774 resultados para Radioterapia - Teses
Resumo:
A proposta do Associativismo entre Municpios, especialmente entre aqueles de menor porte, seria alternativa para lidar com o problema de escassez de recursos, provocado pela falta de autonomia financeira dos Municpios. Embora, com a Constituio Democrtica de 1988, o Municpio tenha sido alado ao status de ente federativo autnomo, esta realidade no veio atrelada necessria autonomia financeira, tampouco possui escala para a prestao de servios pblicos essenciais populao local. Neste trabalho, enfoque especial dado a esta questo, principalmente diante dos impactos causados por grandes empreendimentos industriais, como o caso do Comperj (Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro), nos Municpios de Itabora, So Gonalo e cidades vizinhas. Estes Municpios, ainda que possuam caractersticas distintas entre si, podem alcanar vantagens se atuarem em conjunto, gerindo melhor os escassos recursos e proporcionando servios pblicos aptos a atender aos seus muncipes. Confirmando a importncia do associativismo, seja sob a forma de regies metropolitanas, microrregies, ou mesmo o consrcio intermunicipal, objeto central do presente estudo, a recente Lei de Consrcios Pblicos (Lei n 11.107/2005) veio destacar a relevncia da utilizao dos consrcios, trazendo mais segurana aos que deles se utilizam, contando com o apoio dos governos estadual e federal. Os Municpios afetados pelo Comperj, percebendo a importncia desta unio de esforos, criaram o Conleste (Consrcio Municipal do Leste Fluminense) j com respaldo na nova lei, com este propsito, qual seja, lidar com os impactos deste grande empreendimento, buscando mitigar os efeitos negativos e propondo solues que sejam aplicveis a todos, planejando e pensando no futuro.
Resumo:
Esta tese baseia-se em trabalho etnogrfico que investiga performances de gnero em um Clube de Mulheres no Rio de Janeiro, onde, aps um show de strip-tease masculino para uma platia exclusivamente feminina, tem incio uma festa danante com a presena de pblico masculino. No espetculo so encenados atos (hetero)sexuais em duplas ou em grupo, envolvendo os strippers e as mulheres que voluntariamente sobem ao palco. A trilha sonora, marcada pelo estilo pornofunk, traz elementos alusivos infidelidade conjugal masculina e feminina, orgia e prostituio masculina e feminina. Como em rituais de inverso, h, durante o show, tanto uma suspenso controlada das convenes de gnero tradicionais, quanto sua paradoxal reafirmao. Para o deleite de um pblico feminino, os strippers mantm no palco a representao do papel ativo na cpula, e tanto sua hexis corporal quanto suas performances realam a prontido para o ato sexual, a virilidade e o controle sobre a conduta feminina. As mulheres, por sua vez, encenam uma parcial submisso ao controle masculino. Elas manifestam alguma reatividade e heteronomia em relao aos homens na festa que acontece depois, quando pares heterossexuais relativamente annimos interagem atravs de aproximaes sucessivas que englobam carcias e beijos na boca. Neste contexto, como sujeitos ou objetos, tanto os strippers quanto as mulheres desempenham posies conflitantes com as tradicionais expectativas de gnero, que permanecem, entretanto, preservadas em grande medida pela idia de que elas dependem de estmulos especiais para, no campo do erotismo e da sexualidade, desejar ou fazer coisas para as quais os homens estariam supostamente sempre prontos. A tese procura mostrar que, como espcie de preo a pagar pelas inverses que ocorrem nesse espao, tanto a imagem das mulheres quanto a dos strippers desvalorizada, recaindo sobre eles os estigmas que ainda cercam as rupturas relativas s convenes de gnero.