268 resultados para Doenças vasculares Teses

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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A doena venosa crnica (DVC) uma desordem complexa que compreende sinais e sintomas que variam das telangiectasias s lceras ativas. A DVC classificada de acordo com aspectos clnicos, etiolgicos, anatmicos e fisiopatolgicos (CEAP) em sete classes variando de C0 C6. A principal causa da DVC a hipertenso venosa que altera o fluxo venoso e, consequentemente, a fora de cisalhamento que induz alteraes fenotpicas nas clulas endoteliais que passam a expressar mediadores pr-inflamatrios e pr-trombticos, que levam adeso de leuccitos, ao aumento do estresse oxidativo, da permeabilidade vascular e do dano endotelial e ao remodelamento tecidual e vascular.Em virtude dos inmeros mecanismos e da diversidade de molculas envolvidas na patognese e progresso da DVC, essencial conhecer a interao entre elas e tambm saber quais so as molculas (biomarcadores) que se correlacionam positivamente ou negativamente com a gravidade da doena. Foram avaliados os nveis de Interleucina-6 (IL-6), sL-selectina, sE-selectina, sP-selectina, molcula de adeso intercelular-1solvel (sICAM-1), molcula de adeso das clulas vasculares-1 solvel (sVCAM-1), ativador tecidual do plasminognio (tPA), atividade do inibidor do ativador do plasminognio-1 (PAI-1), trombomodulina solvel (sTM), fator de von Willebrand (vWF), metaloproteinase de matriz (MMP)-2, MMP-3, MMP-9, inibidor tecidual das MMPs -1 (TIMP-1), angiopoietina-1 e -2, sTie-2 e s-Endoglina e fator de crescimento do endotlio vascular (VEGF) no sangue coletado da veia braquial de 173 mulheres com DVC primria divididas em grupos C2, C3, C4 e C4 menopausadas (C4m) e de 18 voluntrias saudveis (grupo C0a). Foram tambm analisados os nveis urinrios de ent-prostaglandina F2α nesses grupos. No foram encontradas diferenas estatisticamente significativas com relao s concentraes sanguneas e urinrias de sE-selectina, sP-selectina, sICAM-1, atividade de PAI-1, MMP-3, razo TIMP-1/MMP-3, angiopoietin-2, razo angiopoietina-1/angiopoietina-2, s-Endoglina e ent-prostaglandina F2α entre os grupos estudados, possivelmente devido alta variabilidade na concentrao desses biomarcadores entre as participantes do mesmo grupo. Entretanto, as concentraes sanguneas de IL-6 sL-selectina, sVCAM-1, tPA, vWF, sTM, MMP2, MMP-9, TIMP-1, razo TIMP-1/MMP-2, razo TIMP-1/MMP-9, angiopoietina-1 e VEGF foram estatisticamente diferentes entre os grupos. No foi identificado nenhum biomarcador que se correlacionasse diretamente ou inversamente com a progresso da DVC, provavelmente devido diversidade de fatores envolvidos e complexa interao entre eles durante o curso da doena.

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A exposio precoce a fatores de risco cardiovascular gera estado inflamatrio crnico, podendo causar dano da funo endotelial, seguido de espessamento da ntima-mdia carotdea. O objetivo desta pesquisa foi estudar a espessura ntima-mdia carotdea e seu comportamento em relao aos fatores e biomarcadores de risco cardiovascular em crianas com excesso de peso pr-pberes. Realizou-se estudo transversal com 80 obesos, 18 com sobrepeso e 31 eutrficos do Ambulatrio de Pediatria do Hospital Universitrio Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Avaliou-se, atravs de comparao de mdias, medianas e frequncias, o comportamento dos fatores de risco e da espessura ntima-mdia carotdea entre os sexos; entre obesos, com sobrepeso e eutrficos; entre resistentes e no resistentes insulina. Avaliou-se, atravs de anlise de regresso logstica bivariada e multivariada, associao entre os fatores de risco e espessamento de ntima-mdia carotdea. Houve diferena estatisticamente significativa das mdias e medianas de escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,02), presso arterial sistlica (p-valor=0,04) e adiponectina (p-valor=0,02) entre sexos; de circunferncia da cintura (p-valor=0,0001), presso arterial sistlica (p-valor=0,0001), diastlica (p-valor=0,001), homeostaticmodelacessment for insulinresitance (p-valor=0,0001), colesterol total (p-valor=0,02), HDL (p-valor=0,01), LDL (p-valor=0,03), triglicerdeos (p-valor=0,01), protena C reativa (p-valor=0,0001), interleucina 6 (p-valor=0,02), leptina (p-valor=0,0001), espessura da ntima-mdia carotdea esquerda (p-valor=0,03) entre obesos, com sobrepeso e eutrficos; de escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,0009), circunferncia da cintura (p-valor=0,0001), presso arterial sistlica (p-valor=0,0001), diastlica (p-valor=0,0006), colesterol total (p-valor=0,0004), triglicerdeos (p-valor=0,0002), leptina (p-valor=0,004) entre resistentes e no resistentes insulina. Na regresso logstica bivariada, escore Z de ndice de massa corprea, circunferncia da cintura e presso arterial sistlica associaram-se positivamente (p-valor<0,05) com o espessamento das cartidas direita, esquerda e com mdia dos valores de ambas. Na regresso logstica multivariada, escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,02) e presso arterial sistlica (p-valor=0,04), associaram-se positivamente com ntima-mdia carotdea espessada esquerda; nveis tensionais sistlicos (p-valor=0,01) se associaram com a mdia dos valores da ntima mdia carotdea de ambos os lados.Os achados mostram nas crianas pr-pberes com excesso de peso: que os fatores e biomarcadores de risco cardiovascular j se encontram presentes; influncia de escore Z de ndice de massa corprea e nveis tensionais sistlicos sobre espessura ntima-mdia carotdea. A preveno de aterosclerose deve iniciar precocemente, identificando-se e controlando-se fatores de risco cardiovascular. O pediatra deve procurar promover sade cardiovascular da criana, prevenindo e/ou controlando obesidade, orientado prtica regular de exerccios fsicos e hbitos alimentares saudveis.

