19 resultados para Funcionamento familiar - Family functioning

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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A sexualidade compreende muitas dimenses da vida dos indivduos. Ao longo da vida vai sendo revista, medida que modificaes biopsicossociais acontecem e, ao se pensar em relacionamentos conjugais de longa durao preciso ponderar que estes casais j passaram por transformaes na sua relao conjugal e familiar. Para as pessoas idosas o predomnio de doenas crnicas maior, com risco para incapacidade e/ou dependncia, dentre elas a demncia. Cnjuges-cuidadores, vivenciando a transicionalidade da sexualidade podem ressignificar a vida, com o apoio do cuidado teraputico de enfermagem. O estudo teve o objetivo de compreender a vivncia da transicionalidade do cnjuge-cuidador da pessoa idosa em processo demencial, para elaborao de um modelo interpretativo de cuidado teraputico de enfermagem na perspectiva da Teoria das Transies. A fundamentao terica se baseia nos pressupostos da Teoria das Transies. Estudo de abordagem qualitativa, com base no referencial metodolgico da Teoria Fundamentada nos Dados com 25 participantes distribudos em quatro grupos amostrais (12 cnjuges-cuidadores, 5 filhos e 8 profissionais de sade). O cenrio investigado foi o Ncleo de Ateno ao Idoso, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. A coleta dos dados ocorreu entre maio de 2014 e maio de 2015. A tcnica utilizada foi entrevista intensiva e a anlise feita mediante codificao inicial, seletiva e focalizada. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comit de tica da UERJ (Processo n 631.538). Os dados demonstraram que a construo da vida conjugal e a histria prvia de sexualidade apreendida e vivenciada interferem na maneira de identificar as mudanas provocadas pelo processo demencial e de se adaptar s repercusses para a sexualidade pessoal e conjugal. O fenmeno evidenciado foi a ressignificao da vida do cnjuge-cuidador da pessoa idosa em processo demencial por meio da transicionalidade da sexualidade conjugal, apontando um cuidado teraputico de enfermagem, sustentado por sete categorias e dezesseis subcategorias, que articuladas, mostram a ressignificao diretamente ligada histria de vida matrimonial, ao engajamento da famlia como suporte, alm do servio especializado e a disposio em redimensionar a vida sexual consigo e com o outro. Os resultados apontaram o cuidado como mais uma atribuio, com alteraes para sade e em outras dimenses. Por parte dos profissionais, ainda h um despreparo e abordagem muito superficial da sexualidade entre casais que envelhecem, sobremaneira no contexto da demncia; para os cnjuges-cuidadores, as crenas e o imaginrio social interferem no s no desenvolvimento da sexualidade possvel no contexto de vida atual, como na relao de cuidado e na definio do seu papel social; os filhos descrevem o funcionamento familiar na busca da adaptao ao novo contexto de vida dos pais. A ressignificao existe, a partir de estratgias de enfrentamento e da transposio da sexualidade pelo cuidado pessoa idosa que adoece. Assim, sustenta-se a tese: A compreenso da vivncia da transicionalidade da sexualidade do cnjuge-cuidador da pessoa idosa em processo demencial permite a elaborao de um modelo interpretativo que aponta para um cuidado teraputico de enfermagem prprio para esse momento de vida.

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A transmisso inter-geracional diz respeito passagem de um patrimnio familiar que se constitui de modo complexo,visto envolver elementos de distintas ordens, agregando valor material e simblico. Os bens materiais, compreendidos no espao domstico, prestam-se particularmente bem a expressar a forma como os integrantes do grupo familiar se relacionam, permitindo perceber seus sentimentos e interesses, conflitos e alianas. Todavia, as coisas de famlia tambm dizem respeito dimenso no material, relacionando valores e padres de ordenamento de mundo. Herda-se. No uma nica herana; no um nico e simultneo movimento de dar e receber. A herana a ser transmitida de uma gerao a outra diz respeito a conjunto de elementos que renem desde o patrimnio gentico at conhecimento nem sempre revelado, direta e explicitamente, constituindo a esfera do segredo e do indizvel. As fotografias de famlia esto aqui sendo trabalhadas no sentido de buscar formas de alcanar tal universo de elementos fragmentados, relacionando memria e identidade familiar.