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho consiste na anlise crtica dos efeitos da poltica criminal fiscal brasileira sobre a proteo do bem jurdico protegido pelo Direito Penal Tributrio, investigando se instrumentos de poltica criminal fiscal auxiliam na proteo do bem jurdico tutelado pelo Direito Penal Tributrio. Para tanto, primeiramente, ser analisada a criminalidade econmica, bem como os institutos bsicos dos delitos tributrios. Posteriormente, estudar-se- o bem jurdico tutelado pelos delitos fiscais e de que forma os instrumentos de poltica criminal fiscal tem influenciado em sua proteo. O presente estudo dividido em quatro captulos. Os dois primeiros dedicados ao enquadramento metodolgico do tema, sendo que nos trs primeiros optou-se por pesquisar a viso de doutrinadores europeus, sobretudo espanhis e portugueses, pelo fato de o Direito Penal Econmico apresentar destacado desenvolvimento naqueles pases. J no ltimo captulo, preferiu-se dar destaque doutrina e jurisprudncia locais, em funo de os instrumentos de poltica criminal-fiscal estudados influenciar a realidade brasileira e no estrangeira. No primeiro captulo ser estudado o Direito Penal Econmico, ramo do Direito Penal que se ocupa da criminalidade econmica, apresentando as diversas teorias a respeito da conceituao dos delitos econmicos. Os delitos econmicos sero, ainda, contextualizados com o fenmeno da expanso/modernizao do Direito Penal, apurando-se os efeitos desta espcie de criminalidade dentro de uma sociedade de risco, com todos os novos bens jurdicos dela caractersticos e passveis de tutela por meio do Direito Penal. No segundo, analisado os contornos bsicos do Direito Penal Tributrio, diferenciando-o do Direito Tributrio Penal e trazendo as diversas conceituaes e classificaes dos crimes tributrios dentro do ordenamento jurdico brasileiro. Em seguida, buscar-se- responder questo de pertencerem, ou no, os crimes tributrios seara do Direito Penal Econmico, na qualidade de delitos econmicos. Mais frente, no terceiro captulo, ser investigado o bem jurdico penal protegido pelo Direito Penal Tributrio e sua relao com os direitos humanos fundamentais e ao custeio das polticas sociais que o Brasil, como Estado Social e Democrtico de Direito, se props a desenvolver. No captulo quatro, finalmente, sero estudados os instrumentos de poltica criminal-fiscal utilizados no Direito Brasileiro (extino da punibilidade pelo pagamento do tributo sonegado, critrios de aferio dos crimes fiscais de bagatela, natureza jurdica do encerramento do procedimento administrativo fiscal e a no escolha da sonegao fiscal como antecedente da lavagem de dinheiro) e os efeitos que engendram na proteo do bem jurdico penal tutelado pelo Direito Penal Tributrio, para, ento, concluir o trabalho.
Resumo:
A regulao da propaganda de medicamentos no Brasil incorpora quatro fragilidades: 1. A monitorao, fiscalizao e punio de irregularidades so realizadas a posteriori do acometimento da infrao (quando a populao j foi submetida a risco sanitrio); 2. As multas cobradas pela Anvisa tm valor irrisrio frente aos investimentos do marketing farmacutico; 3. No h mecanismo que impea que mesmo os valores irrisrios das multas sejam repassados aos preos dos produtos, onerando o consumidor; 4. A frase tida como de alerta - A PERSISTIREM OS SINTOMAS O MDICO DEVER SER CONSULTADO - ao invs de conscientizar a populao a respeito dos riscos da automedicao, estimula o uso de medicamentos sem receita, aconselhando a busca de um mdico apenas no caso da persistncia dos sintomas. Segundo dados da Anvisa e de estudos acadmicos, 90% da publicidade exibida contm irregularidades. Assim, a RDC 102/2000 da Anvisa, que regulamenta o setor, se constitui em um aparente sistema de regulao, que beneficia o infrator e mantm a populao sob risco. Este trabalho analisa o conceito e o uso dos mecanismos de marketing na busca de se elevar a comercializao de produtos farmacuticos (no que se denomina produo de doenas), examina os conceitos de propaganda, medicamento, regulao e manipulao; percorre alguns estatutos internacionais referentes ao setor da publicidade de medicamentos (com foco nas diretivas da Unio Europia) e expe a avaliao de organismos europeus de defesa do consumidor sobre o desempenho destas normas. Ao final, este estudo expe as posies do setor regulado brasileiro (indstria, agncias de publicidade e meios de comunicao) frente s posies de rgos de defesa dos consumidores, da academia e da sociedade organizada no mbito do SUS, para propor como alternativa um modelo regulador que supere as fragilidades do atual.
