249 resultados para Finale, Emilia, castello, biblioteca, centro, civico, terremoto


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O presente trabalho apresentado ao Programa de Ps-Graduao em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Curso de Doutorado Interinstitucional (DINTER) realizado em parceria com a Universidade Federal do Maranho (UFMA), teve como proposta pesquisar a viso dos atores sociais envolvidos diretamente com a medida socioeducativa de internao no Maranho. O objetivo da pesquisa foi identificar a viso dos atores sociais sobre aspectos relacionados ao processo de aplicao, execuo e cumprimento da medida socioeducativa de privao de liberdade. Com o propsito de compreender a percepo das pessoas que atuam nas trs etapas da medida socioeducativa de internao, realizou-se uma pesquisa de campo com trs grupos sendo que, cada grupo foi representado por indivduos que estavam vinculados a cada uma das etapas da referida medida. Os dados foram coletados por intermdio de entrevistas com os respectivos sujeitos, utilizando-se como apoio um roteiro semiestruturado, elaborado em consonncia com os objetivos da pesquisa. Para categorizao, dimensionamento e anlise dos dados e dos registros do dirio de campo utilizou-se a tcnica de Anlise de Contedo. Os resultados alcanados com a pesquisa proporcionam subsdios para uma reflexo sobre o processo e as condies em que se do a execuo e o cumprimento da medida socioeducativa de internao no Centro da Juventude Esperana (CJE) da Fundao da Criana e do Adolescente (FUNAC) no Maranho (MA). Os resultados da pesquisa apontam para uma incongruncia entre o que estabelece a Lei n 8.069/1990, que instituiu o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), o que preconiza o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e o que, de fato tem sido efetivado pela unidade (CJE) de internao e execuo da medida de privao de liberdade. Alm destas questes, os resultados da pesquisa tambm indicam que o Sistema de Garantias de Direitos da Criana e do Adolescente (SGDCA), no Maranho no vem funcionando em conformidade com os princpios e diretrizes previstos pelo ECA, cujo objetivo principal da medida socioeducativa de internao, abrangendo aspectos educativos, formativos e sociais, no estaria acontecendo no Estado do Maranho.

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A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar as representaes sociais da hierarquia construdas pelos militares da FAB, considerando suas segmentaes em termos dos crculos de oficiais e graduados, dos respectivos processos de formao, dos sexos de seus componentes e dos estgios, se formados ou em formao, em que se encontram. A fundamentao terica discorre sobre a hierarquia, princpio geral das instituies militares, previsto por lei e regulador do comportamento militar, conforme prev o Estatuto dos Militares (BRASIL, 1980); a respeito do poder, na perspectiva de Max Weber (1999) que trata a obedincia, a partir da autoridade de uma pessoa sobre outras, e de acordo com Amitai Etzioni (1974), que entende o poder como a capacidade que uma pessoa tem de induzir outra a seguir suas orientaes. Apresenta ainda a Teoria das Representaes Sociais, proposta por Serge Moscovici (1961), para quem as representaes sociais servem de instrumento de leitura da realidade, e a partir da abordagem estrutural, proposta por Jean-Claude Abric (1976), segundo a qual a representao social composta pelo sistema central, constitudo pelo ncleo central, e pelo sistema perifrico, formado por elementos perifricos. A amostra foi composta por 600 militares, oriundos das escolas de formao de oficiais e de graduados, do mbito do Comando da Aeronutica (COMAER): Academia da Fora Area (AFA), cuja finalidade a formao dos Oficiais da Ativa dos quadros de Aviao, de Intendncia e de Infantaria, a Escola de Especialistas da Aeronutica (EEAR), responsvel pela formao e pelo aperfeioamento dos graduados e o Centro de Instruo Especializada da Aeronutica (CIEAR), responsvel pela capacitao de oficiais e graduados em reas afins sua especializao. A coleta de dados foi realizada por meio da tcnica de evocao livre ao termo indutor hierarquia, da aplicao do questionrio de caracterizao e do questionrio geral, composto por questes abertas e fechadas. As evocaes foram processadas pelo software EVOC, desenvolvido por Pierre Vergs (2005), as questes fechadas receberam o processamento com o auxlio do software SPSS e as questes abertas sofreram uma categorizao para o refinamento das anlises. Os resultados encontrados nas comparaes do contedo temtico e da estrutura das representaes sociais entre os diferentes segmentos permitem afirmar que os temas respeito e disciplina so os provveis elementos centrais da hierarquia para o conjunto dos 600 militares pesquisados e caracterizam a base comum e consensual compartilhada na caserna. A hierarquia, norteada por um conjunto de regras que regula e assegura a disciplina e o respeito, direciona o comportamento dos militares, durante a formao e no decorrer da carreira. Da anlise, conclui-se que os diferentes segmentos de militares da FAB possuem a mesma representao social de hierarquia.

