55 resultados para Cela, Camilo José (1916-2002)

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Este trabalho faz uma anlise comparativa de algumas das principais obras de histria literria do Brasil, publicadas no sculo XIX e incio do sculo XX, escritas, respectivamente, por Ferdinand Wolf, Slvio Romero e José Verssimo. So analisadas as concepes de nacionalismo, de histria e de literatura que veiculam, relacionando-as com as ideias que circulavam poca em que foram escritos Le Brsil Littraire, de Ferdinand Wolf, a Histria da Literatura Brasileira, de Slvio Romero, e a obra homnima de José Verssimo. Sendo assim, alm de analisar as obras comparativamente, o presente trabalho recupera o significado histrico que comportam, uma vez que as insere no quadro de referncias vigentes no momento em que apareceram. Partindo do pressuposto de que a caracterstica principal desses textos a ideia de nacionalismo, estudam-se os significados atribudos a este termo desde meados do sculo XIX at incios do sculo XX, momento em que foram escritas aquelas histrias literrias. Ademais, relacionam-se as narrativas s variadas formas de se pensar a histria, enquanto disciplina, nesse perodo, procurando identific-las pelo modo como constroem a explicao histrica. Por fim, as ideias que apresentam a respeito da literatura so articuladas no s s concepes de nacionalismo e de histria que aqueles textos veiculam, como tambm reflexo que ento se fazia

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Este trabalho possui como objetivo a anlise de cinco filmes do cinema brasileiro contemporneo que tratam sobre favela: Cidade de Deus ( Fernando Meirelles, 2002), Linha de Passe ( Walter Salles e Daniela Thomas , 2008), Sonhos Roubados ( Sandra Werneck, 2009), Tropa de Elite ( José Padilha, 2007) e Tropa de Elite II (José Padilha, 2010). Tendo como eixo central a esttica realista de filmes sobre favela no Brasil, a partir da metodologia de anlise flmica, foi realizada uma pequena reviso de algumas teorias de cultura, comunicao e dos antecedentes do campo do cinema brasileiro contemporneo. Para alm, foi desenvolvido uma proposta dialgica com a Psicologia Social e as possibilidades de interlocues com o cinema brasileiro. O foco se deu em problematizar como as condies de produo, as representaes e as apropriaes de recepo se articulam s diversas prticas discursivas e no-discursivas e se associam representao da noo de categorias identitrias como violncia, segurana pblica, famlia, juventude e consumo. Os resultados dessa anlise qualitativa giraram em torno de questes de ordem socioeconmica, que caracterizam a favela enquanto territrio de (im)possibilidades e, sobretudo, tem seus moradores como personagens que possuem um esteretipo do que viver na favela, dando visibilidade nas relaes que se estabelecem nesses territrios.

