161 resultados para Poesia portuguesa História e crítica


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In me tota ruens Venus Vnus derrubando-se inteira sobre mim, esse verso de Horcio representa claramente a posio dos personagens de Fedra e Hiplito na tragdia Hiplito de Eurpides. Em linhas gerais, Fedra, enfeitiada por Afrodite, sofre de amor pelo seu enteado Hiplito, que a rejeita veementemente. Enfurecida pelo tratamento dispensado por Hiplito no s a ela, mas s mulheres em geral, Fedra acusa Hiplito de estupro, atravs de um bilhete e suicida-se logo em seguida. Teseu, pai de Hiplito, ao encontrar a esposa morta, exila o filho e providencia que ele seja morto. As tenses criadas pelos discursos de Fedra e Hiplito tm sido material de inmeros debates crticos. A anlise da fortuna crítica levanta mais perguntas que fornece respostas. De todas as linhas críticas, duas linhas antagnicas merecem ser ressaltadas. A leitura crítica do discurso misgino que ir defender que Eurpides no pregava a misoginia atravs dos seus textos, mas, muito pelo contrrio, a combatia ao fazer mudanas no mito dando voz a personagens femininas to fortes quanto Fedra. E a leitura do discurso feminista que ir defender que h um discurso misgino presente no texto de Eurpides, fruto de uma imposio ideolgica vigente na Grcia do sculo V a.C.. O presente trabalho ir discutir ambos discursos e demonstrar, que a sua maneira, Eurpides no era misgino

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Diversos crticos enfatizaram a vertente de Noite na taverna, de lvares de Azevedo, obra que se consagrou, portanto, como uma narrativa pertencente ao gnero fantstico, apesar de no corresponder plenamente concepo do gnero desenvolvida por Tzvetan Todorov, em Introduo literatura fantstica subsdio fundamental para os estudos da fico inslita. "Fantstica"!, "sobrenatural", "de horror", "ttrica", "sombria", "macabra", "monstruosa", "dantesca", "simbolista avant la lettre", "gtica", "satanista", "byroniana" so alguns dos termos empregados pela crítica nos principais estudos publicados acerca da obra. Trata-se de uma multiplicidade de classificaes que, no entanto, no a caracterizam adequadamente e s demonstram a dificuldade de definir-lhe o gnero. Refletindo sobre tais aspectos e partindo dos principais estudos crticos produzidos sobre a obra desde sua primeira edio, consideramos a pertinncia de a classificarmos como integrante do gnero fantstico. Procura-se ainda, aps minuciosa leitura destes estudos, identificar os momentos da história e da crítica literria brasileira em que Noite na taverna foi classificada com termos que a associaram a uma forma de literatura incomum no Brasil nacionalista do sculo XIX.

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Este trabalho faz uma anlise comparativa de algumas das principais obras de história literria do Brasil, publicadas no sculo XIX e incio do sculo XX, escritas, respectivamente, por Ferdinand Wolf, Slvio Romero e Jos Verssimo. So analisadas as concepes de nacionalismo, de história e de literatura que veiculam, relacionando-as com as ideias que circulavam poca em que foram escritos Le Brsil Littraire, de Ferdinand Wolf, a História da Literatura Brasileira, de Slvio Romero, e a obra homnima de Jos Verssimo. Sendo assim, alm de analisar as obras comparativamente, o presente trabalho recupera o significado histrico que comportam, uma vez que as insere no quadro de referncias vigentes no momento em que apareceram. Partindo do pressuposto de que a caracterstica principal desses textos a ideia de nacionalismo, estudam-se os significados atribudos a este termo desde meados do sculo XIX at incios do sculo XX, momento em que foram escritas aquelas histórias literrias. Ademais, relacionam-se as narrativas s variadas formas de se pensar a história, enquanto disciplina, nesse perodo, procurando identific-las pelo modo como constroem a explicao histrica. Por fim, as ideias que apresentam a respeito da literatura so articuladas no s s concepes de nacionalismo e de história que aqueles textos veiculam, como tambm reflexo que ento se fazia

