17 resultados para Educação Física Estudo e Ensino
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
Esta tese teve como objetivo identificar como a Educação Física vem constituindo a sua formao a partir da implementao das Diretrizes Curriculares Nacionais e luz das transformaes contemporneas das formas de ver, vivenciar, compreender e intervir sobre o corpo. A nossa hiptese de que vem se conformando a existncia de duas formaes e dois profissionais distintos em Educação Física, mas com concepes semelhantes, influenciadas pelas transformaes contemporneas das formas de conceber e intervir sobre o corpo. Parte-se do pressuposto que tanto o processo de conformao e implementao das Diretrizes quanto as transformaes contemporneas produzem efeitos importantes no processo de formao e nas concepes que os egressos tm do seu trabalho. Inicialmente, ento, contextualiza-se as Diretrizes Curriculares Nacionais na trajetria histrica da formao em Educação Física e na conjuntura educacional brasileira, inserindo-a no quadro de reformas da formao profissional de inspirao neoliberal implementadas no final da dcada de 90 e incio dos anos 2000, e analisa-se o processo da sua elaborao e seus desdobramentos. Posteriormente, abordam-se as tramas que hegemonizam determinadas vises e formas de lidar com o corpo na sociedade contempornea, caracterizando os atuais cultos sade perfeita, boa forma e performance. A investigao desenvolve-se nos cursos de Educação Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Estcio de S (UNESA) e Universidade Federal Fluminense (UFF). Para lev-la adiante foram realizadas entrevistas com seis docentes de cada uma das universidades e analisados os projetos pedaggicos, as estruturas curriculares e ementas, alm de outros documentos que contivessem informaes sobre os cursos. As questes da entrevista foram elaboradas em torno de dois pontos principais: a formao em Educação Física na universidade aps a reestruturao curricular provocada pelo novo arcabouo legal e as formas como o curso vem abordando as questes sobre o corpo. A anlise dos dados centrou-se nos sentidos e significados institudos pelos discursos sobre a formao em Educação Física e sobre o corpo circulantes nos documentos e nas falas dos entrevistados. Este percurso permitiu-nos mapear e analisar os sentidos e significados acerca da formao em Educação Física e das formas de tratar o corpo em circulao, os conflitos em torno dos mesmos e a existncia, ou no, de hegemonias discursivas
Resumo:
A tese analisa a dinmica curricular da educação física na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) a partir dos pressupostos do ciclo de polticas curriculares de Ball e Bowe (1992). A fim de compreender a amplitude das polticas curriculares da SEEDUC, o estudo investiga os contextos da dinmica curricular e o modo com o qual se articulam. Para o contexto das influncias, as notcias e informes publicados no site da SEEDUC e da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer constituem as nossas fontes. Foram catalogados e analisados 117 documentos. Para o contexto da construo curricular foram realizadas entrevistas com trs dos professores que foram responsveis pela construo do Currculo Mnimo para a educação física da SEEDUC, publicado no ano de 2012. Alm disso, foi realizada uma anlise de todos os documentos curriculares prescritivos que compem o Currculo Mnimo. Para o contexto da prtica curricular foram entrevistados oito professores de educação física e duas de lngua portuguesa que estavam, no momento das entrevistas, atuando como professores de escolas da SEEDUC. As anlises dos dados nos permitem as seguintes inferncias: as polticas curriculares da SEEDUC se direcionam primordialmente para a obteno de melhorias nos ndices de qualidade da educação no estado, aferidos atravs de avaliaes externas de larga escala; essas polticas esto associadas ao regime de verdade da performaticidade (BALL, 2005), uma vez que tm como pressupostos bsicos a padronizao, o controle e a meritocracia; a vinculao com a pedagogia das competncias complementa esse pacote de performatividades; as disposies crticas do grupo de professores de educação física que construiu o Currculo Mnimo concorreram com e, em alguma medida, subverteram as polticas da performatividade da SEEDUC, de tal modo que os documentos prescritivos tm a marca da ambivalncia do controle e da diversidade; os professores de educação física que lidam com a prtica curricular no compartilham as disposies crticas dos professores que construram as prescries, e fazem suas tradues curriculares influenciados pelas problemticas inerentes do cotidiano; entre elas, se destaca o trao da cultura escolar que toma os tempos e espaos da educação física na escola como os lugares do gosto e da liberdade; a comparao das tradues curriculares dos professores de educação física com as de lngua portuguesa contribuiu para iluminar algumas caractersticas da dinmica curricular da educação física, especialmente os impactos distintos que as sistematizaes curriculares tiveram no cotidiano; para as professoras de lngua portuguesa as novas sistematizaes presentes no Currculo Mnimo repercutiram em desestabilizaes de tradies, para os de educação física significaram a possibilidade de um norte.