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Este estudo, de natureza histrico-social, tem como objeto a criao da Associao Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO) e suas estratgias no Movimento de Humanizao do Parto e Nascimento Brasileiro (1989-2002). A delimitao temporal do estudo abrange o perodo de 1989 a 2002. Os objetivos da pesquisa so: analisar a transio da Associao Brasileira de Obstetrizes (ABO) para Associao Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO); analisar as estratgias elaboradas pela ABENFO para a atualizao do habitus das agentes; analisar o fortalecimento do Movimento de Humanizao do Parto e Nascimento empreendido pela ABENFO. O estudo apoia-se teoricamente nos conceitos desenvolvidos pelo socilogo Pierre Bourdieu e utilizou o mtodo da histria oral temtica. Na anlise, houve a articulao de documentos escritos e depoimentos orais luz do referencial terico. Os resultados da pesquisa evidenciam que, no processo de surgimento da ABENFO, houve um perodo de aproximaes de agentes que durou aproximadamente 15 anos. A primeira aproximao foi entre parteiras/obstetrizes e as enfermeiras no campo sindical; a segunda aproximao de agentes, desta vez pelo habitus profissional, foi de enfermeiras de sade pblica e enfermeiras obsttricas no campo hospitalar e cientfico; e a terceira aproximao foi entre as parteiras/obstetrizes com as enfermeiras obsttricas. Aps essas aproximaes, a enfermeira obsttrica assumiu a diretoria provisria da ABO, realizando, em seguida, a transio para a ABENFO. Aps a transio, a ABENFO nacional consolidou-se como representante das enfermeiras obsttricas e obstetrizes. Em seguida, foi necessrio criar estratgias para atualizar o habitus das agentes, tais como: Estratgias de fortalecimento da Associao no campo poltico da Enfermagem e da Sade da Mulher; Estratgias de ampliao da sua representao nacional entre enfermeiras obsttricas; Estratgias para divulgao do capital social da ABENFO. Dentre as estratgias de divulgao, aconteceram trs Congressos Brasileiros de Enfermagem Obsttrica e Neonatal (COBEONS) que fortaleceram o Movimento de Humanizao do Parto e Nascimento, pois neste espao circulou o capital sociocultural do movimento social entre as associadas, levando aos mesmos uma atualizao do seu habitus, e, por outro lado, fortalecendo o Movimento por meio do reconhecimento. Portanto, o fortalecimento do processo de humanizao do parto e nascimento brasileiro confirmou a hiptese de que a criao da ABENFO possibilitou a elaborao de estratgias que impulsionaram a atualizao do habitus das agentes. Este estudo foi esclarecedor, na medida em que favoreceu a compreenso das circunstncias de criao da ABENFO e sua participao como a nica representante das enfermeiras obsttricas e obstetrizes no Movimento de Humanizao do Parto e Nascimento, alm de demonstrar o quanto estas agentes contriburam para a sua consolidao.

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Nas ltimas dcadas, teorias tm sido formuladas para interpretar o comportamento de solos no saturados e estas tm se mostrado coerentes com resultados experimentais. Paralelamente, vrias tcnicas de campo e de laboratrio tm sido desenvolvidas. No entanto, a determinao experimental dos parmetros dos solos no saturados cara, morosa, exige equipamentos especiais e tcnicos experientes. Como resultado, essas teorias tm aplicao limitada a pesquisas acadmicas e so pouco utilizados na prtica da engenharia. Para superar este problema, vrios pesquisadores propuseram equaes para representar matematicamente o comportamento de solos no saturados. Estas proposies so baseadas em ndices fsicos, caracterizao do solo, em ensaios convencionais ou simplesmente em ajustes de curvas. A relao entre a umidade e a suco matricial, convencionalmente denominada curva caracterstica de suco do solo (SWCC) tambm uma ferramenta til na previso do comportamento de engenharia de solos no saturados. Existem muitas equaes para representar matematicamente a SWCC. Algumas so baseadas no pressuposto de que sua forma est diretamente relacionada com a distribuio dos poros e, portanto, com a granulometria. Nestas proposies, os parmetros so calibrados pelo ajuste da curva de dados experimentais. Outros mtodos supem que a curva pode ser estimada diretamente a partir de propriedades fsicas dos solos. Estas propostas so simples e conveniente para a utilizao prtica, mas so substancialmente incorretas, uma vez que ignoram a influncia do teor de umidade, nvel de tenses, estrutura do solo e mineralogia. Como resultado, a maioria tem sucesso limitado, dependendo do tipo de solo. Algumas tentativas tm sido feitas para prever a variao da resistncia ao cisalhamento com relao a suco matricial. Estes procedimentos usam, como uma ferramenta, direta ou indiretamente, a SWCC em conjunto com os parmetros efetivos de resistncia c e . Este trabalho discute a aplicabilidade de trs equaes para previso da SWCC (Gardner, 1958; van Genuchten, 1980; Fredlund; Xing, 1994) para vinte e quatro amostras de solos residuais brasileiros. A adequao do uso da curva caracterstica normalizada, proposta por Camapum de Carvalho e Leroueil (2004), tambm foi investigada. Os parmetros dos modelos foram determinados por ajuste de curva, utilizando tcnicas de problema inverso; dois mtodos foram usados: algoritmo gentico (AG) e Levenberq-Marquardt. Vrios parmetros que influnciam o comportamento da SWCC so discutidos. A relao entre a suco matricial e resistncia ao cisalhamento foi avaliada atravs de ajuste de curva utilizando as equaes propostas por berg (1995); Sllfors (1997), Vanapalli et al., (1996), Vilar (2007); Futai (2002); oito resultados experimentais foram analisados. Os vrios parmetros que influnciam a forma da SWCC e a parcela no saturadas da resistncia ao cisalhamento so discutidos.