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Estudos recentes tm avaliado a presena de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoprotena, seu potencial papel na suscetibilidade das doenças inflamatrias intestinais (DII) e suas possveis correlaes com aspectos clnicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da anlise gentica de populaes distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 esto associados com as DII em populao do sudeste do Brasil e suas possveis correlaes com fentipos, atividade de doena, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como mtodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doena de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idioptica (RCUI), que foram recrutados atravs de critrios diagnsticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequncias genotpicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na populao de estudo. Associaes de gentipo-fentipo com caractersticas clnicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutaes foram calculados. Nenhuma diferena significativa foi observada nas freqncias genotpicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associaes significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fentipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposio ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associaes positivas tambm foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, atividade moderada/severa da doena (OR: 3,54, p = 0,046), e resistncia / refratariedade ao corticosteride (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimrficos. Nenhuma associao significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotpicas, atividade de doena ou resposta ao tratamento da RCUI. Em concluso, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fentipo estenosante, como tambm estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relao com a DC suporta a existncia de papis adicionais para o MDR1 em mecanismos especficos subjacentes na patognese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediao e regulao da fibrose. Alm disso, compreender os efeitos de vrios frmacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrio personalizada de regimes teraputicos.

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A azatioprina e a 6 mercaptopurina (6-MCP) so drogas muito utilizada no tratamento das doenças inflamatrias intestinais (DII), porm esto associadas a vrios efeitos colaterais. A determinao prvia do gentipo da tiopurina metiltransferase (TPMT) pode identificar pacientes de maior risco de toxicidade a droga. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalncia dos polimorfismos do gene da TPMT em pacientes com DII acompanhados no Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ, comparando com a prevalncia em outras populaes e correlacionar a presena desses polimorfismos com a toxicidade s drogas. Foram avaliados 146 pacientes com doena de Crohn (DC) e 73 com retocolite ulcerativa idioptica (RCUI). A pesquisa dos principais gentipos da TPMT (*2, *3, *3C) foi realizada por tcnicas de PCR (alelo especfico e RFLP). Os achados clnicos foram correlacionados com a genotipagem e avaliados por anlises multivariadas. Dentre os pacientes que estavam em uso de azatioprina, 14 apresentaram pancreatite ou elevao de enzimas pancreticas, 6 apresentaram hepatoxicidade e 2 evoluram com neutropenia. Os polimorfismos do gene da TPMT foram observados em 37 dos 219 pacientes (8 foram heterozigotos para o gentipo *2, 11 heterozigotos para *3A e 18 foram heterozigotos para o polimorfismo *3C). No foi observado nenhum homozigoto polimrfico. Uma correlao positiva foi observada entre a elevao de enzimas pancreticas e os gentipos *2 e *3C. A prevalncia dos polimorfismos neste estudo (16,89%) foi maior que a descrita para populao caucasiana e em outros estudos brasileiros. Apesar do predomnio do gentipo *3C, no houve ocorrncia exclusiva de um polimorfismo, conforme observado em outras populaes. A populao brasileira devido sua miscigenao tm caractersticas genotpicas prprias diferentes do outros pases do mundo. Dois polimorfismos da TPMT (*2 e *3C) estiveram associados toxicidade ao uso da azatioprina em pacientes com DII no sudeste do Brasil. O teste gentico pode auxiliar na escolha da melhor droga e na dose ideal para os pacientes portadores de DII antes do incio do tratamento.