Resumo:
Como crtica perspectiva da Educação Física Escolar (EFE) voltada aptido física e ao desenvolvimento tcnico-esportivo, to comum at a dcada de 1970, surgem, a partir da dcada de 1980, novas propostas de ensino que a aproximariam dos reais objetivos da escola o que se chama de movimento renovador da EFE. Ao longo dos anos, essas propostas foram incorporadas aos cursos de graduao, de ps-graduao e aos documentos oficiais de ensino. Era de se esperar que as aulas de EFE nas escolas brasileiras, hoje, representassem, hegemonicamente, as propostas do movimento renovador, mas paradoxalmente temos visto intervenes difusas e at aleatrias, muitas vezes representadas pelo rola a bola. Diante da necessidade de investir em prticas renovadoras e a fim de abolir o carter de estudos que apenas pomovem denncias de prticas caducas, este estudo buscou professores que, alinhados aos conhecimentos renovadores, procuram desenvolver aulas de EFE que se aproximam e representam tais conhecimentos didtico-metodolgicos. Assim, buscou-se investigar a influncia do movimento renovador na interveno pedaggica de cinco professores de Educação Física da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. O estudo divide-se em trs artigos complementares. O primeiro traz a problematizao e a reviso bibliogrfica. O segundo busca identificar o que os professores pensam acerca do movimento renovador, bem como analisar caractersticas acadmicas e profissionais-interventivas. Os resultados do artigo 2 apontam que os professores parecem conhecer, se alinham e afirmam ministrar aulas em acordo com as propostas renovadoras, mas possuem ambientes e condies de trabalho distintas. O terceiro artigo traz a anlise de 20 aulas de EFE dos cinco professores, a partir de uma ficha de observao sistemtica composta por indicadores didtico-metodolgicos sugeridos por Resende e Nascimento (2004), alm da discusso de uma entrevista sobre questes didticas e metodolgicas e crticas s intervenes. Percebeu-se que, apesar de intervenes com caractersticas distintas, a maioria das aes intervetivas se aproximou dos indicadores nas categorias planejamento, objetivo, contedo, mtodo, avaliao e relao professor-aluno. Todos os professores fizeram crticas s aulas, acreditando que estas deveriam ser melhores e diferentes do que frequentemente so, o que representa limitaes do campo interventivo e o compromisso dos professores com a qualidade da interveno. Acredita-se que os dados deste estudo representam mais um pequeno passo s discusses e construes de prticas renovadoras no campo da EFE, ao buscar e apontar possibilidades, limitaes e exemplos de aes didticas concretas do cotidiano.