Resumo:
Trata-se de um estudo fundamentado na Epidemiologia, do tipo quantitativo, no-experimental, transversal apoiado na estatstica descritiva e inferencial, baseado no seguinte problema de estudo: qual a associao entre problemas de sade e riscos ocupacionais a partir da percepo dos trabalhadores de enfermagem da maternidade de um hospital universitrio? Teve como objetivo estudar os problemas de sade dos trabalhadores de enfermagem e sua associao com o trabalho, a partir de suas percepes. Foi desenvolvido em uma maternidade de um hospital universitrio do estado do Rio de Janeiro, com uma amostra constituda por 60 trabalhadores de enfermagem, em 2009. Utilizou-se para coleta de dados um questionrio de Boix e Vogel (1997) adaptado por Mauro (2009). Os dados foram analisados atravs do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 12.0. Todos os tipos de risco foram discretamente apontados pelos participantes como existentes no campo de estudo com destaque para os riscos de acidente e mecnicos, riscos ergonmicos e as situaes de conflito e violncia. Os resultados configuram um ambiente de trabalhado que necessita de adequaes de naturezas diversas, para evitar conseqncias negativas na sade dos trabalhadores, visando a minimizao, controle ou eliminao dos referidos riscos. Em relao aos problemas de sade evidenciados, os que se destacaram foram a depresso, o estresse, os problemas oculares, a hipertenso, as varizes, os problemas respiratrios e as lombalgias. Recomenda-se instituio promover a melhoria das condies de trabalho, maior ateno sade dos trabalhadores e a efetivao de programas de promoo da sade.
Resumo:
Nesta dissertao so analisadas, a partir de uma situao social especfica, as articulaes entre prticas de cura e relaes de gnero entre grupos Maxakali populao indgena que reside no Vale do Mucuri, Minas Gerais, Brasil. Trata-se de uma abordagem antropolgica sobre uma situao social na qual grupos Maxakali e a equipe de atendimento sanitrio da Fundao Nacional de Sade (FUNASA) enfrentaram uma epidemia de diarria infantil. O estudo etnogrfico aborda a maneira como os diferentes sujeitos em interao lidaram com a perturbao buscando o restabelecimento da condio de sade, a partir de dois referenciais de conhecimento: a concepo Maxakali e a medicina ocidental. De acordo com a perspectiva de entendimento sobre a perturbao, distintos recursos de cura foram utilizados, demonstrando a interdependncia entre os sujeitos e percepes nesta situao social especfica.
