153 resultados para Futebol Aspectos sociais


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O estudo dos gneros no uma atividade recente: remonta s perspectivas filosficas da Grcia Antiga. No entanto, com o desenvolvimento das novas tecnologias, h uma grande variedade de reas de investigao que remetem ao tema e sua aplicao vem se tornando cada vez mais multidisciplinar (MARCUSCHI, 2008). Merece ateno, dentro deste campo de estudos, a estreita relao estabelecida entre um gnero textual e seu suporte, tanto em relao aos seus aspectos de produo como de recepo por parte do leitor. Com base na perspectiva sociocognitiva, calcada especialmente nos estudos de Marcuschi (2008, 2010a, 2011), Koch (2003) e KOCH; ELIAS (2008), esta investigao visa a mapear os gneros introdutrios presentes no suporte impresso e no suporte virtual da revista Nova Escola, traando critrios metodolgicos que permitam uma descrio aprofundada de sua insero no discurso. A partir do levantamento de todos os gneros de ambos suportes, delimitaram-se quatro cuja funo introduzir ou apresentar os demais, servindo como orientadores da leitura (BEZERRA, 2006b): a capa, o ndice, o editorial e a homepage. A anlise exploratria e comparativa de exemplares impressos e virtuais do perodo de junho / julho a dezembro de 2013 ocasionou uma reflexo sobre as principais influncias do suporte na caracterizao do gnero. Outra questo aventada relacionou-se com a necessidade de organizao de novas estratgias terico-metodolgicas para a delimitao das fronteiras genricas

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O objetivo principal da pesquisa descrever os Estilos de Pensamento que operam em duas das principais clnicas envolvidas na assistncia clnica ao paciente oncolgico em uma Rede Estadual de Alta Complexidade em Oncologia do Sistema nico de Sade brasileiro: a oncologia e os cuidados paliativos. Para atingir esses objetivo, a proposta desenvolver uma pesquisa qualitativa a fim de depreender como se configura o objeto de interveno clnica nos discursos e nas prticas desses Coletivos de Pensamento. A metodologia escolhida foi a entrevista semi-estruturada. Parte-se, inicialmente, da origem e dos elementos que caracterizam a racionalidade biomdica e o modelo de cuidado integral em sade, analisando as implicaes desses modelos no entendimento dos doenas oncolgicas e no seu tratamento. Em seguida, desenvolve-se os conceitos de "Estilo de Pensamento" e "Coletivo de Pensamento" de Ludwik Fleck e o do conceito de "enactment" de Annemarie Mol. Utilizo esses conceitos para refletir sobre a construo do conhecimento e da prtica mdica, em especial nos seus aspectos sociais, ligados formao e especializao. Logo aps, faz-se uma descrio histrica dos grupos profissionais estudados: a oncologia e os cuidados paliativos. Pro fim, segue-se a descrio da pesquisa de campo e dos resultados coletados nas entrevistas realizadas. O estudo evidenciou que os Estilos de Pensamento dos Paliativistas e oncologistas so muito distintos, quase incomensurveis, porm tambm foi possvel identificar preocupaes e valores comuns e possveis campos de interseo entre esses dois grupos.

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Esta tese entrelaa o repertrio de marchinhas carnavalescas e os estudos de gnero, vislumbrando identificar, nas composies de Lamartine Babo, Joo de Barro e Ari Barroso, vises sociais sobre as mulheres do Rio de Janeiro no decurso dos anos de 1930 e 1940. Os debates sobre as relaes de gnero esto longe de serem esgotadas, sobretudo, quando se prope lanar um olhar psicossocial sobre tal temtica por meio da anlise de discurso das letras de msicas de Carnaval. O trabalho afasta-se da concepo da categoria mulher como um lugar comum e sinnimo de identidade feminina. Este posicionamento reflexivo entende o conceito de gnero como uma construo agenciada no mundo social. Concomitantemente ao processo de produo e circulao de diferentes discursos sobre os papis sociais de homens e mulheres, os compositores de marchinhas inseriram a linguagem carnavalesca como mais uma possibilidade de abordar o tema das relaes de gnero no contexto scio-histrico investigado. Nesses termos, este estudo explicita a pretenso de inserir as letras desse gnero musical como um lugar privilegiado para o entendimento de uma parcela de um pensamento social brasileiro referente ao estatuto de ser homem ou mulher no pas. A tese busca desvelar as vises sobre mulheres nas letras de marchinhas carnavalescas a partir de das reflexes bakhtinianas sobre a Psicologia, as quais, continuamente, permitiram estabelecer uma relao estreita entre o contexto scio-histrico do Rio de Janeiro nas dcadas de 1930 e 1940 e as mensagens sociais contidas nas marchinhas carnavalescas desse perodo.

