536 resultados para Genética da população humana Teses

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Os polimorfismos denominados Indels so variaes de comprimento geradas por insero ou deleo de um ou mais nucleotdeos em uma sequncia de DNA. Estes marcadores genticos vm apresentando um grande potencial para fins forenses e populacionais por combinar caractersticas dos marcadores SNPs, tais como a capacidade de analisar fragmentos curtos (menores que 250pb) e baixas taxas de mutao, com a facilidade da genotipagem dos STR em uma nica PCR, seguida de deteco dos fragmentos amplificados por eletroforese. Com o objetivo de avaliar a eficincia dos Indels em aplicaes forenses e esclarecer os detalhes da formao de diferentes populaes brasileiras atravs de dados genticos, amostras populacionais de diferentes estados brasileiros foram genotipadas atravs de dois sistemas multiplex. O primeiro (indelplex-HID) foi otimizado para fins de Identificao Humana (HID) e inclui um grupo de 38 marcadores Indels selecionados por apresentarem altos valores de diversidade genética dentro das principais populaes continentais. J o segundo (46-AI-indels), foi selecionado para estudos de ancestralidade e composto por um conjunto de 46 marcadores informativos de ancestralidade (AIMs). Nesse ltimo caso, ao contrrio do anterior, o sistema multiplex inclui marcadores com alta divergncia nas frequncias allicas entre populaes continentais. Na primeira etapa, o multiplex HID foi aplicado em uma amostra populacional do Rio de Janeiro e em uma amostra populacional dos ndios Terena. Um banco de dados de frequncias allicas foi construdo para essas duas amostras populacionais. Os valores das frequncias allicas foram utilizados nas comparaes estatsticas e parmetros de vnculos genticos e forenses foram calculados. O Poder de Discriminao acumulado na população do Rio de Janeiro para os 38 loci testados foi de 0,9999999999999990 e na população dos ndios Terena de 0,9999999999997, validando o uso desse sistema numa população heterognea como a brasileira. A eficincia do indelplex-HID tambm mostrou-se elevada nas amostras de casos forenses comprometidas, apresentando melhor resultados que marcadores STR em termos de nmero de loci genotipados e de qualidade de amplificao. Na segunda etapa, o multiplex 46-AI-indels foi aplicado com objetivo de avaliar a ancestralidade em amostras de diferentes estados do Brasil por permitir a identificao de diferenas entre frequncias allicas de grupos populacionais separados geograficamente. A maioria das populaes analisadas apresentou elevada herana europia. As populaes do Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Alagoas, Minas Gerais e So Paulo apresentaram cerca de 50% de ancestralidade europia, enquanto que nas populaes que formam o sul do pas e o Esprito Santo este percentual girou em torno de 70%. De uma maneira geral, as contribuies amerndias e africanas variaram um pouco de acordo com a regio. As amostras de Santa Isabel do Rio Negro e dos ndios Terena (amostras indicadas como amerndio-descendentes) de fato mostraram majoritariamente ancestralidade amerndia (>70%). Os resultados obtidos indicaram que os dados gerados a partir da tipagem dos AIMs esto em estreita concordncia com os registros histricos e com outros estudos genticos acerca da formao da população brasileira e os loci do sistema HID evidenciaram que os so altamente informativos, constituindo uma ferramenta importante em estudos de identificao humana e de relaes de parentesco.

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As doenas cardiovasculares possuem a maior taxa de bitos no mundo, e notavelmente nos ltimos anos as pesquisas genéticas sobre as mesmas esto baseadas em estudos de associao, no qual o gene suspeito que esteja em maior frequncia entre os pacientes passa a ser considerado um possvel fator causal. Os polimorfismos genticos que ocorrem no receptor beta-adrenrgico podem resultar em mudanas significativas na funo do receptor, podendo acarretar fisiopatologias. Neste trabalho, o objetivo foi estimar a diversidade e a frequncia do polimorfismo Ser49Gly do gene do receptor beta-adrenrgico 1 a partir de uma amostra de 188 indivduos da população do Estado do Rio de Janeiro. As frequncias tambm foram analisadas a partir da estratificao da amostra por critrio fenotpico em funo do padro de cor da pele em (negros e no negros) ou ancestralidade genética em (afrodescendente e no afrodescendente), definida atravs da informao dos marcadores de ancestralidade Indels e SNP de cromossomo Y, para avaliar se os padres de ancestralidade ou cor da pele so fundamentais para a diferenciao e distanciamento gentico. Fragmentos de interesse foram amplificados por PCR (reao de cadeia de polimerase) com primers especficos para o marcador Ser49Gly e as reaes de genotipagem foram realizadas com enzimas de restrio Eco0109I. Os valores da heterozigosidade variaram entre 0,25-0,50 e 0,20-0,41 nos grupos estratificados por ancestralidade e cor da pele, respectivamente. No que diz respeito anlise do equilbrio de Hardy-Weinberg, no houve um desvio significativo na distribuio do marcador nas amostras gerais do Estado do Rio de Janeiro, ou mesmo nas amostras estratificadas. A distribuio dos alelos na amostra dos 188 indivduos da população geral do Rio de Janeiro (AC_RJ) mostrou uma frequncia de 80,30% e 19,70% para o alelo selvagem e mutado Ser49Gly, respectivamente. A comparao das anlises sobre a distribuio das frequncias allicas para este marcador mostrou a ocorrncia de diferenas significativas na distribuio das frequncias allicas entre negros e no negros e afrodescendentes e no afrodescendentes. A diferena significativa observada entre os negros e afrodescendentes, foi em menor grau de distanciamento. A informao obtida em relao ancestralidade foi crucial para a obteno dos dados sobre o aumento da varivel mutada do polimorfismo Ser49Gly nas populaes negras e afrodescendentes do Estado Rio de Janeiro. Tal evidncia, em combinao com estudos clnicos podem contribuir para uma anlise pormenorizada do padro de susceptibilidade doena em questo, em falhas do mecanismo deste receptor.