Resumo:
Esta tese de Doutorado foi defendida sob o formato de artigos, cada um aborda uma das etapas metodolgicas e os respectivos resultados da pesquisa. No incio de cada seo o leitor encontrar um resumo especfico de cada artigo. O primeiro artigo, intitulado Educação Física: dilemas da disciplina no espao escolar analisa cinco dissertaes de mestrado que tomam como objeto a educação física escolar e seus dilemas no territrio contestado do currculo. O dilema central que a educação física representada como um tempo e espao escolar associado ao universo do lazer (removi essa vrgula) numa instituio que valoriza disciplinas consideradas teis no mercado de trabalho. Segundo artigo, intitulado Colgio Pedro II, as reformas educacionais e o currculo da disciplina Educação Física: dos anos 80 do sculo XX primeira dcada do sculo XXI historicizou o currculo da disciplina Educação Física do Colgio Pedro II, com base nos documentos curriculares produzidos nesta instituio. Conclumos que a indefinio de contedo e a falta de um currculo prescritivo distanciaram o ensino de Educação Física da unificao de procedimentos de ensino e avaliao nas Unidades de Ensino, perpetuando os modos de fazer e no os de saber.
Resumo:
A Educação Física entrou para o currculo escolar brasileiro h menos de um sculo, com o objetivo de manter a ordem dentro das escolas, fortalecer e cuidar da sade dos jovens brasileiros, sendo vista ainda hoje pelo senso comum como veculo disciplinador dos indivduos e de obteno da qualidade de vida, utilizando prioritariamente o esporte, com suas regras e tcnicas rgidas, para alcanar estes objetivos. No sentido de apontar uma outra perspectiva de Educação Física Escolar, voltada para uma interveno positiva no processo de transio do indivduo passivo (disciplinado) para o cidado ativo (crtico), o presente trabalho ir investigar prticas pedaggicas que visem o desenvolvimento da criatividade, da autonomia e da participao, fatores preponderantes no processo de construo de uma gesto educacional democrtica, na medida em que acredito que esta forma de gesto seja fundamental para a transformao da educação inicialmente, mas sem perder o foco da conquista da igualdade e democracia em nossa sociedade.
Resumo:
Unidades de conservao da natureza sofrem historicamente de problemas envolvendo, por exemplo, administrao pblica e legitimao popular, o que reflete quadros de ineficincia e conflitos locais em vrios nveis. Nesse contexto, a rea de Proteo Ambiental de Petrpolis (APA Petrpolis) abordada, com o objetivo de se prover um quadro analtico sobre a sustentabilidade regional e a percepo popular acerca da proposta de da APA Petrpolis, usando mtodos em percepo ambiental focada nos segmentos universitrios. A tese se divide em trs momentos analticos: primeiramente, so apresentados os contextos histricos, sociais e polticos locais da paisagem, no mbito da criao da APA Petrpolis e das contradies acerca do funcionamento do modelo, sob um referencial terico que engloba polticas locais, manejo de unidades de conservao, conflitos ambientais e participao social. Em segundo lugar, analisou-se a percepo ambiental de 606 alunos universitrios (por meio de questionrios) e sete professores e gestores das universidades participantes (por meio de entrevistas) na APA Petrpolis, buscando fenmenos e caractersticas especficas das subjetividades inerentes a tais grupos. Por fim, apresenta-se concepes teis para a organizao de alternativas tericas e prticas para uma educação ambiental emancipatria e transformadora voltada para a realidade dos segmentos universitrios da APA Petrpolis. Os resultados envolvem a exposio de um complexo contexto histrico e poltico que traduz a parca funcionalidade deste modelo de conservao da paisagem. O planejamento territorial da cidade, o prprio contexto de criao da unidade e o cenrio poltico regional so aspectos que contribuem para a baixa funcionalidade da APA. Os questionrios evidenciam uma percepo superficial dos problemas ambientais de Petrpolis, assim como um baixo reconhecimento da APA. As entrevistas, de outra maneira, evidenciam dois fenmenos: a naturalizao das questes sociais e a invisibilizao das questes ambientais. As alternativas tericas e metodolgicas apresentadas para abordar as questes ambientais da APA Petrpolis para os universitrios envolvem o conceito de alfabetizao ecolgica e a formao de sujeitos ecolgicos, como diretrizes para uma educação voltada para a sustentabilidade regional.