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A hipertenso uma das mais importantes causas de morte prematura no mundo. Estudos sobre a Euterpe oleracea Mart. (aa), uma planta tpica do Brasil e rica em polifenis, tm mostrado grande potencial teraputico contra a hipertenso, uma vez que seus benefcios podem ser associados s aes antioxidante, vasodilatadora e anti-hipertensiva. O rato espontaneamente hipertenso (SHR) um modelo experimental utilizado para o estudo da hipertenso essencial. Neste estudo, investigamos o efeito do tratamento crnico do extrato hidroalcolico do caroo de aa (ASE) sobre a hipertenso de SHR. Animais SHR e Wistar receberam tratamento com ASE (200 mg/Kg/dia) na gua de beber, ou veculo, desde 21 dias at 4 meses de idade e tiveram a presso arterial sistlica (PAS) aferida por pletismografia de cauda. Os efeitos vasodilatadores da acetilcolina (ACh) e nitroglicerina (NG) foram estudados em leito arterial mesentrico (LAM) perfundido e pr-contrado com norepinefrina. A atividade das enzimas superxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), os nveis de malondialdedo (MDA), a carbonilao de protenas e os nveis de nitrito foram avaliados em plasma, LAM, corao e rim por espectrofotometria. A expresso das protenas SOD e eNOS foram avaliadas por western blot em LAM e as alteraes vasculares pela espessura da tnica mdia em aorta. A PAS foi maior (p<0.05) nos animais SHR, e reduzida pelo tratamento com ASE. O efeito vasodilatador reduzido da ACh em SHR foi recuperado pelo ASE e o da NG no foi diferente entre os grupos. No houve diferena nos nveis de glicose e insulina em SHR comparados aos controles. Entretanto, a insulina se apresentou reduzida no grupo SHR+ASE. O nvel de renina foi maior nos SHR e normalizado pelo ASE (p<0.05). Os nveis de MDA no foram diferentes entre SHR e controles, entretanto o tratamento com ASE reduziu esses nveis em rim de SHR (p<0.05). Os nveis de carbonilao de protenas foram maiores em amostras de rim e corao de SHR e o ASE reduziu o dano sobre protenas (p<0.05), no tendo diferena em plasma e LAM. A atividade da SOD foi menor em amostras de rim nos animais SHR e aumentada pelo tratamento com ASE (p<0.05). Entretanto, a atividade aumentada da SOD em corao e LAM dos SHR, foi reduzida pelo tratamento com ASE, no havendo diferena em amostras de plasma. No houve diferena na atividade da GPx em amostras de LAM e corao dos diferentes grupos, porm sua atividade foi aumentada em rim dos SHR, e o tratamento com ASE normalizou essa atividade. Em plasma, a atividade da GPx foi reduzida em SHR e aumentada pelo tratamento (p<0.05). A atividade da enzima CAT foi reduzida em plasma e rim de SHR e o ASE aumentou sua atividade. No houve diferena em amostras de LAM, entretanto em amostras de corao o tratamento aumentou a atividade da CAT em SHR (p<0.05). Em amostras de plasma, corao e rim, no houve diferena nos nveis de nitrito entre os diferentes grupos, porm em amostras de LAM foram menores em SHR e SHR+ASE (p<0.05). A expresso das protenas eNOS e SOD apresentaram-se aumentadas em SHR (p<0.05) sem alterao com o tratamento. Os SHR apresentaram um aumento na espessura da camada mdia da aorta que foi reduzido (p<0.05) pelo ASE. Este estudo demonstrou que o tratamento crnico com ASE em SHR reduziu a hipertenso, preveniu a disfuno endotelial e o remodelamento vascular. O aumento da defesa antioxidante e reduo do dano oxidativo devem contribuir para os efeitos benficos de ASE. Portanto, sugerimos que o ASE pode ser uma ferramenta importante para o tratamento das alteraes cardiovasculares associadas hipertenso essencial.

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Os transtornos psiquitricos so um problema de sade pblica, ocupando cinco das dez principais causas de incapacitao no mundo. O transtorno bipolar (TB) um transtorno de humor, segundo o DSM-IV (manual diagnstico e estatstico de doenças mentais), o qual afeta cerca de 1% da populao mundial. O TB do tipo I (TBI) o mais frequente entre os TBs e caracterizado pela presena de episdios manacos ou mistos acompanhados por episdios depressivos. Assim como outros transtornos psiquitricos, como a depresso, ansiedade e esquizofrenia, o TB representa um importante fator de risco cardiovascular, e pacientes com este transtorno apresentam mortalidade cardiovascular duas vezes maior que a populao em geral. No entanto, os exatos mecanismos envolvidos nesta relao permanecem desconhecidos. Estudos sugerem o envolvimento da via L-arginina-xido nitrico (NO) na patofisiologia do TB. O NO responsvel por diversas funes fisiolgicas, incluindo a inibio da funo plaquetria. A L-arginina, sua precursora, transportada em plaquetas pelo carreador y+L, ativando a enzima NO sintase (NOS), a qual produz NO e e L-citrulina. Uma vez produzido, o NO ativa a enzima guanilato ciclase (GC), levando ao aumento dos nveis de guanosina monofosfato cclica (GMPc). Adicionalmente, a L-arginina no exclusivamente utilizada pela NOS, ela tambm pode ser metabolizada pela arginase e produzir L-ornitina e uria. A biodisponibilidade do NO depende tanto de sua sntese como de sua degradao pelo estresse oxidativo ou pela inflamao. O objetivo deste estudo foi investigar detalhadamente a via L-arginina-NO-GMPc em plaquetas de pacientes com TBI, a expresso da arginase e outros marcadores de estresse oxidativo e inflamao. Vinte e oito pacientes com TB e dez indivduos saudveis foram includos no estudo. Nossos estudos mostraram uma reduo da atividade da NOS em todos os grupos de pacientes bipolares (fases de eutimia, depresso e mania), quando comparados aos controles. Isto ocorreu na presena de concentraes normais do substrato e de seu transporte, e da expresso inalterada das isoformas eNOS e iNOS. A expresso da arginase II no diferiu entre os grupos estudados, indicando que a disponibilidade da L-arginina no est sendo desviada para o ciclo de uria em plaquetas. A produo reduzida de GMPc foi observada mesmo com a expresso inalterada da GC. A atividade e marcadores de estresse oxidativo, avaliada atravs da quantificao da oxidao de protenas e atividade da catalase, no foram modificadas em plaquetas de pacientes com TB, enquanto que a atividade da SOD estava aumentada em todas as fases. Os nveis sricos da protena C-reativa (PCR), um marcador inflamatrio, esto aumentados em pacientes manacos, comparados aos controles. A reduzida produo de NO observada em plaquetas de pacientes bipolares pode ser um elo entre esta complexa associao entre TB e a doena cardiovascular.