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Esta tese objetiva estudar o encontro dos jovens com o mundo do trabalho a partir de sua passagem por um programa de aprendizes em uma grande empresa privada brasileira com sede no Rio de Janeiro. Fazem parte do programa de aprendizes dessa empresa jovens entre 15 e 21 anos de ambos os sexos que moram em regies diferentes do Estado, em geral na Baixada Fluminense ou em favelas cariocas pertencentes a famlias de baixa renda. Busca-se refletir sobre as questes que emergem no encontro dos jovens com o universo organizacional assim como compreender os significados concedidos por eles ao trabalho no que se refere s suas expectativas de futuro e aos seus projetos de vida. Parte-se da compreenso de que vivenciamos um momento de crise no qual toda a sociedade vem sofrendo profundas transformaes com impactos diversos para os sujeitos contemporneos e para a produo de subjetividades. A juventude, em especial, vem sendo atingida diretamente por esse cenrio fazendo com que a passagem para a vida adulta seja um desafio. Nesse sentido, o governo brasileiro vem desenvolvendo polticas pblicas voltadas para a juventude, dentre as quais a Lei de Aprendizagem faz parte. Esta foi criada pelo Ministrio do Trabalho e do Emprego visando apoiar o jovem em sua insero no mercado de trabalho e estabelece que organizaes tanto pblicas quanto privadas devem contratar obrigatoriamente um percentual de moas e rapazes entre 14 e 24 anos em regime especial de aprendizagem para conceder-lhes formao tcnico-profissional. Para alcance dos objetivos da tese, foi realizada ampla pesquisa qualitativa de campo ao longo dos anos de 2010 e 2011 na qual foram utilizados instrumentos diversos para a coleta de dados: entrevistas individuais, focus group, observaes e intervenes de campo que se concentraram na seleo dos aprendizes, em algumas aes de treinamento pelo qual passaram e no seu dia a dia de aprendizado na empresa. Os dados mais significativos coletados em campo foram analisados a partir de referncias terico-bibliogrficas da Psicologia e de outras reas de saber das Cincias Humanas e Sociais que dessem suporte sua compreenso. Como alguns dos principais resultados obtidos na pesquisa, pode-se destacar que a ocupao profissional para a qual os jovens so preparados durante sua formao no programa de aprendizado no est necessariamente vinculada aos desejos de carreira que possuem para seu futuro. Os projetos de vida que denotam a busca por estabilidade so pautados em carreiras que requerem a realizao do ensino superior. O encontro dos jovens com o universo da empresa no simples, requer a aprendizagem de formas de falar e de se portar que so bem-vindas ou no. So essas formas de saber assim como o sentido de responsabilidade que ganham ao terem tarefas a realizar os principais aprendizados que os jovens carregam da experincia vivida. Por outro lado, a empresa ainda possui dificuldades para lidar com esses jovens percebendo-os a partir de esteretipos ligados s suas origens socioeconmicas que acabam por gerar mecanismos de desenvolvimento com teor civilizatrio.

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Esta dissertao, que se insere na Linha de Pesquisa Produo Social do Conhecimento, objetiva gerar uma reflexo acerca da metodologia de formar e inserir jovens no mundo do trabalho, aps a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente. Isto feito a partir da anlise ideolgica do que est subjacente aos discursos dos que atuam ou estimulam o desenvolvimento desta atividade. Partindo de uma fundamentao em autores que, entre as dcadas de 1980 e 1990, realizaram investigaes nas reas de trabalho/educao e de assistncia infncia e juventude, e de uma anlise junto ao Projeto Bolsa de Iniciao ao Trabalho, desenvolvido pela UERJ em conjunto com DEGASE e 2 Vara, foram feitas observaes e entrevistas com educadores e jovens envolvidos nesta prtica. Foi possvel, assim, desvelar o significado desses discursos: falas produzidas a partir das distintas e complexas relaes sociais vivenciadas pela populao brasileira e que, at os dias atuais, interferem no processo de formao e insero profissional do jovem pobre. Aps a anlise, verificou-se que esta ideologia reproduzida por educadores e jovens e, que, apesar das mudanas desta dcada, a prtica instituda a de adequar o jovem ao trabalho, visando a sua socializao, ocupao do tempo ocioso e renda familiar. Este texto ainda tenta sinalizar para a importncia dos programas e da escola formal interagirem, rompendo com o falso paradigma de que a infncia pobre est destinada, com rarssimas excees, ao trabalho instrumental ou marginalizao, o que contribui para sua excluso da escola e do direito ao lazer. Busca, tambm, estratgias que auxiliem na construo de um jovem/cidado crtico e ciente de seus direitos.