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A chegada dos primeiros habitantes h cerca de 15.000 anos e de colonos portugueses e escravos africanos, desde o sculo 15, em sucessivas migraes na Amrica do Sul, levaram formao de populaes miscigenadas com razes consideravelmente diversificadas. notvel a heterogeneidade populacional decorrente dessas migraes e do processo de amalgamento de indgenas a partir dos contatos entre os diferentes grupos tnicos, iniciados com a colonizao da Amrica pelos europeus. A despeito da elevada miscigenao, ainda se pode encontrar no Brasil populaes que, majoritariamente, mantm a identidade genética dos seus ancestrais mais remotos. O objetivo desse estudo foi caracterizar a ancestralidade da população de Santa Isabel do Rio Negro, Amazonas, com fortes traos fenotpicos amerndios, e da tribo indgena Terena de Mato Grosso do Sul. Para isto, foram estudados marcadores uniparentais paternos ligados regio no recombinante do cromossomo Y e maternos presentes na regio controle do DNA mitocondrial (mtDNA). Em relao herana paterna, foram genotipados 31 indivduos de Santa Isabel do Rio Negro, sendo que os Terena j haviam sido estudados sob este aspecto. Quanto ao mtDNA, foram estudados 76 indivduos de ambos os sexos e 51 Indivduos do sexo masculino de Santa Isabel do Rio Negro e dos Terena, respectivamente. A anlise de marcadores Y-SNPs possibilitou a caracterizao de 55% dos cromossomos Y dos indivduos de Santa Isabel do Rio Negro como pertencentes ao haplogrupo Q1a3a*, caracterstico de amerndio. Atravs do mtDNA, foi verificado que o haplogrupo A o mais frequente nas duas populaes, com percentuais de 34% e 42% em Santa Isabel do Rio Negro e na tribo Terena, respectivamente, observando-se no tocante ancestralidade materna a no ocorrncia de diferenciao genética significativa entre as duas populaes. Por outro lado, a anlise do cromossomo Y revelou a ocorrncia de distncia genética significativa entre elas, o que pode ser resultante da diferena entre os tamanhos das amostras populacionais ou refletir diferenas entre rotas migratrias dos amerndios anteriormente colonizao. Os resultados mostram ainda que os genomas mitocondriais autctones foram melhor preservados, e que novos haplogrupos do cromossomo Y foram introduzidos recentemente na população amerndia. , portanto, possvel concluir que a população de Santa Isabel do Rio Negro e a tribo indgena Terena apresentam um significativo grau de conservao da ancestralidade amerndia, apesar do longo histrico de contato com europeus e africanos, os outros povos formadores da população brasileira.

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As pores uniparentais do genoma humano, representadas pelo cromossomo Y e pelo DNA mitocondrial (DNAmt), contm informao genética relacionada s heranas patrilinear e matrilinear, respectivamente. Alm da aplicabilidade em genética mdica e forense, o DNAmt tem sido utilizado como um importante marcador molecular em estudos sobre evoluo para traar inferncias filogenéticas e filogeogrficas sobre as populaes humanas. A anlise de linhagens de DNAmt presentes em diferentes populaes mundiais levou identificao de haplogrupos reunindo diversos hapltipos especficos dos grandes grupos tnicos: africanos, europeus, asiticos e nativos americanos. A população brasileira conhecida como uma das mais heterogneas do mundo, resultado do processo de colonizao do pas, abrangendo mais de cinco sculos de miscigenao entre povos de diferentes continentes. Este trabalho teve como objetivo estimar a partir da anlise do DNA mitocondrial as propores ancestrais africanas, europias e amerndias na população do Rio de Janeiro. Para isso foram sequencidas as regies hipervariveis HVI e HVII do DNAmt de 109 indivduos no relacionados geneticamente residentes no Rio de Janeiro. Os haplogrupos foram classificados de acordo com o conjunto de polimorfismos dos hapltipos individuais. Programas estatsticas foram utilizados para a determinao de parmetros de diversidade genética e comparaes populacionais. A diversidade haplotpica foi estimada em 0,9988. Nossos resultados demonstraram na população do Rio de Janeiro percentuais de cerca de 60%, 25% e 15% de ancestralidades maternas africana, amerndia e europia, respectivamente. Atravs da anlise de distncias genéticas, evidenciou-se que a população do Rio de Janeiro est mais prxima das populaes brasilerias dos estados de So Paulo e Alagoas. Como descrito nos registros histricos, algumas regies do pas tiveram processos de colonizao muito especficos que se refletem nas propores ancestrais maternas e paternas observadas. Em relao ao DNAmt, no se verificou diferena genética significativa entre as populaes do Rio de Janeiro e a de Angola, uma população africana. Os resultados obtidos esto em estreita concordncia com os registros histricos e outros estudos genticos acerca da formao da população brasileira