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Esta tese discute a vida aps a alta hospitalar atravs de uma etnografia da experincia de um grupo de famlias, ao cuidarem de um membro dependente de cuidados de sade. Foi realizada entre agosto de 2001 e julho de 2005 em Juiz de Fora-MG. O foco da investigao foi a convivncia cotidiana da famlia com um membro requerendo cuidados de sade especializados aps ter recebido assistncia de alta complexidade. O objetivo foi compreender a questo: como a famlia cuida, em casa, de um familiar que necessita de cuidados de sade aps a alta hospitalar? Adotamos a etnografia orientada por Geertz (1989), que nos permitiu, atravs da anlise interpretativa das teias de significados apreendidas pela observaoconvivncia com os sujeitos, uma compreenso de como o fenmeno (cuidado) se evidencia e se transforma em experincia nas relaes que se estabelecem dentro e fora da famlia. A identificao das famlias-sujeito iniciou com a observao das internaes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitrio da Universidade Federal de Juiz de Fora, no segundo semestre de 2003, seguida da observao nas enfermarias e, posteriormente, nos seus domiclios. De 137 pacientes internados nesta UTI naquele semestre, 59 foram a bito, 12 foram transferidos para outro hospital da cidade, por demandarem tecnologias no oferecidas pela instituio e 66 tiveram alta hospitalar na condio de melhorado. Destes, observamos 12 casos, residentes na cidade de Juiz de Fora, que compartilham de uma mesma cultura assistencial e que foram submetidas a um mesmo padro de organizao e de fluxo de atendimento no sistema de sade local. Destas, uma famlia se destacou como principal sujeito, pela repetio de eventos significativos questo principal da pesquisa e utilizamos dados de outras cinco dentre as observadas. Os dados foram arquivados em um banco de dados qualitativos LOGOS. A prioridade nos cuidados com o corpo; a dependncia dos servios de sade especializados do SUS e as alteraes na organizao e no funcionamento da famlia, com redefinies de papis, para se adaptar realidade de convivncia com um membro doente, esto dentre os achados. Dois fenmenos que se relacionam com o desenvolvimento da experincia de cuidar pelas famlias se destacaram: a individualizao na famlia, que parece influenciar a forma de abordagem clnica (individualizada) pelos profissionais de sade, e uma concepo de famlia como sujeito coletivo Bourdieu (1998) como possibilidade para o planejamento de aes coletivas. O sofrimento, observado pela contnua convivncia dos sujeitos com sentimentos de angstia nas trajetrias de busca de cuidados no Sistema, nas instituies de sade, evidenciou a desassistncia a que esse grupo de cidados est exposto no modelo assistencial vigente. A lida das famlias com uma diversidade de cuidados, incluindo a prtica de cuidados tcnicos desencadeou uma rede extrafamiliar de aproximaes, para o enfrentamento das necessidades. Apesar da dependncia de tecnologias, de saberes tcnicos e das restries no acesso a esses, evidenciou-se um tipo de autonomia pelos sujeitos na prtica de cuidados no espao intrafamiliar e no entorno micro-sociolgico de convivncia. No Sistema de Sade a preferncia primeira das famlias para busca de ajuda o hospital, depois, as unidades de referncia secundria e, por ltimo, as Equipes de Sade da Famlia (ESF). A procura pelas ESF por que estas representam parte obrigatria no fluxo inicial dos usurios do SUS local, garantem a aquisio de medicamentos, oferecem servios de natureza cartorial, como atestados e pareceres para juiz e, ainda, encaminhamentos e solicitao de exames.

