477 resultados para Feirantes São Cristóvão (Rio de Janeiro, RJ)
Resumo:
A cidade do Rio de Janeiro, conhecida mundialmente por diversos atrativos culturais e paisagsticos, enfrenta graves problemas sociais, dentre os quais se destacam a violncia e falta de segurana com que moradores e turistas tm convivido. Grande parte do problema tem sido atribudo existncia do narcotrfico, geralmente sediado em favelas das diversas regies da cidade. No ano de 2008, a atual gesto da Secretaria de Estado de Segurana desenvolveu um modelo de segurana pblica que tem como objetivo recuperar territrios perdidos para o trfico e integr-los ao mbito da cidade, o que ocorre por meio da instalao de Unidades de Polcia Pacificadora (UPPs) nessas comunidades. Por acreditar que as mudanas que ocorreram nas localidades pacificadas vieram acompanhadas de transformaes na forma de pensar, sentir e agir dessas pessoas, o presente estudo objetivou investigar como moradores do bairro carioca Leme e das comunidades que fazem parte de seu territrio, localizadas na encosta do morro, tm representado socialmente as modificaes ocorridas na dinmica da vida local aps a ocupao do morro pela Unidade de Polcia Pacificadora, no ano de 2009. Em um segundo momento, as representaes formadas por moradores das duas pores do territrio do bairro foram analisadas de forma comparativa. Para tanto, respaldou-se na Teoria das Representaes sociais, bem como em sua abordagem estrutural.A amostra desta pesquisa foi composta por 200 participantes, sendo 100 da parte plana do bairro e 100 das comunidades localizadas no morro. O instrumento utilizado foi um questionrio nico contendo, inicialmente, tarefa de evocao livre de palavras ao termo indutor Unidade de Polcia Pacificadora e cinco questes referentes a possveis mudanas acarretadas pela implantao do projeto e expectativas quanto a seu futuro. As evocaes foram analisadas com ajuda do SoftwareEVOC, desenvolvido por Vergs(2003), e o material levantado por meio dos questionrios foi analisado com base na distribuio de frequncia, com auxlio do Software SPSS. Foi possvel constatar que a representao formada pelos moradores do bairro do Leme e suas comunidades acerca da UPP possui caractersticas bastante positivas relacionadas a mudanas observadas no cotidiano dessas pessoas, representadas pelas palavras segurana, tranquilidade, paz e melhorias. A comparao possibilitada pela identificao das representaes parciais, referentes a cada grupo de participantes, mostrou que se trata da mesma representao, com elementos diferentemente ativados em funo da distncia do grupo em relao ao objeto e ao contexto em que se encontram inseridos.
Resumo:
Em junho de 2009, deflagrou-se oficialmente o processo de formulao da Poltica Municipal de Alimentao e Nutrio (PMAN) do Rio de Janeiro. Liderada pelo Instituto de Nutrio Annes Dias (INAD), rgo da Secretaria Municipal de Sade (SMS) e rea Tcnica de Alimentao e Nutrio desse municpio, o documento foi finalizado em dezembro de 2011. Foi ento encaminhado aprovao pela SMS, o que ainda no ocorreu. Este trabalho analisou o processo de formulao da PMAN, buscando caracterizar o contexto poltico-institucional de sua elaborao. Partindo de uma visão construcionista sobre cincia, foram realizadas anlise documental e entrevistas com atores inseridos nesta trajetria. Os documentos analisados foram dirios de campo, advindos da participao da pesquisadora como colaboradora deste processo; registros de reunies; verses do documento nas diversas fases de sua elaborao; entre outros. As entrevistas incluram gestores do INAD e da SMS, profissionais de diversas reas e representantes da sociedade civil e dos Conselhos Municipais de Sade e de Segurana Alimentar e Nutricional (SAN). A anlise revela o reconhecimento da singularidade do INAD como rea tcnica e de sua consolidada trajetria na rea de alimentao e nutrio, protagonizando ricos processos de discussão no municpio. Aponta, ainda, uma relativa autonomia decisria para implementao de suas aes. No entanto, paralelamente, as entrevistas revelaram que o INAD parece enfrentar, especialmente na gesto atual da SMS, certa fragilidade institucional, expressa por possveis mudanas em sua insero formal no arranjo institucional da Prefeitura; pela atual posio no organograma da SMS, aqum de suas atribuies, e tambm pela morosidade na aprovao da PMAN. Este contexto poltico-institucional no foi um fator determinante para a formulao da PMAN, embora as entrevistas sugiram que foi considerado para pensar o processo de construo no sentido de fortalecer uma rede de apoio poltico. Apesar de a opo inicial do INAD ter sido por um processo coletivo de participao, as entrevistas revelaram baixo nvel de informao sobre o documento final da PMAN e sobre o andamento de sua aprovao, o que parece sinalizar que o processo decisrio sobre as propostas apresentadas pelos atores centralizou-se no INAD no decorrer do tempo. Apesar da demora na aprovao da PMAN, no parece haver uma rede de pressão pela sua assinatura por parte dos atores envolvidos, dependendo exclusivamente das mediaes internas do INAD na SMS. A anlise desta experincia permite identificar dificuldades e tenses que instituies com carter intersetorial podem enfrentar, tendo em vista o limite setorial no qual esto inseridas, num dado contexto poltico-institucional. Alm disso, aponta as estratgias polticas que atores sustentam nos processos de militncia e os desafios para fomentar a participao social.