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A variao espacial das caractersticas biticas e abiticas de um ambiente influencia na distribuio de mdios mamferos, sobre diferentes escalas. O Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG) possui ambiente bastante heterogneo e abriga uma mastofauna de mdio porte ainda pouco estudada. O objetivo deste estudo avaliar o efeito das variveis fsicas, do micro-habitat, da estrutura da vegetao e dos impactos antrpicos na comunidade e nas espcies de mamferos de mdio porte do PEIG. O registro das espcies foi por armadilhas fotogrficas e as variveis do ambiente mensuradas por diferentes mtodos nas 49 estaes de cmeras. Com os resultados desse estudo inferimos que a riqueza de nove espcies de mamferos de mdio porte nativos, corresponde a esperada para um ambiente insular. As espcies mais abundantes foram Dasyprocta leporina, Agouti paca, Dasypus novemcinctus e Didelphis aurita, a mais rara foi o Leopardus wiedii. A composio da mastofauna difere entre as vertentes norte e sul da Ilha Grande (ANOVA, p=0,01). O maior nmero de indivduos foi registrado na vertente sul, onde h o efeito da variao da altitude, menor variao do micro-habitat e menor densidade da população humana. Contudo a estrutura da vegetao no difere entre as vertentes e no afeta as espcies mais abundantes. Essas espcies so sensveis s variveis fsicas. H impacto da densidade populacional nas vilas sobre a composio e abundncia das espcies de mdios mamferos, apesar da caa no ter efeito nas reas amostradas. Os mamferos de mdio porte so sensveis s variveis de maior escala e podem ter sua comunidade estruturada em funo do impacto antrpico. A complexidade de habitat e o controle de habitantes no PEIG so importante para manter a comunidade de mamferos de mdio porte.

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Estudos ecolgicos em meio urbano servem de subsdios estratgias de conservao, propostas de manejo e/ou adequaes dos planejamentos urbanos. No presente estudo analisei a ecologia do jacar de papo amarelo em meio urbano no muncpio do Rio de Janeiro. O estudo foi realizado em um complexo de lagoas inseridos em meio a cidade do RJ. O complexo lagunar de Jacarepagu est situado entre os principais bairros que mais cresceram nos ltimos dez anos, tais como: Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e a regio de Jacarepagu. Estudei o crescimento corpreo do jacar de papo amarelo e o seu desenvolvimento at a idade da primeira reproduo. O processo de crescimento individual fundamental para todos os organismos, e seus respectivos estudos tm sido um assunto de preocupao ao manejo e conservao de espcies. Os dados para anlise da taxa de crescimento individual compreenderam de recapturas de diferentes animais aps intervalos conhecidos (data da recaptura - data da captura). Realizei um total de 20 recapturas de jacars dentre 352 capturas. A maioria dos estudos de crescimento de jacars foram realizadas em regies mais frias, de latitudes mais baixas, logo os efeitos climticos podem ser um fator importante no desenvolvimento desses animais. Aps determinar a idade dos jacars procurei analisar a distribuio de classes etrias utilizando a idade dos animais, e a razo sexual para entender a dinmica da população atravs de sua estrutura etria e sexo. Foi feito uma distribuio por classes etrias e razo sexual dos indivduos da população e a distribuio dos estgios de idade subsidiaram uma tabela de vida para C. latirostris em meio urbano. Foram capturados 68 (19,3%) jacars juvenis, 180 (51,1%) sub adultos, e 104 (29,6%) adultos. A razo sexual para os jacars capturados no Complexo Lagunar de Jacarepagu foi de 3,3:1 (macho:fmea), onde capturei 213 (78,7%) machos para 65 (21,3%) fmeas e 90 jacars juvenis onde no possvel identificar o sexo devido a idade. A taxa lquida de crescimento da população apresentou um valor negativo, o que corrobora a hiptese alternativa que a população estaria diminuindo. Conclui que a população de jacars no complexo lagunar de Jacarepagu no est crescendo. Devido a interao com o meio urbano ser cada vez mais intensificada realizei uma pesquisa scio ambiental para entender qual a relao da população humana em relao ao convvio com os jacars em seu dia a dia na cidade do Rio de Janeiro. Desta forma, foi realizado um estudo com o objetivo de identificar as percepes ambientais e concepes das pessoas em relao ao convvio com jacars nos bairros do Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os dados coletados representaram conceituaes negativo-positivas que os entrevistados apresentaram sobre a relao com os jacars em reas urbanas no municpio do Rio de Janeiro. Por meio deste estudo, conclui-se que h uma carncia de elaborao de propostas de desenvolvimento, de estratgias de educao ambiental e melhor divulgao sobre noes ecolgicas para a preservao de jacars e seus ambientes, tanto para a população como para os responsveis tcnicos dos programas scioambientais do municpio.