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Considerando-se que a famlia vivencia e partilha junto com o doente todos os sentimentos, emoes e angstias que envolve o diagnstico e o tratamento do cncer, o presente estudo teve como objetivos descrever as dimenses das representaes sociais acerca do cncer para familiares do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial em uma unidade de referncia para o seu tratamento; analisar a representao social do cncer elaborada por familiares do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial; e discutir as contribuies do enfermeiro junto famlia do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial a partir da construo representacional do cncer para os sujeitos do estudo. De carter qualitativo, o caminho metodolgico foi construdo com base na Teoria das Representaes Sociais. Os sujeitos foram 30 familiares que estavam acompanhando o doente durante o tratamento quimioterpico. Os dados foram coletados a partir da realizao de entrevistas semi-estruturadas e analisados atravs da anlise de contedo de Bardin (1979), sistematizada por Oliveira (2008), com o auxlio do software QRS Nvivo 2.0. Da anlise dos dados emergiram seis categorias que compem o campo representacional e se expressa atravs das dimenses representacionais concretizadas nas seguintes categorias: sentimentos compartilhados por familiares de clientes oncolgicos em tratamento quimioterpico, que mostra que, ao se depararem com a doena e sua dura realidade, os familiares so acometidos por diversos tipos de sentimentos; imagens, metforas e conceitos no existir da famlia que enfrenta a doena, onde os familiares revelaram que o cncer percebido, entre outras coisas, como um monstro que invade a vida das pessoas e dela passa a tomar conta e a domin-la; preconceitos e estigmas na vivncia do cncer, que revelou que ainda hoje existem representaes e estigmas presentes na sociedade e em suas construes culturais acerca do cncer; diferentes prticas desenvolvidas no contexto da doena e do processo de adoecimento pelo cncer, que evidenciou as diferentes prticas presentes no discurso dos sujeitos, quais sejam, a de religiosidade no contexto do cncer, a de enfrentamento da doena, a de comunicao-ocultamento e de atitudes da famlia ao estar no mundo frente ao cncer; o processo de ancoragem e o conhecimento adquirido aps a experincia do cncer, onde surgiram os conhecimentos que os sujeitos adquiriram acerca do cncer e alguns elementos do processo de ancoragem do cncer; as vivncias do enfermeiro que trabalha em oncologia e suas contribuies junto famlia que alerta os enfermeiros para a necessidade de intervenes efetivas direcionadas assistncia integral do indivduo, levando em considerao a importncia da famlia. Conclui-se que ao se descobrir acompanhando um familiar que tem cncer, a famlia passa a viver um outro mundo, no qual a possibilidade de morte se mostra de forma inevitvel e iminente. Diante disso, a famlia passa a valorizar no apenas o cuidado dispensado ao doente, mas tambm anseia por uma ateno profissional que contemple seu existir e seu modo de viver.