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A doena Inflamatria Intestinal (DII) uma desordem caracterizada pela inflamao crnica do trato gastrointestinal. Os dois principais tipos de DII so a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doena de Crohn (DC) e ambas cursam com importantes alteraes no estado nutricional (EN). O objetivo deste estudo foi identificar as diferenas na composio corporal entre pacientes com DC, RCU e indivduos saudveis, alm de comparar o estado nutricional dos trs grupos de pacientes, ajustando para fatores que podem interferir no EN, como o uso atual de corticosterides, a atividade fsica, a atividade de doena, a idade e o sexo. Foi realizado um estudo transversal que incluiu 101 pacientes com DII (50 com DC e 51 com RCU) e 35 indivduos saudveis, selecionados no Ambulatrio do Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foram colhidas informaes scio-demogrficas e pessoais, tais como: prtica de atividade fsica, tabagismo, doenças pregressas e procedimentos cirrgicos prvios. Outras informaes necessrias pesquisa foram coletadas em pronturio mdico. A avaliao antropomtrica foi realizada por meio das seguintes medidas: peso corporal; altura; circunferncias do brao, da cintura (CC) e do quadril; dobras cutneas do trceps, subescpula, supra-ilaca e da coxa; e circunferncia muscular do brao (CMB). A anlise da composio corporal foi realizada por meio da bioimpedncia eltrica (BIA), utilizando-se o aparelho Biodynamics modelo 450. As variveis laboratoriais analisadas foram: glicose, hemograma completo, perfil lipdico, protenas totais, albumina, globulina, velocidade de hemossedimentao e protena C reativa. O peso, o ndice de massa corporal, a CC e o percentual de gordura corporal calculado a partir da aferio das dobras cutneas, foram menores nos pacientes com DC, quando comparados aos indivduos saudveis e/ou aos pacientes com RCU. A CMB foi menor nos pacientes com DC e RCU quando comparados aos indivduos saudveis, porm sem apresentar diferenas entre os dois grupos de pacientes. Por BIA, verificou-se que os pacientes com DC apresentaram valores de massa magra, massa celular corprea, massa extracelular, gua corporal total e gua extracelular menores quando comparados aos indivduos saudveis. Os nveis sricos de colesterol total, protenas totais e albumina, e a contagem total de hemcias foram menores nos indivduos com DC quando comparados aos indivduos do grupo controle e/ou aos indivduos do grupo da RCU. Os pacientes com RCU exibem composio corporal semelhante da populao saudvel. Em contraposio, os pacientes com DC apresentam EN amplamente comprometido com depleo de gordura corporal e massa magra em relao aos demais indivduos

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A radioterapia amplamente utilizada no tratamento de tumores plvicos, incluindo os de bexiga, intestino e reto. Ela apresenta efeitos danosos, notadamente em tecidos que apresentam intensa renovao celular, sendo a mucosa intestinal altamente susceptvel. Nesse contexto, a suplementao diettica com aminocidos tem se mostrado uma terapia promissora para minimizar este dano. O objetivo desse estudo foi determinar o efeito da suplementao diettica com os aminocidos L-arginina e glicina na estrutura da parede do clon de ratos submetidos a irradiao abdominal. Quarenta ratos Wistar machos adultos foram distribudos aleatoriamente em quatro grupos, cada um com dez animais: I controle no irradiado e sem suplementao de aminocidos; II controle irradiado e sem suplementao de aminocidos; III irradiado e suplementado com L-arginina; IV irradiado e suplementado com glicina. O perodo de suplementao diettica foi de 14 dias, com a irradiao ocorrendo no 8. dia do experimento. A anlise estereolgica mostrou que a irradiao provocou diminuio do volume total da parede colnica dos animais dos grupos II e III em relao aos animais saudveis, mas no dos ratos que receberam suplementao de glicina. A camada mucosa dos animais irradiados de todos os grupos diminuiu quando comparada com os ratos saudveis no irradiados. Os animais irradiados que no receberam suplementao de aminocido apresentaram diminuio da camada muscular da mucosa, quando comparados com os grupos I e IV, e o grupo de ratos suplementados com glicina apresentou aumento significativo da camada submucosa em relao aos grupos I e II. Os animais do grupo III mostraram diminuio da camada muscular prpria em comparao aos grupos I e IV. A suplementao com L-arginina foi eficaz na manuteno do volume parcial do epitlio da camada mucosa. Nossos resultados sugerem que a suplementao de glicina apresentou efeitos superiores ao da suplementao com L-arginina na estrutura da parede colnica, haja vista que foi capaz de manter a espessura da parede e a superfcie epitelial da mucosa, enquanto a Larginina foi capaz de manter o volume parcial do epitlio e a superfcie epitelial, mas no o volume total da parede intestinal.

