20 resultados para Cochlea - anatomy

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Ao longo do sculo XX, poucos estudos de dendrocronologia foram desenvolvidos com espcies de ambientes tropicais, em funo da crena de que as condies climticas nessas regies no apresentavam variaes suficientemente marcantes e regulares para induzir um ritmo anual de crescimento radial. A realizao de trabalhos sobre esse tema nas ltimas dcadas revelou que a formao de anis de crescimento anuais nos trpicos pode estar associada a fatores diversos, como: existncia de estao seca bem definida, ocorrncia de inundaes sazonais, respostas ao comportamento fenolgico, respostas ao fotoperodo e a ritmos endgenos. O presente estudo tem por objetivo compreender a dinmica de crescimento radial de uma espcie da Mata Atlntica se desenvolvendo em ambiente natural. Para tanto, props-se: i) investigar a periodicidade da atividade cambial e dos fatores que a influenciam; ii) estimar a idade e taxa de crescimento diamtrico e iii) correlacionar os fatores ambientais com os anis de crescimento, em indivduos de Cedrela odorata L. Para o estudo da atividade cambial, foram obtidas amostras de caule a 1,30 m do solo, contendo periderme, faixa cambial e xilema e floema secundrios, por mtodos no destrutivos. A fenologia vegetativa e a frutificao dos indivduos amostrados foram acompanhadas durante todo o perodo do experimento. O material coletado foi processado segundo tcnicas usuais em Anatomia Vegetal e analisado sob microscopia ptica e de fluorescncia. Os dados de fotoperodo, precipitao, temperatura e fenologia vegetativa foram correlacionados atividade cambial. Para o estudo dos anis de crescimento, as coletas tambm foram realizadas a 1,30 m do solo, por meio de sonda de Pressler. As amostras obtidas foram polidas e analisadas sob microscpio estereoscpio, para demarcao e aferio do nmero de anis de crescimento, e a largura dos anis foi mensurada para a determinao das taxas de crescimento radial. A srie histrica de temperatura e precipitao foi correlacionada cronologia dos anis de crescimento. Os resultados indicaram que a atividade cambial segue um ritmo anual de crescimento, correlacionado sazonalidade do fotoperodo, da precipitao e da fenologia vegetativa. A anlise dos anis de crescimento permitiu estimar a idade dos indivduos e determinar a taxa mdia de incremento e as taxas de incremento diamtrico acumulado e incremento mdio anual para a espcie no stio de estudo. Os dados de incremento radial evidenciaram a ausncia de relao entre a idade e o dimetro das rvores. A anlise da variao na largura dos anis no apresentou correlaes significativas com os fatores climticos analisados.

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Os gneros de peixes fsseis Oshunia e Placidichthys so holsteos pertencentes Ordem Ionoscopiformes e provenientes do Cretceo Inferior do Brasil, das bacias do Araripe e de Tucano. No clado Ionoscopiformes sensu Grande & Bemis (1998) esto includas as famlias Ionoscopidae e Ophiopsidae, todavia as relaes internas deste grupo ainda so duvidosas. Oshunia e Placidichthys fazem parte das famlias Ionoscopidae e Ophiopsidae, respectivamente, sendo o gnero Oshunia considerado como mono-especfico (cf., O. brevis), enquanto que Placidichthys apresenta duas espcies nominais (cf., P. bidorsalis e P. tucanensis). Em funo destas espcies terem sido descritas a partir de poucos espcimes, ainda existiam vrias lacunas no conhecimento em relao as mesmas, como, por exemplo, a possibilidade da existncia de outras espcies no gnero Oshunia e a falta de informaes anatmicas, especialmente do crnio, da regio occipital, dos ossos da face e da nadadeira caudal das espcies de Placidichthys. Outro ponto em aberto na literatura era a posio filogentica dos dois gneros. Frente a estas questes, o objetivo da presente dissertao foi realizar uma reviso anatmica dos gneros Oshunia e Placidichthys, a fim de ampliar o conhecimento anatmico e taxonmico acerca dos mesmos, alm realizar uma anlise filogentica da Ordem Ionoscopiformes, baseada em matrizes de caracteres existentes na literatura, para se obter um melhor posicionamento dessas espcies brasileiras. Em funo da facilidade de acesso a material mexicano, tambm foram includos nesta reviso os gneros Teoichthys e Tuetzalichthys provenientes do Cretceo da Formao Tlaya, estes tambm peixes fsseis holsteos pertencentes Ordem Ionoscopiformes. Do ponto de vista taxonmico, no foi possvel confirmar a existncia de novas espcies para o gnero Oshunia, entretanto ficou clara a presena de uma nova espcie pertencente ao gnero mexicano Teoichthys. A presente reviso proporcionou uma srie de novas informaes sobre a anatomia destas espcies de Ionoscopiformes, tais como a descrio dos ossos circumorbitais e do teto craniano e uma reinterpretao acerca da nadadeira dorsal de Placidichthys bidorsalis, ou ainda sobre a forma do rostral de Teoichthys kallistos. Da mesma maneira, esta reviso tambm ofereceu novos dados para a construo de uma nova hiptese filogentica para Ionoscopiformes, a qual se mostrou consideravelmente distinta das hipteses filogenticas anteriores (cf., relaes internas de Ionoscopidae e o posicionamento do gnero Teoichthys). O baixo suporte para grande parte dos clados torna evidente a fragilidade das hipteses de relacionamento interno do clado Ionoscopiformes, bem como a necessidade de uma reviso mais aprofundada das outras espcies deste grupo e dos caracteres a serem utilizados em futuras anlises filogenticas.