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Este estudo indica o uso da pesquisa etnobotnica aplicada como estratgia metodolgica para o fornecimento de subsdios para a comunidade do Quilombo So Jos da Serra, de modo a favorecer a visibilidade do seu etnoconhecimento botnico. Por meio de tal estratgia, esta pesquisa prope alternativas que contribuam para o desenvolvimento socioambiental local. Localizado em Valena/Rio de Janeiro, este quilombo foi formado h cerca de 150 anos por descendentes de negros de origem africana, escravizados e enviados regio para trabalharem nas lavouras de caf. Essa populao permaneceu em terras privadas, e se caracteriza pela resistncia e manuteno de suas tradies que se refletem no modo de vida, nas relaes sociais e nas estabelecidas com o meio ambiente. Destaca-se, entre outros aspectos, pelas contribuies sobre o conhecimento das plantas e de seus mltiplos usos. Por tratar-se de um Quilombo historicamente ligado s atividades agrcolas, restrio espacial e s precrias condies de plantio e de escoamento da produo, seus membros enfrentam ameaa de permanncia e de continuidade. Tal problemtica possibilitou a criao de alternativas que possam apontar para novas perspectivas de etnodesenvolvimento local, respeitando o perfil, as caractersticas socioculturais, o conhecimento sobre a natureza tradicionalmente mantido e as particularidades da paisagem. Acredito que promover a visibilidade do etnoconhecimento sobre acervo vegetal local pode permitir a emergncia de novas perspectivas socioambientais quela comunidade, em uma reconfigurao do processo produtivo baseado na ampliao do seu reconhecimento. A etnobotnica aplicada foi utilizada para alm do levantamento do conhecimento tradicional sobre o acervo vegetal utilizado pela comunidade estudada. Ela contribuiu tambm para leitura e interpretao da paisagem onde vivem os quilombolas, identificando as marcas de seu territrio e territorialidade, com vistas a favorecer a visibilidade do etnoconhecimento. Foram utilizados procedimentos etnomedolgicos envolvendo pesquisa de campo. Procurei avaliar as questes relacionadas disponibilidade e distribuio das plantas no local, ao reconhecimento das plantas como recurso financeiro, importncia das plantas para manuteno do modo de vida quilombola, distribuio e transmisso do conhecimento etnobotnico dentre os membros da populao. Por meio da anlise documental, dos procedimentos etnometodolgicos de trabalho de campo, da coleta e identificao de material botnico e da anlise da relao existente entre os quilombolas e as unidades de paisagem que compem a paisagem cultural do Quilombo So Jos da Serra, perspectivas de rearranjo socioambientais puderam ser sugeridas. Como forma de retorno da pesquisa comunidade, deu-se a instrumentalizao dos quilombolas do So Jos da Serra para a participao ao longo do processo investigativo, a fim de contribuir com o objetivo de visibilizar, compreender e valorizar o etnoconhecimento, os detentores deste conhecimento, as espcies vegetais e a paisagem local, onde passado, presente e futuro se imbricam de forma contnua

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O presente estudo aborda as prticas de acumulao por expropriao e espoliao e seus impactos na organizao e reproduo do espao local de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro, a partir da articulao entre diferentes escalas scio-espaciais e como estas estratgias so acionadas pelo capital atravs de prticas imperialistas que visam a recomposio do ciclo de crescimento. Para tanto, a dissertao elege o grupo empresarial TKCSA - ThyssenKrupp Companhia Siderrgica do Atlntico, um empreendimento multinacional com atuao na cadeia produtiva da industria siderrgica, oriundo da Alemanha. Pretende-se fazer um estudo sobre os discursos e as prticas de resistncia e de denncia, mobilizados pela sociedade civil organizada, acerca da produo e distribuio desigual e territorialmente localizada dos danos e riscos scio-ambientais sobre segmentos da populao residente e trabalhadora local.