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Esta tese tem como objeto o processo de redefinio da categoria diagnstica infeco/doena Toxoplasmose. um estudo qualitativo, inserido no campo science studies, de abordagem crtica reformista e de natureza emprico-analtica. Vincula-se linha de pesquisa intitulada Instituies, saberes e prticas em sade e ao projeto Os mdicos e a cincia do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. As unidades de anlise foram: 1) Agentes envolvidos na produo do conhecimento cientfico em nvel local; 2) Documentos normativos locais; 3) Documentos normativos nacionais e internacionais; 4) Instituio: Laboratrio Reconhecer do Centro de Biocincias e Biotecnologia (CBB), da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF/Darcy Ribeiro). Como tcnicas de pesquisa foram utilizadas a observao etnogrfica, entrevistas e pesquisa documental da produo cientfica. Os pressupostos foram de que essa redefinio seja decorrente de uma construo (Hacking, 1999; Latour, 1997, 2000, 2001) e realizada em uma arena transepistmica (Knor-Cetina, 1981). Foram acrescidos a esses conceitos, os de referncia circulante (Latour, 2001) e os da taxonomia dos elementos dos objetos da cincia laboratorial, ou seja, os conceitos idias, marcas e coisas (Hacking, 1992). Considerando essa dinmica, as redefinies em relao a essa infeco/doena estariam em um perodo de pouca estabilizao, embora elas no se definiriam completa e eternamente pela dependncia que possuem do invlucro espao-temporal (Latour, 2001) e da referncia circulante.

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A vegetao da Ilha Grande faz parte do Bioma Floresta Atlntica, que possui altos ndices de biodiversidade e cobre amplas regies de zonas climticas e formaes vegetacionais tropicais a subtropicais. No Brasil, estende-se numa estreita faixa ao longo de quase toda a costa atlntica e interioriza-se atingindo parte da Argentina e do Paraguai. Asteraceae a terceira maior famlia em nmero de espcies na Floresta Atlntica. Assim, buscou-se conhecer a representatividade dessa famlia na Ilha Grande, objetivando contribuir com a poltica de preservao e manuteno de seus ecossistemas. Nesse contexto, promoveu-se um levantamento bibliogrfico, consultas a herbrios e excurses peridicas de coleta em campo. O material coletado foi depositado no herbrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). Registrou-se na rea de estudo 67 espcies subordinadas a 37 gneros. Os gneros so a seguir denominados: Achyrocline (3 spp.), Adenostemma (1sp.), Ageratum (1 sp.), Austrocritonia (1 sp.), Astroeupatorium (1 sp.), Baccharis (8 spp.), Bidens (1 sp.), Blainvillea (1 sp.), Centratherum (1 sp.), Chaptalia (1 sp.), Chromolaena (3 spp.), Conyza (1 sp.), Cosmos (1 sp.), Eclipta (1 sp.), Elephantopus (2 spp.), Emilia (1 sp.), Erechtites (1 sp.), Galinsoga (1 sp.), Gamochaeta (1 sp.), Grazielia (1 sp.), Heterocondylus (2 spp.), Mikania (13 spp.), Piptocarpha (2 spp.), Pluchea (1 sp.), Praxelis (1 sp.), Pseudogynoxys (1 sp.), Pterocaulon (1 sp.), Sphagneticola (1 sp.), Sonchus (1 sp.), Steymarkina (1 sp.), Struchium (1 sp.), Synedrella (1 sp.), Tilesia (1 sp.), Tithonia (1 sp.), Trixis (1 sp.), Verbesina (1 sp.) e Vernonia (5 spp.). Estes gneros esto abrigados sob nove tribos. So citadas pela primeira vez para o Estado do Rio de Janeiro as espcies Mikania campanulata e Struchium sparganophorum.