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O propsito desse trabalho foi verificar a reteno de pinos fibro resinosos cimentados em canais radiculares alargados simulando razes extensamente comprometidas, fabricados por duas tcnicas usadas para diminuir sua desadaptao; comparando-as ao pino fixado somente com cimento. Foram utilizados vinte e quatro razes de dentes humanos unirradiculares, padronizadas com 15.0 mm de comprimento e 5.0 0.3 mm de dimetro. As razes foram includas em resina acrlica e divididas em grupos de acordo com a tcnica usada: grupo I - pino DC White Post no2 cimentado com sistema adesivo quimicamente ativado e com cimento resinoso dual; grupo II mesmo pino reanatomizado com resina composta para copiar a anatomia do canal radicular, cimentado da mesma forma; e grupo III mesmo pino associado a trs pinos acessrios, cimentados do mesmo modo. O canal radicular teve seu dimetro padronizado pela broca no2 para o pino DC em uma profundidade de 12.0 mm e alargado com uma broca tronco cnica em uma profundidade de 10.0 mm. As oito razes de cada grupo foram seccionadas transversalmente em trs discos de 3.0 mm, a partir da cervical para a execuo de um ensaio de extruso, descartando-se os ltimos 2.0 mm, que serviram somente para centralizar o pino. Os valores de reteno foram registrados e tratados estatisticamente por ANOVA e pelo teste SNK (p<0.05). Diferenas significativas foram observadas entre trs pores radiculares investigadas em todos os grupos, com os valores de reteno diminuindo da cervical para apical. A reteno na poro apical do grupo com pinos customizado com resina foi estatisticamente maior que na mesma regio dos demais grupos. Nenhuma diferena foi encontrada entre o grupo com pinos acessrios e o grupo somente com pino e cimento nessa parte da raiz. Nenhuma diferena foi observada comparando as pores cervical e mdia dos diferentes grupos. Os tipos de falha aps o teste de extruso foram observados em microscpio eletrnico de varredura com aumento de 200, 600 e 1000 vezes. Elas ocorreram exclusivamente entre o pino e o cimento ou a resina composta. A camada de adeso (camada hbrida) foi mais facilmente observada nas pores cervical e mdia de todos os grupos. Isso sugere que a reteno nas pores apicais da raiz predominantemente friccional. Uma vez que pinos acessrios somente alcanam at a poro mdia do canal radicular, a reteno do pino no aumentada com essa tcnica.