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O presente trabalho congrega duas temticas de grande relevncia para o estudo do Direito Internacional. A primeira delas o Direito Internacional dos Investimentos, fruto dos intensos fluxos de capital e indivduos ao redor do mundo e expresso de tratativas negociais e contratuais firmadas entre Estados hospedeiros e investidores estrangeiros, sendo estes dois ltimos atores globais na consecuo e efetivao do Direito dos Investimentos. A segunda temtica refere-se ao direito ao desenvolvimento que, nascido em um ambiente de profunda e intensa discusso travada pela comunidade internacional, figura como direito multifacetado que abarca aspectos sociais, econmicos e ambientais. Nesse contexto de sustentabilidade e representatividade dos Direitos Humanos, a presente pesquisa procura demonstrar como essas duas temticas podem contribuir para uma indstria de carter essencialmente internacional, qual seja, a indstria do petrleo e gs natural. Com o fito de minimizar os impactos negativos causados pelas atividades de explorao e produo de leo e gs nos pases produtores, so aplicados os ensinamentos do Direito Internacional dos Investimentos e do direito ao desenvolvimento, chegando-se a alguns mecanismos que promovam o desenvolvimento nos pases atuantes nessa indstria. Esses mecanismos so estudados sob a tica do Direito Comparado e propem uma estratgia de atuao, tanto para Estados hospedeiros, quanto para investidores estrangeiros, que permita garantir a harmonia na comunidade internacional, tornando indstria to peculiarmente delicada e instvel em um instrumento para a valorizao do homem e do meio-ambiente.

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Representaes ps-coloniais em Ruy Duarte de Carvalho: uma leitura de Os papis do ingls investiga a narrativa ficcional do romancista e antroplogo angolano Ruy Duarte de Carvalho, partindo do pressuposto de que a obra contm uma intricada rede discursiva em que esto confrontados os discursos colonial, ps-colonial e a crtica do modelo utpico de nao que se buscou construir, e efetivamente se construiu, em Angola aps a independncia. Para-lelamente a essa rede discursiva, a narrativa tambm se constitui de um encontro de diversas formas literrias distintas a poesia, o dirio, a prosa e o ensaio etnogrfico, evidenciando a complexidade do romance em questo. Tendo como base o livro de Ruy Duarte de Carvalho, abordamos a histria literria e poltica de Angola, seu desenvolvimento, suas relaes e ten-ses principalmente com o colonizador europeu, com sua histria passada e, mais recente-mente, com seu perodo independentista, procurando evidenciar como as releituras dos discur-sos histricos e ideolgicos coloniais tornaram-se um campo profcuo para o desenvolvimento de narrativas literrias que ampliam os limites da escrita no mbito ficcional e poltico-ideolgico. Alm dos textos de Ruy Duarte de Carvalho, este trabalho foi desenvolvido utili-zando como eixo norteador textos de estudiosos da literatura angolana, como Laura Padilha, Rita Chaves e Jos Carlos Venncio; tericos que discutem a crtica ps-colonial, como An-tonio Negri, Edward Said, Stuart Hall, Russel Hamilton e Boaventura de Sousa Santos; textos histricos escritos pelo colonizador portugus em solo angolano, como Henrique Galvo, Ralph Delgado e Jos Ribeiro da Cruz; alm de textos escritos por intelectuais africanos, como Aim Csaire e Amadou Hampat-B, e tericos que analisam as relaes entre antropologia e literatura, como James Clifford