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A Doena Inflamatria Intestinal (DII) uma desordem caracterizada pela inflamao difusa do trato gastrointestinal. Os dois principais tipos de DII so a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doena de Crohn (DC) e ambas cursam com alteraes no estado nutricional (EN). O objetivo deste estudo foi comparar a composio corporal, obtida por meio de diferentes mtodos, em pacientes com DC e RCU em atendimento ambulatorial, avaliando possveis diferenas nos grupos de doentes entre si e quando comparados a indivduos saudveis. Foi realizado um estudo transversal incluindo 101 pacientes com DII, sendo 50 com DC (GDC) e 51 com RCU (GRCU), alm de 35 indivduos saudveis (GCON), selecionados no Ambulatrio do Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Informaes scio-demogrficas e pessoais, como prtica de exerccio fsico, tabagismo, doenças pregressas e procedimentos cirrgicos prvios foram coletadas. A avaliao antropomtrica consistiu de: peso; altura; circunferncias do brao, da cintura e do quadril; circunferncia muscular do brao (CMB) e pregas cutneas do trceps, bceps, peitoral, axilar, subescapular, suprailaca, supraespinhal, abdominal, perna e coxa. O percentual de gordura corporal (% GC) foi estimado a partir de equaes que utilizam o somatrio de pregas cutneas e por meio de bioimpedncia eltrica (BIA). Para estimar o percentual de gordura subcutnea foi utilizado o somatrio de dez dobras. As variveis laboratoriais analisadas foram: hemograma completo, protenas totais, albumina, globulina, velocidade de hemossedimentao e protena C reativa. As anlises estatsticas foram realizadas utilizando-se o software STATA verso 10.0. A classificao do EN, por meio do ndice de massa corporal (IMC), evidenciou baixa prevalncia de desnutrio nos trs grupos avaliados. Ao analisar diretamente as medidas antropomtricas de peso e IMC, observou-se que os pacientes com DC apresentaram valores significativamente menores do que os indivduos do grupo controle. A avaliao da CMB mostrou que os pacientes do GDC e GRCU apresentaram depleo de massa magra em comparao aos indivduos do GCON, porm sem apresentar diferenas entre os dois grupos de pacientes com DII. Em relao ao %GC obtido por BIA no foram verificadas diferenas entre os trs grupos de estudo. Ao se verificar o %GC com a utilizao das frmulas de Peterson, Durnin & Womersley e Jackson & Pollock (que utiliza o somatrio de trs dobras) observou-se que os pacientes com DC apresentaram tecido adiposo significativamente depletado em relao aos indivduos do GCON e do GRCU. Ao compararmos os %GC obtidos por diferentes mtodos de estimativa, observou-se que as equaes de Jackson & Pollock (que utilizam o somatrio de trs e sete dobras) apresentaram resultados significativamente menores quando comparados aos das equaes de Peterson e Durnin & Womersley, nos dois grupos de pacientes. Os nveis sricos de protenas totais e albumina, e a contagem total de hemcias foram menores nos indivduos com DC quando comparados aos indivduos do grupo controle e/ou aos indivduos do grupo com RCU. Os pacientes com DC apresentaram comprometimento importante do EN em comparao aos pacientes com RCU e, notadamente, em relao aos indivduos saudveis.

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O leo de peixe rico em cidos graxos poli-insaturados (AGPI) n-3 e vem sendo apontado como anti-inflamatrio associado melhora de diversas doenças de natureza inflamatria. No presente estudo, objetivou-se avaliar a influncia do leo de peixe sobre a inflamao pulmonar e hiper-reatividade em camundongos ativamente sensibilizados desafiados com ovoalbumina (OVA). Camundongos A/J machos foram alimentados com dieta standard-chow (SC) ou dieta rica em leo de peixe (Px) durante 8 semanas. Aps 4 semanas do incio da dieta, cada grupo foi subdividido aleatoriamente para ser desafiado com salina (SC-SAL e PX-SAL) ou ovoalbumina (SC-OVA e PX-OVA). A funo pulmonar (resistncia e elastncia) foi avaliada atravs de pletismografia invasiva, na condio de aerolizao ou no com metacolina 24 horas aps o ltimo desafio antignico. Foi realizado lavado broncoalveolar (LBA) para contagem de leuccitos e quantificao de eotaxina-2. A deposio de muco e de matriz peribronquiolar e o infiltrado de eosinfilos foram quantificados no tecido pulmonar. Foram avaliados interleucina (IL)-13 atravs de imunohistoqumica e NF&#954;B, GATA-3 e PPAR&#947;, por western-blotting. O desafio com OVA resultou em aumento da infiltrao de eosinfilos, elevada produo de citocinas inflamatrias, remodelamento pulmonar, produo de muco e hiper-reatividade das vias areas. Detectou-se aumento na expresso dos fatores de transcrio NF&#954;B e GATA-3 nos camundongos do grupo sensibilizado e desafiado com OVA em comparao aos controles. Todas essas alteraes foram atenuadas nos camundongos que receberam dieta com leo de peixe. Expresso elevada de PPAR&#947; foi detectada nos pulmes dos camundongos dos grupos alimentados com leo de peixe. Em concluso, nossos resultados mostram que a ingesto de leo de peixe atenuou as caractersticas clssicas do quadro asmtico atravs da modulao da sntese de mediadores inflamatrios, via regulao negativa de NF&#954;B e GATA-3 e regulao positiva de PPAR&#947;. O leo de peixe parece ser uma terapia alternativa para o controle e tratamento da asma.