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A cabea lateralmente expandida a principal sinapomorfia da famlia Sphyrnidae, a qual compreende todos os tubares-martelo. Apesar de haver trabalhos abordando esta famlia, sua anatomia interna tem sido negligenciada como fonte de caracteres para serem utilizados na taxonomia e filogenia dos Sphyrnidae, em especial acerca de seu cefaloflio. Alm disso, outros caracteres permanecem pouco estudados na famlia, tais como os referentes anatomia dentria, dentculos drmicos e sistema de poros sensoriais do cefaloflio. As relaes filogenticas entre os Sphyrnidae, e desta famlia entre os demais Carcharhiniformes, ainda controversa como sua taxonomia. As poucas hipteses filogenticas conhecidas, baseadas em morfologia, no foram testadas sob critrios sistemticos. J as poucas hipteses moleculares existentes foram testadas mas so ainda mais controversas. O presente estudo apresenta uma reviso anatmica e taxonmica dos Sphyrnidae, construindo uma matriz de caracteres mais robusta para testar as relaes filogenticas entre os Sphyrnidae, contando com 3 gneros relacionados no grupo externo: Carcharhinus, Rhizoprionodon e Negaprion. Os resultados posicionam S. tiburo na base da famlia, e E. blochii e S. tudes compondo um dos clados mais derivados. Espcies de maior porte e cefaloflio mais expandido compem um clado formado por S. mokarran + (S. lewini + S. zygaena), ao passo que as de menor porte e com cefalofolio mais arredondado formam um grupo polifiltico. Rhizoprionodon acutus aparece como monofiltico famlia Sphyrnidae quando includo fora do grupo externo. As rvores de consenso (Strictus, Semi-strictus, Majority-rule e Adams) apresentam os mesmos resultados. Os caracteres cranianos, sensoriais e de dentculo drmico so os que mais suportaram os diversos clados. Aps a reviso taxonmica da famlia, a filogenia com base em morfologia apresentou-se mais consistente e clara, embora controversa aos dados moleculares.

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O objetivo deste estudo foi avaliar a espessura mnima radicular remanescente e o desgaste porcentual do tero cervical em razes mesiais de molares inferiores, aps a instrumentao com as tcnicas ProTaper Universal e Lima nica F2. Foram obtidos 100 primeiros molares inferiores com razes completamente separadas. Desse total, foram selecionados e includos no estudo somente 22 que possuam dois canais distintos na raiz mesial, comprimento entre 20 e 22 mm e grau de curvatura da raiz mesial com angulao variando entre 10 e 20. Destes, 8 foram eliminados por possurem uma anatomia muito discrepante, o que limitava o processamento e anlise digital das imagens (PADI). Os dentes foram acessados e a patncia apical foi realizada em todos os canais determinando o comprimento de trabalho. Em cada dente, cada canal mesial foi instrumentado por uma tcnica diferente. As amostras foram posicionadas em um dispositivo de montagem e digitalizadas atravs de microtomografia computadorizada antes e depois de serem completamente instrumentadas. O volume de interesse, correspondente regio de zona de risco, com uma grande margem de tolerncia, tanto em direo apical quanto em direo cervical, foi determinado por 234 fatias, totalizando um comprimento vertical de 3,5 mm, para avaliao quantitativa comparativa. Atravs de PADI mediu-se, de forma automtica, a espessura mnima radicular nos dois canais mesiais, antes e aps a instrumentao, para todas as fatias de todos os dentes. A partir destes dados foi calculado o desgaste porcentual. Aps o tratamento estatstico das mais de 6500 medidas obtidas, pde-se concluir que no existiu diferena no desgaste da zona de risco produzido pelas duas tcnicas de instrumentao testadas. Em todos os casos a espessura radicular remanescente permaneceu dentro de uma margem de segurana, no havendo, portanto, nenhum caso de rasgo ou perfurao. Dessa forma, ambas as tcnicas estudadas foram consideradas seguras quanto ao desgaste da zona de risco da raiz mesial dos molares inferiores.

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O gnero Achirus composto por nove espcies distribudas em oceanos e rios em ambos os lados da Amrica do Norte, Central e Sul. Devido ausncia de descries anatmicas adequadas e de um estudo recente que englobe todo o gnero, as espcies so frequentemente difceis de serem identificadas e estudadas dentro de um contexto filogentico/biogeogrfico. Nesse sentido, o presente estudo objetivou revisar a taxonomia do gnero Achirus atravs da anlise morfolgica/osteolgica de algumas de suas espcies (cf. Achirus lineatus e Achirus declivis), comparando-as com os dados existentes em literatura relativos s demais espcies do gnero. Os resultados sugerem que todas as espcies so vlidas, entretanto, evidencia a pouca quantidade de informaes relativas s espcies Achirus mucuri e Achirus zebrinus. Achirus declivis diferiu de Achirus lineatus por possuir a regio dorsal mais inclinada, o proceso ascendente do pr-maxilar do lado cego obliquamente direcionado, com o processo anterior expandido e a nadadeira peitoral desenvolvida. Achirus achirus apresentou uma distribuio consideravelmente maior do que o documentado na literatura. Adicionalmente, apresentada uma chave de identificao englobando todas as espcies pertencentes ao gnero Achirus, bem como a reviso de sua distribuio geogrfica, comparando-as com modelos biogeogrficos propostos em literatura para txons neotropicais.