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Os programas de transferncia de renda condicionada tornaram-se uma poltica social constante nas agendas dos mais variados pases da Amrica Latina; entre eles, o Brasil. Inicialmente classificados como um modelo de poltica de tempos neoliberais, programas como o brasileiro Bolsa Famlia apresentam, porm, caractersticas que os aproximam, cada vez mais, de polticas social-democratas, agora desenhadas para um contexto de maior escassez de recursos e de globalizao da produo. Alguns trabalhos, tais como de Esping-Andersen (2002), identificam determinados programas de transferncia como uma alternativa de poltica social para a promoo do bem-estar. Fortalecido e oficialmente lanado em 2003, o Programa Bolsa Famlia, de transferncia de renda condicionada, configurou-se como uma das principais e mais abrangentes polticas sociais do governo de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores, durante a presidncia de Luiz Incio Lula da Silva. No contributiva, fortalece o processo de transformao no padro de proteo social predominante no pas at os dias de hoje. Alm disso, segundo apontam estudos, uma das principais responsveis pela queda da desigualdade e aumento da renda. Esses fatores, bem como aspectos que dizem respeito a sua sustentao poltica na esfera eleitoral, evidenciam a existncia de uma agenda de poltica social prpria da centro-esquerda, a qual perdura, a despeito de uma suposta homogeneizao nas preferncias diante das limitaes fiscais.

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Esta tese tem como propsito analisar as relaes poltico-diplomticas entre Portugal e a Santa S na primeira metade do sculo XVIII, tendo como principal problemtica o corte das relaes diplomticas entre as duas cortes -, ocorrido entre 1728-1731. O episdio resultou, no nvel mais imediato, da recusa de Roma em conceder paridade a Portugal diante das outras cortes europeias, negando a ascenso do nncio apostlico Vicente Bichi, ao ttulo de cardeal. Tal poltica inseria-se em uma linguagem diplomtica tradicional, para a qual Roma permanecia o centro da cristandade e distribuidora de privilgios. A opo de D. Joo V em manter-se fiel a uma linguagem tradicional no o impediu de se apropriar e de utilizar uma linguagem moderna, expresso compartilhada pelos loci de poder setecentistas, representados pelas monarquias que se consolidavam na Frana, na Inglaterra, na ustria, na Prssia e at na Rssia, operando a partir de uma razo de Estado, a linguagem diplomtica moderna, que configurou o tabuleiro poltico europeu entre os congressos de Utrecht e de Viena. Linguagem esta que fora traduzida pelos embaixadores ou chefes de misso portugueses, o que permitiu a participao de Portugal nas grandes decises do perodo e consolidou a poltica de privilgio de D. Joo V, consagrando o monarca Fidelssimo e, consequentemente, o reino portugus numa Europa em transformao.

