123 resultados para Exército brasileiro - castigo físico
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
Atravs da anlise da revista Nao Armada, publicao de carter civil-militar dedicada a Segurana Nacional, publicada pelo Exército brasileiro entre 1939 e 1947, o presente trabalho tem como objetivo compreender o processo de construo de um pensamento autoritrio e anticomunista no Exército brasileiro neste perodo, e medir a contribuio do peridico Nao Armada neste processo. Utilizando a Nao Armada como fio condutor, procuramos remontar as formas de pensamento dos homens da poca, tendo o mesmo cuidado em analisar conceitos como o de autoritarismo. Metodologicamente, adotamos primeiramente uma abordagem hermenutica, quando todos os dados relacionados publicao da Nao Armada (editores, tiragem, formato, autores, artigos, etc.), foram exaustivamente levantados e organizados, e em seguida passamos a uma abordagem heurstica, quando passamos crtica interna do contedo da Nao Armada, analisando os conceitos e discursos mais recorrentes. Contextualizamos nossa circunscrio temporal e temtica Era Vargas, e ao momento internacional. Trouxemos discusso fatos histricos pontuais e locais, cronologicamente anteriores publicao de Nao Armada, como a Intentona Comunista de 1935, bem como processos mais abrangentes e internacionais como a crise do sistema poltico liberal, a Segunda Guerra Mundial e o comunismo. Autores como Azevedo Amaral, Francisco Campos e Oliveira Vianna nos forneceram um arcabouo primordial para o entendimento de uma ideologia autoritria no Brasil na primeira metade do sculo XX. Dentre as vrias ramificaes que o presente trabalho apresentou, em virtude de perodo to rico e transformador da histria nacional e mundial, adotamos uma hiptese principal, que vai ao sentido de um processo contnuo de elaborao de iderio anticomunista e autoritrio no Exército brasileiro atravs de construes simblicas, e de tradies inventadas.
Resumo:
A implantao de sistemas de custos no setor pblico tem sido apontada como uma necessidade gerencial primordial para se alcanar as dimenses dos princpios da eficincia, eficcia e efetividade na administrao pblica, fato que proporcionaria a otimizao do uso dos escassos recursos disponveis. Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal entrou em evidncia a discusso sobre o tema no cenrio nacional, sendo mais recentemente criada no governo federal uma comisso interministerial de custos com objetivo de elaborar estudos e propor diretrizes, mtodos e procedimentos para subsidiar a implantao de Sistemas de Custos na Administrao Pblica Federal. Tendo em vistas essas necessidades, o presente trabalho tem por objetivo principal verificar a adequabilidade do Sistema Gerencial de Custos (SISCUSTOS) implantado no Exército Brasileiro permite a apurao de custos sob a tica da teoria contbil e complementarmente analisar se o sistema de custos adequasse as metodologias do custeio ABC e fornece subsdios para a tomada de decises. Para isso realizou-se um estudo de caso de natureza qualitativa, coletando-se dados de fontes primrias e secundrias, alm de entrevistas com os servidores responsveis pelo desenvolvimento, implantao e operacionalizao do sistema. O resultado verificado foi que as funcionalidades disponibilizadas pelo SISCUSTOS vislumbram a aderncia do sistema com o plano terico, permitindo que as informaes extradas da contabilidade governamental contempornea sejam ajustadas, para uma possvel aproximao da contabilidade oramentria com a contabilidade patrimonial, necessitando apenas de alguns ajustes para itens aqui denominados como peculiares da contabilidade governamental. No caso do mtodo de custeio ABC observou-se que a metodologia est sendo subtilizada, e que o grau desejado em extrair todas as contribuies disponibilizadas pelo ABC somente vir com a maturidade da gesto de custos, sendo que, para atingir tais objetivos haver a necessidade de se fixar como atributos cognitivos os 4C - Cultura de Custos, Comprometimento, Competio e Confiabilidade - entre os usurios do sistema e a alta administrao.