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Os Aulopiformes so peixes marinhos com amplitude temporal do Eocretceo ao Recente. Os txons fsseis so encontrados em depsitos sedimentares das Amricas do Sul e do Norte, Europa, sia e frica. Os representantes viventes podem ser encontrados desde guas rasas costeiras, esturios, at profundidades abissais, excedendo 3.000 m. Os limites do grupo, suas intra e inter-relaes so objeto de muitos estudos. O objetivo central desta tese aplicar mtodos de Biogeografia Histrica como Panbiogeografia e a Anlise de Parcimnia de Endemismos aos peixes Aulopiformes. Adicionalmente, foi realizada a anlise filogentica dos Aulopiformes. Como resultado foram obtidos: 21 traos generalizados de Synodontoidei, 28 de Chlorophthalmoidei, 3 de Giganturoidei e 7 de Enchodontoidei. O clado Synodontoidei apresenta um padro de distribuio primordialmente em guas tropicais e subtropicais, associado borda de placas tectnicas e ao tipo de substrato. O clado Chlorophthalmoidei apresenta padres de distribuio associados a cadeias de montanhas submarinas e corais de profundidade. O clado Giganturoidei possui uma distribuio vicariante com a famlia Giganturidae ocupando guas mais quentes e Bathysauridae as regies mais frias. O clado Enchodontoidei foi associado a recifes de coral e zonas de ressurgncia pretritos. Adicionalmente, foi analisada uma matriz de dados com 84 txons e 105 caracteres morfolgicos no ordenados e sem pesagem a priori. Como resultado foram obtidas sete rvores igualmente parcimoniosas com 1214 passos, ndice de consistncia de 0,1129 e ndice de reteno de 0,4970. A ordem Aulopiformes no constituiu um grupo monofiltico, com as famlias Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae, Pseudotrichonotidae e Ipnopidae mais proximamente relacionados ao Myctophidea que aos Alepisauroidei. Assim a partir da combinao dos resultados alcanados conclui-se que a Biogeografia Histrica funcionou como uma ferramenta na identificao dos problemas taxonmicos dos Aulopiformes e a sua anlise filogentica permitiu identificar controvrsias sistemticas, indicando que so necessrios maiores estudos sobre a anatomia dos aulopiformes, a fim de esclarecer suas inter-relaes.

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O conhecimento sobre o ritmo de crescimento radial e a idade das rvores um aspecto bsico para compreender a dinmica das populaes, bem como o desenvolvimento e a sobrevivncia das espcies. Nos trpicos, entretanto, estudos populacionais com este enfoque ainda so escassos, a despeito da urgente necessidade de preservao e manejo de suas florestas. Este trabalho tem por objetivo: i) Descrever a atividade cambial e o comportamento fenolgico de Centrolobium robustum (Vell.) Mart. ex Benth., correlacionando estes parmetros entre si; ii) Avaliar a influncia da sazonalidade climtica e do fotoperodo sobre a atividade cambial e o comportamento fenolgico e iii) Caracterizar o padro estrutural dos anis de crescimento e determinar, a partir destes, a idade e as taxas de crescimento radial da espcie na Reserva Biolgica do Tingu, RJ. Para a anlise da atividade cambial, amostras de cmbio foram coletadas trimestralmente, processadas segundo tcnicas usuais de anatomia vegetal e observadas sob microscopia tica de campo claro, de fluorescncia, de polarizao e microscopia eletrnica de transmisso. O acompanhamento fenolgico foi realizado mensalmente e os ndices de atividade e de intensidade foram utilizados para analisar as fenofases reprodutivas e vegetativas, respectivamente. Para a investigao dendrocronolgica, foram coletadas amostras com auxlio de sonda de Pressler, as quais foram polidas e observadas sob microscpio estereoscpico. Os resultados evidenciaram um ciclo anual de atividade e dormncia cambial, caracterizados, respectivamente, pela presena de clulas em processo de diviso e diferenciao junto ao cmbio e de clulas completamente diferenciadas e deposio de calose em elementos de tubo crivado adjacentes zona cambial. A dormncia cambial coincidiu com a senescncia e queda foliar, enquanto a atividade foi mais evidente na presena de folhas adultas na copa. A sazonalidade da atividade cambial apresentou correlao significativa com os dados de temperatura, precipitao e fotoperodo do ms de realizao das coletas. Foi constatado o regime sazonal da atividade cambial em associao ao clima e ao comportamento fenolgico da espcie, conferindo carter anual aos anis de crescimento. Os resultados permitiram estabelecer o padro dendroecolgico de C. robustum e as idades e taxas de crescimento da populao estudada.