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Dar nitidez aos sentimentos e razes que emergem das experincias dos vestibulandos de Vitria-ES, entre 2009-2010, e que os movem em direo a seus projetos profissionais objetivo deste trabalho. A noo de projeto aqui utilizada (VELHO, 1999) afasta-se da clssica compreenso liberal do ser humano, autnomo, livre e nico, responsvel por seus sucessos e fracassos, subjacente a estudos sobre escolha profissional. A ideia proposta que campo de experincias dos sujeitos marca seus projetos profissionais, mas que suas condutas deliberadas, no necessariamente racionais, expem certas expectativas de vida, quaisquer que sejam as posies sociais desses sujeitos. Para o exame dessas expectativas, esses sujeitos foram vistos em suas relaes sociais - nas intersees de classes, gnero, de cor da pele, de geraes, etc. Reconheceu-se, ainda, que razes e sentimentos (WILLIAMS, 1969), tambm forjam projetos profissionais de sujeitos sob diversas condies sociais e apesar delas. Por considerar que esses projetos portam manifestaes humanas, nem sempre perceptveis e tantas vezes encobertas, a metfora do rizoma (DELEUZE; GUATTARI, 2004), foi de utilidade metodolgica. Alguns indcios (GINZBURG, 2007), sugeriram caminhos de pesquisa e alguns dos significados aos sujeitos para que esses projetos pudessem ser detectados. A perspectiva da longa durao histrica e dos tempos mltiplos presidiu o exame de trajetrias selecionadas de um conjunto de sujeitos pesquisados entre os anos 2009-2010, o que favoreceu a percepo de continuidades histricas, mas tambm a ocorrncia de mudanas de certas tendncias sociais. Dois cursos de pr-vestibular, um pblico e um privado, em Vitria, ES, nessa conjuntura, mostraram um pouco da pluralidade de expectativas de diferentes jovens - pobres, de classes mdia e alta, homens e mulheres, brancos, negros e pardos, mais novos e mais velhos em relao ao ensino superior presente em seus projetos profissionais. Razes e sentimentos que os movem e que se movem, nem sempre examinados em estudos sobre a matria, foram expostos. Contribuies de Elias (1990), de R. Williams (1969), de Bourdieu (2003, 2009), de E. P. Thompson (2002), de Lwy (1990), entre outros, apoiaram evidncias de que as relaes indivduo e sociedade, sempre plurais e complexas, expressam apenas partes de seus sentidos civilizadores. Para reduzir incertezas, recorreu-se a dados macrossociais e microssociais (REVEL, 1998). Entrevistas com tais jovens e coordenadores de seus cursos, observaes advindas de dinmica de grupo e, tambm, exame de publicaes oficiais, de peridicos de divulgao de matria sobre vestibular, entre 2009-2010, situaram um trato de escalas analticas de difcil exerccio. Para alm das relaes de classes, gnero, cor da pele, gerao etc., pode-se concluir que esses sujeitos, por razes e sentimentos variados, com seus projetos profissionais, tanto se deslocam de suas posies sociais de origem como as mantm, mas todos, em suas novas experincias e de diferentes modos, tambm se preparam para atuar sobre os sentidos civilizadores de seu tempo.