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A atual poltica de sade mental brasileira aponta o hospital geral como parte integrante da rede de servios substitutivos ao manicmio. preconizado por essa poltica que os servios substitutivos levem em considerao, entre outras premissas, o acolhimento, o vnculo e a integralidade na prestao do cuidado. Frente a isso, optou-se por estudar o atendimento ao louco no hospital geral. Este estudo foi realizado no setor de emergncia do Hospital Estadual Pedro II, situado na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo era analisar as prticas assistenciais ao louco em um hospital geral e os seus efeitos para integralidade. Para isso, buscou-se, especificamente, a) situar a unidade hospitalar e sua relao com a rede de servios de sade, destacando os aspectos sociais, polticos e culturais que se inserem; e b) compreender os sentidos e significados sobre integralidade, acolhimento e vnculo atribudos pelos sujeitos envolvidos nas prticas assistenciais a clientela com transtorno psiquitrico; e c) identificar a existncia de nexos entre essas prticas e as diretrizes do movimento de reforma psiquitrica, alm de mapear os dispositivos de poder e seus efeitos nas prticas assistenciais. Optou-se pelo recurso metodolgico do Estudo de Caso. Os dados foram obtidos atravs de observao, anlise documental, entrevista e conversas do cotidiano. Identificou-se que o hospital funciona como a nica emergncia da regio, alm de ser a nica porta aberta s emergncias psiquitricas. O espao fsico da emergncia em pouco favorecia o desenvolvimento de uma ateno acolhedora, resolutiva e humanizada, seja ao louco ou a qualquer outro paciente. As prticas assistenciais ainda eram predominantemente pautadas pelo modo asilar. Acolhimento, vnculo e integralidade faziam parte do discurso, mas ainda no se materializaram nas prticas assistenciais. O estigma atribudo doena mental foi percebido como empecilho a prticas acolhedoras. A noo de vnculo foi atrelada responsabilidade. Porm a prtica de alguns profissionais da emergncia e do prprio servio de sade mental no revelou essa responsabilizao na coproduo de sade. As relaes de poder no campo seguiam o modelo biomdico hegemnico, com centralidade na figura do mdico. Elas foram consideradas empecilho materializao da integralidade. A fim de possibilitar a concretizao do hospital como parte da rede de servios substitutivos julgou-se necessrio investir em novos arranjos institucionais que coloquem o usurio como centro dos modos de produo de atos de sade; inserir a dimenso cuidadora na formao e qualificao dos profissionais de sade e, investir especificamente na dimenso sociocultural da reforma psiquitrica para que o iderio reformista deixe de circular somente os guetos psiquitrico e garanta um outro lugar para o louco na sociedade.

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O objetivo principal deste trabalho consiste em analisar a construo social do cuidado em um grupo especfico de apoio aos portadores do vrus HIV/AIDS. Para tanto, apresentamos uma discusso terico-conceitual e metodolgica desenvolvida em quatro captulos. Nos dois primeiros refletimos sobre a trajetria, do enfrentamento da epidemia do HIV/Aids no Brasil e o papel das ONGs nessa trajetria, buscando delinear o campo de disputando qual um grupo especfico de portadores do vrus HIV/Aids se insere e assume posio contra-hegemnica. Em seguida, no terceiro captulo, mapeamos o percurso da formao desse grupo, analisando o engendramento das atividades ali desenvolvidas e os reflexos do campo de disputa no interior do grupo. No captulo seguinte, refletimos sobre a histria de vida de uma das participantes do grupo, por meio da qual identificamos quais as possveis configuraes desse sujeito, mediante sua insero nos espaos sociais. Verificamos que tal insero amplia sua capacidade de articular saberes no enfrentamento dos seus problemas de sade. Conclumos que o grupo estabelece modos de fazer que primam pela manuteno do vnculo por onde circulam bens e se efetuam as solidariedades. Alm disso, percebemos que as hegemnicas concepes de sade e doena esto tendo seus poros alargados por este reordenamento social que no somente filtra os valores indesejveis da viso hegemnica, como tambm propicia aos sujeitos a redescoberta do seu prprio cuidado. Por fim, constatamos que as representaes sobre sade e doena, decorrentes da que as representaes dobre sade e doena, decorrentes da insero do sujeito em espaos sociais especficos, como os grupos de apoio, provocam (re)significaes importantes: trabalhar, cozinhar, dormir, alimentar-se e tambm aquelas que estavam somente na ordem do lazer, como passear, ficar em casa com a famlia, visitar e ser visitado por amigos, danar e outras, ganham nova dimenso e passam a ser vistas como vetores de sade. Deste modo, gestos simples e prticas habituais assumem aspectos de tticas que modulam o cuidado dos sujeitos, Estas prticas realizadas no cotidiano, as quais chamamos de cuidado vivo, so tambm percebidas pelos sujeitos como cuidado.

