artigos em importantes jornais e revistas da poca, ou seja, o século XIX, sua figura identifica-se com a de um intelectual. Como tal, denunciou e alertou o povo sobre seus principais direitos e deveres como cidados portugueses. Sua grande preocupao tambm era em relao educao porque, segundo ele, Portugal estava atrasado em relao a outros pases europeus. Descrever Herculano como intelectual de Portugal uma das propostas deste trabalho

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Alm de discutir as grandes questes da humanidade, como as cises polticas e as injustias sociais, os escritores oitocentistas imiscuram-se nas temticas do cotidiano, que se ajustaram aos contos perfeio. A vida domstica, antes restrita s quatro paredes, passou a ser problematizada nas narrativas curtas de fico, talhadas para jogar luzes sobre o microcosmo das relaes familiares. Objetiva-se, com o presente trabalho, analisar por meio de onze contos pinados dentre a produo literria de cinco autores de relevncia no perodo conhecido como Regenerao, os conflitos com os quais a famlia portuguesa se deparou, assim como as sadas possveis diante das rgidas regras de decoro e civilidade que imperavam naquela sociedade. Por meio do enlace entre histria e literatura pretende-se ampliar a compreenso das crenas e valores e a evoluo das mentalidades. Ao contriburem com a formao do pblico-leitor, atrado pelos dilemas entre a tradio e a inovao, os escritores do século XIX elevaram o romance sua expresso mxima. E aprofundaram as fissuras de um mundo em transio

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Este trabalho contemplou a anlise das relaes entre imigrao, negcios e poder a partir da insero do imigrante portugus no comrcio da cidade do Rio de Janeiro entre 1850 e 1875. Nesse perodo, as relaes internacionais entre Brasil e Portugal caracterizaram-se essencialmente por duas foras sociais: o fluxo migratrio e o comrcio. Atravs do intercruzamento de fontes documentais, identificou-se o perfil dos membros da elite mercantil portuguesa instalada na capital do Imprio brasileiro, bem como suas estratgias de ascenso econmica e projeo poltica junto sociedade e aos Estados de Portugal e Brasil. Avaliou-se, ainda, o estmulo causado pelas trajetrias de sucesso na realimentao do movimento de emigrao portuguesa. Concluiu-se que os imigrantes lusos, atravs do comrcio, tornaram-se agentes dinmicos das relaes bilaterais Brasil-Portugal.

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O presente trabalho problematiza a revista de ano Fritzmac, escrita em 1889, pelos intelectuais Arthur e Alusio Azevedo, como local de expresso de importantes debates polticos oitocentistas relacionados a um projeto de nao livre do sistema escravista e do regime monrquico. Tendo sido a revista de ano um gnero teatral designado como cmico e voltado para uma parcela mais ampla e heterognea da sociedade carioca, penso-a como um instrumento que contribuiu para a circulao desses debates entre uma populao mais empobrecida e analfabeta, assumindo, desta forma, um carter pedaggico e de tentativa de interveno social.

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Este trabalho dissertativo um estudo sobre as memrias deixadas por Joo de Mattos em seu Manuscrito, intitulado, Histrico Social de 1876 a 1912. Tal autor viveu, inicialmente, em Santos at 1876, a partir de 1877 em So Paulo e aps 1878 no Rio de Janeiro. No referido Manuscrito, Joo de Mattos relata suas aventuras pela conquista da liberdade e sua luta por uma vida digna para a categoria dos padeiros. A dissertao examina a trajetria de Mattos e de seus companheiros na organizao de trs associaes criadas pelos empregados de padarias no Rio de Janeiro: O Bloco de Combate dos Empregados de Padarias; a Sociedade Cooperativa dos Empregados de Padarias no Brasil; e a Sociedade Cosmopolita Protetora dos Empregados de Padaria. Alm disso, analisa a presena dos trabalhadores da categoria em trs momentos singulares da Histria: Na abolio, nas campanhas republicanas e no movimento operrio.

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Marc Ferrez (1843-1923), filho de franceses nascido no Brasil, exerceu por mais de cinqenta anos a atividade de fotgrafo e comerciante de materiais afins. Para o presente estudo foi selecionada da imensa produo de Ferrez uma srie de fotografias que pudesse abranger a diversidade de temas, regies e perodos nos quais o fotgrafo atuou. A partir desta seleo foi estudada a contribuio da fotografia para a formao de uma identidade nacional brasileira, levando-se em conta os meios de circulao e recepo das fotografias e suas diversas formas de reproduo. Neste circuito visual travou-se um combate de imagens: de um lado o pblico que encomendava trabalhos de documentao fotogrfica procurava apresentar uma nao n a marcha do progresso, de outro lado a comercializao de fotografias ou reprodues delas com grande aceitao em um mercado de imagens trazia especialmente temas como a natureza ou os tipos humanos exticos. Na fotografia de Ferrez podemos apreender imagens de um pas cujas elites sonhavam em mostrar civilizado, mas onde, a o mesmo tempo, predominava o elemento natural exuberante e os tipos exticos. Elementos e temas essenciais para se discutir pertencimento, imaginrio, identidade, enfim, para avaliar as construes da nao brasileira.