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Este estudo aborda a atuao da gesto estadual do Servio nico de Sade (SUS) sobre o quadro de desigualdades em sade, analisando o caso do estado de Minas Gerais. A descentralizao dos servios de sade, no mbito do federalismo brasileiro, promoveu o ingresso de recursos em todos os municpios, permitindo a incorporao de cidados de todas as regies do pas ao sistema. Ao mesmo tempo, a pulverizao dos recursos perpetuou as histricas desigualdades ao acesso a servios de mais complexidade. Esse quadro exige a interveno do nvel estadual para ser alterado. Este o tema deste trabalho, que analisou o processo de regionalizao da assistncia sade, no perodo de 2002 a 2009, sob a coordenao da gesto estadual do SUS em Minas Gerais, considerando o cenrio federativo brasileiro, em que os municpios so entes autnomos. Os objetivos especficos foram: descrever o processo de regionalizao proposto pela gesto estadual para alcanar a melhoria dos servios pblicos e a reduo de desigualdades regionais; verificar a extenso da implementao da regionalizao nas microrregies, tomando como referncia o gasto de recursos estaduais dirigidos a municpios e a implantao das Comisses Intergestores Bipartites Microrregionais e Macrorregionais; avaliar o efeito da regionalizao na rede de servios e na reduo das desigualdades regionais, relativas a recursos, acesso a servios e em algumas condies de sade da populao, consideradas sensveis regionalizao. Revisou-se a literatura sobre federalismo, descentralizao e relaes intergovernamentais e documentos oficiais; utilizaram-se dados secundrios sobre recursos e indicadores de sade e de desenvolvimento. Verificou-se que o processo foi viabilizado por intensa aproximao entre governo estadual e municpios; por uma proposta consistente e pelo aporte de recursos. Constatou-se, ainda, que, no perodo, ampliou-se o acesso a leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a mamografias; houve desconcentrao de recursos e equipamentos na direo de macrorregies e microrregies mais desprovidas; os recursos estaduais disciplinaram o gasto federal; e reduziram-se as desigualdades entre as microrregies em relao a: indicadores socioeconmicos, recursos federais e estaduais, acesso a mamografias e mortalidade por doenas cardiovasculares.

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O sculo XIX, no Brasil, foi marcado por uma tentativa de construo de uma identidade nacional e cultural num pas ps-independncia. Neste panorama, José de Alencar destaca-se, entre outros papis que exerceu, como significativo romancista e contribui para a formao de um sistema literrio em nosso pas. Porm, na obra dramtica alencariana que tambm podemos identificar uma proposta discursiva da possvel identidade do homem no Brasil a partir de suas relaes contraditrias e problemticas com os "outros" aqui presentes: o portugus, o ndio, o negro, e o francs representaes estas capazes de dar ao homem uma ideia de pertencimento cultural, atravs de uma seleo do que deve ou no servir para representar sua identidade e a de seu povo