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A efervescncia cultural e poltica dos anos 20 contribuiu para o surgimento do romance nordestino de 30. Nesse momento, o engajamento do intelectual era uma necessidade e as produes artsticas foram mediadas por influncias polticas de esquerda ou de direita. Com isso, as obras literrias ganharam um tom de denncia, expondo nossos problemas sociais. O intelectual brasileiro se viu entre dvidas e tenses e destacamos, na primeira parte desse trabalho, as posturas dos seguintes escritores: Jos Amrico de Almeida (1887-1980), Rachel de Queiroz (1910-2003), Jorge Amado (1912-2001), Jos Lins do Rego (1901-1957) e Graciliano Ramos (1892-1953). Na segunda parte, tomamos as obras do escritor paraibano, Jos Lins do Rego, para analisar o posicionamento desse intelectual frente as questes de sua poca. Com base nas discusses que o escritor pe em relevo em seus romances, identificamos a abordagem da relao entre intelectual e operrio, os limites da figurao do outro o negro e a mulher pobre , a continuidade e a ampliao da escravido no sculo XX. Cotejando as respostas de Jos Lins com as dos demais romancistas nordestinos de 30, verificamos como se estabeleceu o dilogo entre esses escritores e quais so os limites de seus posicionamentos

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Em Vinte e zinco, o escritor moambicano Mia Couto, recorrendo ao universo telrico de seu pas, tenta recuperar, ficcionalmente, um perodo cronolgico que perpassa dias imediatamente anteriores e posteriores Revoluo dos Cravos em Portugal, quando se deu a queda do regime salazarista, no 25 de Abril de 1974, iniciando a narrativa em 19 de Abril e concluindo-a no dia 30. O escritor vale-se de recursos ldicos inerentes produo ficcional, somados s possibilidades estticas oferecidas ao longo do processo de resgate sociocultural dos valores da terra. Assim, conta uma história em que elementos do maravilhoso so legveis como comuns realidade quotidiana. A narrativa apresenta a funo da Casa dos Castro os integrantes da famlia e suas relaes com frica e das demais personagens que transitam ao seu redor seja na figura de negros, seja na de alguns brancos, estes, assimilados ao avesso ou no. Essas personagens juntas mesmo que estejam, em determinados momentos, em lados opostos caminham, como representao da dualidade colonial, em direo apotetica cena inslita em que se do a ascenso do Napolo e a tempestade que cai ao final, manchando a terra s vsperas do 25 de Abril. Mia Couto, em um universo cercado de mitos, crenas e tradies, torna visvel o invisvel, espelhando, no plano da diegese, a realidade desse cenrio, e recupera, pela via das trocas culturais ao longo dos sculos, estratgias de construo narrativa ficcional desenvolvidas nas literaturas latino-americanas a fim de representar Moambique em sua obra. Assim, apropria-se dos preceitos do Real Maravilhoso, em sua vertente africana aqui chamada de Real Animismo miacoutiano para apresentar essa mestiagem cultural com imagens plurivalentes do real

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Esta dissertao investiga de que maneiras a representao do sujeito canadense pode ser encontrada em dois romances representativos da literatura canadense contempornea: Obasan, de Joy Kogawa, e Alias Grace, de Margaret Atwood. Esta investigao tambm demonstra que a busca pela definio da identidade canadense tem sido tema constante e relevante da cultura deste pas. A indefinio quanto ao que significa ser canadense tambm tem permeado a literatura canadense ao longo dos sculos, notadamente desde o sculo XIX. A fim de observar a representao literria da busca pela definio da identidade canadense, esta investigao aborda os conceitos relativos representao de grupos subalternos tradicionalmente silenciados. A anlise comparativa dos romances citados contempla a relao entre memria e trauma autobiogrficos, assim como as semelhanas narrativas entre fico e história. Esta investigao tambm verifica de que maneiras a literatura ps-moderna emprega documentao oficial, relatos histricos e dados (auto) biogrficos a servio da reescrita da história atravs da metafico historiogrfica

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A presente dissertao tem como objetivo apresentar duas influentes autoras afro-americanas do sculo XIX, Frances E. W. Harper e Pauline E. Hopkins. Ambas as autoras, atravs de seus romances Iola Leroy, or, Shadows Uplifted (1892) e Contending Forces: a Romance Illustrative of Negro Life North and South (1900) respectivamente, entrelaam fico e história com o propsito de criar novas alternativas de discurso, afastando-se, portanto, do oficial. Ademais, o presente trabalho prope demonstrar como Frances Harper e Pauline Hopkins fazem uso do espao literrio com a finalidade de escrever a história do oprimido, permitindo, principalmente, que as mulheres afro-americanas dessem voz as suas experincias e as suas prprias histórias. Assim sendo, a literatura produzida por Frances e Harper e Pauline Hopkins ser analisada como forma de empoderamento da comunidade afro-americana, principalmente como forma de aquisio de poder para as Mulheres Afro-Americanas.