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O estudo emergiu da minha experincia profissional como enfermeira de um servio especializado em cuidados paliativos em oncologia. A abordagem paliativa exige da equipe maior interao, no apenas na realizao de procedimentos teraputicos necessrios naquele momento, mas, sobretudo, em orientar adequadamente, quanto aos cuidados realizados com pacientes que se encontram em estado de doena avanada, bem como promover a adeso teraputica do familiar, atravs de aes interdisciplinares. Estudo de natureza qualitativa com referencial terico metodolgico na fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz, que tem como enfoque o significado da ao. Nesse sentido, as vivncias e as aes dos familiares constituem fontes de significados subjetivos das experincias adquiridas, ao cuidar de um familiar em tratamento paliativo em oncologia. A partir dessas reflexes, o objeto de estudo a experincia vivida pela famlia em cuidar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia e tem como objetivo compreender a perspectiva de cuidar do familiar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia. O cenrio onde foi realizado o estudo o Instituto Nacional de Cncer/MS, situado no municpio do Rio de Janeiro, na Unidade de Cuidados Paliativos/HCIV. Os sujeitos participantes foram, 20 familiares de pacientes em tratamento paliativo em oncologia. A apreenso das falas, deu-se mediante entrevista fenomenolgica, guiada por meio da questo orientadora: como voc est vivendo a experincia de cuidar de seu familiar em tratamento paliativo em oncologia? O estudo permitiu compreender que o familiar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia se mostrou como aquele que ajuda, apia, estando junto, no abandonando, dando apoio e representando a famlia, na perspectiva de enfrentar suas prprias dificuldades diante do tratamento paliativo em oncologia e tentar entender a abordagem paliativa que tem como foco reduzir a dor, superando o rtulo de terminal. Portanto, oferecer uma forma de compreender o cuidado desse familiar, situado no mundo institucional, possibilitando apreender o vivido e os significados que aliceram esta prtica conduz a um comportamento, aes e relaes, ou seja, um modo de pensar que oriente o individuo no seu cotidiano para ser e estar com o outro nessa fase da vida. Nesse sentido, a escuta e a comunicao se constituem como os pilares do cuidar dos familiares em cuidados paliativos em oncologia. A insero da famlia durante todo o processo fundamental para os cuidados realizados com a pessoa, evidenciando para o enfermeiro a importncia de atender s expectativas de ambos, agindo como facilitador na implementao do cuidar. Assim sendo, as aes de enfermagem podem contribuir e auxiliar a famlia a descobrir suas prprias solues para as situaes que envolvem o suporte s necessidades apresentadas.

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O retardo mental (RM) caracterizado por um funcionamento intelectual significantemente abaixo da mdia (QI<70). A prevalncia de RM varia entre estudos epidemiolgicos, sendo estimada em 2-3% da populao mundial, constituindo assim, um dos mais importantes problemas de sade pblica. H um consenso geral de que o RM mais comum no sexo masculino, um achado atribudo s numerosas mutaes nos genes encontrados no cromossomo X, levando ao retardo mental ligado ao X (RMLX). Dentre os genes presentes no cromossomo X, o Jumonji AT-rich interactive domain IC (JARID1C) foi recentemente identificado como um potencial candidato etiolgico do RM, quando mutado. O JARID1C codifica uma protena que atua como uma desmetilase da lisina 4 da histona H3 (H3K4), imprescindvel para a regulao epigentica. To recente como a identificao do gene JARID1C, a descoberta de que mudanas no nmero de cpias de sequncias de DNA, caracterizadas por microdelees e microduplicaes, poderiam ser consideradas como razes funcionalmente importantes de RMLX. Atualmente, cerca de 5-10% dos casos de RM em homens so reconhecidos por ocorrerem devido a estas variaes do nmero de cpias no cromossomo X. Neste estudo, investigamos mutaes no gene JARID1C, atravs do rastreamento dos xons 9, 11, 12, 13, 15 e 16, em 121 homens de famlias com RM provavelmente ligado ao X. Paralelamente, realizamos a anlise da variao do nmero de cpias em 16 genes localizados no cromossomo X atravs da tcnica de MLPA no mesmo grupo de pacientes. Esta metodologia consiste em uma amplificao mltipla que detecta variaes no nmero de cpias de at 50 sequncias diferentes de DNA genmico, sendo capaz de distinguir sequncias que diferem em apenas um nucleotdeo. O DNA genmico foi extrado a partir de sangue perifrico e as amostras foram amplificadas pela tcnica de PCR, seguida da anlise por sequenciamento direto. Foram identificadas trs variantes na sequncia do gene JARID1C entre os pacientes analisados: a variante intrnica 2243+11 G>T, que esteve presente em 67% dos pacientes, a variante silenciosa c.1794C>G e a mutao indita nonsense c.2172C>A, ambas presentes em 0,82% dos indivduos investigados. A anlise atravs do MLPA revelou uma duplicao em um dos pacientes envolvendo as sondas referentes ao gene GDI1 e ao gene HUWE1. Este trabalho expande o estudo de mutaes no gene JARID1C para a populao brasileira erefora a importncia da triagem de mutaes neste gene em homens portadores de RM familiar de origem idioptica, assim como, primeiro relato cientfico relativo investigao de variaes no nmero de cpias de genes localizados no cromossomo X em homens brasileiros com RM, atravs da tcnica de MLPA.