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Os estudos anatmicos do xilema secundrio tm contribudo com a botnica sistemtica na segregao de grupos taxonmicos. Desta forma, podendo se tornar muito importante na aplicao para identificao de espcies, o que adquire maior conotao em grupos de comprovada importncia econmica. O gnero Stryphnodendron apresenta uma ampla distribuio no Brasil e as espcies que o compem so muito utilizadas com finalidades farmacolgicas, no entanto existem espcies que so morfologicamente muito semelhantes neste gnero. Sendo assim, este trabalho teve como objetivos descrever a estrutura anatmica do lenho de sete espcies do gnero Stryphnodendron, identificar os caracteres que podero ser utilizados na segregao do grupo e verificar se a anatomia do lenho corrobora a proposta de delimitao de S. polyphyllum, feitas no ltimo trabalho de reviso taxonmica do gnero. Foram selecionadas duas espcies paucifolioladas e cinco espcies multifolioladas, o material botnico foi obtido por coleta in situ para as espcies de ocorrncia na Mata Atlntica e a partir de colees de madeira de referncia para as espcies de Cerrado e Floresta Amaznica. Foram utilizadas as metodologias usuais para anatomia do lenho e as descries seguiram em linhas gerais as recomendaes a IAWA Committee. Os resultados demonstraram que as espcies apresentam caractersticas anatmicas em comum, que podem ser diagnsticas para o gnero Stryphnodendron como: camada de crescimento distinta, raios homogneos, cristais formando sries cristalferas no parnquima axial e nas fibras, pontoaes ornamentadas e parnquima axial paratraqueal. Os resultados das anlises de agrupamento e de componentes principais evidenciaram a segregao das espcies em dois grupos, um com as espcies multifolioladas e outro com espcies paucifolioladas. As espcies paucifolioladas foram segregadas por apresentarem dimetro tangencial dos vasos superior a 200 &#956;m e parnquima axial difuso em agregados. Os resultados tambm evidenciaram um conjunto de caracteres que permitiram a individualizao das espcies estudadas. As caractersticas qualitativas do lenho mais importantes para segregao das espcies em questo foram: tipos de parnquima axial e de demarcao da camada de crescimento; arranjo e agrupamento dos elementos de vasos; presena de fibras gelatinosas, de fibras septadas e de espessamento helicoidal em fibras. As caractersticas quantitativas foram: frequncia de vasos; comprimento das fibras; nmero de clulas na largura dos raios; altura e largura dos raios e dimetro das pontoaes parnquimo-vasculares.

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Esta dissertao de mestrado um estudo de natureza scio-histrico que constri a trajetria do sistema de Pontos de Weihe, um sistema mdico minoritrio, cuja origem encontra-se na Homeopatia, porm, seu desenvolvimento o levou de encontro a Acupuntura. Esse estudo tem como objetivo inserir seu objeto de anlise na discusso de questes pertinentes ao desenvolvimento conceitual da Homeopatia. Sendo um sistema mdico complexo, a racionalidade mdica homeoptica possui seis dimenses, a saber: morfologia (ou anatomia), dinmica vital (ou fisiologia), doutrina, diagnstico, teraputica e cosmologia. Destas, a dimenso da morfologia e o exame fsico da dimenso diagnstica so compartilhados com a biomedicina, enquanto, as demais, baseiam-se no para digma vitalista, ainda que nem todas tenham sido desenvolvidas conceitualmente e encontrem-se apenas implcitas. Tal situao conferiu Homeopatia a denominao de racionalidade mdica hbrida. Este estudo parte do pressuposto que a Homeopatia um sistema mdico ainda em construo e que deve caminhar para o desenvolvimento conceitual de suas dimenses tendo como elemento norteador sua natureza vitalista. Portanto, espera-se que, ao resgatar-se a histria do sistema de Pontos de Weihe, crie-se a possibilidade de repensar a morfologia homeoptica, de forma que, ela possa expressar o movimento da fora vital na sade e no adoecimento. Espera-se, tambm, que, ao revelar uma colaborao possvel da Medicina Chinesa, racionalidade mdica que compartilha com a Homeopatia o paradigma vitalista, abra-se a possibilidade de repensar a base conceitual da dinmica vital homeoptica. Buscar uma sistematizao da dinmica vital, ao mesmo tempo, compatvel com o paradigma vitalista e agregadora dos elementos centrais do pensamento homeoptico passo importante no desenvolvimento desta racionalidade, pois, permite que se parta de um mesmo esquema conceitual, e portanto, de uma mesma base paradigmtica, em direo a criao de outros sistemas diagnsticos que concorram com o diagnstico medicamentoso e o confirmem. Utilizou-se, como fontes primrias e secundrias para a construo da trajetria dos Pontos de Weihe, artigos e livros de Weihe e seus discpulos que, sofreram uma traduo livre do idioma original, o alemo, para o portugus. O substrato conceitual empregado foram as reflexes de George Canguilhem a respeito da histria que se desvia dos obstculos que impedem sua linearidade, comprometendo a compreenso das descobertas cientficas como determinadas por suas condies de aparecimento, transfigurando-as no aparecimento puro daquilo que deveria ser.