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O presente trabalho tem como objetivo analisar micropoliticamente a utilizao das chamadas tecnologias da informao e comunicao em um Centro de Educao Infantil e Primria (CEIP), estabelecimento da rede pblica de ensino da cidade de Barcelona, evidenciando seus desdobramentos no modo de gesto das prticas escolares e seus efeitos no processo de sade/adoecimentos dos educadores. Para isso ser considerado tanto o referencial produzido atravs do conjunto das anlises bibliogrficas sobre a temtica, como do acompanhamento das atividades realizadas no/pelo grupo de Desenvolvimento Humano, Interveno Social e Interculturalidade (DEHISI), da Universidade Autnoma de Barcelona, no referido estabelecimento. O trabalho realizado na escola a partir o projeto Shere Rom na Escola visa, para alm do fomento utilizao das novas tecnologias como mediadores do processo educacional, abordar questes evidenciadas no cotidiano escolar, como fragmentao, isolamento, dificuldades de trabalhar a diversidade e de produzir uma articulao entre a comunidade escolar: professores, alunos e responsveis e a comunidade de entorn. Se, por um lado, a introduo de computadores e softwares como dispositivos inovadores da metodologia educativa foi rapidamente assimilada pelos alunos, dificuldades foram encontradas ao considerarmos o corpo docente e de pesquisadores no tocante utilizao dos equipamentos, pela falta de dispositivos que permitam efetivamente a discusso das prticas e questes do cotidiano da escola. Neste sentido, o projeto se constitui como um desafio rumo coletivizao das aes e uma gesto participativa da escola.

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O presente estudo teve como objetivo central conhecer a composio florstica, a estrutura e a arquitetura das espcies da formao arbustiva fechada ps-praia e investigar possveis associaes com Formicivora littoralis, considerando ttica de forrageamento, construo de ninhos e abundncia da ave. F. littoralis endmica de restingas, e est ameaada de extino devido a perda acelerada de habitat. Entretanto, pouco se sabe sobre a vegetao em que ela ocorre, principalmente sobre as reas de maior abundncia da ave localizadas na formao Arbustiva Fechada Ps-praia (AFP) da Restinga da Massambaba, as quais esto inseridas em um Centro de Diversidade Vegetal (CDV) na Regio de Cabo Frio. Diante disto, este estudo foi realizado em dois trechos desta formao na Restinga da Massambaba, nos municpios de Araruama e Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Foram efetuadas 60 excurses a campo, com coletas aleatrias realizadas ao longo de toda a formao, gerao de 20 parcelas de 2x50 m (0,2ha) perpendiculares ao mar, incluindo na amostragem indivduos com DAP e DAS ≥2,5, estes, foram ainda categorizados em modelos de arquitetura de ramificao considerando nmero de ramos em dois patamares de altura (DAP e DAS). O levantamento florstico resultou em 327 coletas de 160 espcies, sendo pelo menos 12 espcies vegetais sob algum estado de ameaa, inclusive redescoberta uma Salicaceae (Casearia sessiliflora). Orchidaceae, Leguminosae e Myrtaceae foram as famlias mais ricas. Foram acrescentados 75% mais espcies na lista preliminar da AFP na Massambaba, alm de 14 novos registros para o CDV de Cabo Frio. Na estrutura e arquitetura foram analisados 906 indivduos de 58 espcies. Sendo os maiores valores de importncia de Pilosocereus arrabidae (42,30) e Chrysophyllum lucentifolium (23,45). A diversidade de Shannon foi de 3,46 e equabilidade de 0,85. A arquitetura da maior parte dos indivduos foi complexa, 58% de indivduos com mltiplas ramificaes, e as espcies apresentando variados padres de ramificao. A densidade populacional de F. littoralis na AFP foi elevada, sendo estimada em 172 ind/km2. A arquitetura da AFP tem influncia na ecologia da ave, pois ela foi generalista quanto espcie utilizada como suporte na construo de ninhos e tambm para as tticas de forrageamento, mas houve seleo de ramos finos que formavam na horizontal ngulos de at 90 de abertura para construir ninhos. Ramos finos e mais horizontais tambm foram utilizados com frequncia para as tticas de forrageamento. A abundncia de F. littoralis esteve correlacionada positivamente diversidade vegetal e negativamente altura da vegetao, caractersticas marcantes nesta formao. Alm disso, elevada taxa de vegetais com sndrome de disperso zoocrica indica a importncia desta formao na oferta de recursos alimentcios para a fauna e atrao de pequenos artrpodes, os quais fazem parte da dieta de F. littoralis.