Resumo:
A incidncia de doenas renais crnicas est aumentando no mundo, e h uma grande necessidade de identificar as terapias capazes de deter ou reduzir a progresso da doena. H crescente evidncia clnica e experimental de que as estatinas poderiam desempenhar um papel teraputico. Recentes estudos clnicos e experimentais tm mostrado que as estatinas tm "efeitos pleiotrpicos", alm da modulao lipdica. Estudos tm avaliado os efeitos das estatinas sobre a progresso da doena renal crnica, mas os resultados so controversos. Estudos ultra-estruturais em humanos e em ratos demonstraram a presena de junes GAP dentro de todas as clulas do glomrulo e os podocitos demonstraram conter principalmente conexina-43 (Cx-43). O presente estudo tem como objetivo observar os efeitos da rosuvastatina na estrutura e ultra-estrutura renal e a expresso glomerular de Cx-43 em ratos normotensos (WKY) e em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). O foco do estudo foi avaliar os efeitos pleiotrpicos da rosuvastatina em rins de animais hipertensos normocolesterolmicos. Os ratos foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: WKY-C: animais normotensos que no receberam rosuvastatina; WKY-ROS: animais normotensos que receberam rosuvastatina 20mg/kg/dia por gavagem orogstrica; SHR-C: animais hipertensos que no receberam rosuvastatina; SHR-ROS: animais hipertensos que receberam rosuvastatina, como descrito no grupo WKY-ROS. Os animais dos grupos SHR-C e SHR-ROS apresentaram nveis de presso arterial maiores que os animais dos grupos WKY-C e WKY-Ros. A massa corporal dos grupos de animais no diferiram significativamente durante o experimento. No houve diferena nos nveis sanguneos de uria, creatinina, cido rico e creatinafosfoquinase entre os animas dos grupos estudados. No entanto, houve um aumento da excreo de protena de 24 horas nos animais do grupo SHR-C. Houve um aumento na rea capsular nos animais do grupo SHR-C. Por microscopia eletrnica de transmisso observou-se que nos animais SHR-C a barreira de filtrao glomerular, o diafragma de fenda e os podcitos esto alterados exibindo os vacolos nos podcitos e pedicelos mais curtos e mais espessos. Por microscopia eletrnica de varredura, os animais SHR-C exibiram pedicelos mais afilados, curtos e tortuosos. Um aumento da imunofluorescncia para Cx-43 foi observada em clulas epiteliais viscerais dos glomrulos dos animais do grupo WKY-ROS e nas clulas parietais e viscerais dos glomrulos dos animais do grupo SHR-ROS, se comparado com os grupos WKY-C e SHR-C. Em concluso, podemos supor que o efeito pleiotrpico renal da rosuvastatina pode ser uma ferramenta teraputica para melhorar a estrutura e conseqentemente a funo renal em indivduos hipertensos.
Resumo:
Esta tese pretende contribuir para o desenvolvimento de respostas pblicas rumo diminuio do impacto do HIV/Aids nos campos, econmico, poltico e social tanto no nvel coletivo quanto no individual. Discute aspectos torico-conceituais das noes de risco e vulnerabilidade, mostrando que a atual aplicao e apropriao dessas noes na resposta essa epidemia dificulta o reconhecimento dos problemas adicionais enfrentados aps o diagnstico. Apresenta as diversas formas de pobreza, desigualdade e excluso a partir dos indicadores sociais comumente usados e respectivas lgicas construtivas. Questiona as afirmaes recentes sobre a queda da desigualdade, da pobreza e da indigncia no pas; e considera que a desigualdade e a excluso que afetam a populao em geral a mesma a afetar pessoas que vivem com HIV/Aids. Porm, aponta a existncia de vulnerabilidade potencial, conceito desenvolvido nesta tese, na ausncia de rede de suporte social. Para identificar e inferir sobre o que ocorre nas vidas das pessoas que vivem em situao de desigualdade ou excluso aps a infeco pelo HIV utiliza dados coletados em pesquisa de survey, discursos, estrias e memrias de casos reais da prtica profissional desta autora. O objetivo desta tese demonstrar que o conceito de vulnerabilidade aplicado aps o diagnstico importante ferramenta para reconhecer e intervir sobre as dificuldades e problemas adicionais enfrentados. Ressalta a evoluo da resposta brasileira essa epidemia e demonstra as lacunas existentes como desafios a seu aperfeioamento. Conclui que o reconhecimento dos problemas adicionais aps o diagnstico e o uso do conceito de vulnerabilidade potencial abre novas possibilidades de enfrentamento do HIV/Aids e exige respostas pblicas interligadas e intersetoriais.