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O Colgio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ) est vinculado ao Exército Brasileiro. Fundado em 1889 considerado a mais antiga instituio educacional militar masculina do pas. Em comemorao ao seu centenrio (1989) realizou-se um concurso de admisso para introduzir alunas a partir do ensino fundamental. Com 26 anos de convivncia das alunas com a escola ocorreram modificaes no acesso bem como em suas participaes físico-desportivas. Desta forma a elaborao desta tese tem por objetivo compreender o processo de interao de alunas neste estabelecimento de ensino, investigando e analisando a instituio educacional militar e especialmente o ingresso de mulheres, o poder disciplinar e o gnero, a construo da identidade e a representao no corpo destas. A pesquisa foi realizada atravs de trs artigos. O primeiro, O discurso sobre o acesso permanncia de mulheres nas Foras Armadas Brasileiras: o que conta a literatura teve como finalidade mapear os trabalhos cientficos produzidos sobre as mulheres no ambiente militar, o segundo, Entre a disciplina e a ordem: A construo identitria de meninas no Colgio Militar do Rio de Janeiro analisou a estruturao da identidade de alunas em atividades escolares partir de 1989, e o terceiro, A interao de alunas do Colgio Militar do Rio de Janeiro em prticas físico-desportivas: a tradio reinventada analisou as representaes sobre as atividades físico-desportivas realizadas no CMRJ com a insero feminina e suas interaes na atualidade. A metodologia orientou-se pela abordagem qualitativa e a pesquisa do tipo descritiva. O primeiro estudo utilizou 25 pesquisas sobre mulheres no militarismo brasileiro; no segundo e terceiro, os sujeitos foram vinte alunas da 2 srie do ensino mdio do CMRJ. A tcnica de coleta de dados realizada foi a entrevista semi-estruturada. A anlise dos dados seguiu a descrio densa proposta por Cliford Geertz, dialogando com Foucault e suas reflexes sobre identidade e com Moscovici e as teorias sobre Representao Social. Os resultados apontam para visibilizao social e poltica do ambiente escolar militar misto, evidenciando em suas experincias a estruturao da participao delas no Exército e nas Foras Armadas brasileiras. Conclumos que o CMRJ ajustou-se aos ares dos novos tempos, provocando adaptaes em todos os setores da escola e em especial na Educao Fsica, objeto de nossa investigao no terceiro estudo, porm admitimos que em parte, as mudanas so reflexos da desestruturao do sistema escolar do colgio, da precariedade de se manter profissionais por falta de concurso pblico, das mudanas do setor administrativo e comando do colgio, se comparadas as vivenciadas pelas pioneiras na dcada de 1990. Por outro lado, os valores institucionais se mantiveram pelas prticas cvico-militares (ordem unida) que se ancoravam nos ideais de masculinidade sustentando a tradio militar da escola. As aulas de Educao Fsica construdas com ateno especial para o treinamento físico, resistncia e fora na centenria escola, deslocaram-se para prticas físico-desportivas contribuindo com a disciplina e concretizao das expectativas de qualidade de ensino e tradio militar esperada pelas alunas.