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Analisar a fico gua Viva, de Clarice Lispector, o desafio desta dissertao, que integra autor, texto e leitor em uma discusso acerca de experincia esttica e estrutura textual. Partindo de conceitos desenvolvidos pela Teoria do Efeito Esttico, de Wolfgang Iser, o objetivo a ser atingido o de identificar as ferramentas utilizadas pela autora Clarice Lispector que fazem de seu texto potncia esttica a ser desencadeada pelo leitor no ato da leitura. Ao investigar a estrutura desta obra, encontram-se elementos que tornam vulnerveis concepes pr-estabelecidas acerca da literatura, abrindo-se em vazios constitutivos que convidam o leitor a participar da criao de significaes e da experimentao dos sentidos. A aproximao entre texto e artes plsticas, principalmente pintura, tem forte presena nesta obra, que provoca a formao de imagens no momento do contato com o texto, acontecimento em que se fundem tempo e espao para a irrupo do instante-j. Procurou-se, ainda, identificar tendncias comuns entre a produo deste texto de Clarice Lispector e os questionamentos presentes em outras manifestaes artsticas da poca, notadamente quanto ao carter transitrio que a arte dos anos 70 assume, fazendo com que o prprio movimento, a prpria transformao, tornem-se estrutura da arte de ento

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Parte-se da perspectiva do fantstico como um entrelugar espao plural e fragmentado, marcado por descentramento e heterogeneidade, capaz de comportar at o contraditrio percebido como um ambiente caracterizado por uma inerente duplicidade. Entendido isso, observa-se que esse carter dual intensifica-se nas narrativas vampirescas, na medida em que ele estendido ao vampiro e refletido no leitor. Por conseguinte, identificam-se e analisam-se os aspectos distintivos do leitor desse tipo de narrativa, reconhecendo-se seu papel na construo do gnero e na manuteno do carter aberto da obra, como em uma coautoria cuja marca registrada a hesitao. Entretanto, da relao entre vampiro e leitor, evidencia-se mais que isso, afinal a narrativa fantstica de modo geral e no apenas a de vertente vampiresca sempre aponta para o leitor como sendo este o fio solto que no permite que a obra feche-se. Percebe-se ainda, por meio da descrio e anlise de diferentes tipos de manifestao do vampiro na literatura, um processo de reconfigurao da relao existente entre vampiro e leitor, e entre este e a narrativa fantstica, bem como com a literatura de forma geral. Assim, considera-se a relao do leitor com o vampiro clssico um tipo assustador , marcada pela desidentificao; com o moderno um tipo sedutor, e humanizado na figura de Louis, personagem de Anne Rice , marcada pela identificao; e com o contemporneo um tipo sedutor e humano , marcada pela apropriao de identidade. Neste ltimo movimento, entendido como a vampirizao do leitor, intenta-se provar que este, depois de transformado, reconhecendo-se como tal em seu duplo (o vampiro), nutre-se da fora vital deste seu duplo e da narrativa fantstica e retm a aparncia de hesitao, a qual a fora motriz do gnero em questo. O leitor torna-se o personagem mais atuante sobre a/na narrativa, operando no campo da realidade e tambm no da fico. A compreenso desse processo que vai da desidentificao apropriao de identidade aprofundada na anlise destas trs narrativas vampirescas marcantes ao pensamento desenvolvido neste estudo: Drcula, de Bram Stoker; Entrevista com o vampiro, de Anne Rice; e A confisso, de Flvio Carneiro