Resumo:
O uso de marcadores do tipo STR e SNP tem se revelado de grande importncia na discriminao entre indivduos de uma mesma populao, assim como para estudos evolutivos. A utilizao de um conjunto de 17 STRs e 46 SNPs especficos de cromossomo Y permitiu a caracterizao de um conjunto de amostras representativas das populaes do Rio de Janeiro e do oeste africano, com uma avaliao mais ampla sobre a ancestralidade de origem paterna. Na primeira parte deste estudo foram analisados 605 indivduos do sexo masculino do estado do Rio de Janeiro. Como resultado, no foram observadas diferenas significativas entre as populaes do sudeste e do Rio de Janeiro, que apresentou uma alta diversidade de hapltipos (0,9999 0,0001) e de haplogrupos (0,7589 0,0171). A comparao da populao miscigenada do Rio de Janeiro com diferentes grupos tnicos ou populacionais mostrou que a frequncia de indivduos com marcadores tipicamente Europeus de 77%, africanos de 14,87% e em amerndios de 2,31%. A segunda parte do estudo revelou uma grande diversidade haplotpica (1,0000 0,0018) numa amostra do Oeste africano. Quanto ao valor da diversidade de haplogrupos (0,6895 0,0200), este foi similar aos observados em populaes de origem Bantu do oeste e centro africanos, principalmente de Benin, Nigria e Costa do Marfim. A terceira parte deste estudo mostrou que no existem diferenas significativas entre o componente africano da amostra do Rio de Janeiro e as populaes africanas do sudeste, oeste e centro oeste. Por outro lado, observamos diferenas significativas quando comparamos o componente africano do Rio de Janeiro e o oeste africano com populaes de Uganda, Qunia e frica do Sul. A ampliao de estudos genticos nas populaes da frica se fazem necessrios para o entendimento da diversidade gentica no mundo. Este trabalho contribuiu para fornecer mais alguns dados genticos, que podem ser somados aos estudos mundiais que esto sendo realizados, ampliando os nossos conhecimentos sobre a formao das populaes que tambm foram influenciadas pelo fenmeno da Dispora Africana.
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O presente trabalho investiga as motivaes para a escolha do neopaganismo como religio por indivduos de contextos diferenciados na cidade do Rio de Janeiro e adjacncias. Foram etnografados rituais e eventos pblicos neopagos na cidade durante o perodo de 2012 a 2014. Tambm foram realizadas entrevistas com neopagos e analisada sua literatura religiosa. A pesquisa concentrou-se, sobretudo, nas atividades e vivncias do coven Chuva Vernal, de Wicca Xamnica. Como conclusão sugerem-se duas hipteses principais sobre quais elementos explicariam a motivao para aderir e permanecer nessa religio: a lgica da distino, discutida por Simmel, e o conceito, usado por Manuel Castells, de identidade de projeto.