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Novas metodologias de anlise molecular voltadas para estudos populacionais, clnicos, evolutivos, da biodiversidade e identificao forense foram desenvolvidas com base em marcadores microsstelites ou STR Short Tandem Repeats. Os marcadores STR, que esto amplamente espalhados nos genomas e se caracterizam por apresentar alto grau de polimorfismo, podem ser analisados a partir da amplificao por PCR (Reao em Cadeia da polimerase). A anlise foi facilitada a partir do desenvolvimento de sistemas de amplificao simultnea de mltiplos STR (multiplex STR) e com a deteco automatizada dos produtos de amplificao marcados por fluorescncia. Recentemente, o uso de marcadores STR do cromossomo X (X-STR) tornou-se significativo na prtica forense. Devido ao seu modo de transmisso, os X-STR so teis em situaes particulares de investigao de relaes de parentesco, apresentando vantagens sobre o uso de STR autossmicos. Este estudo teve como principal objetivo o desenvolvimento e validao de sistema multiplex, denominado LDD (X-STR) Decaplex, capaz de amplificar dez loci X-STR (DXS7133, DXS7424, DXS8378, DXS6807, DXS7132, DXS10074, DXS7423, DXS8377, GATA172D05 e DXS10101) para aplicao em genética populacional, identificao e anlises forenses. Utilizando o LDD (X-STR) Decaplex 170 indivduos autodenominados afrodescendentes, no aparentados geneticamente, foram genotipados. As freqncias allicas e genotpicas no apresentaram desvio do equilbrio de Hardy-Weinberg e esto em concordncia com aquelas observadas em outros estudos. Os hapltipos observados foram nicos em indivduos de amostra masculina. A anlise de desequilbrio de ligao no revelou associao entre os marcadores X-STR. A diversidade genética foi elevada, variando entre 0,6218 para o locus DXS7133 a 0,9327 para o locus DXS8377. Os parmetros de Probabilidade de Vinculao (PV), ndice de Vinculao (IV), Poder de Excluso (PE), Poder de Discriminao e Razo de Verossimilhana foram tambm elevados, demonstraram que os dez X-STRs so altamente polimrficos e discriminativos na população estudada. A concentrao mnima de DNA para a amplificao dos loci do LDD (X-STR) Decaplex de 0,5 ng e verificamos que amplificao por PCR pode ser afetada quando so adicionados mais de 5 ng de DNA nas reaes. Os percentuais de bandas stutter foram elevados para os loci DXS7132 e DXS8377. No teste de reprodutibilidade observamos consistncia entre as tipagem de diferentes amostras biolgicas, incluindo as de restos mortais. No teste de mistura a proporo limite em que observamos a coexistncia de duas espcies biolgicas foi de 2,5:1ng (feminino-masculino). Os resultados evidenciaram que os loci do LDD (X-STR) Decaplex so altamente informativos, consistindo, em conjunto, uma ferramenta importante em estudos de identificao humana e de relaes de parentesco.

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Citocinas so molculas que controlam e modulam a atividade de numerosas clulas por se ligarem a seus receptores especficos. As diferenas observadas na produo de citocinas entre indivduos podem ser, pelo menos em parte, explicadas pelos polimorfismos genticos como o polimorfismo de um nico nucleotdeo (SNP). Em 181 indivduos saudveis no-aparentados da cidade do Rio de Janeiro (regio Sudeste - Brasil), ns analisamos os polimorfismos de citocinas em genes que codificam para Fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-a), Fator de Crescimento Transformante-beta (TGF-b), Interleucina-10, Interleucina-6 e Interferon-gama (IFN-g). Reao em cadeia da polimerase utilizando-se iniciadores sequencia-especficos foi realizada com auxlio do kit comercial CytGen (One Lambda Inc. Canoga Park, CA, USA). Ao todo, 8 polimorfismos foram analisados: TNF-a (-308G/A); TGF-b (cdon 10C/T, cdon 25C/G); IL-10 (-1082A/G, -819T/C, -592A/C); IL-6 (-174C/G) e IFN-g (+874T/A). Os dados observados foram comparados a trs grupos de população de diferentes regies do Brasil (So Paulo, Paran e Bahia) e a trs populaes de outros continentes (Itlia, Eslovquia e Negros Norte-Americanos). O teste qui-quadrado foi utilizado para as comparaes. Nossa anlise da população do Rio de Janeiro mostrou que os as freqncias allicas em IL-10, IL-6 e IFN-g so desigualmente distribudos entre Brancos, Mulatos e Negros (p<0,05). A comparao com populaes de outras regies do Brasil revelou que Rio de Janeiro e Bahia possuem freqncias allicas e genotpicas de TGF-b (cdon 25) estatisticamente diferentes (p=0,004 e p=0,002, respectivamente). Ainda, a freqncia allica na população do Rio de Janeiro significativamente diferente quando comparada população da Itlia [IL-6 (-174), p=0,0092; e IFN-g (+874) p=0,0418)]; Eslovquia [IL-10(-1082), p=0,006; IL-6(-174), p=0,0002; e IFN-g(+874), p=0,0335]; e Afro-Americanos [IL-10(-819), p=0,0446; IL-6(-174), p<0,0001; e IFN-g(+874), p<0,0001]. Adicionalmente, observamos que a diferena na distribuio dos hapltipos em IL-10 (-1082/-819/-592) na população do Rio de Janeiro em comparao com a da Itlia (p=0,0293) e Afro-Americanos (p=0,0025) significativa. Portanto, conclumos que os polimorfismos em IL-10, IL-6 e IFN-g esto distribudos de acordo com a etnia na população do Rio de Janeiro. A população do Rio de Janeiro possui freqncias de polimorfismos diferentes das populaes de Bahia, Itlia, Eslovquia e Afro-Americanos, mas semelhantes população de So Paulo/Paran. Nossas observaes podero ser teis para futuros estudos e associao entre polimorfismos genticos de citocinas e doenas na população do Rio de Janeiro.