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A obesidade atinge propores epidmicas em pases industrializados e est relacionada a uma srie de doenças metablicas e circulatrias. Nesse contexto, a atividade fsica, tratamento no farmacolgico da obesidade, acessvel a diversas populaes e est relacionada com a reduo do risco cardiovasvascular mesmo. O objetivo deste trabalho foi avaliar, aps mudana ou no da dieta, associao ou no a um programa de treinamento aerbico (PTA) durante 8 semanas, a possvel reversibilidade dos danos causados por uma dieta hiperlipdica por 12 semanas. Para tal, 120 hamsters machos da espcie Mesocricetus auratus, com massa corporal de 60 g, foram distribudos em quatro grupos, cada um subdividido em trs subgrupos, com dez animais para diferentes anlises. Os grupos Obeso Controle (OBC) e Obeso Exercitado (OBEX) receberam a rao hiperlipdica por 20 semanas, com adio do PTA ao grupo OBEX nas ltimas 8 semanas. Os Obeso Rao Padro (OBRP) e Obeso Rao Padro/Exerccio (OBRP/EX) tiveram a rao modificada para comercial padro e adio do PTA ao grupo OBRP/EX aps as 12 semanas iniciais. Para as anlises microcirculatrias, a bolsa da bochecha foi usada para determinao do nmero mximo de extravasamentos induzidos por 30 min de isquemia seguida de reperfuso e da reatividade microvascular aps a aplicao tpica de acetilcolina e nitroprussiato de sdio. No sangue coletado foi avaliado o perfil lipdico, glicemias quinzenais e leptina. As expresses de eNOS e iNOS foram determinadas na aorta por imunoblotting e a composio corporal avaliada nos tecidos adiposos visceral, urogenital e retroperitoneal, retirados no dia do experimento. Os resultados foram analisados com os mtodos o teste estatstico de anlise de varincia (One Way ANOVA - Teste de Kruskal-Wallis), seguido pelo ps-teste de Dunn. Resultados mostram que a modificao diettica, associada ou no ao PTA, reduziu significativamente a massa corporal (p<0,0001), comprimento naso-anal (p=0,0011) e tecido adiposo (visceral [p<0,0001], urogenital [p=0.0004] e retroperitoneal [p= 0,0083]). Nas anlises sanguneas no foram encontradas diferenas com relao ao perfil lipdico e glicemia, j na leptina houve uma reduo significativa (p=0,0039). A anlise da reatividade microvascular mostrou melhora significativa na vasodilatao endotlio-dependente nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA. Nas medidas de permeabilidade a macromolculas houve reduo significativa no nmero de extravasamentos nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA, (5 min [p= 0,0207] e 10 min [p= 0,0057]). Houve um aumento na expresso de eNOS nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA, em comparao ao grupo OBC (p=0,0352). Os resultados mostraram que a modificao diettica, associada ao protocolo de treinamento aerbico melhora a vasodilatao endotlio-dependente, aumenta a expresso da xido ntrico sintase endotelial e reduz o nmero de extravasamentos induzidos por isquemia e reperfuso, mesmo sem melhoras nos marcadores bioqumicos tradicionais como glicemia e perfil lipdico.