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Busca-se no presente estudo tecer alguns comentrios sobre tema muito controvertido: a possibilidade, ou no, de condenao reparao de danos morais nas relaes de famlia envolvendo idosos. Primeiramente, o objetivo ser traar notas sobre a evoluo do direito de famlia e a importncia da Constituio de 1988 nesse contexto. Tambm ser dado destaque para os elementos da responsabilidade civil, a noo de dano moral e os direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso. Apontado como paradigma para uma melhor anlise do tema principal, ser analisada a obrigao de reparar danos morais em razo de abandono afetivo de filho menor. O terceiro ponto, por sua vez, pretende trazer baila a discusso acerca da responsabilidade civil nas relaes com idosos no seio da famlia. Sero enfrentadas questes importantes, introduzidas por uma anlise psicanaltica do processo de envelhecimento. Sero estudados qual o conceito de famlia e de idoso para os fins da responsabilidade civil, os seus elementos aplicados hiptese, bem como a possibilidade de reparao pecuniria nestes casos.

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O presente trabalho teve como objetivos verificar a possvel associao entre violncia intrafamiliar sofrida por adolescentes e estado nutricional. Foram investigadas as prevalncias de agresso verbal, violncias fsica, abuso psicolgico e de estado nutricional inadequado dos adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo observacional de corte transversal numa amostra de 201 adolescentes de 10 a 19 anos cadastrados no Programa Bolsa Famlia e monitorados pelo Servio de Nutrio de uma unidade de sade do municpio do Rio de Janeiro. Junto aos adolescentes foi realizada avaliao antropomtrica, e para a determinao do estado nutricional foi analisado o ndice de Massa Corporal (IMC) pelo parmetro adotado pela OMS a partir de 2007. A violncia familiar foi investigada por meio de dois instrumentos. O Conflict Tactics Scales Form R (CTS1) foi utilizado para avaliar os conflitos intrafamiliares no relacionamento entre pais e filhos e a escala de violncia psicolgica contra adolescentes para identificar a presena de violncia psicolgica contra os adolescentes. Alm disso, foram avaliadas outras co-variveis que pudessem influenciar a associao entre violncia e situao nutricional da populao estudada como informaes sobre maturao sexual, scio-demogrficas e percepo corporal. No que diz respeito ao IMC, foram identificados 4,5% de baixo peso, 13,4% de sobrepeso e 5% de obesidade. No que se refere violncia familiar, foram observados 83,1% de agresso verbal, 50,2% de violncia psicolgica, 32,8% de agresso fsica grave e 48,3% de abuso fsico menor. Atravs da regresso linear mltipla foi observada um associao entre violncia familiar e o IMC em adolescentes do sexo feminino. A presena de agresso verbal perpetrada tanto pelo pai como pela me est relacionado ao IMC de forma estatisticamente significativa para as meninas. J para os adolescentes masculinos no foi encontrada nenhuma associao significativa entre os diferentes tipos de violncia familiar e o IMC, mas aponta para a reduo do IMC. Outras estratgias de pesquisa de natureza qualitativa devem ser realizadas para esclarecer sobre os efeitos desfavorveis do abuso verbal sobre o IMC junto aos pais e a sociedade j que a agresso verbal um tipo de abuso normalmente utilizado no ambiente familiar e considerado como algo natural e aceitvel