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O estudo desenvolvido nesta Tese de Doutorado trata da anlise crtica da esttica dos conceitos: forma, tectnica, funcionalidade, semitica e afetuosidade, no mbito da arquitetura, no programa de museus de arte contempornea e centros culturais. Os museus de arte contempornea e centros culturais, estudos de caso, selecionados para nossa Tese de Doutorado foram inaugurados na dcada de 1990. Como segue: Centro Cultural Jean-Marie Tijibaou (Nova Calednia, Frana), de Renzo Piano; Museu de Arte Contempornea de Naoshima (Japo), de Tadao Ando; Museu Guggenheim Bilbao (Espanha), de Frank O. Gehry; Museu de Arte Contempornea Fundao Serralves (Portugal), de lvaro Siza Vieira; Museu de Arte Contempornea de Niteri (Brasil), de Oscar Niemeyer; Fundaci Museu d'Art Contemporani de Barcelona (Espanha), de Richard Meier; Museu de Arte Contempornea Carr d'Art de Nimes (Frana), de Norman Foster; Museu de Arte Contempornea de Lyon (Frana), de Renzo Piano; Centro Cultural Consonni (Espanha), ausncia de um arquiteto autor do projeto. Tanto os estudos de caso como os arquitetos, autores dos projetos, so considerados de destaque no panorama da arquitetura internacional erudita contempornea. Os tericos que forneceram a fundamentao conceitual deste estudo multidisciplinar so, em primeiro lugar, o Professor Catedrtico Luiz Felipe Bata Neves Flores (Transdisciplinaridade) alm da Professora Catedrtica Maria Luisa Amigo Fernndez de Arroyabe (cio Esttico) e ainda, os tambm importantes, Manuel Cuenca Cabeza (cio Humanista), Charles Jencks e Gonalo Miguel Furtado Cardoso Lopes (Crtica de Arquitetura), Jess Pedro Lorente, Chris van Uffelen e Roberto Segre (Museus de Arte Contempornea).

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O presente estudo teve por objetivo analisar o processo de fechamento da Casa de Sade Dr. Eiras- Paracambi, uma clnica psiquitrica privada que esteve em processo de fechamento por 12 anos e que efetivamente foi fechada em maro de 2012. Este processo envolveu a gesto estadual de sade mental, o municpio de Paracambi, os municpios que tinham pacientes internados, o Ministrio Pblico Federal e Estadual e a rea Tcnica de Sade Mental do Ministrio da Sade. A pesquisa pretendeu analisar as respostas polticas que o municpio do Rio de Janeiro, que apresentava o maior nmero de internaes, articulou para seus muncipes que se encontravam internados nesta instituio, focando na transinstitucionalizao, ou seja, na transferncia dos pacientes da Casa de Sade Dr. Eiras-Paracambi para outras instituies de internaes psiquitricas ou clnicas. Procurou-se entender por que essa resposta foi pensada e como foi realizada por este municpio e compreender, a partir dos profissionais, como foi feita a passagem dos pacientes da Casa de Sade Dr. Eiras-Paracambi para outra instituio e quais so as perspectivas para a continuidade do acompanhamento dos casos transinstitucionalizados. A pesquisa se dividiu em duas fases, em ambas foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. A primeira fase partiu do recolhimento das falas de gestores, numa visada mais geral do processo, inclusive investigando a participao de outros municpios. A segunda fase, por sua vez, priorizou a experincia dos profissionais, que trabalham ou trabalharam mais diretamente com os pacientes transferidos no municpio do Rio de Janeiro. As instituies escolhidas para a segunda fase foram o Instituto Municipal Nise da Silveira e o Centro de Ateno Psicossocial Torquato Neto. Constatamos que alm de diferentes sentidos para desinstitucionalizao (desospitalizao; desassistncia;desconstruo; novas institucionalidades e intencionalidade do tratamento), podemos falar em vrios tipos de transinstitucionalizao: para hospital ou outro estabelecimento asilar; para estabelecimento privado ou pblico; para estabelecimento psiquitrico ou clnico. O tema da transinstitucionalizao foi abordado como um paradoxo, superando a dicotomia problema- soluo.