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Este trabalho tem por objetivo apresentar o gnero textual parte e suas implicaes para o ensino. Para isso, fizemos uma descrio do gnero, tendo por base a perspectiva de Mikhail Bakhtin de anlise do discurso em um dilogo com a perspectiva de anlise do discurso de Patrick Charaudeau. A parte segundo as Instrues Gerais para a Correspondncia, as Publicaes e os Atos Administrativos no mbito do Exército (IG 10-42), a correspondncia que tramita no mbito de uma OM, por meio da qual o militar se comunica com um de seus pares ou superior hierrquico, em objeto de servio, podendo ser utilizado suporte eletrnico (...), ou ser substituda por mensagem eletrnica, sempre que houver meios físicos adequados. (BRASIL, 2002, p. 18). Portanto, ele um documento oficial de circulao interna que exige uma linguagem formal para relatar, solicitar ou informar algo a alguma autoridade, dentre outras possibilidades, ou seja, o propsito comunicativo da parte, de maneira genrica, relatar uma ocorrncia, solicitar algum direito, informar dados necessrios para a confeco de algum outro documento etc. Por estar inserido no domnio discursivo militar, em que as formas padronizadas orientam a produo dos gneros que neles esto circunscritos, deve seguir regras para a sua escrita. Por essa razo, o ensino da parte est presente no currculo da Academia Militar das Agulhas Negras, que forma o oficial combatente de carreira do Exército Brasileiro em bacharel em Cincias Militares. Dessa forma, apresentamos neste trabalho uma proposta para o ensino do gnero, tendo como aporte terico as sequncias didticas postuladas pela Escola de Genebra. Apesar de essa Escola trazer uma proposta didtica para o ensino de gneros no ensino fundamental, observamos que a teoria adequada ao ensino de um gnero em qualquer nvel de escolaridade quele que est sendo inserido em um domnio discursivo
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Esta tese inclui dois artigos que tiveram por objetivo investigar a relao de estresse no ambiente de trabalho com a prevalncia de transtornos mentais comuns (TMC) e a relao de ambos com os nveis de prtica de atividade fsica em militares do Exército Brasileiro. No primeiro artigo, a varivel dependente foi TMC e a primeira varivel independente foi o estresse no ambiente de trabalho, avaliado sob o modelo esforo-recompensa em desequilbrio (effort-reward imbalance: ERI). TMC foram avaliados por meio do General Health Questionnaire (GHQ-12). Foram estimadas razes de prevalncia (RP) por regresso de Poisson para imprimir robustez aos intervalos de confiana (95%). A prevalncia de TMC foi de 33,2% (IC95%:29,1;37,3). O estudo mostrou, aps ajuste por idade, educao, renda, estilo de vida, autopercepo de sade, agravos sade autorreferidos e caractersticas ocupacionais, que estresse no ambiente de trabalho estava forte e independentemente associado a TMC, exibindo razes de prevalncias (RP) que variaram entre os nveis de estresse, oscilando de 1,60 a 2,01. O posto de tenente estava associado a TMC, mesmo aps ajuste pelas covariveis (RP = 2,06; IC95% 1,2 4,1). Os resultados indicaram que excesso de comprometimento um componente importante do estresse no trabalho. Estes achados foram consistentes com a literatura e contribuem com o conhecimento sobre o estado de sade mental dos militares das Foras Armadas no Brasil, destacando que o estresse no ambiente de trabalho e que o desempenho das funes ocupacionais, do posto de Tenente, podem significar risco maior para TMC nesse tipo de populao. O segundo artigo teve por objetivo investigar a associao de estresse no ambiente de trabalho e TMC com a prtica de atividade fsica habitual entre militares das Foras Armadas. A atividade fsica (varivel dependente) foi estimada por meio do Questionrio de Baecke, um dos instrumentos mais utilizados em estudos epidemiolgicos sobre atividade fsica. Estresse no ambiente de trabalho, TMC e posto foram as variveis independentes, avaliadas conforme descrio mencionada acima. Buscou-se avaliar a associao destas variveis e com a prtica de atividade fsica no pessoal militar. Para tanto, utilizou-se o mtodo de regresso linear mltipla, via modelos lineares generalizados. Aps controlar por caractersticas socioeconomicas e demogrficas, estresse no ambiente de trabalho, caracterizado por "altos esforos e baixa recompensas", permaneceu associado a mais atividade fsica ocupacional (b = 0,224 IC95% 0,098; 0,351) e a menos atividade fsica no lazer (b = -0,198; IC95% -0,384; -0,011). TMC permaneceram associados a menores nveis de atividade fsica nos esportes/exerccios no lazer (b = -0,184; IC95% -0,321; -0,046). Posto permaneceu associado a maiores nveis de atividade fsica ocupacional (b = 0,324 IC95% 0,167; 0,481). At onde se sabe, este foi o primeiro estudo a avaliar a relao de aspectos psicossociais e ocupacionais envolvidos na prtica de atividade fsica em militares no Brasil e no exterior. Os resultados sugerem que o ambiente de trabalho e a sade mental esto associados prtica de atividade fsica de militares, que se relaciona com a condio de aptido fsica.