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A doena de Parkinson (DP) a segunda doena neurodegenerativa mais frequente depois da Doena de Alzheimer, afetando aproximadamente 1% da população com idade superior a 65 anos. Clinicamente, esta doena caracteriza-se pela presena de tremor em repouso, bradicinesia, rigidez muscular e instabilidade postural, os quais podem ser controlados com a administrao do levodopa. As caractersticas patolgicas da DP incluem a despigmentao da substncia nigra devido perda dos neurnios dopaminrgicos e a presena de incluses proteicas denominadas corpos de Lewy nos neurnios sobreviventes. As vias moleculares envolvidas com esta patologia ainda so obscuras, porm a DP uma doena complexa, resultante da interao entre fatores ambientais e causas genéticas. Mutaes no gene leucine-rich repeat kinase 2 (LRRK2; OMIM 609007) constituem a forma mais comum de DP. Este gene codifica uma protena, membro da famlia de protenas ROCO, que possui, entre outros domnios, dois domnios funcionais GTPase (ROC) e quinase (MAPKKK). Neste estudo, os principais domnios do gene LRRK2 foram analisados em 204 pacientes brasileiros com DP por meio de sequenciamento dos produtos da PCR. Atravs da anlise de 14 exons correspondentes aos domnios ROC, COR e MAPKKK foram identificadas 31 variantes. As alteraes novas, p.C1770R e p.C2139S, possuem um potencial papel na etiologia da DP. Trs alteraes exnicas (p.R1398R, p.T1410M e p.Y2189C) e nove intrnicas (c.4317+16C>T, c.5317+59A>C, c.5509+20A>C, c.5509+52T>C, c.5509+122A>G, c.5657-46C>T, c.6382-36G>A, c.6382-37C>T e c.6576+44T>C) so potencialmente no patognicas. Ao todo, dezessete variantes exnicas e intrnicas constituem polimorfismos j relatados na literatura (p.R1398H, p.K1423K, p.R1514Q, p.P1542S, c.4828-31T>C, p.G1624G, p.K1637K, p.M1646T, p.S1647T, c.5015+32A>G, c.5170+23T>A, c.5317+32C>T, p.G1819G, c.5948+48C>T, p.N2081D, p.E2108E e c.6381+30A>G). A frequncia total de alteraes potencialmente patognicas ou patognicas detectadas em nossa amostra foi de 3,4% (incluindo a mutao p.G2019S, anteriormente descrita em 2 artigos publicados por nosso grupo: Pimentel et al., 2008; Abdalla-Carvalho et al., 2010), sendo a frequncia de mutaes nos casos familiares (11,1%) cerca de seis vezes maior do que a encontrada nos casos isolados da DP (1,8%). Os resultados alcanados neste estudo revelam que mutaes no gene LRRK2 desempenham um papel significativo como fator gentico para o desenvolvimento da DP em pacientes brasileiros.

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O retardo mental (RM) caracterizado por um funcionamento intelectual significantemente abaixo da mdia (QI<70). A prevalncia de RM varia entre estudos epidemiolgicos, sendo estimada em 2-3% da população mundial, constituindo assim, um dos mais importantes problemas de sade pblica. H um consenso geral de que o RM mais comum no sexo masculino, um achado atribudo s numerosas mutaes nos genes encontrados no cromossomo X, levando ao retardo mental ligado ao X (RMLX). Dentre os genes presentes no cromossomo X, o Jumonji AT-rich interactive domain IC (JARID1C) foi recentemente identificado como um potencial candidato etiolgico do RM, quando mutado. O JARID1C codifica uma protena que atua como uma desmetilase da lisina 4 da histona H3 (H3K4), imprescindvel para a regulao epigenética. To recente como a identificao do gene JARID1C, a descoberta de que mudanas no nmero de cpias de sequncias de DNA, caracterizadas por microdelees e microduplicaes, poderiam ser consideradas como razes funcionalmente importantes de RMLX. Atualmente, cerca de 5-10% dos casos de RM em homens so reconhecidos por ocorrerem devido a estas variaes do nmero de cpias no cromossomo X. Neste estudo, investigamos mutaes no gene JARID1C, atravs do rastreamento dos xons 9, 11, 12, 13, 15 e 16, em 121 homens de famlias com RM provavelmente ligado ao X. Paralelamente, realizamos a anlise da variao do nmero de cpias em 16 genes localizados no cromossomo X atravs da tcnica de MLPA no mesmo grupo de pacientes. Esta metodologia consiste em uma amplificao mltipla que detecta variaes no nmero de cpias de at 50 sequncias diferentes de DNA genmico, sendo capaz de distinguir sequncias que diferem em apenas um nucleotdeo. O DNA genmico foi extrado a partir de sangue perifrico e as amostras foram amplificadas pela tcnica de PCR, seguida da anlise por sequenciamento direto. Foram identificadas trs variantes na sequncia do gene JARID1C entre os pacientes analisados: a variante intrnica 2243+11 G>T, que esteve presente em 67% dos pacientes, a variante silenciosa c.1794C>G e a mutao indita nonsense c.2172C>A, ambas presentes em 0,82% dos indivduos investigados. A anlise atravs do MLPA revelou uma duplicao em um dos pacientes envolvendo as sondas referentes ao gene GDI1 e ao gene HUWE1. Este trabalho expande o estudo de mutaes no gene JARID1C para a população brasileira erefora a importncia da triagem de mutaes neste gene em homens portadores de RM familiar de origem idioptica, assim como, primeiro relato cientfico relativo investigao de variaes no nmero de cpias de genes localizados no cromossomo X em homens brasileiros com RM, atravs da tcnica de MLPA.