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A prostatectomia radical (PR) um dos procedimentos mais utilizados para o tratamento do cncer de prstata (CaP) localizado, porm apesar da maior compreenso da anatomia local e do desenvolvimento tecnolgico, esta cirurgia permanece associada elevada morbidade na esfera sexual. A reduo do comprimento peniano aps a PR uma queixa freqente na prtica urolgica, porm no h dados na literatura a respeito da variao deste comprimento em um longo perodo de acompanhamento. A determinao da histria natural do comprimento peniano aps PR, assim como possveis fatores de risco ou de proteo de fundamental importncia para o aconselhamento e tratamento dos pacientes submetidos a esta cirurgia. O objetivo deste estudo determinar a histria natural do comprimento peniano aps a PR em um acompanhamento de cinco anos, assim como avaliar o papel da funo ertil na variao do comprimento peniano destes pacientes. Foram avaliados prospectivamente os comprimentos penianos de 105 pacientes com cncer de prstata localizado submetidos PR aberta. Participao em programas de reabilitao peniana e deformidades anatmicas do pnis foram considerados critrios de excluso. A medio do comprimento real peniano sob mxima trao (CRTmax) foi realizada antes da PR e aos 3, 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses no ps-operatrio. O domnio da funo ertil do ndice internacional de funo ertil (IIEF-EF) foi utilizado para avaliar a funo ertil. Houve reduo mdia de 1 cm no CRTmax em 3 meses aps a PR e essa diferena permaneceu at 24 meses (p<0,001). Aps este perodo, a diferena reduziu gradativamente, deixando de ser estatisticamente significativa em 48 meses (-0,3 cm, p=0,080) e 60 meses (+0,4 cm, p=0,065). A funo ertil foi um preditor para o retorno precoce do comprimento do pnis. Um encurtamento peniano mdio de 1 cm esperado nos primeiros 24 meses aps PR. No entanto, h uma tendncia para a recuperao deste comprimento aps 24 meses de ps-operatrio, com retorno ao comprimento original em 48 meses. A funo ertil preservada aps a PR um preditor para a recuperao precoce do comprimento do pnis