Resumo:
O presente sculo est sendo marcado pelo aceleramento da tecnologia eletrnica. Nesse momento se torna imprescindvel a formao e compromisso dos professores com o ensino e a escola que devem trazer em pauta as TICs (Tecnologias da Informao e Comunicao). Atravs das relaes dirias, o ser universal (o homem) pensa, sente e age a todo instante atravs das relaes sociais de que fazem parte. As pessoas agem a partir de uma relao de trocas culturais, modificam a si mesmas, aos outros e natureza, por esse motivo precisa haver uma educação voltada para a cidadania.O objetivo desta dissertao contribuir para a anlise dos desafios que o jovem aluno do ensino mdio enfrenta hoje, o que diz o professor e a preparao que as escolas pblicas oferecem para o futuro desses alunos em uma sociedade na qual a revoluo tecnolgica faz nascer um novo tempo e onde os valores so questionveis, onde tudo relativo. E seguindo esta linha de pensamento questionamos a tica na Educação, principalmente no ambiente virtual cibersociedade -, onde as pessoas se relacionam por meios eletrnicos.Nos captulos II e III, deste estudo se buscou analisar sobre juventude tecnologia e educação. Como esse jovem do ensino mdio utiliza as TICs, o desafio da escola com esse recurso educativo, orientando e qualificando essa gerao para enfrentarem o mundo cada vez mais interligado. A sala de aula perde a exclusividade, ganhando uma nova dimenso. Quem ensina no pode se neutralizar diante da forte influncia lanada pelas tecnologias. O currculo e a formao docente nos faz repensar paradigmas. A educação requer polticas publicas, de formao docente, capacitando para o uso das tecnologias da informao e comunicao TICs, entretanto, no bastam oficinas e sim formao continuada, pois no adianta sofisticar a tcnica se o professor no estiver sofisticado na alma, nos fundamentos, e no souber o que desejam os seus alunos. O estudo foi realizado com pesquisa de campo, duas escolas da zona Oeste do Estado do Rio de Janeiro, com entrevistas e questionrios para 220 alunos.
Resumo:
O esporte chegou ao sculo XXI como uma das maiores manifestaes da cultura corporal de movimento. No entanto sua presena no currculo escolar ainda depende de professores que acreditam no valor educacional da experincia esporti-va ou de projetos que tm origem fora do contexto educacional. O campo acadmico da Educação Física escolar, que faz a mediao entre esporte e escola, permanece alheio s demandas dos alunos e da escola eratifica sua posio em significar o esporte como isento de qualidades educacionais em seu discurso hegemnico. Por outro lado os discursos olmpicos produzidos pelas instituies de organizao es-portiva precisam justificar suas demandas e voltam seus olhares para o sistema e-ducacional. Proponho uma articulao entre a educação Física escolar e o esporte superando o antagonismo acadmico fundamentalista que os separa para introduzir o esporte escolar no currculo como elemento do Projeto Poltico Pedaggico das escolas vinculado Educação Física escolar e como poltica pblica de educação e esportes. Identifico a necessidade de deslocar o contexto de influncia das polticas pblicas para o esporte do Comit Olmpico Brasileiro para os setores de Educação Física escolar do Ministrio da Educação. Defendo que a experincia esportiva no interior da escola o que torna o esporte um elemento curricular educacionalmente interessante e denuncio a concepo de esporte escolar presente nas recontextualizao de polticas pblicas para o esporte escolar voltadas apenas para a organizao das competies escolares. Utilizo como referencial terico-metodolgicos as contribuies do ps-fundacionismo, a Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, os estudos de Hugo Lovisolo sobre a esttica e sua relao com a educação Física e o esporte.Aponto para a substituio do paradigma marxista que orienta as propostas hegemnicas para a Educação Física escolar pelas proposies de Chantal Mouffe para a democracia radical e vejo nessa substituio uma possibilidade de ressignificao do esporte escolar em termos polticos. Utilizo entrevistas com cinco professores aos quais denomino como professores interlocutores pela contribuio em ampliar meu entendimento sobre as relaes entre EFE e esporte, assim como, sobre as demandas presentes nas instituies em que trabalham e sobre a convivncia de projetos de parcerias pblico-privadas com a Educação Física escolar no interior das escolas. Entendo que a insero do esporte na escola por projetos e oficinas de origem externa ao sistema educacional possa representar uma ameaa Educação Física escolar.