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A Bacia de So José de Itabora est localizada no Municpio de Itabora, no Estado do Rio de Janeiro. Ela foi descoberta em 1928, pelo Engenheiro Carlos Euler, que aps analisar um suposto caulim encontrado na Fazenda So José pelo seu ento proprietrio, Sr. Ernesto Coube, verificou que se tratava de calcrio. Os Professores Rui Lima e Silva e Othon H. Leonardos, enviados ao local para estudos, encontraram uma grande quantidade de fsseis de gastrpodes continentais, despertando o interesse cientfico pela regio. Os estudos preliminares de campo e anlises qumicas evidenciaram boas perspectivas de explorao do calcrio para a fabricao de cimento do tipo Portland. Por mais de 50 anos, a Companhia Nacional de Cimento Portland Mau (CNCPM) explorou a pedreira. Desde sua descoberta, a Bacia de So José, paralelamente s atividades de minerao, foi objeto de pesquisas cientficas realizadas por gelogos, paleontlogos e arquelogos. No incio da dcada de 80, a Cia. de Cimento Mau decidiu abandonar a rea em funo do esgotamento econmico da reserva de minrio. Com a retirada das bombas que impediam a inundao da pedreira, formou-se uma lagoa que passou a impedir o livre acesso aos afloramentos. Desde ento as pesquisas sobre a Bacia ficaram concentradas aos materiais coletados no perodo de explorao de calcrio. Material esse distribudo no Museu Nacional (MN), Departamento Nacional da Produo Mineral (DNPM), Instituto de Geocincias da UFRJ, entre outros. Em 1990, a rea que pertencia a CNCPM foi desapropriada por presso da comunidade cientfica. A mesma passou a pertencer ao Municpio de Itabora, que criou o Parque Paleontolgico de So José de Itabora, por meio da Lei 1.346, de 12 de dezembro de 1995. O objetivo desse trabalho foi gerar novos dados atravs do mtodo geofsico conhecido como magnetometria. Para isso foram realizados levantamentos de campo utilizando um magnetmetro porttil e GPS, foram analisados e corrigidos dados utilizando softwares especficos, elaborados modelos e criados perfis a partir de descries de testemunhos de sondagem. Os resultados obtidos visam possibilitar uma nova interpretao da geologia e da estratigrafia da bacia, dando condies para que se possa ter uma atualizao dos conhecimentos relacionados regio, aps quase meio sculo de atividade mineradora.

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A alimentao fora do domiclio tem aumentado em muitos pases, inclusive no Brasil, e esse hbito tem sido associado com o aumento da obesidade em pases desenvolvidos. O objetivo desse trabalho caracterizar a alimentao fora do domiclio na populao brasileira e avaliar sua associao com a obesidade. Utilizou-se os dados da Pesquisa de Oramentos Familiares (POF) 2002-2003 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Foram includos na anlise todos os indivduos acima de 10 anos (N=146.525). Estimou-se as frequncias de consumo de alimentos fora do domiclio segundo idade, gnero, nvel de escolaridade, renda mensal familiar per capita, situao do domiclio (urbana/rural) e localizao do domiclio (municpio da capital do estado ou outro). O consumo de alimentos fora do domiclio foi definido como a aquisio de, pelo menos, um tipo de alimento para consumo fora de casa no perodo de sete dias. Foram tambm estimadas as frequncias do consumo de nove grupos de alimentos (bebidas alcolicas, refrigerantes, biscoitos, frutas, doces, leite e derivados, refeies, fast foods e salgadinhos), segundo idade, gnero, renda mensal familiar per capita e situao do domiclio. Uma segunda anlise avaliou a associao entre consumo fora de casa e obrepeso/obesidade dos indivduos entre 25 e 65 anos de idade residentes em domiclios situados na rea urbana (N=56.178). A prevalncia de consumo fora do domiclio foi de 35%, sendo maior para os adultos jovens, do gnero masculino, com maior nvel de escolaridade e de renda mensal familiar per capita, residentes em domiclios situados na rea urbana e no municpio da capital. O grupo dos refrigerantes entre os demais itens alimentares foi o que apresentou maior frequncia de consumo fora de casa no Brasil. O consumo de alimentos fora de casa foi positivamente associado com sobrepeso e obesidade somente em homens. O consumo de refeies e de refrigerantes fora do domiclio apresentou maior associao com sobrepeso e obesidade entre os homens, no entanto apresentou associao negativa entre as mulheres. Os gastos com refeies consumidas fora do domiclio foram em mdia quase trs vezes maiores do que os gastos com o consumo de fast-foods. Em concluso, a idade, o gnero, a escolaridade, a renda e o local de moradia influenciam o consumo de alimentos fora do domiclio, fatores a serem incorporados nas polticas pblicas de alimentao saudvel. Particularmente os homens parecem fazer escolhas alimentares menos saudveis quando se alimentam fora do domiclio.