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O presente trabalho visa descrever o fenmeno da educao a distncia e investigar as atitudes dos alunos militares para com a modalidade de EAD no Sistema de Ensino do Comando do Exército Brasileiro, particularmente, no mbito do Departamento de Educao e Cultura do Exército (DECEx), responsvel pela formao dos oficiais combatentes. Compreender as atitudes dos alunos para com essa modalidade de ensino, contribui para o planejamento e implementao de efetiva poltica de formao da Instituio. Para isso, toma-se como eixo norteador o processo de modernizao da Instituio com seus desdobramentos formativos, de forma a traduzir a incorporao da educao a distncia como um movimento crescente do Processo de Modernizao de Ensino, alicerado nas pedagogias da aprendizagem de vertente cognitivistas. De fato, diante da EAD que ser enfrentada a dificuldade de transformar os princpios normativos das polticas de formao em atitudes que favorecero o desenvolvimento da Instituio frente s novas e desafiantes demandas do processo formativo do oficial combatente.
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Esta dissertao em Histria Poltica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), inserida na linha de pesquisa Poltica e Cultura um estudo sobre a historiografia brasileira tendo como elemento central a contribuio terica do militar do Exército Brasileiro e historiador Nelson Werneck Sodr, no tocante a modernidade (ou melhor, o desenvolvimento) no Brasil. A sua obra notabiliza-se pela necessidade de modificar as estruturas polticas, sociais e econmicas do pas, construdas ao longo de sua formao histrica, marcado pelo alinhamento das classes dominantes com o centro hegemnico, a sua intensa relao com o mercado externo e o seu mutualismo com o capital internacional. Escreveu extensa obra teoricamente fundamentada no marxismo-leninista, no af de superar as foras tradicionais, que em sua viso impediam o avano do pas na constituio de uma nao, dificultando uma poltica de industrializao independente, em contraposio a setores progressistas da sociedade brasileira. Atravs da concepo dialtica, do choque entre os opostos, no caso, o novo e o velho, no qual o primeiro era a Revoluo Brasileira e a sua anttese, o segundo, as foras da tradio: o latifndio e o imperialismo. Em nossa pesquisa tambm focamos a crise da Revoluo Brasileira, com a instaurao da ditadura, aps o golpe de 1964, que culminou com a derrota de um projeto de nao de toda uma gerao. Por fim observamos o intenso debate poltico-historiogrfico que a obra de Werneck Sodr foi submetida, alm do seu posicionamento.
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A presente pesquisa visa investigar as identidades e formas espaciais cambiantes produzidas pelo movimento emergente underground cristo. Situados dentro de um campo mais vasto ao qual esto ligados os evanglicos e jovens de outras redes de afinidade esttica , o movimento agrega diferentes grupamentos e manifestaes religiosas, identitrio-culturais que, a despeito de suas distines visuais, musicais, rituais e bblico-doutrinrias, esto unidos por uma causa, na verdade um Ideal: levar Cristo a todas as culturas juvenis urbanas que, historicamente, so alvos de preconceito e negligncia por parte das igrejas tradicionais catlicas ou protestantes. Assim, configuram heterotopias do sagrado que revelam as novas tendncias de identificao, filiao e ritualizao religiosas, assim como as novas prticas de compromisso assumidas por estes jovens subversivos que, pela ideia de militncia comunitria, lutam simbolicamente contra o institucionalismo, o marketing selvagem e a impessoalidade que dominam o cenrio cristo atual, bem como buscam respostas, pela via da cultura, para as inquietaes, radicalismos e outros distrbios de uma Nova Era ps-secular, onde a geografia do sagrado faz-se imanente nos indivduos, e onde a territorialidade no se restringe mais aos templos e ao controle de autoridades eclesisticas. Um panorama desse tipo permite compreender como os cristos emergentes configuram lugares religiosos e itinerrios simblicos para, simultaneamente, reabastecer a f e alcanar os cativos do Mundo.