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O objetivo desta dissertao discutir o lugar que o fazer literrio ocupa no processo de resistncia poderes hegemnicos. Como fontes primrias centrais, foram escolhidos o romance histrico The Farming of Bones (1998) e a narrativa autobiogrfica Brother, Im Dying (2007), ambos escritos pela autora haitiana-americana Edwidge Danticat. Em The Farming of Bones, Danticat reconstri ficcionalmente o trgico e obscuro episdio ocorrido em 1937 quando o ento ditador da Repblica Dominicana, Rafael Trujillo, ordenou o extermnio de todos os haitianos que residiam e trabalhavam em cidades dominicanas prximas fronteira com o Haiti. O silncio por parte dos governos de ambos os pases em torno do massacre ainda perdura. A publicao do romance histrico de Danticat 61 anos aps tal ato de terrorismo de Estado se torna, desta forma, exemplo de como o fazer literrio e o fazer histrico podem fundir-se. Em Brother, Im Dying, Danticat narra a história da vida e da morte de suas duas figuras paternas, seu pai Andre (Mira) Dantica e seu tio Joseph Dantica (que a criou dos 4 aos 12 anos, no Haiti). Joseph, sobrevivente de um cncer de laringe, foi pastor batista e fundador de uma igreja e uma escola no Haiti. Morreu dois dias depois de pedir asilo poltico nos EUA e ser detido na priso Krome, em Miami. Mira, que migrara no incio da ditadura de Franois Duvalier para os EUA, onde trabalhou como taxista, morreu vtima de fibrose pulmonar poucos meses depois de seu irmo mais velho. Edwidge Danticat recebeu a notcia de que o quadro de seu pai era irreversvel no mesmo dia em que descobriu que est grvida de sua primeira filha. Com uma escrita que abrange tanto a narrativa de si quanto a narrativa do outro, alm das esferas pblicas e privadas, Danticat cria em Brother, Im Dying um locus de fazer auto/biogrfico que dialoga com questes de dispora, identidade cultural e memria. Os ensaios publicados em Create Dangerously (2010) e as vrias entrevistas concedidas por Danticat tambm reforam meu argumento que Edwidge Danticat exerce seu papel de artista engajada atravs de seu fazer principalmente, mas no exclusivamente literrio. Desta forma, a autora constri uma possibilidade de resistncia ao discurso hegemnico que opera tanto em seu pas de origem quanto em seu pas de residncia.

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Lima Barreto aborda o intelectual do seu tempo a partir do seu ideal de arte social, e dentro deste ideal de arte o intelectual aquele que mantm articulao com o saber, e faz disto um benefcio para a coletividade (OAKLEY, 2011). Portanto, este trabalho aborda as figuraes da intelectualidade no Brasil utilizando a idealizao de arte e intelectual de Lima Barreto em nossas anlises sobre a figura do intelectual. Inevitavelmente ao tratar da temtica do intelectual no poderamos deixar de abordar a prpria figura de Lima Barreto como intelectual em seu tempo. Assim sendo, busca-se compreender Lima Barreto como intelectual preterido por seus contemporneos, bem como no engajado em lutas de classes sociais, distante de qualquer categoria de intelectual orgnico de Gramsci. Com isto infere-se que Lima Barreto no fazia parte da elite intelectual da Belle poque, e nem era porta-voz do subrbio. Ele foi um escritor e intelectual militante somente de uma causa: a arte como ferramenta para comunho entre os homens. Escolhemos o gnero crnica por ela ser algo dirio, escrita de observador e gnero onde Lima pode explorar a sua escrita irnica e sarcstica sobre diversos temas, em especial o intelectual (S, 2005). Portanto, as crnicas de Lima Barreto podem nos oferecer uma melhor representao dessas figuraes do intelectual, seja na poltica, imprensa ou literatura. Lima Barreto vai construir seu ideal de arte e intelectual dentro da sociedade Belle poque, sociedade essa que abrigava um trabalho de elaborao da literatura em que a forma era mais importante do que o contedo e fomentava a poltica de modernizao do pas numa clara imitao dos modos e costumes europeus em nossa literatura. Ao contrrio disto, Lima Barreto defendia que o importante, para o intelectual, era o trato com o contedo, ser contemporneo, uma relao verdadeira com a inteligncia e que sua escrita estivesse a servio do bem comum. Evidente que a literatura idealizada por Lima Barreto era utpica, mas militante, e por isso que ele, Lima Barreto, um intelectual de resistncia