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O Orthognathic Quality of Life Questionnaire (OQLQ) foi desenvolvido em 2000 e validado em 2002, com o objetivo de analisar os impactos e benefcios do tratamento orto-cirrgico na qualidade de vida dos pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a validade de construto e confiabilidade da verso brasileira deste instrumento, B-OQLQ, para verificar se, no processo de adaptao transcultural, as propriedades psicomtricas do questionrio original foram mantidas. Para tal, foi realizado um estudo seccional com uma amostra composta por cento e um pacientes com necessidade de tratamento ortodntico-cirrgico no Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) e na Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), utilizando o B-OQLQ na forma de autopreenchimento. A mdia de idade dos pacientes foi de 26,51 (dp= 9,25), sendo a maioria do sexo feminino (58,42%; n=59) e maior que 21 anos (n=68, 67,33%). Quanto ao tipo de cirurgia, 42,57% (n=43) da amostra necessitavam fazer procedimento cirrgico que envolveria as duas bases sseas, 16,83% (n=17) necessitavam operar apenas uma das bases sseas e para 40,59% (n=41) dos pacientes ainda no era possvel definir qual o tipo de cirurgia seria necessria. Uma ortodontista treinada examinou os dentes dos pacientes para registrar o ndice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPOD). A validade de construto foi acessada atravs do teste de correlao de Spearman entre as pontuaes do B-OQLQ e do questionrio Oral Health Impact Profile (OHIP-14) e das pontuaes do B-OQLQ com as pontuaes obtidas atravs de indicadores subjetivos e objetivos de sade. A confiabilidade foi acessada em termos de consistncia interna e estabilidade (teste-reteste), utilizando-se o alfa de Cronbach e o Coeficiente de Correlao Intraclasse (CCI), respectivamente. Os escores do B-OQLQ se correlacionaram significativamente com: o escore total do OHIP-14 (rs=0,70, p<0,001), a sade bucal percebida (rs=-0,24, p=0,02), a qualidade de vida medida por um item nico de avaliao (rs=-0,29, p=0,03), a satisfao com a aparncia fsica (rs=-0,40, p<0,001) e a satisfao com a aparncia facial (rs=-0,39, p=0,0001). Foi encontrada uma associao entre a faixa etria e o escore total do B-OQLQ (p=0,0012), sendo que pacientes maiores de 21 anos obtiveram escores mais elevados que pacientes mais novos. A associao entre o escore total do B-OQLQ e o tipo de cirurgia no foi estatisticamente significativa. O alfa de Cronbach e o CCI foram 0,95 e 0,90, respectivamente. Os domnios do B-OQLQ que mais causaram impacto na qualidade de vida foram aspectos sociais da deformidade (13,0; dp= 10,54) e esttica facial (11,81; dp= 6,23). A verso brasileira do questionrio OQLQ se mostrou um instrumento vlido e confivel, com boas propriedades psicomtricas podendo, portanto, ser considerada um instrumento apropriado para acessar o impacto da deformidade dentofacial na qualidade de vida de pacientes portadores desta condio.

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Esta tese tem por objetivo investigar as memrias de infncia na escrita autobiogrfica de Graciliano Ramos, Oswald de Andrade, José Lins do Rego e Cyro dos Anjos, privilegiando as estratgias de autorrepresentao adotadas pelos autores nas obras Infncia, Um homem sem profisso - sob as ordens de mame, Meus verdes anos e A menina do sobrado. Tal abordagem tem como objeto de reflexo os elementos que so relevantes para a configurao de uma identidade narrativa na escrita autobiogrfica. Das diferentes formas de autofigurao retiramos as estratgias textuais. As estratgias a que recorre uma escrita de si em certo espao, em certo tempo e em certa linguagem. Estabelecemos os procedimentos comuns na retrica de nossos autores, tais como a primeira lembrana, a elaborao da crnica familiar, os pais, os lugares da memria, a poca de escola e a cena de leitura. Nossa perspectiva se apresenta como uma indagao sobre os procedimentos usados na construo da identidade, considerando que as cenas selecionadas pelo escritor elaboram a autoimagem que ele deseja construir