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O excesso de peso tem sido cada vez mais reconhecido como um importante problema de sade entre os adolescentes. Para identificar seus fatores de risco, recentemente, alguns pesquisadores tm incorporando fatores psicossociais em modelos explicativos, incluindo a violncia familiar na infncia. No entanto, a questo ainda pouco explorada na literatura, sendo este o primeiro estudo nacional sobre o assunto. O objetivo deste estudo foi avaliar se a violncia na infncia um fator de risco para o excesso de peso na adolescncia. Para isso, foi realizado, em 2010, um estudo transversal (linha de base do Estudo Longitudinal de Avaliao Nutricional de Adolescentes / ELANA) com 1014 adolescentes entre 13 a 19 anos de idade pertencentes ao 1 ano do ensino mdio de duas escolas pblicas e quatro escolas particulares, localizadas na cidade e na regio metropolitana do Rio de Janeiro. O estado nutricional foi avaliado pelo ndice de massa corporal (IMC) e a violncia familiar na infncia por meio do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Modelos hierarquizados de regresso linear mltipla foram utilizados nas anlises. Dos 1014 adolescentes, 53,4% eram do sexo feminino e 50,2% estudavam em escola pblica. A prevalncia de excesso de peso foi de 26,7%. De acordo com o modelo multivariado, houve uma menor tendncia ao excesso de peso na adolescncia entre os meninos que sofreram violncia do tipo negligncia fsica na infncia (&#946;=0,196, 95% CI: 0,346; 0,045, p < 0,011), e de acordo com o aumento da idade para todas as dimenses da violncia aferida pelo CTQ (estimativas variaram de 0,136 a 0,126, p < 0.002). O risco de excesso de peso foi maior entre os adolescentes cujos pais apresentavam excesso de peso. Estimativas das variveis de IMC para mes e pais variaram de 0,065 a 0,066 (p < 0,001) e 0,051 a 0,053 (p < 0,001), respectivamente. Conclui-se que a exposio violncia na infncia parece no estar associada com o excesso de peso na adolescncia. Foi notada uma tendncia de reduo do ndice de massa corporal em adolescentes do sexo masculino que foram vtimas de negligncia fsica na infncia.

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A presente tese teve como objetivo primordial cartografar e analisar algumas instituies e mitos que potencializaram, no contexto do estado do Rio de Janeiro, a emergncia e a legitimao da prtica da adoo-pronta. Por adoo-pronta, entendemos as solicitaes de adoes que aportam nos Juizados da Infncia e da Juventude como fato consumado, isto , a criana a ser adotada j se encontra, concretamente, com os requerentes que pretendem regularizar uma situao instituda. Essa medida, via de regra, sustenta-se num trip: uma me que entrega, um casal que acolhe e discursos de especialistas, dentre eles, psiclogos e assistentes sociais, que ratificam tal relao. A amostragem da pesquisa foi composta por dez processos de adoo-pronta, sendo cinco na vigncia do Cdigo de Menores e cinco sob a tica do Estatuto da Criana e do Adolescente. A genealogia histrica de Foucault, as ferramentas da Anlise Institucional bem como a Anlise e a Ordem do Discurso de Orlandi e Foucault foram, nesse percurso, os recortes metodolgicos priorizados. As anlises permitiram constatar que so pobres, jovens, solteiras e empregadas domsticas as mulheres-mes que entregam seus filhos em adoo. Os que acolhem, em sua maioria, so legalmente casados, economicamente ativos, possuem filhos e, no mantm com a me biolgica, laos de parentalidade. Os laudos tcnicos, via de regra, tm colocado, na me pobre, a responsabilidade e a autonomia pelo ato de entrega e, portanto, vm funcionando como instrumentos de produo e sustentao de subjetividades, tais como a de me desnaturada. Em sntese, as anlises nos possibilitaram concluir que os discursos dos especialistas longe de afirmarem a ineficcia das polticas pblicas como co-autoras dos processos de destituio do poder familiar, vm afirmando a adoo-pronta como prtica de repercusso pblica, isto , enquanto uma soluo-alternativa ao quadro de pobreza de cidadania.