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A presente tese se prope descrever e analisar as relaes interpessoais entre mulheres, homens e profissionais das reas do direito, psicologia e servio social envolvidos na institucionalizao da Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha (LMP), que rege hoje no Brasil os crimes de violncia domstica e familiar contra a mulher. Inicialmente apresentada uma concisa contextualizao da LMP e do campo de debate em que se insere, alm das principais mudanas introduzidas por ela em relao s antigas polticas. As controvrsias que a lei vem levantando e as modificaes sofridas em pouco tempo de existncia, apontam para as dificuldades em se estabelecer um consenso por parte dos operadores e formuladores da lei quanto percepo da violncia domstica e familiar contra a mulher como um crime e quanto a sua justa punio. No s os operadores, mas as feministas tambm se envolveram em controvrsias tericas em torno da distino entre as definies de violncia contra a mulher e de crime de violncia contra a mulher. O esforo de se avanar na anlise dessas categorias se justifica pelas dificuldades e impasses que se observam nas prticas institucionais na implementao da LMP. Essas prticas so descritas e analisadas a partir da incurso etnogrfica em dois campos. No Juizado de Violncia Domstica e Familiar contra a Mulher participei de encontros de um grupo de reflexo para homens autores de violncia, assisti audincias, entrevistei profissionais e dezoito homens envolvidos com a LMP. Os sentidos em disputa que os vrios atores sociais constroem relativos aos conflitos violentos da intimidade ali julgados e suas relaes com o exerccio da(s) masculinidade(s) so discutidos. As informaes do outro campo, um Centro de Referncia da Mulher, provm das observaes de cenas do cotidiano institucional, do acompanhamento de atendimentos s usurias, da participao em grupos de reflexo para as mulheres vtimas de violncia e de entrevistas com duas profissionais e dezessete mulheres. enfatizado o carter de interveno pedaggica das instituies que objetivam promover mudanas em caracteres considerados como de gnero de homens (a agressividade) e mulheres (a passividade) que estariam influenciando o engendramento e manuteno das violncias. Nas entrevistas ressaltado o que ecoa, corrobora, complementa, destoa ou mesmo mostra novos ngulos do que apreendido nos grupos (confronto entre os sentidos da violncia e suas relaes com o que ser homem e o que ser mulher) e nas audincias (tendncia vitimizao e relativizao dos papis de vtima e acusado). Independente dos embates e controvrsias suscitadas, pode-se afirmar que a violncia contra a mulher ingressou no mundo da lei nacional trazendo com sua institucionalizao uma intensa circulao de diferentes sentidos, lgicas e moralidades que (re)modelam convenes sobre as relaes de gneros e sua influncia sobre a citada violncia.

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A proposta do trabalho investigar a msica e sua centralidade nos rituais do Santo Daime ligados ao Centro Ecltico da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra (CEFLURIS), fundado na dcada de 1970. A metodologia utilizada a observao participante nos trabalhos de hinrio, presenciados nas igrejas cariocas Cu do Mar e Jardim Praia da Beira-Mar e do conjunto de dez entrevistas em profundidade. Alm de um captulo da descrio do campo e outro com a reviso bibliogrfica da literatura antropolgica do Santo Daime, a dissertao conta com trs captulos de anlise. O primeiro deles aberto com a reviso de estudos da etnomusicologia para ento abordar o ritual de hinrio e a relao entre tempo e msica na orientao de tarefas especficas durante as cerimnias; o que constri entre outras coisas, uma nova concepo de realidade devido aos aspectos potico-musicais aliados ao contexto psicotrpico e ritualstico como um todo. No captulo seguinte se discute a interpretao nativa que descreve a gnese dos hinos religiosos como um recebimento e suas especificidades, contrapostas a uma idia de composio musical. As falas do grupo sobre a natureza dos pensamentos, sentimentos e a subjetividade, refletem-se nas noes de sagrado e nas diferenciaes hierrquicas nos sales das igrejas daimistas, utilizando o conceito de micropoltica dos sentimentos o dialogo construdo desta vez com os estudos da antropologia das emoes. O terceiro captulo da anlise est voltado para uma discusso sobre as situaes que envolvem a oferta de hinos em um complexo circuito de ddivas, quando o daimista presenteia outro membro do grupo por intermdio de canes religiosas, ligando o mundo dos espritos e os homens pelo ato do presentear. Esta etapa do trabalho tambm precedida por uma reviso da literatura antropolgica, voltada para estudos clssicos sobre a ddiva, destacando-se a discusso da troca como uma gramtica. Todas as fases da anlise so introduzidas por revises tericas e, da forma como o trabalho est estruturado, os temas abordados nos captulos iniciais so continuamente retomados ao longo das discusses. O argumento central da dissertao construdo sobre as seguintes questes: Qual o espao ocupado pela msica na vida diria dos seguidores da religio do Santo Daime e dentro dos rituais? De que maneira essas canes so como pontes de ligao entre as esferas sagrada e profana? Como as msicas orientam a prxis religiosa e as relaes entre os crentes? De que forma os hinos religiosos do Santo Daime so capazes de suscitar e expressar sentimentos especficos? E enfim: como msica e sentimento se articulam na conformao deste tipo de experincia religiosa?