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A obesidade, doena resultante do acmulo excessivo de gordura corporal, importante fator de risco para diabetes mellitus tipo 2, dislipidemias e doenças cardiovasculares, doenças de alta prevalncia em todo o mundo. O processo de transio nutricional decorrente da globalizao contribuiu para o crescente nmero de indivduos com obesidade, principalmente pela modificao nos hbitos alimentares da populao, com ampla incluso de produtos industrializados ricos em gordura saturada, sal e acar, denominada dieta ocidental. Os mecanismos pelos quais a obesidade induzida por dieta leva ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares ainda no esto completamente esclarecidos na literatura, porm sabe-se que a obesidade leva ao comprometimento da funo cardaca e do metabolismo energtico, aumentando a morbidade e mortalidade. Em grande parte dos estudos relacionados obesidade, o metabolismo energtico celular comprometido associa-se disfuno mitocondrial. Neste contexto, torna-se importante avaliar a funo mitocondrial na obesidade, visto que as mitocndrias so organelas com funes-chave no metabolismo energtico. No presente estudo, avaliamos inicialmente o efeito obesognico da dieta ocidental em camundongos Swiss por 16 semanas a partir do desmame. Para tal, analisamos a ingesto alimentar, evoluo da massa corporal, ndice de Lee, peso das gorduras epididimal e retroperitoneal, peso e morfologia do fgado, relao entre o peso do fgado/massa corporal, peso do ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal, glicemia de jejum e teste intraperitoneal de tolerncia glicose. Avaliamos tambm o consumo de oxignio das fibras cardacas atravs da respirometria de alta resoluo. Alm disso, o contedo das protenas envolvidas no metabolismo energtico: Carnitina Palmitoil Transferase 1 (CPT1), protena desacopladora 2 (UCP2), Transportadores de glicose 1 e 4 (GLUT1 e GLUT4), protena quinase ativada por AMP (AMPK), protena quinase ativada por AMP fosforilada (pAMPK), receptor de insulina &#946; (IR&#946;) e substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) foi determinado por western blotting. Nossos resultados confirmaram o carter obesognico da dieta ocidental, visto que os camundongos submetidos a esta dieta (GO), apresentaram-se hiperfgicos (P<0,001) e obesos (72,031,82, P<0,001), com aumento progressivo no ganho de massa corporal. Alm do aumento significativo dos parmetros: ndice de Lee (362,902,44, P<0,001), gorduras epididimal e retroperitonial (3,310,15 e 1,610,11, P<0,001), relao entre o peso do fgado/massa corporal (0,060,003, P<0,001) e peso de ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal (0,080,002, P<0,01), hiperglicemia de jejum (192,1014,75, P<0,01), intolerncia glicose (P<0,05, P<0,01) e deposio ectpica de gordura no fgado. A respirometria de alta resoluo evidenciou disfuno mitocondrial cardaca no grupo GO, com reduzida capacidade de oxidao de carboidratos e cidos graxos (P<0,001) e aumento do desacoplamento entre a fosforilao oxidativa e a sntese de ATP (P<0,001). Os resultados de western blotting evidenciaram aumento nos contedos de CPT1 (1,160,08, P<0,05) e UCP2 (1,080,06, P<0,05) e reduo no contedo de IRS-1 (0,600,08, P<0,05). No houve diferena significativa nos contedos de GLUT1, GLUT4, AMPK, pAMPK, pAMPK/AMPK e IR&#946;. Em concluso, o consumo da dieta ocidental resultou no desenvolvimento de obesidade com disfuno mitocondrial associada a alteraes no metabolismo energtico.

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A acromegalia uma doena multissistmica decorrente da hipersecreo do hormnio do crescimento (GH) e do fator de crescimento semelhante insulina tipo I (IGF-I), o que resulta no crescimento somtico exagerado e alteraes nas propores corporais, estando associada considervel aumento da morbidade e mortalidade. Estima-se ainda que os problemas respiratrios contribuam com 25% de todas as mortes encontradas neste grupo de pacientes. Diferenas metodolgicas entre os diversos estudos levaram ao surgimento de dados inconsistentes sobre o papel do crescimento alveolar no desenvolvimento do aumento do volume pulmonar em acromeglicos, o que refora a importncia de novos trabalhos e outras abordagens sobre o tema. Ao mesmo tempo, com o desenvolvimento tecnolgico, os mtodos de imagem propostos em alguns estudos foram substitudos por outros mais sensveis como a tomografia computadorizada (TC) multislice (Q-MDCT) que garante adequada mensurao do volume pulmonar, o que proporciona diferentes tipos de comparao e anlise e, ainda, permite o estudo anatmico do trax e vias pulmonares. Nossos objetivos foram identificar os principais achados da tomografia computadorizada (TC) em pacientes acromeglicos, determinar por meio da TC de trax o volume pulmonar e comparar os achados da densitometria pulmonar com os da funo pulmonar entre pacientes acromeglicos com doena ativa e doena controlada e, secundariamente, correlacionar estes achados. Foi realizado um estudo transversal com 29 portadores de acromegalia que tiveram diagnstico da acromegalia suspeitado por caractersticas clnicas e confirmado por nveis elevados de GH no suprimido ou com nveis de IGF-I acima do limite normal. Posteriormente, os pacientes foram subdivididos nos grupos doena ativa(11 indivduos) e doena controlada(18 indivduos), segundo os nveis sricos de IGF-I. Houve ainda um grupo controle (17 indivduos) em que os pacientes, aps j terem realizado TC de trax por alguma razo, foram convidados realizar os testes de funo pulmonar. A Q-MDCT e os testes de funo pulmonar apresentaram excelente correlao: o volume total do pulmo (VTP) medido na TC inspiratria apresentou correlao significante com a capacidade pulmonar total (rs=0,742, p=0,0001), enquanto VTP medido na TC expiratria apresentou correlao significante com a capacidade residual funcional (rs=0,606, p=0,0005). Os pacientes acromeglicos com doena ativa apresentaram pulmes mais pesados em relao aos controles [885 (723994) vs. 696 (599769) g, p=0.017]. Os pacientes com acromegalia ativa tambm apresentaram maiores quantidades de compartimentos pobremente aerados em relao aos outros dois grupos, sendo esta diferena observada em %VTP [3,25 (2,553,46) vs. 2,24 (1,702,56) vs. 1,70 (1,452,15), p = 0,001] e g [82,6 (75,4 100,2) vs. 63,9 (49,180,3) vs. 54,2 (42,259,2), p = 0,0001]. O compartimento pobremente aerado medido na TC inspiratria apresentou correlao significante com os nveis de GH e IGF (rs=0,407, p=0,029; rs=0,467, p=0,011, respectivamente). Em concluso, a Q-MDCT mostra que os pacientes acromeglicos com doena ativa apresentam pulmes mais pesados e maiores quantidades de compartimentos no aerados e pobremente aerados. H relaes entre os achados da densitovolumetria pulmonar e os parmetros dos testes de funo pulmonar na acromegalia.