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Compreender o carter ambguo da temtica de Oswaldo Goeldi o grande desafio proposto pelo artista a todos que, de forma geral, esto inseridos em uma compreenso mediana e superficial dentro do cotidiano. Numa atmosfera fantstica, Goeldi procura tornar as paisagens, seus seres e objetos mais ambguos ainda. E devido perplexidade que seus trabalhos causam aos espectadores torna-se impossvel fechar um nico conceito ou opinio sobre o carter dos desenhos e gravuras deste artista situado entre os extremos da luz e das sombras. Comparando as obras de Goeldi com o gnero literrio fantstico, que caracterizado por um mundo individual regido pelas incertezas de cada um, segundo Tzvetan Todorov em sua obra Introduo Literatura Fantstica, pode-se vislumbrar nas obras de Goeldi duas condies: ou o ser estranho uma iluso, um ser imaginrio, ou ento existe realmente, exatamente como os outros seres vivos, mas com a ressalva de que raramente o encontramos. Vida ou morte? Real ou irreal? Dessa forma, podemos dizer que Goeldi foi um expressionista que viveu uma realidade fronteiria entre o interior e exterior, a qual no era menos fantstica do que real. Uma questo que permanece atemporal at os dias de hoje conforme veremos nas obras de Nuno Ramos, Jos Rufino e William Kentridge

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Este trabalho visa examinar, a partir dos artigos, textos e correspondncias de Mrio Pedrosa, os conceitos de arte, história e crítica. objetivo dessa dissertao discutir o interesse de Pedrosa pelas experincias do Centro Psiquitrico do Engenho de Dentro, pela Arte Indgena e a relao dialtica existente entre Arte e Poltica em sua trajetria crítica como estratgia para definir seu interesse interdisciplinar e contemporaneidade

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Este trabalho busca compreender, atravs do exame de alguns pontos da scio-história do Brasil, posicionamentos diferenciados quanto origem da variedade brasileira do portugus. Para tanto, considera as interpretaes construdas pelos tericos a partir dos escassos dados referentes ao processo de colonizao brasileiro, catequizao, demografia, lngua geral, miscigenao e consolidao da lngua portuguesa no Brasil nos trs primeiros sculos da história do pas; discute a evoluo dos sucessivos posicionamentos adotados por estudiosos ao longo do perodo de formao e consolidao do portugus brasileiro, particularmente quanto sua receptividade ao aporte africano; rev a motivao para o debate sobre a questo da lngua brasileira e para a eleio do ndio, em detrimento do negro, como heri literrio. A pesquisa d relevncia compreenso do conceito de discurso simplificado, particularmente pidgins e crioulos, pela proeminncia desses conceitos nas principais hipteses que explicam a origem do portugus brasileiro, crioulizao e deriva. Contrapondo a leitura de expressivos autores da rea, ressaltamos a importncia dos processos scio-histricos na formao da variedade brasileira do portugus

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O objetivo desta dissertao investigar o vis coletivo da autobiografia ficcional de Face of an angel, da escritora estadunidense e de origem mexicana Denise Chvez. Desse modo, o trabalho pretende discutir a sociedade chicana descrita sob a tica da narradora/protagonista, Soveida Dosamantes, investigando desde o processo histrico de que resultado, passando pela iniquidade entre os papis desempenhados por homens e mulheres at chegar ao discurso autorreferencial com que a narradora/protagonista representa o ambiente cultural em que se insere. Antes da narrativa propriamente dita, h a rvore genealgica da narradora/protagonista, assinalando que o que vai se descortinar ao longo da leitura uma saga de famlia. Assim, Soveida Dosamantes utiliza a sua ambincia domstica, bem como a comunidade da fictcia cidade de gua Oscura, sua cidade natal, como recorte de uma estrutura social maior. Fazendo uso do discurso autobiogrfico, a narradora/protagonista criada por Denise Chvez expe as mazelas de uma comunidade que, em virtude ser produto do colonialismo e do neocolonialismo, perdeu sua identidade cultural. Em Face of an angel, atravs do relato em primeira pessoa de sua narradora/protagonista, a autora Denise Chvez reproduz o universo em que nasceu e cresceu. Cedendo a Soveida Dosamantes componentes autobiogrficos como complicadas relaes familiares, personagens femininas nativas que funcionam como sentinelas de prticas ancestrais que o domnio europeu apagou, personagens masculinos que mascaram sua fragilidade por trs de uma fora e de um poder aparentes, Chvez representa em Face of an Angel o microcosmos de uma comunidade que vem, aos poucos, subvertendo o discurso oficial e conquistando o seu terreno no panorama poltico e social estadunidense