Resumo:
Nossa tese tem por objeto o percurso Da Sujeio Coragem da Verdade na obra de Michel Foucault, filsofo que, efetuando uma mudana radical do pensamento adotado pela tradio clssica, afasta-se da concepo cartesiana de sujeito como substncia - res cogitans-, suporte a partir do qual todo conhecimento possvel e o insere como um sujeito objetivado e subjetivado, um efeito da relao poder-saber, que se efetiva nas prticas sociais, a partir de sua aproximao com os pensamentos de Nietzsche e Canguilhem. Temos como objetivo investigar de que maneira Foucault, a partir deste sujeito, objetivado e subjetivado, encontra a possibilidade de constituio de um sujeito tico, que resistindo objetivao e subjetivao dadas, elabora uma esttica da existncia. Nossa hiptese de trabalho que Foucault, ao convergir suas pesquisas ao perodo helenstico-romano, identifica a possibilidade de um governo de si, que permite a elaborao de uma esttica da existncia, afirmada pela Coragem da Verdade, que tem no cinismo sua maior expresso. Utilizamos como metodologia, a leitura, interpretao e anlise crtica de textos de Foucault, bem como de textos de seus comentadores. Como resultado de nossa pesquisa foi possvel verificar que Foucault encontra a passagem de um sujeito assujeitado para um sujeito capaz de se subjetivar, atravs do exerccio de um governo de si, de um cuidado de si, calcado na Parrhesa, na Coragem da Verdade. Atravs do exemplo cnico, pode ser colocada em prtica, por um ato de escolha, uma filosofia militante, que faa da vida filosfica e da vida verdadeira uma vida outra: uma esttica da existncia.
Resumo:
A constituio de uma base de dados normativa da marcha essencial para o diagnstico e o tratamento de padres atpicos da locomoo (SUTHERLAND et al., 1997). No obstante, so escassas as informaes relativas aos padres normais da marcha de crianas (GANLEY e POWERS, 2005), carncia ainda mais evidente no tocante produo acadmica sobre o padro biomecnico da locomoo da populao de crianas brasileiras. Nesse sentido, especialistas em anlise de marcha alertam para o fato que crianas de diferentes populaes podem exibir diferentes padres de marcha de acordo com os grupos tnicos das quais foram extradas (MORENO-HERNNDEZ et al., 2010). Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi descrever o padro biomecnico da marcha de crianas hgidas brasileiras entre 6 e 11 anos de idade. Cento e vinte e duas crianas hgidas, entre seis e 11 anos de idade foram aleatoriamente recrutadas de um universo de 328 alunos. Os sujeitos foram alocados em trs grupos etrios: Grupo 1 (6-7 anos), Grupo 2 (8-9 anos) e Grupo 3 (10-11 anos). Para o registro das imagens das marchas das crianas foi utilizado um sistema de captura bidimensional de movimento a uma freqncia de aquisio de 30 Hz, composto por uma cmera Sony modelo HC 46 posicionada ortogonalmente a 6 metros da pista. Marcadores esfricos reflexivos de 20mm de dimetro foram fixados em ambos os lados do corpo dos participantes. Os valores em bruto das coordenadas dos marcadores foram transformadas em coordenadas globais 2D (CALDWELL et al., 2004) e processadas no software SkillSpector (Verso 1.0). A estratgia de Hof (1996) foi utilizada para a normalizao dos dados da marcha. Os comprimentos de passo e passada apresentaram uma tendncia de aumento com o avano da idade at 8-9 anos de idade, ao passo que a cadncia dos passos apresentou uma tendncia de diminuio at o mesmo perodo. Os nmeros no-dimensionais no apresentaram qualquer tendncia de alterao com o avano da idade. Os trs grupos etrios apresentaram trajetrias angulares articulares semelhantes. O presente estudo constitui ao pioneira no que tange descrio do padro cinemtico da marcha de crianas hgidas brasileiras entre 6 e 11 anos de idade. Assim sendo, consideramos que um primeiro passo foi dado no sentido da constituio de uma base de dados normativa da locomoo desses indivduos.