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A doena de Parkinson (DP) a segunda doena neurodegenerativa mais frequente, depois da doena de Alzheimer, com uma incidncia de aproximadamente 3,3% na população brasileira acima dos 60 anos. Ela caracterizada por uma perda dos neurnios dopaminrgicos da parte compacta da substncia negra e pela presena de incluses proticas intracelulares denominadas corpsculos de Lewy nos neurnios sobreviventes. A DP tem uma etiologia complexa que envolve interaes genes-ambiente e mltiplos genes de susceptibilidade. Nesse contexto, mutaes de perda de funo no gene da glicocerebrosidase (GBA) tm sido bem validadas como importantes fatores de risco para a DP. Esse gene est localizado na regio 1q21 e compreende 11 exons que codificam a enzima lisossmica glicocerebrosidase. O principal objetivo deste estudo foi investigar se alteraes no gene GBA constituem um fator de predisposio para o desenvolvimento da DP na população brasileira. Para isso, um grupo de 126 pacientes brasileiros, no-aparentados, com DP (24 casos familiares e 102 isolados; idade mdia 66,4 11,4) foram analisados para mutaes no GBA atravs do seqenciamento completo de todos os exons e alguns ntrons. Sete alteraes e um alelo recombinante, anteriormente encontrados em pacientes com a DP analisados em outros estudos, foram detectados (K(-)27R, IVS2+1G>A, N370S, L444P, T369M, A456P, E326K e RecNciI), assim como, uma variante nunca antes identificada associada DP (G325G) e uma nova mutao (W378C), num total de 18 pacientes (14,3%). Alm disso, foram encontradas trs alteraes intrnicas (c.454+47G>A, c.589-86A>G e c.1225-34C>A), que constam do banco de SNPs, entretanto, no foram associadas a nenhuma doena. Dentre todas as variantes identificadas, trs so comprovadamente patognicas (IVS2+1G>A, L444P e N370S) e foram encontradas em 5,5% da amostra, no sendo detectadas na amostra controle, indicando uma freqncia significativamente alta dessas mutaes em pacientes com DP quando comparadas aos controles (P=0,0033). Esses resultados reforam a associao entre o gene GBA e a DP na população brasileira, alm de apoiar a hiptese de que alteraes nesse gene representam um importante fator de susceptibilidade ao desenvolvimento da DP

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Os INDELs so polimorfismos de comprimento, gerados a partir de inseres e/ou delees de um ou mais nucleotdeos. Os marcadores INDELs, que esto amplamente distribudos pelo genoma e se caracterizam pela alta estabilidade devido baixa taxa mutacional (10-9), podem ser analisados a partir da amplificao por PCR (Reao em Cadeia da Polimerase). A facilidade de anlise e a possibilidade de construo de sistemas multiplex capazes de gerar amplicons curtos (menores que 100 pb) tornam os INDELs uma importante ferramenta para identificao humana por DNA. Para avaliar a eficincia e validar a metodologia que emprega os polimorfismos de insero/deleo na identificao humana, utilizamos o sistema Indel-plex ID, capaz de amplificar simultaneamente 38 loci INDELs biallicos de cromossomos autossomos. Diferentes amostras biolgicas (cabelo, saliva, sangue, smen e urina) foram genotipadas apresentando reprodutibilidade entre todas as tipagens. A concentrao mnima de DNA necessria para amplificao dos 38 loci INDELs foi de 0,5 ng. Artefatos do tipo split peaks foram observados em algumas amostras. Os produtos da PCR foram purificados em resina Sephadex proporcionando melhores condies de anlise, reduo de artefatos e aumento na intensidade mdia de fluorescncia dos alelos amplificados. A eficincia do sistema Indel-plex ID na amplificao de DNA degradado foi verificada durante as anlises das amostras de DNA extradas de restos mortais (ossos e dentes). Comparativamente ao sistema Identifiler, o Indel-plex ID, se mostrou mais eficiente em termos de nmero de loci genotipados e qualidade de amplificao. Nas investigaes de vnculos genticos realizadas com o sistema Indel-plex ID foi possvel corroborar resultados anteriores obtidos pela anlise de marcadores STR. Nas anlises com amostras in vivo foram obtidos valores mximos de Probabilidades de Paternidade de 99,99998%. Para casos envolvendo supostos pais falecidos, o sistema Indel-plex ID reforou resultados obtidos com o sistema Identifiler e Minifiler. A Probabilidade de Paternidade de 99,953%, obtida com o sistema Indel-plex ID, conjugada com a Probabilidade de Paternidade de 99,957%, obtida como o sistema Minifiler, possibilitou um ndice final de 99,99998%. Os resultados evidenciaram que os loci INDELs do sistema Indel-plex ID so altamente informativos, constituindo uma ferramenta importante em estudos de identificao humana e de relaes de parentesco