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A Mata Atlntica figura entre os biomas com o maior ndice de biodiversidade, mais ameaados e menos conhecidos cientificamente do planeta. Nesse bioma, a famlia Rubiaceae se destaca como a quarta mais importante em nmero de espcies e indivduos. Com o objetivo de aumentar o conhecimento relativo ao bioma e famlia em questo, este trabalho prope o estudo de Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pavon) Persoon, uma espcie de hbito herbceo frequente em diferentes fitofisionomias de Mata Atlntica no estado do Rio de Janeiro. O trabalho visa comparar a estrutura morfo-anatmica da espcie crescendo em Floresta Ombrfila Densa submontana, em regio insular e Floresta Ombrfila Densa montana, em regio continental. A pesquisa foi desenvolvida em dois remanescentes de Mata Atlntica no estado do Rio de Janeiro: Parque Estadual da Ilha Grande, no municpio de Angra dos Reis e Parque Ambiental Luiz Simes Lopes, municpio de Nova Friburgo. Foi feita a avaliao dos seguintes parmetros ambientais: pluviosidade, temperatura, radiao solar e caractersticas do solo. Para a anlise morfolgica foliar, foram coletadas 25 folhas completamente expandidas, provenientes do 3 ou 4 ns, observando-se a mesma estao climtica, entre os meses de maio e junho de 2010 (outono) nos dois stios de estudo. Para o estudo anatmico foram selecionadas 10 folhas completamente expandidas, provenientes do 3 ou 4 ns, as quais foram fragmentadas nos nveis do pecolo e tero-mdio. Os parmetros utilizados para a comparao dos materiais provenientes dos diferentes stios consistiram na espessura total da lmina foliar, na espessura do mesofilo (m), na espessura dos parnquimas (m), palidico e lacunoso, na espessura das epidermes (m) nas faces adaxiais e abaxiais, e nas densidades (mm2) de estmatos e de tricomas. Os resultados obtidos mostram que a espcie apresenta variao intraespecfica, relacionada aos diferentes parmetros ambientais avaliados em funo da origem. Desta forma, foram encontradas diferenas na composio qumica e fsica e consequentemente no pH dos solos; a presena de antocianinas em rgos diferentes das flores e dos frutos no material de Nova Friburgo; diferenas morfolgicas e anatmicas relativas s diferenas nos ndices pluviomtricos, composio do solo e radiao solar

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Machaerium um dos maiores gneros arbreos tropicais de leguminosas, com cerca de 130 espcies com distribuio predominantemente neotropical e centro de diversidade no Brasil, onde ocorrem cerca de 80 espcies. O gnero ocorre em todos os domnios fitogeogrficos do pas, porm a Mata Atlntica e a Floresta Amaznica possuem os maiores ndices de riqueza e endemismo. As espcies do gnero esto classificadas em cinco sees infragenricas, que se baseiam principalmente na forma e venao dos fololos e na presena de estpulas espinescentes. Entretanto, esta classificao tem sido questionada por alguns autores, principalmente quando comparada com anlises filogenticas. Dessa forma, surge a necessidade de buscar outros caracteres que auxiliem na delimitao das espcies e que permitam uma reavaliao na classificao nfragenricas, alm de conhecer o potencial para estudos dendrocronolgicos das espcies em um bioma to rico e ameaado como a Mata Atlntica. O presente trabalho visou estudar a anatomia do lenho de onze espcies arbreas de Machaerium a fim de verificar a consistncia das sees infragenricas, fornecer caracteres diagnsticos para a delimitao das espcies e caracterizar as pontoaes intervasculares ornamentadas, para verificar seu potencial diagnstico no gnero em questo. Alm disso, analisar a periodicidade de crescimento e a influncia dos fatores climticos no crescimento de Machaerium incorruptibile, espcie endmica da Mata Atlntica. As amostras foram coletadas atravs de mtodo no destrutivo e processadas seguindo os mtodos usuais para anatomia do lenho, microscopia eletrnica de varredura e dendrocronologia. As espcies apresentaram as caractersticas anatmicas descritas para a famlia Leguminosae e para a subfamlia Papilionoideae. A presena de faixas de parnquima no lignificado, fibras de paredes delgadas e raios irregularmente estratificados foram importantes na separao de Machaerium hirtum das outras dez espcies. As dez espcies restantes foram separadas entre si pelos dados quantitativos do lenho, principalmente dimetro e frequncia de vasos, e tambm pelos caracteres morfolgicos das pontoaes ornamentadas, como a projeo ou no das ornamentaes na abertura da pontoao. A anatomia da madeira no correspondeu as sees infragenricas tradicionalmente tratadas para o gnero. Para a dendrocronologia os dados foram analisados com uso do software ARSTAN e foi construda uma cronologia para M. incorruptibile. As cronologias foram analisadas juntamente com os dados de precipitao e temperatura, onde observou-se uma correlao significativa com a temperatura. A largura dos anis de crescimento foi correlacionada positivamente com a temperatura mdia da primavera, poca em que a temperatura se encontra mais amena e, negativamente com a temperatura mdia do vero, onde as temperaturas so mais altas. Tambm houve correlao negativa entre os eventos mais severos de El Nio e a largura dos anis de crescimento, demonstrando o efeito deste fenmeno no crescimento da populao arbrea, como encontrado em outras espcies tropicais.