Resumo:
Atravs da anlise da revista Nao Armada, publicao de carter civil-militar dedicada a Segurana Nacional, publicada pelo Exrcito brasileiro entre 1939 e 1947, o presente trabalho tem como objetivo compreender o processo de construo de um pensamento autoritrio e anticomunista no Exrcito brasileiro neste perodo, e medir a contribuio do peridico Nao Armada neste processo. Utilizando a Nao Armada como fio condutor, procuramos remontar as formas de pensamento dos homens da poca, tendo o mesmo cuidado em analisar conceitos como o de autoritarismo. Metodologicamente, adotamos primeiramente uma abordagem hermenutica, quando todos os dados relacionados publicao da Nao Armada (editores, tiragem, formato, autores, artigos, etc.), foram exaustivamente levantados e organizados, e em seguida passamos a uma abordagem heurstica, quando passamos crtica interna do contedo da Nao Armada, analisando os conceitos e discursos mais recorrentes. Contextualizamos nossa circunscrio temporal e temtica Era Vargas, e ao momento internacional. Trouxemos discusso fatos histricos pontuais e locais, cronologicamente anteriores publicao de Nao Armada, como a Intentona Comunista de 1935, bem como processos mais abrangentes e internacionais como a crise do sistema poltico liberal, a Segunda Guerra Mundial e o comunismo. Autores como Azevedo Amaral, Francisco Campos e Oliveira Vianna nos forneceram um arcabouo primordial para o entendimento de uma ideologia autoritria no Brasil na primeira metade do sculo XX. Dentre as vrias ramificaes que o presente trabalho apresentou, em virtude de perodo to rico e transformador da histria nacional e mundial, adotamos uma hiptese principal, que vai ao sentido de um processo contnuo de elaborao de iderio anticomunista e autoritrio no Exrcito brasileiro atravs de construes simblicas, e de tradies inventadas.
Resumo:
A avaliao do estado nutricional em pacientes com HIV de grande importncia, pois as conseqncias provocadas pelo processo patolgico da doena esto associadas com perda de peso corporal, massa magra e desnutrio grave, o que prediz aumento da morbimortalidade. Os valores de linfometria CD4 tambm tm sido utilizados como preditores a curto e mdio prazo para o desenvolvimento de infeces oportunistas, as quais so incomuns em pacientes com CD4 >200 cels/mm3. Partindo deste conhecimento, optou-se por estudar o estado nutricional de homens e mulheres HIV positivos de acordo com a contagem de clulas CD4. Utilizou-se como parmetros nutricionais o ndice de massa corporal (IMC), a rea muscular do brao corrigida (AMBc), albumina srica e o ngulo de fase (AF). Foram estudados 39 pacientes HIV positivos, acompanhados pelo ambulatrio de doenas infectoparasitrias do Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE/UERJ). No foi observada desnutrio na populao estudada, quando avaliada pelo IMC e albumina em ambos os sexos, independente do nmero de clulas CD4. Entretanto, a AMBc e o AF, tanto nos homens quanto nas mulheres, demonstraram comprometimento nos parmetros de massa magra. Em relao associao entre os indicadores nutricionais e o nmero de clulas CD4, foi observado correlao significante com a AMBc e a albumina no grupo estudado. A correlao de acordo com o sexo manteve-se significante em ambos os grupos para AMBc e com uma tendncia positiva (p=0,06) entre o AF e CD4 no grupo dos homens. Portanto, estes resultados demonstram que para avaliar o estado nutricional, principalmente o compartimento de massa corporal magra de pacientes HIV positivos sob terapia antirretroviral, preciso utilizar indicadores mais sensveis, mesmo naqueles pacientes com melhor estado de controle da doena.
