272 resultados para Harper, Frances Ellen Watkins, 1825-1911 Crítica e interpretação


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Marco Lucchesi, em Os olhos do deserto (2000), empreende uma dupla viagem: a primeira fsica, pelas altitudes do deserto oriental; a outra interior, marcada pela sensibilidade e pelo dizer potico. A diversidade de paisagens confrontadas demandou variadas travessias tericas. De Gaston Bachelard a Nstor Canclini, passando por Georges Bataille, Stuart Hall e Philippe Lejeune, a anlise se desenvolveu de forma dialgica, articulando como campos investigativos principais: o dirio de viagem, a experincia do viajante pelo deserto e o imaginrio oriental que neles se projeta. Tais aproximaes levam a Edgar Morin e s margens do pensamento complexo, que admite junes imprevistas pelas epistemologias tradicionais e privilegia a metfora como referente para o inconceituvel e o inefvel. Os caminhos errantes e ascticos da peregrinao relatada nesta narrativa de viagem pelas areias orientais delimitam, pois, o recorte do presente trabalho, trazendo discusso, em um primeiro momento, a escrita diarstica, a errncia pelo deserto e a dimenso filosfica da caminhada. A segunda parte do trabalho focaliza a ascese realizada pelo viajante, atravs das tradies literria (das lailas) e iconogrfica (de iluminuras e caligrafias) com que a narrativa se intertextualiza e de que resulta uma potica do narrador-caminhante, etapa de culminncia da viagem, do dirio e dos efeitos da leitura (ascese esttica). A aqui designada, potica do no, ltima questo terica da pesquisa, reflete uma epistemologia que entende o conhecimento a partir de uma perspectiva negativa. Essa negatividade interessa como possibilidade de abertura para o que ainda desconhecido. Na verdade, ela se envia ao desconhecido atravs da negao do conhecido, como que apontando para alm do contorno do que est encoberto. O narrador, em sua errncia pelo deserto, vislumbra uma satisfao asctica pela imerso interior, capaz de reciclar os tradicionais cadernos de viagem que atravessam a literatura planetria, alm de projetar singular apario epistmica e redimensionar a prpria experincia da caminhada

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A presente dissertao objetiva a comparao proposta no Preldio do romance Middlemarch por sua autora George Eliot entre a protagonista da obra, Dorothea Brooke, e a figura histrica Teresa dvila. A partir de tal estudo, busca-se compreender de que modo a situao especfica da mulher na Era Vitoriana articulada no romance de modo a espelhar a crise ontolgica e epistemolgica do prprio ser humano diante das transformaes consolidadas com o Iluminismo e as revolues liberais do sculo XVIII que culminariam na morte de Deus. Dorothea mostra-se uma crist to fervorosa quanto a Teresa quinhentista, mas faltam-lhe certezas e a resoluo para concretizar as reformas sociais que defende, pois ela encarna o mito de feminilidade oitocentista batizado de Anjo do Lar ideal de sujeio feminina ordem falocntrica cujas funes so a proteo e difuso da moralidade burguesa e a substituio de elementos cristos no universo do sagrado a uma sociedade cada vez mais materialista e insegura de valores absolutos. As aflies de Dorothea representam as aflies da mulher vitoriana, mas o momento crtico desta mulher reflete, em Middlemarch, uma crise muito maior do Ocidente, que teve incio com a Era da Razo

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In the Time of the Butterflies um romance da escritora dominicana-americana Julia Alvarez sobre a vida e a morte das Borboletas, Las Mariposas, codinome das irms Mirabal, membros de um movimento clandestino contra o regime ditatorial de Rafael Leonidas Trujillo na Repblica Dominicana, que se tornaram smbolos da luta contra o Trujillato depois de serem assassinadas a mando do ditador. Essa dissertao tem como objetivo expor como forma literria e contexto social esto diretamente relacionados nesse romance. Ela defende a ideia de que o borramento de trs gneros literrios distintos metafico historiogrfica, autobiografia e bildungsroman reflete o questionamento das fronteiras entre o privado e o pblico, o pessoal e o poltico, o eu e o outro, o individual e o coletivo, a literatura e a histria, fato e fico e histria e subjetividade. Ela tambm tenta mostrar como a problematizao dessas dicotomias implica na contestao de noes pr-concebidas de identidade, histria e nao