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A famlia Zingiberaceae a mais representativa da ordem Zingiberales, contendo mais de 1.000 espcies divididas em quatro subfamlias e seis tribos, amplamente distribudas por todos os continentes. Nas ltimas dcadas houve um incremento nos estudos relativos distribuio, o grau de especializao e a funcionalidade dos elementos de vaso em diversas famlias de monocotiledneas. Entretanto, ainda existem poucos estudos que contribuam para o delineamento dos aspectos evolutivos e ecolgicos das tribos de Zingiberaceae. Os objetivos desse trabalho so os de comparar a anatomia dos rgos subterrneos e areos de oito espcies de Zingiberaceae e estabelecer a distribuio dos elementos traqueais, bem como, o de determinar a especializao dos elementos de vaso de vinte e oito espcies pertencentes a trs tribos Alpineae, Zingibereae e Globbeae. As espcies foram coletadas em reas naturais protegidas e em reas de cultivos particulares no estado do Rio de Janeiro. Os rgos subterrneos e areos foram processados de acordo com as tcnicas usuais de microscopia ptica e eletrnica de varredura. A anlise estrutural do eixo vegetativo das oito espcies pertencentes aos gneros Alpinia, Renealmia, Curcuma, Hedychium e Zingiber indicam uma similaridade e mostram que os elementos de vaso esto restritos s razes. Alguns caracteres estruturais dos elementos de vaso, como o tipo da placa de perfurao, o nmero de barras e o tipo de espessamento parietal se mostraram importantes para o estabelecimento da relao entre as subfamlias e tribos. Zingibereae e Globbeae renem estados de caracteres mais basais, como placa de perfurao escalariforme e espessamento parietal espiralado, e os mais derivados so encontrados na tribo Alpinieae, incluindo placa de perfurao simples e espessamento parietal parcialmente pontoado

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A famlia Scyliorhinidae forma o grupo mais numeroso de tubares com pelo menos 16 gneros e 160 espcies. Chamados de caes-gato, seus representantes so caracterizados por apresentar corpo delgado e menor que a regio caudal, com a primeira nadadeira dorsal acima ou posterior das plvicas, olhos caracteristicamente alongados e nadadeiras peitorais triangulares, paralelas ao corpo. Pertencente a esta famlia, o gnero Scyliorhinus possui 16 espcies com padres de colorao variados e muito utilizados em estudos taxonmicos. Tais padres tm gerado problemas quanto identificao das espcies, especialmente para as duas espcies reconhecidas para o Atlntico Sul Ocidental, Scyliorhinus haeckelii e S. besnardi, consideradas aqui como pertencentes ao grupo haeckelii/besnardi. Este estudo pretendeu revisar a taxonomia do gnero Scyliorhinus grupo haeckelii/besnardi, atravs de um estudo comparativo minucioso da anatomia externa e esqueltica, incluindo aspectos morfomtricos e mersticos, a fim de esclarecer a distino morfolgica das espcies, propondo sinonmias e descrevendo possveis novas espcies. Os exemplares analisados foram obtidos atravs de coletas efetuadas desde o estado do Rio de Janeiro at o estado do Rio Grande do Sul, todos depositados na coleo ictiolgica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os trabalhos de laboratrio incluram levantamento bibliogrfico, identificao dos padres de colorao, preservao, biometria, anlises estatsticas, preparao anatmica, descrio e produo de esquemas e fotografias, abordando as estruturas mais relevantes. Os resultados obtidos permitiram a realizao da descrio do padro geral do gnero Scyliorhinus do Atlntico Sul Ocidental, considerando a morfologia externa, colorao, dentculos drmicos, crnios, maxilas, dentes, arcos branquiais, nadadeiras e clsperes. Espcimes classificados nos padres de colorao haeckelii e besnardi no apresentaram diferenas, morfolgicas e estatsticas, que sustentassem a separao em duas espcies. Neste estudo, foram encontrados tambm dois outros padres diferentes do padro haeckelii/besnardi, aqui denominados negrinho e intermedirio, consideradas novas espcies identificadas e descritas aqui como Scyliorhinus sp. 1 e S. sp. 2. De acordo com tais resultados, a espcie S. besnardi aqui considerada uma sinonmia de S. haeckelii, visto que esta ltima foi a primeira a ser descrita. Uma chave de identificao para as espcies de Scyliorhinus do Atlntico Sul Ocidental fornecida no presente estudo. Conclui-se que estudos anatmicos e taxonmicos mais detalhados sobre as demais espcies do gnero Scyliorhinus so necessrios para melhor compreenso das relaes entre seus membros e ampliao do conhecimento sobre a biologia destes tubares