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Este estudo tem como objeto de pesquisa as aes de cuidar da enfermeira na Estratgia de Sade da Famlia (ESF) diante da vulnerabilidade feminina para o Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV) considerando o contexto familiar. Discutir a vulnerabilidade para o HIV, ainda constitui um desafio social, principalmente considerando a mesma, a partir das relaes de gnero existente em nossa sociedade no que diz respeito ao papel social e sexual de homens e mulheres no interior de suas famlias. Esta pesquisa tem como objetivos: descrever a percepo sobre o HIV no contexto familiar para a enfermeira da ESF; compreender a percepo da enfermeira da ESF sobre a vulnerabilidade feminina para o HIV no contexto familiar e analisar as aes de cuidar da enfermeira da ESF acerca da vulnerabilidade feminina. Trata-se de uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, a qual teve como sujeitos da pesquisa onze enfermeiras que foram selecionadas e atuavam na ESF no ano 2012, na rea Programtica 2.2 do municpio do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) Percepes das enfermeiras em relao ao HIV e o contexto de familiar; b) Percepes das enfermeiras em relao vulnerabilidade feminina para o HIV; c) Aes de cuidar das enfermeiras relacionadas vulnerabilidade feminina para o HIV considerando o contexto familiar. Constatamos que o HIV para as enfermeiras, o determinante de uma doena grave, de difcil acompanhamento, que no tem cura, de carter complexo e tambm como um agravo que impe limites em relao a sobrevida. As enfermeiras pouco valorizam as questes de gnero e o contexto social sobre a condio de vulnerabilidade das mulheres, responsabilizando-as por sua contaminao. A preveno do HIV realizada em grande parte nas atividades de educao em sade desenvolvidas pelas enfermeiras da ESF, entretanto ela no abordada considerando especificamente cada contexto familiar e social da mulher. Os valores pessoais ainda interferem nas aes das enfermeiras, e o HIV apontado como um agravo possuidor de estigmas tanto sociais quanto culturais. Considerando a ESF uma ao governamental que tem por objetivo a autonomia do sujeito, as mudanas de paradigmas em relao sade dos indivduos, e importante aliada na minimizao dos problemas de sade pblica como a vulnerabilidade para o HIV necessrio que as enfermeiras estejam mais sensibilizadas e capacitadas (educao permanente), nas questes sociais (gnero) especificas da populao feminina, para que suas aes possam minimizar a vulnerabilidade ao HIV nessa populao.

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A presente Dissertao visa pesquisar a contribuio da Psicanlise ao atendimento a idosos envolvidos em situao de violncia, tomando como base a experincia como psiclogo numa Instituio Jurdica. A partir da constatao de que na grande maioria dos casos pesquisados esta violncia decorre de um conflito familiar, onde se verifica a participao do idoso em sua manuteno, o presente estudo demonstra a importncia de lev-lo a se implicar em sua posio subjetiva e a perceber que a soluo do problema passa pela assuno subjetiva do ato e pelo resgate da sua histria e da sua relao com o agressor. Baseada no conceito de sujeito do inconsciente, esta Dissertao defende a ideia de que o sujeito do inconsciente no envelhece. Tambm na terceira idade possvel apostar na retificao subjetiva. Para tanto, aborda a responsabilidade do sujeito pelo desejo e gozo diferenciada da responsabilidade jurdica.

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O objetivo desta tese traar um panorama histrico das polticas pblicas de planejamento familiar do Estado brasileiro, inserindo-o no contexto da complexa conjuntura sociopoltico-econmica no perodo de 1980 at a atualidade. Mediante pesquisa bibliogrfica e documental, investigam-se, na interseo das polticas para populao, mulher e sade, as influncias e interesses que incidem sobre programas de planejamento familiar. Aps recuperar brevemente a trajetria dos movimentos de mulheres e feministas, que constituram atores sociais centrais no debate sobre as polticas de populao e de planejamento familiar, focaliza-se a drstica reduo nas taxas de fecundidade da mulher brasileira ocorrida a partir dos anos 1960, na vigncia oficial de uma poltica natalista, mas na omisso do Estado ao permitir a difuso no pas de organizaes de cunho controlista, que viabilizaram s mulheres o acesso plula anticoncepcional e esterilizao. Acompanha-se a evoluo das polticas de populao em nvel mundial, destacando a atuao da Organizao das Naes Unidas e de suas conferncias mundiais, focalizando a Conferncia Internacional de Populao e Desenvolvimento realizada no Cairo em 1994, que provocou uma inflexo nas polticas de sade da mulher para sade reprodutiva. No Brasil, que j contava com um programa pioneiro de sade da mulher o Paism (1983) , os efeitos do Cairo vieram somar-se definio do planejamento familiar pela Constituio de 1988 e instituio do Sistema nico de Sade em 1990. A anlise permitiu identificar as influncias externas e internas que incidem sobre a poltica de planejamento familiar. A poltica de planejamento familiar do pas hoje configura-se democrtica, abrangente e descentralizada, sendo a principal tenso identificada entre seus enunciados e sua implementao na prtica, ou seja, s ser efetiva se houver um controle social eficaz.