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Hamlet (1601), de William Shakespeare, , desde o Flio de 1623, circundada por um enorme e variado volume de leituras, que abrangem desde textos crticos e tericos at as mais diversas adaptaes teatrais e cinematogrficas. Desde o final do sculo 19, o cinema vem adaptando peas de Shakespeare, fornecendo novos pontos de vista e sugestes para a encenao dessa obra ao lev-la inmeras vezes para as telas. Dentre uma longa lista de adaptaes flmicas de Hamlet, o Hamlet mainstream de Franco Zeffirelli (1990) e o Hamlet 2000 (2000), filme independente de Michael Almereyda, compem o corpus eleito para anlise nesta dissertao. Dialogando com noes de crticos e tericos que desenvolveram estudos sobre o conceito de adaptao, tais como Andr Bazin, Robert Stam e Linda Hutcheon, sugiro uma desierarquizao entre a pea shakespeariana e os filmes logo, entre literatura/teatro e cinema. O objetivo final deste trabalho encontra-se na proposta de uma reflexo sobre esses filmes enquanto potenciais materiais crticos elucidativos para o estudo da pea, teis na discusso de alguns de seus mais importantes temas e/ou questes

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Esta dissertao tem como objetivo apresentar uma articulao da psicanlise com a literatura. A pesquisa enfoca o entrelaamento do amor e da dor na poesia de Florbela Espanca e na psicanlise. A partir do referencial terico da psicanlise percorremos os textos de Freud e Lacan relacionando os conceitos de amor e dor vida e obra de Florbela. Mais especificamente, priorizamos a modalidade do amor paixo que a que comparece mais frequentemente em suas poesias. A questo da dor ser examinada como outra face do amor. Apresentamos tambm a ntima relao entre a escrita e a vida, destacando o ato de escrever e de viver como algo contnuo. Desta forma, buscamos mapear a vida ou as motivaes inconscientes da poetisa a partir de sua obra, flagrando nos versos insinuaes de um sujeito que demonstra uma inquietude de estar no mundo

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Esta tese traa um estudo comparativo entre o Romance policial contemporneo e o discurso psicanaltico na produo ficcional de Luiz Alfredo Garcia-Roza (1936-) e Dennis Lehane (1963-), tomando, por base, relaes de aproximao entre os mtodos investigativos na literatura e na psicanlise. Para isso, o corpus constitui-se dos romances O silncio da chuva (1996) e Espinosa sem sada (2006), ambos do escritor brasileiro e Sagrado [Sacred] (2004) e Paciente 67 [Shttter Island] (2005), do ficcionista norte-americano. A anlise destas narrativas revela pontos de aproximao entre os dois discursos inseridos no cenrio cultural catico e desajustado. E questiona a emergncia deste novo contexto sociocultural, onde personagens sem identidade definida, sendo o principal deles, o detetive, realizam sua flnerie atravs de deslocamentos constantes associados paisagem e em busca do desvendamento do crime urbano. Como seres de fico perdidos, estes private eyes precisam encontrar os desajustes psquicos de toda espcie de criminosos da a representao da cidade, que ora se converte no solo para a flnerie dos investigadores, ora contribui para o apagamento e/ou ocultamento das subjetividades criminais. A relao entre os discursos policial e psicanaltico aponta para a associao entre a obscuridade do texto literrio e o da cultura onde estamos inseridos sem falar do mal-estar de um e de outro campo, que tem a ver com as transformaes da esfera da sociedade contempornea

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Este trabalho prope uma discusso sobre a relao entre vida e poesia na obra do poeta Roberto Piva, cujas influncias provm em especial do movimento surrealista e da beat generation que, na obra do poeta, abrange a potica do caos urbano da cidade de So Paulo, as questes relacionadas ao erotismo e, na ltima etapa, a incurso na esfera sagrada da poesia que conferiu a Piva a designao de poeta-xam. Situam-se tambm o autor e a sua obra na literatura brasileira contempornea, ressaltando-se os aspectos autobiogrficos e o dilogo com a Periferia Rebelde

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A partir do pequeno livro Os caminhos do Conhecer, publicado em 1981 pela Editora Noa Noa, esta dissertao procurou analisar os principais aspectos da obra da poeta Angela Melim, tal como pensar sua escrita, com relao poesia contempornea brasileira. Primeiramente, traamos um breve panorama do contexto no qual surgiu a poeta, os vidos anos 70, para em seguida entender o que foi a poesia marginal e qual relao Melim manteve com ela. Detivemo-nos, depois, na leitura e anlise de Os caminhos do Conhecer e nas importantes questes que ele suscita, como, por exemplo, a relao entre sujeito e paisagem, o feminino na literatura, o tempo e o espao literrios, o ritmo, o gnero do texto etc. Usamos, para tal, os conceitos de (des)limites entre poesia e prosa (a partir de Agamben e de Mas Lemos), de gnero (segundo Derrida), de outramento (Evando Nascimento), de tempo (Maurice Blanchot), entre outros