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A prtica da arbitragem comercial internacional tem se deparado, h pelos menos quatro dcadas, com a problemtica da extenso da clusula compromissria a uma parte no-signatria, integrante do mesmo grupo de sociedades a que pertence uma das partes integrantes da conveno, em razo do comportamento adotado pela parte no-signatria nas fases de negociao do contrato, execuo ou extino. Nesse sentido, a prtica da Corte Internacional de Arbitragem da Cmara de Comrcio Internacional dos ltimos trinta anos e reiteradas decises judiciais em pases de diferentes tradies jurdicas como a Frana, Sua e Estados Unidos tm se manifestado favoravelmente a essa extenso subjetiva da conveno de arbitragem. O estudo da doutrina nacional e da jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia sobre os grupos de sociedades e seus efeitos, e a anlise detida de diversos precedentes do Superior Tribunal de Justia e do Supremo Tribunal Federal sobre a homologao de sentenas arbitrais estrangeiras, revelam a compatibilidade da referida prtica arbitral internacional com o ordenamento jurdico brasileiro.
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Petrleo e gs natural so recursos naturais no renovveis que possuem grande participao na matriz energtica mundial e tendncia de crescimento na matriz nacional, cujo marco regulatrio limita-se a definir critrios tcnicos e procedimentais sem incorporar o modelo de sustentabilidade institudo pela Constituio Federal de 1988. A natureza finita dos recursos no renovveis, como o petrleo e o gs natural, exige uma viso do planejamento de sua explorao de longo prazo na definio dos objetivos e metas. Essa perspectiva de longo prazo traduz uma das preocupaes do desenvolvimento sustentvel: a garantia de direitos para as futuras geraes. Assim, ao procurar fornecer elementos para a traduo do modelo de desenvolvimento sustentvel no arcabouo institucional e legal da indstria petrolfera vigente no Brasil, o presente trabalho busca contribuir para o aprimoramento da regulao petrolfera nacional e a qualidade de vida das geraes presentes e futuras. E, mais do que propor a elaborao de um projeto de lei, como modalidade de implantao de uma poltica pblica, queremos contribuir para o fortalecimento das prticas e aes governamentais voltadas para a aplicao do desenvolvimento sustentvel, consoante apregoa a Constituio Federal brasileira. Trata-se aqui de demonstrar, atravs de metodologia quali-quantitativa, a tese de que possvel incorporar o princpio constitucional de desenvolvimento sustentvel na atividade de explorao e produo de petrleo e gs natural, formulando uma poltica pblica que incorpore, no regime de propriedade do petrleo, a varivel ambiental e o uso intergeracional que j haviam sido e continuam sendo aplicados a algumas fontes renovveis de energia. Inicialmente, identificamos a composio da matriz energtica brasileira desde a insero do petrleo como uma questo de Estado a partir dos anos 50 do sculo XX. Em seguida, analisamos a concepo legal e doutrinria para propor, ento, a conceituao de um modelo de desenvolvimento energtico sustentvel, estruturante para a proposio de uma poltica nacional para a indstria petrolfera. Com base nessa conceituao, analisamos o marco regulatrio e os procedimentos institucionais praticados atualmente para identificar as lacunas existentes no ordenamento a serem supridas pela poltica nacional proposta. A partir da anlise dos contextos legal e institucional, e das polticas energtica e ambiental, propomos a traduo de conceitos, objetivos, princpios e instrumentos num projeto de lei de Poltica Nacional de Uso Sustentvel das Reservas de Petrleo e Gs Natural. Conclumos tecendo consideraes gerais e especficas sobre a proposio aqui formulada com vistas ao aprimoramento do modelo nacional de gesto de recursos energticos e ao fomento das discusses voltadas para a sustentabilidade das polticas pblicas e as prticas privadas enraizadas na explorao irracional de recursos no renovveis
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No mbito de uma democracia constitucional que adota o controle judicial de constitucionalidade, o Judicirio sempre possui o poder de ser o rbitro definitivo das questes constitucionais? O trabalho investiga as alternativas legislativas que o Congresso pode adotar com a inteno de corrigir decises do Supremo Tribunal Federal, especialmente no Direito Tributrio. Discute argumentos contrrios supremacia judicial, especialmente utilizando a doutrina norte-americana, e defende que a doutrina do dilogo constitucional pode desempenhar um papel relevante na interpretao constitucional, pois ressalta o fato de que o Legislativo possui uma importante participao na tarefa de definir o contedo da Constituio. Tambm so examinadas teorias da cincia poltica que trabalham com a hiptese de que as fronteiras entre os poderes no princpio da separao de poderes tornaram-se cinzentas. Neste sentido, a correo legislativa da jurisprudncia pode preencher um importante papel na democracia, pois representa a possibilidade de uma troca de experincias entre os poderes do Estado e permite que interesses derrotados na esfera judicial possam apresentar novos argumentos em esfera diversa.