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Este trabalho tem por objetivo estudar, tendo como objeto a Comisso de Melhoramentos da Cidade do Rio de Janeiro, a construo do discurso da higiene e urbanizao que se delineou no Rio de Janeiro a partir da epidemia de 1849 e construiu ao longo do século XIX um discurso de cidade civilizada e moderna a partir de planos de melhoramentos urbanos e sanitrios, em um movimento liderado por engenheiros e sanitaristas, em sua maioria, ligados ao poder pblico, discurso este que ir se materializar, efetivamente, no incio do século XX com o Prefeito Francisco Pereira Passos.

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Maria Amlia Vaz de Carvalho (18471921), escritora portuguesa dos fins do século XIX e incio do XX, atravessou o oceano para falar s suas leitoras de aqum do Atlntico. Suas ideias chegaram imprensa carioca e alcanaram as pginas de um dos jornais de maior influncia na corte brasileira que, em 1878, data em que a autora iniciou sua colaborao, j havia comemorado seu 50 aniversrio de fundao: o Jornal do Commercio (do Rio de Janeiro). Este peridico, que possua predominncia masculina em seu corpo de articulistas, passou a contar com a colaborao da escritora, para que pudesse tratar de assuntos relacionados ao mundo feminino. Ao longo dessa contribuio, Maria Amlia Vaz de Carvalho no se restringiu aos assuntos relacionados ao universo considerado das mulheres, tambm expressou suas opinies sobre poltica, sociedade e literatura, em artigos e narrativas curtas. O propsito deste trabalho analisar a obra ficcional da autora presente no referido peridico, desvelando opinies que somente atravs da fico podemos observar. Tambm apontamos, para o objetivo de esclarecer as possveis controvrsias que envolvem sua obra, posio e opinies acerca da emancipao intelectual feminina no século XIX

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A presente dissertao objetiva a comparao proposta no Preldio do romance Middlemarch por sua autora George Eliot entre a protagonista da obra, Dorothea Brooke, e a figura histrica Teresa dvila. A partir de tal estudo, busca-se compreender de que modo a situao especfica da mulher na Era Vitoriana articulada no romance de modo a espelhar a crise ontolgica e epistemolgica do prprio ser humano diante das transformaes consolidadas com o Iluminismo e as revolues liberais do século XVIII que culminariam na morte de Deus. Dorothea mostra-se uma crist to fervorosa quanto a Teresa quinhentista, mas faltam-lhe certezas e a resoluo para concretizar as reformas sociais que defende, pois ela encarna o mito de feminilidade oitocentista batizado de Anjo do Lar ideal de sujeio feminina ordem falocntrica cujas funes so a proteo e difuso da moralidade burguesa e a substituio de elementos cristos no universo do sagrado a uma sociedade cada vez mais materialista e insegura de valores absolutos. As aflies de Dorothea representam as aflies da mulher vitoriana, mas o momento crtico desta mulher reflete, em Middlemarch, uma crise muito maior do Ocidente, que teve incio com a Era da Razo

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Almeida Garrett engajou-se como liberal participando dos acontecimentos polticos de seu pas. Aps a Revoluo de Setembro de 1836, Passos Manuel convida-o para estruturar o teatro portugus, tendo em vista que considerado um meio de civilizao. Garrett elabora um plano baseado em trs pontos fundamentais: a construo de um edifcio (futuro Teatro Nacional D. Maria II, inaugurado em 1846); uma escola voltada para formao artstica e a criao de um repertrio dramtico nacional e moderno. Aprovado pela rainha D. Maria II em Decreto de 15 de novembro de 1836, nomeado Inspetor-Geral dos Teatros, para coordenar as atividades, pe em prtica o projeto at ser demitido em julho de 1841. A proposta deste trabalho analisar o teatro garrettiano, sob o ponto de vista poltico, do perodo de 1838 a 1843, por esta ser uma fase de intensa atividade do autor na tentativa de restaurar a cena portuguesa. Como corpus, temos: Um auto de Gil Vicente (1838); O alfageme de Santarm (1841); Frei Lus de Sousa (1843)