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Esta tese busca compreender o que os rituais funerrios contemporneos revelam sobre as maneiras com as quais as pessoas tm lidado com a morte e o morrer na atualidade. Desse eixo central se ramificam reflexes sobre a relao dos homens com o tempo, com o envelhecimento e com a finitude. Evidenciando que os modos atuais de lidar com a morte e o morrer envolvem flagrantes processos de mercantilizao, patologizao, medicalizao e espetacularizao. O crescente uso de servios funerrios de tanatoesttica apontam no somente tcnicas de maquiagem dos mortos, mas tambm estratgias de maquiagem da morte. O investimento financeiro, antes direcionado s preocupaes transcendentes com o futuro da alma do morto, se reverte em intervenes fsicas no corpo morto, de maneira que ele no emita sinal algum da morte que o tomou e proteja os sobreviventes do contato com a finitude. Essa dissimulao sinalizada pela reduo progressiva do espao que a sociedade contempornea tem destinado ao luto e ao sofrimento, categorias com cada vez mais frequncia equiparadas a condies patolgicas. Utilizando metodologia qualitativa, com pesquisa de campo realizada tanto no Brasil como em Portugal, durante perodo de doutorado sanduche no exterior, observou-se um acentuado estreitamento entre as realidades morte e consumo. Indicando uma transposio da lgica comercial de mercado s prticas funerrias tradicionais. Assim, funes simblicas dos rituais fnebres vem sendo modificadas e regidas pela lgica do consumo, apresentado na atualidade como alternativa unidimensional para a imperativa vivncia initerrupta do prazer e da felicidade. Constatou-se que - apesar da crescente popularizao de discusses sobre o tema morte no meio acadmico, na rea da sade e na mdia - no h aceno de ruptura no seu enquadramento como tabu. Apenas permitido socialmente que ela ocupe locais determinados: o lugar de espetculo, de produto, da tcnica, da banalizao ou mesmo do humor publicitrio. As observaes e as reflexes realizadas em todo o processo de construo desta tese nos inclinam a considerar que continua vedado o aprofundamento de questes ligadas expresso de sentimentos de dor e de pesar diante das perdas. Assim como se acentuam os processos de patologizao do luto e de distanciamento das demandas existnciais promovidas pela conscincia da prpria finitude e da passagem do tempo; do tempo de vida de cada um

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Esta investigao teve como proposta a anlise crtica da efetividade do Sistema UAB e suas prticas subjacentes nas diferentes concepes do espao social brasileiro e objetivou discutir como vem sendo desenvolvida a poltica de expanso e de interiorizao tendo como foco os polos UAB, avaliar a funcionalidade dos atos normativos, identificar os efeitos das aes polticas praticadas e analisar a efetividade do sistema UAB, tendo em vista o atendimento demanda diante das vocaes regionais do territrio brasileiro. A base metodolgica deste estudo incluiu a pesquisa documental disponvel nos arquivos dos rgos de execuo e controle. As fontes, a coleta, a elaborao e a anlise dos dados foram realizadas considerando as informaes disponveis, a partir de 2008. Questionou-se se em tempos de formao humana, o modelo implantado pela UAB determinante no fortalecimento da produo de espaos sociais excludentes; se o atual modelo de EAD praticado pela UAB evidencia provveis disfunes na dinmica de execuo do sistema em vigor e, considerando o atendimento s vocaes regionais para o equilbrio educacional brasileiro, se a ao de articulao da UAB entre os trs nveis governamentais adequada sustentabilidade da qualidade acadmica e do compromisso social da EAD. Os resultados obtidos na pesquisa revelaram que as ofertas de cursos nos polos no atendem efetividade das vocaes regionais. Pode-se refletir que o modelo implantado determinante no fortalecimento da produo de espaos sociais excludentes e que o atual sistema revela disfunes na dinmica de execuo em vigor.