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Este trabalho aborda relevante tema jurdico para as cidades brasileiras. Apesar das normas editadas e dos esforos empreendidos pelo Poder Pblico na execuo da poltica urbana nos ltimos anos, os novos conceitos do direito urbanstico carecem de maior clareza, sobretudo no que respeita ao planejamento urbano. Na tentativa de se transformar a cidade real na cidade ideal foram desenvolvidas tcnicas do planejamento urbano, sendo o plano diretor seu principal instrumento. A partir da Constituio Federal de 1988 impe-se tratamento jurdico ao plano diretor, instituto trazido de outros ramos da cincia para regular o exerccio do direito de propriedade e promover o desenvolvimento da cidade, garantindo-se, ainda, a participao da sociedade na elaborao, execuo e controle do planejamento urbano. Apuram-se os limites do poder local no estabelecimento da poltica de desenvolvimento da cidade com base na repartio de competncias constitucionais em matria urbanstica e nas normas que regem a poltica urbana nacional. Examina-se o plano diretor da cidade, no cenrio jurdico nacional, adotando-se como caso referncia o Plano Diretor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro, aprovado em 1992. Justifica-se esta opo pela rica experincia no trato da coisa urbana adquirida ao longo da singular trajetria da cidade, que a mantm, ainda hoje, como referncia nacional. Conclui-se que a Constituio Federal atribuiu ao plano diretor a tarefa de fixar os limites ao exerccio do direito de propriedade, cujo contedo definido de acordo com as funes da cidade.Por fim, defende-se a tese de que o plano diretor tem natureza jurdica de lei programtica, situando-se no topo da legislao, logo abaixo da Lei Orgnica Municipal, impondo-se sua observncia pelo legislador ordinrio e pelo administrador no contnuo processo de planejamento urbano.
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A presente tese versa sobre a aplicao errnea, pelo rbitro, do Direito Brasileiro ao mrito do litgio. Tendo em vista o ineditismo, em nosso Pas, do estudo das consequncias advindas sentena arbitral prolatada mediante uma aplicao equivocada do Direito que rege o mrito da controvrsia, revelou-se fundamental uma anlise de Direito Comparado. Assim, consultou-se o Direito dos Estados Unidos da Amrica, do Reino Unido, da Alemanha, da Itlia, da ustria, da Sua e da Frana, a fim de se constatar se admissvel, nos referidos Pases, alguma medida judicial contra tal situao. Primeiramente, empreendeu-se um exame das consequncias que podem advir, nos 7 (sete) Pases citados, a uma sentena arbitral domstica, assim definida conforme a legislao de cada Pas. Como a medida habitual para se afastar uma sentena arbitral domstica a ao de anulao, buscou-se examinar as hipteses que ensejam seu ajuizamento em cada Pas estudado, a fim de se constatar se dentre elas insere-se a aplicao errnea do Direito que rege o fundo da disputa. Ou, em caso negativo, se a violao ordem pblica inclui-se nas hipteses de anulao. E, por ltimo, se a ofensa ordem pblica compreende a aplicao errnea, pelo rbitro, do Direito de cada Pas sub examine. Em segundo lugar, examinaram-se as consequncias que advm para uma sentena arbitral estrangeira em que se aplicou erroneamente o Direito que rege o mrito da controvrsia. Como todos os sete Pases examinados so Estados-membros da Conveno de Nova Iorque de 10 de junho de 1958 sobre o Reconhecimento e a Execuo de Sentenas Arbitrais Estrangeiras, que prev em seu artigo V, n 2, alnea b, a violao ordem pblica como bice homologao da sentena arbitra aliengena, a aplicao do referido dispositivo em cada Estado foi analisado. Tentou-se averiguar se a ofensa ordem pblica consubstanciada na referida Conveno poderia abranger a aplicao errnea do Direito material pelo rbitro. Em seguida, examinou-se a legislao e a doutrina brasileiras tanto no que tange ao anulatria de laudos arbitrais brasileiros, quanto homologao dos laudos estrangeiros , a fim de se proporem solues para esta questo em nosso ordenamento jurdico. Por fim, analisou-se se possvel, no Brasil, homologar uma sentena arbitral estrangeira que tenha sido anulada no Pas em que foi prolatada com base no argumento da aplicao errnea do Direito do referido Estado ao mrito da arbitragem.