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Este estudo tem como objetivo reconhecer os mecanismos verbais utilizados por alunos da EJA no IFMA de Imperatriz MA, inicialmente excludos da escola formal, presentes nas produes do gnero de texto narrativo relatos da experincia de vida (fragmentos de vida) da ordem do relatar. Os procedimentos adotados basearam-se nas pesquisas de campo e documental, com enfoque quanti-qualitativo, a partir de textos produzidos por alunos do 2 ano do Ensino Mdio de Jovens e Adultos, do turno noturno. Analisaram-se os textos, levando em conta a estruturao das sequncias tipolgicas do gnero narrativo na ordem do relatar e do ponto de vista do funcionamento dos constituintes verbais pertencente ao texto. Os resultados apontam para uma necessidade do ensino da escrita relacionado variedade de gneros textuais/discursivos escritos, para que possam usar adequadamente, os verbos pertinentes s diferentes situaes de comunicao

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Trata-se de uma pesquisa qualitativa que buscou descrever e analisar a vivncia do pai no trabalho de parto, parto e ps-parto de seu filho e discutir as repercusses advindas com essa vivncia em sua vida conjugal e familiar. Foram entrevistados 24 homens-pais, aleatoriamente, dentre aqueles que estavam presentes no momento das consultas/atividades de puericultura de seus filhos, realizadas em quatro centros municipais de sade do municpio do Rio de Janeiro e que participaram do processo de parturio de sua companheira. Para coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada na qual se investigou condies scio demogrficas e aspectos relativos sua vivncia no parto. Para anlise dos dados, foi utilizada a Anlise Temtica. Emergiram um tema (A vivncia do pai no parto) e quatro subtemas: sentimentos, sensaes e emoes paterna, a importncia da presena paterna e as repercusses na vida do pai: conjugal e familiar. Os resultados revelaram que o parto foi para os pais um momento nico com mistura de sentimentos. Outros se sentiram teis por terem conseguido oferecer suporte emocional. Sua presena foi vista por eles mesmos como fundamental, seja por desejo da mulher, seja por deciso do casal. Mostraram ainda a existncia de um novo modelo de pai, que se preocupa com o sustento de sua nova famlia e est disposio para cooperar nas tarefas domsticas. Ressalta-se que a figura do pai provedor ainda se faz presente. Destaca-se a preocupao dos pais para no prejudicar a equipe e os procedimentos mdicos no momento do parto. A vivncia do pai no parto mudou o imaginrio social da figura da mulher, me de seu filho, tornando-a mais corajosa, mais forte e at mais bonita aos olhos desse homem. Para outros, sua presena trouxe uma aproximao na relao conjugal, uma demonstrao de que agora ele um homem de confiana. Considera-se urgente uma reavaliao dos profissionais de sade sobre a presena e preparao do pai durante todo o processo de nascimento. Na vida familiar, os resultados mostraram que os pais no souberam retratar como esta vivncia afetou os membros, ditos por eles, como famlia. Principalmente aqueles que enumeraram pais, irmos e enteados como integrantes. Nesse sentido, ressalta-se a importncia de uma efetiva preparao dos pais para as transformaes que uma vivncia do parto repercute em todos os campos de sua vida.