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A leishmaniose visceral (LV) ou calazar uma doena endmica, crnica, grave e de alta letalidade se no tratada. Os estudos apontam a protena Lectina Ligante de Manose (MBL), codificada pelo gene MBL2, como uma pea-chave na imunidade inata, dada a sua funo no reconhecimento microbiano, na eliminao, inflamao e morte celular. Neste trabalho realizamos um estudo do tipo caso-controle que teve como objetivo investigar a associao entre variantes no gene MBL2 e a suscetibilidade LV em indivduos residentes em reas endmicas da Ilha de So Lus-MA. A amostra foi constituda por 322 indivduos, sendo 161 casos com LV, no aparentados, de ambos os sexos, residentes em reas endmicas da doena na Ilha de So Lus e 161 controles saudveis, no infectados e no aparentados da mesma regio. A identificao dos casos de LV se deu por meio do contato constante com os principais hospitais e ambulatrios de referncia para a doena na cidade. Tambm foram feitas buscas de pacientes com LV em ambiente domiciliar, a partir de registros da FUNASA-MA. A anlise molecular consistiu na genotipagem de 6 variantes localizadas na regio promotora [posies -550 (C>G), -221(G>C), +4(C>T)] e codificadora [cdons 52 (C>T), 54 (G>A) e 57 (G>A)] do gene MBL2, atravs da reao em cadeia da polimerase e sequenciamento automtico. A dosagem da protena MBL no soro foi realizada pelo teste de ELISA. Verificamos que os fentipos MBL dependem do conjunto de alelos presentes no gene MBL2, sendo ntido o efeito que as variantes defectivas causam nos nveis da protena. No encontramos diferena significativa entre casos e controles em relao distribuio dos gentipos MBL2 e dos nveis sricos de MBL. As frequncias allicas das variantes exnicas na amostra total mostram que o alelo A o mais comum (74,8%) e que os alelos defectivos (B, C e D) se encontram principalmente em heterozigose (36,6%), o que refora a ideia de que alelos MBL2 defectivos so mantidos na população por conferirem vantagem seletiva aos heterozigotos. Em relao aos 3 principais polimorfismos existentes na regio promotora, verificamos ser a variante -221G (Y) a mais frequente (88%) seguida de +4C (P) (73%) e de -550C (L) (67%). Identificamos oito hapltipos em MBL2 num total de 644 cromossomos avaliados, em 30 combinaes diferentes, sendo HYPA e LYQA os mais frequentes e HYPD e HYPB os mais raros. Todos os portadores de combinaes de hapltipos homozigotos para alelos defectivos apresentaram nveis sricos de MBL indetectveis. Os gentipos LYQA/LYQA e HYPA/HYPA apresentaram as maiores concentraes mdias de MBL no soro. A combinao entre SNPs no xon 1 e na regio promotora do gene MBL2 resulta em grande variao nas concentraes de MBL em indivduos saudveis. Consideramos que o conjunto de dados gerados uma contribuio valiosa que poder ser expandida para outros cenrios.