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A exigncia de lidar diretamente com a subjetividade faz com que a educao apresente caractersticas muito peculiares, que desbordam os limites de qualquer organizao lgica. Essa tese pe no centro de suas reflexes os usos e limites das metforas do mundo trabalho em sua funo de modelar e, assim, explicar a atividade docente. Analisando as metforas da tradio (a docncia como sacerdcio e a professora como tia) e as metforas da racionalizao (o professor como especialista, trabalhador e profissional) procuramos mostrar que, medida que a metfora do trabalho foi se impregnando na escola, a atividade docente acabou por excluir do horizonte de suas preocupaes tericas a capacidade humana de iniciativa. Portando-se como doadora de sentido universal para as atividades humanas, a metfora do trabalho, que no se reduz ao simples deslocamento de palavra, mas transposio de um sentido enraizado, tornou-se excessiva e insuficiente para se pensar a tarefa da formao humana. Nesse sentido, a introduo do conceito de ao para elucidar a atividade docente surge com potencial representativo para a prtica do professor, ali onde a metfora do trabalho no consegue realizar plenamente.

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A sociedade carioca enfrenta diuturnamente cenrios variados entre catstrofes e emergncias, nos quais o profissional bombeiro militar assume a responsabilidade funcional pelo resgate das vtimas, enfrentando situaes inesperadas e riscos diversos. Portanto, esta pesquisa investigou as representaes sociais dos bombeiros militares da metrpole do Rio de Janeiro, com a finalidade de compreender o pensamento de bombeiros militares acerca das emergncias intencionais - aquelas onde as vtimas demonstram a inteno (ou assumiram o risco) de provocar o resultado calamitoso. E emergncias no intencionais, aquelas onde as vtimas no evidenciam a inteno de produzir o acidente. A amostra foi composta por 150 bombeiros oriundos de 05 unidades operacionais distintas, localizadas no Centro, Barra da Tijuca, Copacabana, Catete e Botafogo, que responderam a um questionrio sobre seus pensamentos em relao a diferentes tipos de emergncias. Observou-se que os bombeiros avaliam as vtimas de emergncias intencionais mais negativamente do que as vtimas de emergncias no intencionais, o que interfere em seus julgamentos sobre a atribuio de culpa vtima, tempo de resposta do socorro e qualidade do atendimento prestado.

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O desenvolvimento de pesquisas recentes sobre ditaduras permitiu uma reflexo diferenciada, menos polarizada, sobre o comportamento da sociedade perante o estabelecimento de um regime de exceo. No presente trabalho, as memrias de alguns portugueses foram o objeto de anlise para compreender as ambivalncias, os silncios e as oposies dos mesmos ao longo de suas vidas na vigncia do salazarismo. O confronto de suas memrias com a histria nos permitiu avaliar a ideia que cada um tinha sobre a instaurao e permanncia de uma ditadura, bem como a complexidade da relao do poder institucional com os indivduos e de suas concepes particulares de poltica, justia e bem estar social.