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Como gnero, o dicionrio inscreve-se na sociedade entre as obras de autoridade, que servem como referncia para a construo dos mais diferentes gneros. Alm disso, encerra um discurso pedaggico, j que, por meio das definies, consulentes partilham do conhecimento detido pelo lexicgrafo. O dicionrio tambm um gnero mltiplo, formado por diferentes subgneros, como o verbete e os textos de abertura (prefcio, apresentao, detalhamento). Espcie de colnia, que agrega outros textos, define-se tambm por suas caractersticas formais bem marcadas, como a alfabetao e a composio por verbetes. Mltiplo por sua prpria natureza e sujeito ao dialogismo da enunciao, o dicionrio atravessado por muitas vozes e enunciadores, no apenas os prprios redatores, mas tambm outras obras de referncia, tcnicas ou de outras lnguas. Essas vozes so costuradas pelo dicionarista, figura do discurso que gerencia os enunciados, envoltos na expectativa da neutralidade da descrio isenta. nosso grande interesse observar em termos prticos quais so as fronteiras entre o discurso aparentemente isento que se pretende que o dicionrio tenha e as brechas de onde emergem outras vozes que povoam essa colnia. Para busc-las, valemo-nos basicamente dos estudos de polifonia de Ducrot, da noo de ethos de Maingueneau e Charaudeau e das formas de modalizao que Castilho e Castilho (2002) arrolaram em seu estudo sobre os advrbios na Gramtica do portugus falado, volume II. Por meio da pesquisa reversa com base nos termos modalizadores de Castilho e Castilho no Dicionrio Aurlio da lngua portuguesa (DALP, 2010) e no Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa (DHLP, 2009), buscamos partir da definio para as entradas, identificando os enunciadores que se mostram ou se escondem, afianam ou refutam, negam ou afirmam uma proposio. Por meio dessas ocorrncias, podemos chegar a enunciados postos e pressupostos e explorar diferentes aspectos da enunciao, desnudando parte das vozes que povoam essa colnia

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A psicanlise e a arte sempre se atraram. Freud e Lacan se utilizam muito da literatura, das artes plsticas, da msica e do teatro para a ilustrao de importantes conceitos psicanalticos. Esta dissertao tem a inteno de mostrar a relao da psicanlise com a literatura, sobretudo, da psicanlise com a poesia. Atravs da obra do poeta e escritor portugus Teixeira de Pascoaes (1877-1952), o principal representante do saudosismo e uma das mais proeminentes figuras da cultura portuguesa do sculo XX, e do poeta brasileiro Manoel de Barros, considerado por muitos, o maior poeta brasileiro vivo, ratificaremos como a literatura foi fundamental para a construo do corpus terico de Freud e Lacan e de outros grandes autores da psicanlise. Usaremos a poesia de Pascoaes e Barros para exemplificarmos conceitos como a pulso, o inconsciente e a sublimao, este ltimo, inacabado pelo pai da psicanlise. Mostraremos tambm, como a obra dos dois poetas, de alguma forma, se encontram