Resumo:
Esta tese analisa as mudanas no trabalho docente tendo como objeto particular de pesquisa o estado de Minas Gerais. A escolha se deve ao protagonismo e , em certa medida, pioneirismo das burguesia mineira no ajuste conservador realizado no Brasil recente. Neste percurso de investigao foram analisadas trs geraes de reformas chamadas Choque de Gesto, Estado para Resultados, Estado em Rede ou Gesto para a Cidadania. A abordagem especfica sobre as implicaes das mudanas sobre o trabalho docente teve como fontes os Planos de Cargos e Salrios, as Lei 100 que criou a modalidade efetivado como forma distinta (e inconstitucional) de insero precria, a reforma no regime de previdncia estadual. As mudanas no currculo, como expresso particular das reformas no mbito da formao humana, foram analisadas em primeiro lugar como mediao do processo de trabalho docente. Estas transformaes conduziram a pesquisa para a constatao de que observamos o fenmeno da reconverso docente, da modelagem do trabalhador flexvel na educação bsica, sendo parte indissocivel deste processo a precarizao do trabalho e o aprofundamento da proletarizao do professor. A pesquisa tambm indicou as formas que a apropriao do fundo pblico assume a partir do Choque de Gesto e o carter regressivo destas polticas no s para o trabalhador em educação, mas para o conjunto dos chamados direitos sociais. Na construo terica que conduziu a pesquisa utilizamos o mtodo materialista histrico e dialtico, a concepo de Estado como relao entre as classes, o trabalho como prxis social. A tese traz como contribuio uma profunda reflexo sobre o trabalho em geral e o trabalho docente em particular com a construo de duas categorias complementares de anlise: a apropriao de mais anti-valor e a subsuno real espelhada. Esta sendo a expropriao que atinge diretamente quem trabalha no setor pblico, expresso da apropriao privada do bem pblico na parte que caberia ao trabalhador do setor, expropriado de suas condies de subsistncia e porque do ponto de vista mais geral, reflete o processo realizado no setor diretamente produtivo sendo a face complementar tanto da acumulao quanto da universalizao das formas de trabalho e de sociabilidade capitalista
Resumo:
O objetivo deste trabalho , a partir de um notrio conflito epistemolgico na formao em Educação Física, propor uma investigao sobre os fundamentos que originaram uma presena hegemnica das cincias naturais e biolgicas nas explicaes sobre o corpo do homem e, consequentemente, nos currculos dos cursos de formao na rea, alm de discutir se, por meio de uma maior presena das cincias sociais e humanas nestes processos de formao, possvel pensar em uma formao de carter omnilateral, crtica, mais humanizada e que faa com o que o professor assim formado entenda e se envolva com os problemas polticos e sociais que envolvem a sociedade de classes. Por intermdio de uma reviso da literatura e uma pesquisa documental, o presente trabalho tem como objetivos especficos desenvolver argumentativamente trs debates centrais sobre: a Educação Física e a Formao Humana; as concepes de homem e do campo em disputa; e uma pesquisa documental sobre os Projetos Polticos-Pedaggicos/currculos de cursos de Educação Física das universidades pblicas do Grande Rio. No primeiro momento (captulo 1), desenvolver- se- um debate sobre a formao humana em perspectiva omnilateral e sobre a questo do poder e da hegemonia na construo do conhecimento. Acompanhando esta discusso, estar uma reviso de literatura relacionada a uma parte da histria e a algumas concepes da Educação Física. O segundo debate, desenvolvido no segundo captulo, debruar-se- sobre os conflitos epistemolgicos no