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A Floresta Tropical Atlntica apresenta uma enorme biodiversidade, e est atualmente sujeita a inmeras presses como a perda de rea pela intensa ocupao humana, agricultura, pecuria, urbanizao e industrializao. Esses impactos tm provocado desmatamento e fragmentao florestal, processos que interferem na manuteno das populaes animais, inclusive afetando os ciclos silvestres de parasitas e microorganismos. Didelphis aurita um marsupial da Mata Atlntica com alta capacidade adaptativa a ambientes perturbados. Esta espcie onvora tolerante fragmentao florestal, podendo sobreviver em ambientes silvestres, rurais, suburbanos e urbanos, tendo importncia na conexo dos ciclos silvestres e urbanos de diversos agentes. Este trabalho teve por objetivo descrever aspectos hematolgicos, bioqumicos e de hemoparasitas em Didelphis aurita de duas reas da Serra dos rgos/ RJ, uma rea fragmentada e outra de mata contnua. Entre julho de 2011 e fevereiro de 2012 foram capturados 61 animais que tiveram amostras de sangue avaliadas. Os resultados expressos como mdia desvio padro foram: Volume Globular 38,66 % ( 4,97); Hemcias 5,40 ( 0,75) x106/mm3; Hemoglobina 12,78 ( 1,68) g/dL; VGM 71,69 ( 3,56) fl; CHGM 33,01 ( 0,63) %; Plaquetas 514,70 ( 323,10) x 103/mm3; Leuccitos 19.678,52 ( 10.152,26)/mm3; Basfilos 0,59 ( 0,72) %; Eosinfilos 13,79 ( 6,94)%; Bastonetes 0,77 ( 2,04) %; Segmentados 41,12 ( 13,95) %; Linfcitos 41,97 ( 12,97) %; Moncitos 1,75 ( 1,51)%. Para parmetros bioqumicos encontramos os seguintes resultados: Protenas totais 8,50 ( 1,68); albumina 3,03 ( 0,69); globulina 5,44 ( 1,66); uria 83,57 ( 20,11); creatinina 0,44 ( 0,13); ALT 85,01 ( 65,65); AST 314,55 ( 130,58); FA 420,38 ( 371,89); GGT 19,40 ( 8,51). Os parmetros hematcrito, hemoglobina, hematimetria, ALT, AST e FA foram maiores nos machos do que nas fmeas. Adultos apresentaram valores de protena plasmtica total, leuccitos, hematcrito, hemoglobina, hematimetria, albumina, protenas totais, creatinina e GGT maiores do que jovens, e o inverso ocorreu para plaquetas, globulina e FA. Animais do Fragmento apresentaram valores de massa corporal e albumina menores do que os do Garrafo, e o inverso ocorreu para GGT e globulina. Babesiasp. ocorreu em 26,6% da população, sendo mais freqente em adultos. Estes resultados so os primeiros parmetros de referncia para Didelphis aurita na Serra dos rgos, contribuindo para o estudo desta espcie.

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O papel dos polimorfismos genticos da ECA (PGECA) na insuficincia cardaca (IC) como preditor de desfechos clnicos e ecocardiogrficos ainda no est estabelecido. necessrio identificar o perfil genotpico local para se observar se o impacto clnico desses gentipos igual entre populaes estrangeiras e a brasileira. O objetivo deste trabalho foi determinar a frequncia das variantes do PGECA e sua relao com a evoluo clnica de pacientes com IC de etiologia no isqumica de uma população do Rio de Janeiro, utilizando desfechos clnicos, ecocardiogrficos e do Seattle Heart Failure Model (SHFM).Para isso, realizou-se anlise secundria de pronturios de 111 pacientes, acompanhados de forma prospectiva e retrospectiva, alm da anlise genética com identificao da variante do PGECA e sua classificao. Os pacientes foram acompanhados em mdia por 64,93,9 meses, tinham 59,51,3 (26-89) anos, predomnio do sexo masculino (60,4%) e da cor da pele branca (51,4 %), mas com alta prevalncia de pretos (36 %). A distribuio do PGECA observada foi: 51,4 % DD, 44,1 % DI e apenas 4,5 % II. Hipertenso arterial foi a comorbidade mais frequentemente observada (70,3 %). O tratamento farmacolgico estava bastante otimizado: 98,2 % em uso de betabloqueadores e 89,2 % em uso de inibidores da ECA ou losartana. Nenhuma das caractersticas clnicas ou do tratamento medicamentoso variou entre os grupos. Cerca de metade da coorte (49,5 %) apresentou frao de ejeo de VE (FEVE) &#8804;35 %. O dimetro sistlico do VE (DSVE) final foi a nica varivel ecocardiogrfica isolada significativamente diferente entre os PGECA: 59,21,8 DD x 52,31,9 DI x 59,25,2 (p=0,029). Quando analisadas de maneira evolutiva, todas as variveis (FEVE, DSVE e DDVE) diferiram de maneira significativa entre os gentipos: p=0,024 para &#8710;FE, p=0,002 para &#8710;DSVE e p=0,021 para &#8710;DDVE. O gentipo DI se associou ao melhor parmetro ecocardiogrfico (aumento de FEVE e diminuio de dimetros de VE), enquanto que o DD e II apresentaram padro inverso. Os valores derivados do SHFM (expectativa de vida, mortalidade em um ano e mortalidade em cinco anos) no variaram de forma significativa entre os gentipos, mas notou-se um padro com o DD associado a piores estimativas, DI a estimativas intermedirias e II a valores mais benignos. No houve diferena significativa entre desfechos clnicos isolados (bitos: p=0,552; internao por IC: p=0,602 e PS por IC: p=0,119) ou combinados (bitos + internao por IC: p=0,559). Na anlise multivariada, o peso alelo D foi preditor independente da variao do DSVE (p=0,023). Em relao aos preditores independentes de bito + internao por IC, foram identificados classe funcional NYHA final (p=0,018), frequncia cardaca final (p=0,026) e uso de furosemida (p=0,041). Em suma, a frequncia allia e das variantes do PGECA foram diferentes da maioria do estudos internacionais. O alelo D foi associado de forma independente pior evoluo ecocardiogrfica. No houve diferenas significativas em relao aos parmetros derivados do SHFM, embora o gentipo II parea estar associado com o melhor perfil clnico. Por ltimo, no houve diferenas em relao aos desfechos clnicos entre os PGECA.