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A interleucina 13 (IL-13) tem sido apontada como um dos principais mediadores em processos de ativao de fibroblastos e induo de fibrose pulmonar, sendo, portanto, considerada como um alvo teraputico importante. A silicose uma doena pulmonar inflamatria crnica, de carter ocupacional, caracterizada por uma intensa resposta fibrtica e granulomatosa. Com base nestas observaes, tivemos por objetivo investigar o potencial efeito da administrao da imunotoxina IL-13-PE38QQR (IL-13PE) sobre o modelo de silicose em camundongos. Camundongos Swiss-Webster foram anestesiados e instilados intranasalmente com partculas de slica (10 mg), sendo a administrao da IL-13PE (200ng/dia) realizada por via intranasal, uma vez ao dia em dias alternados no perodo entre 21 a 27 dias aps a provocao. Analisamos o componente inflamatrio, a deposio de colgeno e a rea de granuloma avaliados atravs de tcnicas clssicas de histologia, incluindo colorao com H&E e Picrus-sirius, ou ainda a quantificao do contedo de colgeno por Sircol. Os componentes de matriz extracelular fibronectina e laminina foram avaliados atravs de imunohistoqumica. Citocinas e quimiocinas foram quantificadas por sistema de ELISA. As medidas de funo pulmonar e resposta de hiperreatividade foram realizadas atravs do sistema de pletismografia de corpo inteiro invasiva. Verificamos que o tratamento curativo com a IL-13PE inibiu de forma acentuada o comprometimento da funo pulmonar nos camundongos silicticos, incluindo tanto aumento da resistncia como da elastncia, assim como a resposta de hiperratividade das vias areas ao agente broncoconstrictor metacolina. De forma coerente, os animais silicticos quando submetidos ao tratamento com IL-13PE apresentaram marcada reduo do componente inflamatrio pulmonar e da resposta fibrtica, atestado pela diminuio na produo de colgeno, laminina e fibronectina e reduo importante da rea de granuloma. De forma semelhante, as citocinas (TNF-&#945; e TGF-&#61538;) e quimiocinas (MIP-1&#945;, MIP-2, TARC, IP-10, MDC) detectadas em quantidade aumentada no pulmo de animais silicticos foram reduzidas pelo tratamento com a IL-13PE. Em concluso, nossos resultados mostram que a administrao curativa da IL-13PE foi capaz de inibir os componentes inflamatrios e fibrticos da fase crnica do quadro silictico em camundongos, o que se refletiu de forma clara na melhora da funo pulmonar. Em conjunto, nossos achados indicam que a utilizao da IL13PE parece constituir uma abordagem teraputica extremamente promissora para aplicao em casos de doenças crnicas de natureza fibrtica como a silicose.

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As doenças crnicas no transmissveis (DCNT) esto posicionadas no topo das enfermidades em termos de morbimortalidade, no Brasil e no mundo. Entre estas, as doenças cardiovasculares (DCV), e particularmente, as cerebrovasculares (DCbV), produzem um impacto significativo sobre a autonomia das pessoas, desfalcando a fora de trabalho das naes e gerando um alto custo para a previdncia social de todos os pases. No Brasil, s muito recentemente as enfermidades circulatrias passaram a ser contempladas por polticas pblicas formuladas pelo Ministrio da Sade (MS), no s pela manuteno destas doenças em altos patamares de morbimortalidade, mas tambm pelo crescimento exponencial de alguns dos seus fatores de risco. Partindo do pressuposto que as polticas e programas oficiais no esto sendo efetivamente implementados no mbito da Ateno Primria Sade (APS), o objetivo do presente estudo foi investigar e analisar como estas iniciativas do MS vem sendo efetivamente executadas em Juiz de Fora-MG. A estratgia utilizada para essa investigao consistiu em uma pesquisa qualiquantitativa com base em observao, documentos e entrevistas semi-estruturadas com os diferentes componentes profissionais das Equipes de Sade da Famlia de trs unidades bsicas de sade do municpio citado. Foram entrevistados 40 profissionais de sade, entre mdicos, enfermeiros e agentes comunitrios de sade, buscando-se entender como os programas governamentais com interface com a preveno das doenças cardiovasculares e, em especial, cerebrovasculares, vm sendo implementados ao nvel do Programa de Sade da Famlia. Na comparao entre o que recomendado nos programas governamentais e o que vem sendo executado nas UBS, concluiu-se que ainda h um longo caminho a ser percorrido para que estes programas sejam efetivamente implementados na porta de entrada do sistema de sade.