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Com base nos rebatimentos da Lei n 8.213/1991, que prev a obrigatoriedade legal de empresas privadas brasileiras contratarem de 2% a 5% de beneficirios da Previdncia Social reabilitados ou de pessoas com deficincia (PcDs) habilitadas em seus quadros funcionais, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar as repercusses da Lei de Cotas, tendo como referncia as concepes de deficincia preponderantes dentro de uma organizao privada de ensino profissionalizante por meio do seu Projeto de Sensibilizao Gerencial. O projeto de sensibilizao gerencial objetivou consolidar as etapas iniciais, na implementao de um programa institucional de valorizao da diversidade. A hiptese principal formulada para a pesquisa, dentre outras relativas s concepes de deficincia, por parte de gestores, que as reverberaes positivas produzidas pela Lei de Cotas atingem, inclusive, as organizaes empresariais supostamente distanciadas do movimento inclusionista. Para fins de avaliao das concepes de deficincia foram utilizados delineamentos de pesquisa estatstica, compreendendo o teste de Shapiro-Wilk para determinar se as respostas s perguntas configuravam ou no uma distribuio normal, alm do Coeficiente de Correlao de Pearson para medir a intensidade da relao linear entre as variveis estudadas. Serviram como instrumentos da pesquisa um questionrio sociodemogrfico e um inventrio de concepes de deficincia (ICD), sendo este direcionado para o objeto atitudinal, considerando-se as percepes sociais favorveis e desfavorveis no grupo pesquisado. Esse inventrio de concepes de deficincia composto de sete blocos de asseres e de uma escala do tipo Likert de seis pontos, que foi aplicada em um universo que contempla estrategicamente 60 participantes selecionados em trs (3) grupos (Grupo piloto 1 envolvendo 30 participantes das reas do Comit Gestor do projeto na empresa; Grupo piloto 2 envolvendo 12 trainees; e Grupo Gerencial envolvendo 18 participantes, incluindo Gerentes de rea e Gerentes de Equipe da Superintendncia de Produtos Educacionais). De posse dos resultados da avaliao das concepes de deficincia pelo ICD, foram realizados workshops de sensibilizao com os participantes com o objetivo de sensibiliz-los e disseminar o conhecimento sobre incluso social e laboral de PcDs, as aes de polticas pblicas na atualidade, a natureza das deficincias, considerando-se os aspectos sociais da profissionalizao, empregabilidade de pessoas com deficincia na empresa. Para tanto, foram empregadas tcnicas e procedimentos ldicos, alm de debates para fins de reflexo crtica por parte dos participantes. A avaliao de reao foi conduzida ao trmino desses workshops. O conjunto dos dados levantados at ento possibilitou proceder-se a um diagnstico das concepes que prevalecem sobre PcDs na organizao alvo da pesquisa. Os resultados evidenciaram a coexistncia de concepes distintas da deficincia, indicando que, embora concepes negativas se perpetuem, as reverberaes da Lei de Cotas tm apresentado tambm repercusses visivelmente positivas valorizando, assim, as aes corporativas apontadas para a diversidade humana, no contexto do trabalho. Em termos conclusivos, considera-se, no entanto, que o processo de incluso laboral deva ser percebido por parte dos gestores como contnuo e em direo mudana do comportamento humano nas organizaes frente profissionalizao de PcDs. Posteriormente, tendo-se como suporte os resultados da presente pesquisa, um plano de ao institucional ser implementado, como proposta de um programa balizado em 10 projetos sintticos que serviro de modelo para empresas brasileiras interessadas em incluir a diversidade e reter talentos com deficincia em seus postos de trabalho, de modo a garantir-lhes o direito de exerccio pleno da cidadania.

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A tese tem como propsito analisar a conexo que se estabelece entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a educao de Seropdica. Tal universidade foi construda em uma regio quase desabitada, prxima cidade do Rio de Janeiro e sua instalao provocou a ocupao paulatina da regio at vir a se constituir em um municpio autnomo. O trabalho estrutura-se em quatro captulos. Inicialmente, examina-se o territrio de Seropdica, recuperando o processo de povoamento ao longo dos sculos, desde as primeiras ocupaes indgenas, a chegada dos portugueses, e j no sculo XIX, a atividade de produo da seda, que d nome ao municpio, at a instalao da instituio universitria. No segundo captulo examina-se a histria da universidade no Brasil, destacando o seu tardio aparecimento, focalizando a UFRRJ, desde a Escola de Agronomia e Medicina Veterinria, a ESAMV, at chegar estrutura atual e sua relao com a educao de Seropdica. A anlise do sistema de ensino municipal, apresentada no terceiro captulo, evidencia o processo de expanso da rede escolar desde os tempos de distrito de Itagua at a emancipao, examinando o processo de transferncia de uma rede outra, a fundao de novas escolas e a integrao dessas comunidade em que se encontra inserida. Por fim, a tese em seu ltimo captulo, analisa as escolas surgidas diretamente a partir da presena da universidade na regio, em especial, a criao do Centro de Atendimento Integral Criana (CAIC) Paulo Dacorso Filho.