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Esta tese inclui dois artigos que tm por objetivo apresentar um panorama das tendncias e heterogeneidades do tabagismo nas capitais brasileiras e, assim, oferecer subsdios ao planejamento e avaliao de medidas de controle do tabaco no Pas. Utilizaram-se os dados da Pesquisa Nacional sobre Sade e Nutrio (PNSN), e do Inqurito Domiciliar Sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenas e Agravos No Transmissveis (InqDANT). No primeiro artigo estimou-se a diferena na prevalncia de tabagismo em 14 capitais brasileiras entre pessoas de 15 anos ou mais em 1989 (PNSN) e 2002/2003 (InqDANT) relacionando as mudanas observadas s principais medidas de controle do tabaco desenvolvidas no perodo. O estudo mostrou que o percentual de fumantes diminuiu de 30,2% para 19,4% no perodo. Entre homens, a prevalncia passou de 37,5% para 23,2% (1,1% /ano) e entre mulheres, de 24,3% para 16,5% (0,6% /ano). A avaliao cronolgica sugere que as principais medidas de impacto refletidas no decrscimo observado foram a lei que obriga que haja advertncias sobre os malefcios do tabagismo nas embalagens e propagandas de cigarros, a restrio e proibio da propaganda de produtos do tabaco e as intervenes relacionadas proteo ao tabagismo passivo. O declnio da prevalncia observado no estudo foi um dos maiores do mundo. No segundo artigo, fez-se uma descrio da situao do tabagismo no Brasil considerando heterogeneidades regionais e de subgrupos populacionais a partir de uma amostra de 24.681 indivduos de 15 anos ou mais residentes em 16 capitais brasileiras includas no InqDANT. A prevalncia de tabagismo no gnero masculino variou de 17,0% a 28,2% e no feminino, de 10% a 22,9%. Entre mulheres, menores prevalncias foram observadas nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Este padro no se repetiu entre homens. Independentemente de gnero, maiores percentuais de fumantes foram encontrados entre pessoas de menor escolaridade e faixa etria 40-49 anos. A cessao mdia entre homens e mulheres foi de 50%. Os dados indicaram que as polticas pblicas de controle do tabaco tm sido efetivas particularmente na induo cessao de fumar. Contudo, a elevada prevalncia em jovens mostrou a importncia de reforo a medidas que contenham a iniciao. As heterogeneidades observadas mostraram a necessidade de aes especficas por regio. Alm dos dois estudos referidos, esta Tese tambm descreveu novas pesquisas sobre tabagismo utilizando-se dados do InqDANT. Subsequentemente, com base na discusso prvia, delineou-se uma proposta sumria das principais linhas de investigao a serem desenvolvidas no Brasil a fim de subsidiar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo e a implantao da Conveno Quadro Para o Controle do Tabaco.

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A presente dissertao demonstra as mudanas introduzidas na formulao de poltica externa para a Amaznia com a entrada de novos atores com interesses variados na rea. Ao longo do texto mostrado como a diversidade de atores que participa desse processo mostra-se diferenciada com relao ao de outras regies do Brasil. A dissertao tem como objetivo ampliar o debate acerca do papel de atores no-tradicionais nessa rea de estudos, inserindo-os em uma corrente de pensamento que olha a poltica externa tanto a partir de seus constrangimentos internos quanto pelo vis das foras profundas que atuam no cenrio internacional. A importncia desse estudo para as pesquisas envolvendo a Amaznia deve-se, principalmente, em funo da rea possuir uma variedade de atores com carter domstico, internacional ou transnacional que atuam atravs de lobbies e redes polticas na tentativa de influenciar as polticas domsticas e externas para o espao. Apresenta ento a discusso do surgimento das principais preocupaes da poltica externa no que tange o espao brasileiro da floresta em decorrncia da maior ateno verificada na arena internacional com o meio ambiente, o que traz mudanas polticas importantes durante o perodo autoritrio (1964-1985). Como consequncia da redemocratizao (1985-2002) e do aumento dos fluxos intra e interpases, o espao amaznico devido a suas riquezas potenciais voltou ao cerne dos debates de meio ambiente, o que teve impactos diretos no rearranjo poltico domstico. Mais atores passaram a atuar na discusso pblica sobre a floresta o que gerou novas formas de promoo da poltica externa do pas nesse campo por meio de grupos e novas condutas na sua histria diplomtica, porm em acordo com seu principal formulador de poltica externa: o Itamaraty.