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A presente pesquisa percorre os interiores de uma fortaleza colonial, cenrio de A varanda do frangipani, do escritor moambicano Mia Couto. Nessa obra, o autor estabelece com o leitor um pacto ficcional (ECO, 1994) e o convida a iluminar-se com as diversas micro-narrativas que traam um paralelo entre o ontem e o hoje de uma varanda que protege e aprisiona. O narrador convoca o narratrio e relata a histria de personagens que vivem uma realidade paradoxal, transitando entre as vises de dentro e de fora, racional e irracional. Em um mundo fragmentado, os componentes ficcionais se conjugam para compor uma narrativa que promove profundas reflexes atravs da palavra, pois palavras valem a pena se nos esperam encantamentos (COUTO, 2007, p. 112)

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A presente tese de doutorado analisa, em perspectiva comparada, as convergncias e divergncias entre as dramaturgias do francs Jean Genet e do brasileiro Plnio Marcos, sob o prisma de trs tpicos inegavelmente presentes, nelas: a violncia, a revolta e a religiosidade. As questes de margem, borda, periferia, ex-centricidade, dissenso etc so abordadas neste trabalho para situar a ideia de outro como o referencial ontolgico que sustenta a obra teatral de ambos. As respectivas biografias dos autores em questo, direta ou indiretamente, tem relao com a aura de marginalidade artstica atribuda (e at assumida por eles prprios) a sua produo em geral (seus romances, poemas, ensaios e contos). Pode-se dizer que muito da persona que ambos assumiram correspondia s expectativas que os crculos intelectuais engajados tinham em adotar uma figura que viesse a encarnar o papel de autntico porta-voz do segmento marginalizado da sociedade na qual cada um deles se criou. Ambos gozam de certo status de vanguardistas no caso do metateatro de Genet, na sua atribuda vinculao ao Teatro do Absurdo, e, no caso do hipernaturalismo dramtico de Plnio, na sua atribuda (e mesmo confessa) descendncia da linhagem criativa de caracteres e motivos do teatro de Nelson Rodrigues. Outro aspecto comum dramaturgia de Genet e Plnio que abordamos a problematizao de dois espaos alegricos definidores por excelncia do ethos dos tipos humanos que o habitam: a priso e o prostbulo. Para tanto, ganham destaque, aqui, Alta vigilncia e O Balco, de Genet, e Barrela e O abajur lils, de Plnio. Nelas tambm se verifica a figurao de motivos de inspirao religiosa que, no autor francs, concorrem para uma espcie de sacralizao ritual do crime (o que ecoa o iderio de Antonin Artaud) e, no brasileiro, funcionam como um exerccio catrtico de compaixo sombra de uma cristandade de feio primitiva que se insinua no tratamento que d degradao dos prias sociais que compem seu universo dramtico. Por fim, analisamos comparativamente trs peas brasileiras (Pedro Mico, de Antonio Callado; Gimba, o presidente dos valentes, de Gianfrancesco Guarnieri; e Orao para um p de chinelo, de Plnio Marcos) tomando como ponto de partida uma situao dramtica comum a elas para traar, assim, as afinidades e distines de cada qual quanto abordagem da criminalidade. E, assim, tambm, poder apontar o tipo de projeto de teatro a que cada uma se vincula, trazendo tona questes caras ao momento histrico-cultural no qual foram compostas, como a figurao do negro e do favelado na sociedade brasileira

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Nesta tese apresentamos um itinerrio de ensino em que o contedo gramatical um meio para o desenvolvimento da conscincia lingustica e da competncia discursivo-textual. Partindo do repertrio do falante, nossa investigao tomou o neologismo formado por amlgama lexical como objeto semitico, realizou uma reviso dos estudos sobre a criao de novas palavras, sua motivao e seus efeitos na comunicao. O neologismo por amlgama lexical foi observado como produto da competncia lingustica do falante, resultado da explorao das possibilidades do sistema lingustico e emoldurado pela habilidade estilstico-discursiva dos sujeitos. Essa habilidade materializa-se em signos cujos valores icnicos e funcionais do suporte a uma expresso o mais transparente possvel, e as criaes amlgamas so formas ricas porque trazem em si marcas dos falantes que as criam/usam, dos segmentos sociais a que estes pertencem e da inexorvel evoluo da lngua em consonncia com a evoluo da sociedade. Estudos lexicolgicos, repertrio discente, neologismos inventados pela Turma do Casseta & Planeta e por sua criatura-ficcional -- o reprter Agamenon -- permitiram-nos descrever o fenmeno da neologia por amlgama lexical, sua natureza sistmico-funcional, suas adaptaes morfofonolgicas, seus ganhos semnticos e seus aspectos expressivos e impressivos. Apresentamos um modelo de estudo que se quer mais atualizado e dinmico e que foi testado e comprovado nas turmas do colgio estadual em que atuo como docente do ensino mdio