campo da Educação Física, realizando tambm uma pesquisa histrica sobre os suportes tericos e prticas disciplinares que atuam sobre o homem e o corpo moderno, alm de uma apresentao de exemplos concretos de sujeitos da Educação Física que compreendem o homem, o corpo e os professores de Educação Física contra hegemonicamente, como perspectiva emancipadora para a formao humana. A ttulo de concluses, deixa-se claro que o trabalho no pretende esgotar o assunto pela amplitude de seu contedo e pretende ampliar a discusso e suscitar outras pesquisas que deem continuidade ao estudo desse tema, alm de despertar novas provocaes e questes a serem trabalhadas em futuras pesquisas e, principalmente, na prtica pedaggica, social e poltica dos professores de Educação Física
Resumo:
Parte da hiptese que a obra potica, artstica ou no, tem fora para alm da mediao da palavra, ou seja, da afirmao de sentidos que obliterariam a eloquncia da presena. Busca discorrer sobre a teoria da presena e sua importncia na interlocuo com a produo potica nas artes visuais contemporneas. Aponta a utilidade dessa argumentao como perspectiva para problematizar a Cultura Visual e defender o investimento na elucidao do universo das imagens visuais como elemento de formao humana em sintonia com as questes da alteridade e com os tempos de hoje. Entende que o estudo equalizador entre as imagens visuais e as obras de arte visual favorece a autonomia dos indivduos e o melhor aproveitamento do mundo das artes com menor risco de sujeio s hegemonias culturais
Resumo:
Este estudo traz uma reflexo sobre os desafios de educação permanente dos Agentes comunitrios de Sade inseridos no projeto Telessade/Rio de Janeiro. Temos como objetivo geral discutir o processo de educação permanente desses colaboradores inseridos no Projeto Telessade, Ncleo Rio de Janeiro, ressaltando os usos reais e potenciais das ferramentas da educação distncia, na perspectiva da educação crtica. Os objetivos especficos so: descrever o perfil demogrfico de utilizao de ferramentas de educação permanente a distncia de Agente comunitrio de sade (ACS) do Estado do Rio de Janeiro inseridos no Telessade RJ, segundo as regies administrativas do Rio de Janeiro; descrever e analisar a participao dos ACS no Telessade RJ durante o ano de 2009 nas atividades de teleconferncias; discutir, com base na participao dos ACS no Telessade RJ, o papel da mediao da internet e das ferramentas do Telessade RJ no seu trabalho, na perspectiva pedaggica crtica. A metodologia utilizada quali-quantitativa, no intuito de descrever, quantificar e classificar os dados em relao aos ACS que esto inseridos no Telessade. A coleta de dados se deu a partir de um relatrio das oficinas presenciais e da anlise de 100 formulrios preenchidos pelos ACS nos workshops realizados nas regies administrativas do Rio de Janeiro e no registro de teleconferncias. Resultados: o relatrio das oficinas nos mostrou que os ACS vem no Telessade no s um espao para troca de experincias, mas tambm para a educação permanente em servio. Foi evidenciando na anlise dos formulrios, que a faixa etria na amostra de 100 dos ACS de 23 a 38 anos com 59 ACS. Alm disso, observou-se que os ACS utilizam a internet diariamente, com predominncia do vinculo empregatcio por CLT, acessam SIAB e DATASUS com frequncia, realizam trabalho multidisciplinar com mdicos e enfermeiros, propem temas para capacitaes pelo Telessade, em relao assistncia s teleconferncias de 555 ACS no ano de 2009. Conclumos que a insero do ACS no Telessade, com vistas educação permanente, uma real possibilidade e o estudo nos mostrou que eles vem esta proposta do Ministrio da Sade como inovadora e vivel.