Resumo:
Esta tese de doutoramento tem como objeto as experincias de atores e atrizes na criao e apresentao de monlogos no Rio de Janeiro, a partir de 2006. Esta experincia artstica refletida aqui a partir de questes clssicas das Cincias Sociais sobre o indivduo moderno, tais como as da singularidade, autenticidade e originalidade. A questo da autoria de tais monlogos relacionada a perspectivas ligadas ideologia individualista ocidental, tais como as da autonomia artstica e construo de si, nas complexas imbricaes entre o artista (ator/indivduo criador) e sua obra (monlogo/performance/encenao/texto). O monlogo visto como um amplo projeto artstico, que abrange a experincia de sua elaborao, produo, apresentao e repercusso torna-se um objeto processual de autorreflexo do artista sobre si mesmo e sobre o mundo. O monlogo pode ser visto como uma experincia artstica pessoal, onde a perspectiva autoral posta em primeiro plano, dinamizando e realimentando aspectos associados crena em um modelo de indivduo que se expressa por um sujeito capaz de se autodefinir, mas que, neste contexto, encontra expresses particulares. Para esta abordagem, analiso trs experincias monolgicas: O Animal do Tempo, protagonizada pela atriz Ana Kfouri; A Alma Imoral, adaptada e protagonizada por Clarice Niskier; e Anticlssico: uma desconferncia ou o enigma vazio, concebida e encenada pela atriz Alessandra Colasanti.
Resumo:
Para qualquer sistema observado, fsico ou qualquer outro, geralmente se deseja fazer predies para sua evoluo futura. Algumas vezes, muito pouco conhecido sobre o sistema. Se uma srie temporal a nica fonte de informao no sistema, predies de valores futuros da srie requer uma modelagem da lei da dinmica do sistema, talvez no linear. Um interesse em particular so as capacidades de previso do modelo global para anlises de sries temporais. Isso pode ser um procedimento muito complexo e computacionalmente muito alto. Nesta dissertao, nos concetraremos em um determinado caso: Em algumas situaes, a nica informao que se tem sobre o sistema uma srie sequencial de dados (ou srie temporal). Supondo que, por detrs de tais dados, exista uma dinmica de baixa dimensionalidade, existem tcnicas para a reconstruo desta dinmica.O que se busca desenvolver novas tcnicas para poder melhorar o poder de previso das tcnicas j existentes, atravs da programao computacional em Maple e C/C++.
Resumo:
A presente pesquisa objetiva auxiliar o professor no trabalho da interpretao, articulando a academia e a escola. Buscou-se entender melhor o que interpretao e o que pode ser ensinado ao aluno para que a pratique com mais proficincia. Partiu-se da hiptese de que no h uma metodologia precisa para o ensino de interpretao. Para test-la, aplicou-se uma atividade de interpretao baseada na crnica Povo, de Luis Fernando Verissimo, retirada de um livro didtico, s turmas de 8o ano do Ensino Fundamental e 2o ano do Ensino Mdio de 4 colgios pblicos do Rio de Janeiro (Cap UERJ, Cap UFRJ, CMRJ e CP II) Analisou-se como os alunos respondiam s questes propostas. Pretende-se mostrar, conforme a teoria de Orlandi (2002: 64), que interpretar no atribuir sentidos, mas explicar como o texto produz sentidos, inclusive, sentidos que podem ser sempre outros, divergentes do esperado pelo livro didtico ou pelo gabarito do professor. Imaginava-se que os resultados fossem semelhantes; toda via, o EF obteve 40% de acertos, enquanto o EM obteve 60,7%. Apesar dos resultados diferentes, foi possvel realizar a atividade em duas sries to distintas, porque a seleo do texto de interesse de ambas. Identificaram-se a inferncia, a polissemia, a metfora e o contexto como elementos que auxiliam a interpretao, pois se fizeram presente na anlise dos dados, mostrando que possvel pratic-los. Logo, apesar de no haver uma metodologia precisa e seriada para o desenvolvimento da interpretao, no significa que no haja o que se possa trabalhar. Defende-se que esses elementos podem ser aplicados em todas as sries e o que ir se diferenciar o grau de complexidades dos textos, que mudam a cada srie. necessrio trabalhar a interpretao em sala de aula com respaldo terico, operacionaliz-la, apontando estratgias, oferecendo subsdios aos alunos. O presente trabalho busca lanar luz sobre um campo profcuo justamente por tratar de um tema complexo com vrias divergncias de pensamento e nomenclaturas e, ao mesmo tempo, to relevante, porque, alm de fazer parte da vida estudantil, ultrapassa os muros da escola