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Esta pesquisa tem por objetivo apontar os recursos criativos, usados por Shakespeare e Cames, para a construo de cenas, que tem como finalidade provocar o riso nos expectadores. Escolhemos trs comdias de Shakespeare (Noite de Reis, A comdia dos erros, Sonho de uma noite de vero) para fazer uma leitura comparativa com as trs comdias escritas por Cames (Filodemo, El Rei Seleuco e Anfitrio). Constatamos que, apesar da existncia de uma variedade de procedimentos tcnicos para a produo do riso, os autores recorreram aos mesmos recursos criativos: naufrgios, personagens com identidades trocadas, gmeos que so confundidos e encenao de uma pea dentro de outra pea. Esses recursos so ferramentas com a funo de criar um anteparo diante do horror da morte, o que constitui um processo de defesa do homem diante do seu inexorvel destino. Nesse sentido, a comdia uma das vias pela qual o homem ri da morte

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Seguindo a ideia exposta por Caio Fernando Abreu em nota introdutria presente em todas as edies de Os drages no conhecem o paraso de que o livro pode ser lido no apenas como um exemplar de contos, mas tambm como um romance-mbile (ou espatifado) e considerando que, por meio do conhecimento de dados biogrficos de um escritor, possvel construir a biografia de um escritor atravs de sua obra, a presente dissertao busca analisar Os drages no conhecem o paraso sob a tica de uma nova perspectiva de leitura, entendendo o livro como um romance de fico autobiogrfica e formao

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Considerando a extensa e intensa abordagem da temtica ertica na poesia de Manuel Bandeira, a pesquisa visou ampliao e ao aprofundamento do estudo desse aspecto de sua obra, com o intuito de complementar os estudos crticos que versam sobre o assunto. Nosso objetivo concentra-se na relevncia do conceito de alumbramento, termo empregado em diferentes ocasies pelo poeta. Essa palavra, que o autor emprega na sua autobiografia e em duas de suas composies, alude, simultaneamente, a uma espcie de revelao divina, capaz de proporcionar a inspirao para a criao do poema, e a uma iluminao resultante do estado de deslumbramento diante da viso da nudez feminina. Dessa forma, com base, sobretudo, nas ideias de Octavio Paz e Georges Bataille, bem como nos apontamentos especficos de Davi Arrigucci Jr. sobre o lirismo bandeiriano, buscamos comprovar, por meio da leitura analtica de poemas exemplares, a associao entre os xtases ertico, potico e mstico, como questo fundamental na obra do poeta pernambucano

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O presente trabalho tem como propsito verificar como Julio Cortzar articula arte e poltica na obra Fantomas contra los vampiros multinacionales (1975). Considerando a poca em que a obra foi escrita, uma poca marcada pela ditadura nos pases da Amrica do Sul, percebe-se que o intelectual no deve ser aquele preocupado somente com a arte em si, mas sim uma figura pensante capaz de disseminar ideais de luta, de crítica ao sistema atravs de sua obra,. O aporte terico est baseado nos estudos acerca do conceito de intelectual, segundo Jean Paul Sartre e Srgio Paulo Rouanet, e na ideia do antropofagismo criado por Oswald de Andrade, que inaugura o termo, a fim de se referir devorao cultural do que vem de fora em benefcio de uma literatura original, e alm disso, dissociada da costumeira cpia. Os resultados demonstram que ao se posicionar contra a ditadura, Cortzar tem a inteno de invocar a sociedade a rejeitar todo e qualquer tipo de submisso, no s poltica mas tambm cultural. O autor rompe com a narrativa tradicional, fato que se reflete na esttica, ao transgredir os limites existentes entre arte popular e arte culta, realidade e fico, atravs da construo de uma narrativa fantstica, a qual estudaremos, segundo as teorias de Victor Bravo e de Irne Bessire