Resumo:
Este trabalho deu conta de analisar as polticas pblicas de Educação Física e esportes na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnolgica e a implicao das mesmas na formao dos estudantes, partindo do entendimento de estarmos imersos em uma conjuntura poltico e econmica novo desenvolvimentista. Para tanto entrevistamos alguns interlocutores privilegiados que esto diretamente ligados formulao de polticas pblicas na rea ou que tm um grande envolvimento com a rede. Alm de aplicarmos questionrios em professores da rede de vrias regies do Brasil na ocasio do II Frum Nacional de Polticas Pblicas em Educação Física, esporte e lazer dos Institutos Federais de Educação, Cincia e Tecnologia e analisarmos os documentos da SETEC/MEC. Por fim, no identificamos polticas pblicas consistentes formuladas pela SETEC/MEC, apesar de vermos a entrada de projetos do Ministrio dos Esportes, como o Programa Segundo Tempo. Tambm procuramos com este trabalho identificar projetos e aes isoladas pelo Brasil sobre o tema que pudessem nos ajudar a refletir sobre possibilidades superadoras no plano da formulao de Polticas Pblicas de Educação Física e esportes na rede para a formao dos alunos.
Resumo:
O objetivo deste trabalho relacionar e apresentar questes referentes ao Imaginrio Social acerca do professor de Educação Física e o modo como se v enquanto profissional na rea de educação. No Estado e na Cidade do Rio de Janeiro o quadro do incio dos anos 90 era de abandono do magistrio, havia um sentimento de descrena e de desnimo sobre a categoria que agravava a situao coletiva. No passado, aproximadamente na dcada de 1920, a figura do professor era remetida a algo transcendental, algum que exercia o ofcio entre Deus e os homens, outras vezes a imagem do professor estava diretamente ligada a uma nobre misso ou sacerdcio. Com o tempo, as representaes do professor comearam a sofrer profundas alteraes. A atividade do magistrio enquanto atividade sagrada se transforma, aos poucos, dando lugar a uma nova representao, a de que o professor mais um trabalhador. Isso provoca um deslocamento de sua imagem sagrada para uma imagem profana, de cotidiano, mais uma mo-de-obra. Considerando este contexto, a questo que orienta este trabalho : Qual a imagem que o Professor de Educação Física faz de si?
Resumo:
Em constantes situaes de recomeo na Educação Física e no Esporte, homens e mulheres se destacam buscando superar problemas e empreendem esforos no sentido de transformar para melhor a rea e torn-la mais organizada. Assim, este trabalho que tem como tema o empreendedorismo na Educação Física e no Esporte levanta a seguinte questo: a figura do empreendedor na Educação Física e no Esporte brasileiros configura-se como elemento central em importncia na gesto e na produo e gesto de conhecimentos nestas reas? O conceito de empreendedorismo traduzido a partir de diferentes dimenses por autores da rea de administrao/gesto (DRUCKER, 1987; OLIVEIRA, 1995; DORNELAS, 2005; CHIAVENATO, 2005, SARKAR, 2008). J as aes empreendedoras nas reas de Educação Física e do Esporte sero constitudas a partir de diferentes fontes, dentre elas Rodrigues (2007); jornais, documentos. Foram selecionados por meio de pesquisa exploratria junto a historiadores: Inezil Penna Marinho, Aloyr Queiroz de Arajo e Manoel Jos Gomes Tubino, Arnaldo Guinle, Joo Havelange, Carlos Arthur Nuzman. Conclui-se que a figura do empreendedor na Educação Física e no Esporte brasileiros configura-se como elemento central na gesto e tem carter individual. Este vis de interpretao confirma a tese de um tipo ideal (WEBER, 1997) de empreendedor e inovador da Educação Física e Esporte que implica numa caracterizao tipolgica de lder sonhador de grandes causas e realizaes em suas reas de interesse profissional e individual. Ao final admite-se que a gesto do Esporte deve ter suas razes mais no Esporte do que na gesto.