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O presente trabalho teve como objetivo principal comparar dois mtodos de extrao de elementos-trao em sedimentos que so assistidos por radiao micro-ondas. Foram coletadas amostras de sedimentos superficiais em um manguezal localizado na baa da Ilha Grande e em trs manguezais localizados na baa de Sepetiba, RJ. As amostras de sedimentos coletadas foram secas, destorroadas e peneiradas. Sub-amostras foram submetidas a anlises de caracterizao fsica e qumica. Os mtodos de extrao de elementos-trao comparados foram o EPA-3051A e o mtodo gua rgia assistido por micro-ondas. Os elementos-trao analisados foram: Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn. As concentraes dos elementos-trao nos extratos produzidos foram determinadas por FAAS (Espectrometria de absoro atmica com chama). Foram encontradas nos sedimentos dos manguezais estudados concentraes acima dos nveis estabelecidos pela Resoluo CONAMA 344/2004 para os elementos-trao: Cd, Ni, Pb e Zn. Os resultados mostraram que as capacidades de extrao de elementos-trao dos mtodos EPA-3051A e gua rgia assistido por micro-ondas variam em funo das caractersticas físico-qumicas dos sedimentos. A anlise estatstica pela tcnica de regresso linear simples mostrou que as duas metodologias so estatisticamente similares apenas para o Cr e os valores dos coeficientes de determinao (R2) obtidos obedeceram seqncia: Cu > Pb > Zn > Ni > Cr > Cd. Na anlise pela tcnica estatstica de regresso linear mltipla ocorreram melhorias estatisticamente significativas nos coeficientes de determinao quando foram includas as seguintes variveis independentes: potencial redox e fsforo total para o Cd, argila para o Cr, areia para o Ni e fsforo total para o Pb e para o Zn
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A injeo da gua do mar nos campos martimos (offshore), processo este conhecido como recuperao secundria de petrleo, gera muitos resduos e efluentes. Dentre estes, pode-se destacar a gua produzida, que consiste de gua de formao, gua naturalmente presente na formao geolgica do reservatrio de petrleo, e gua de injeo, aquela normalmente injetada no reservatrio para aumento de produo. Sete tanques de armazenamento de gua/leo de um terminal foram monitorados quanto presena de micro-organismos e teores de sulfato, sulfeto, pH e condutividade. Particularmente, as bactrias redutoras de sulfato (BRS), que agem s expensas da atividade de outras espcies, reduzindo sulfato sulfeto, constituindo-se num problema-chave. Os tanques de leo codificados como Verde, Ciano, Roxo, Cinza, Vermelho, Amarelo e Azul, apresentaram comportamentos distintos quanto aos parmetros microbiolgicos e físico-qumicos. Aps este monitoramento, de acordo com valores referncia adotados, e levando-se em conta como principais parmetros classificatrios concentraes de BRS, bactrias anaerbias totais e sulfeto, os dois tanques considerados mais limpos do monitoramento foram os tanques roxo e ciano. Analogamente, por apresentarem os piores desempenhos frente aos trs principais parmetros, os tanques amarelo e cinza foram considerados os mais sujos de todo o monitoramento. Aps esta segregao, esses trs principais parmetros, mais a concentrao de sulfato, foram inter-relacionados a fim de se corroborar esta classificao. Foi possvel observar que o sulfeto instantneo no foi o parmetro mais adequado para se avaliar o potencial metablico de uma amostra. Por este motivo, foram verificados os perfis metablicos das BRS presentes nas amostras, confirmando a segregao dos tanques, baseada em parmetros em batelada