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O presente estudo trata, a partir de uma abordagem crtica do debate no campo dos Direitos Humanos, da anlise do extermnio de crianas e adolescentes no Rio de Janeiro, tendo em perspectiva que esses homicdios retratam a criminalizao da pobreza como principal mecanismo de ao do Estado diante do agravamento da questo social e suas expresses. Inicialmente, a apresentao do arcabouo conceitual referencia as particularidades das violaes dos direitos de crianas e adolescentes no contexto da formao sociohistrica brasileira, trazendo o debate na constituio do mito das classes perigosas. Em seguida procuramos compreender o contexto da crise capitalista contempornea e a trajetria da consecuo de direitos para crianas e adolescentes, circunscritos entre os avanos legais e o adensamento do processo de criminalizao da infncia e juventude pauperizada. Conclumos com a anlise dos ndices de homicdios da Regio Metropolitana, a partir dos anos 90, abordando-os como resultado de um processo sistemtico de extermnio de crianas e adolescentes, a culminncia da violncia cotidiana a qual esto submetidas, em contraposio a doutrina da proteo integral e da universalizao de direitos.
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O presente trabalho pretende analisar as representaes da cidade do Rio de Janeiro nas crnicas de Jos de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo, publicadas, respectivamente, sob os ttulos Ao Correr da Pena (1855-1856) e Labirinto (1860), tendo como objetivo mapear a cidade capital do imprio e as transformaes pelas quais passou entre as dcadas de 1850 e 1860. Tal proposta foi desenvolvida luz do mtodo cartogrfico apresentado por Franco Moretti, em suas obras Atlas do Romance Europeu 1800-1900 e A Literatura Vista de Longe, nas quais o autor trata a criao de mapas como um instrumento intelectual que abriria caminho para novos questionamentos e novas concluses no campo do imaginrio. Ademais, ao utilizar obras literrias como fontes primrias para a anlise da cidade do Rio de Janeiro do sculo XIX e suas especificidades no cenrio brasileiro imperial, o presente trabalho dialoga com uma histria cultural do urbano.
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O trabalho que ora apresentamos tem como objetivo analisar o exerccio profissional dos Assistentes Sociais em uma emergncia de grande porte da cidade do Rio de Janeiro. A importncia desta anlise se inscreve na centralidade alcanada pela sade na constituio da cidadania brasileira, aps a Carta Constitucional de 1988. Este documento assegurou a sade como direito de todos e dever do Estado, contudo a conjuntura poltica e econmica iniciada nos anos 90 e aprofundada nos anos 2000, capitaneada pela Contrarreforma do Estado, impor limites materializao da poltica de sade preconizada pelo Sistema nico de Sade, impossibilitando que esta seja implementada de acordo com a nova concepo. O que percebemos nos anos 2000 uma poltica de sade focalizada no atendimento emergencial, que abandonou a dimensão da preveno e da promoo da sade e que se distancia, progressivamente, do principio da universalidade. Neste contexto de adversidade e limitao do acesso e do atendimento se insere o Assistente Social. Nosso objetivo delinear o exerccio profissional, por ns analisado, a fim de identificar as possibilidades de materializao do projeto tico-poltico profissional em condies to adversas e contrrias quelas que nortearam a interlocuo entre o Servio Social e a sade nos anos 80. Para tanto este trabalho busca oferecer elementos que nos permitam compreender no somente a dinmica interna do Hospital por ns analisado, como tambm a poltica de sade em sua totalidade, alm de identificar as potencialidades da rede do entorno. Nessa perspectiva, buscamos compreender a dinmica dos Conselhos de Sade e a configurao adquirida por estes em tempos de restrio de direitos, sucateamento e desmonte da sade pblica. Nossos estudos indicam que possibilidades de atuao profissional congruentes com o Projeto tico-Poltico Profissional esto colocadas na realidade, imiscudas nas dificuldades impostas pela conjuntura e somente podem ser apreendidas sob a perspectiva de um trabalho coletivo em sade.
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O processo de formao da malha urbana da cidade do Rio de Janeiro, entre outros, foi permeado pelo sentimento religioso de seus habitantes, que em muitos casos reuniam-se em associaes religiosas que exerceram um importante papel social, poltico e econmico na sociedade carioca no perodo de 1763 a 1840. O presente estudo tem por objetivo apontar as Ordens Leigas - Ordens Terceiras e Irmandades - que no exerccio de sua territorialidade, despontaram como um dos agentes de formao da malha urbana do centro da cidade para fora dos limites estabelecidos at o final do sculo XVIII. Para tanto, buscou-se desvendar as aes estratgicas dessas associaes que com suas prticas devocionais como procisses, festas e peregrinaes, teriam se apropriado do territrio do centro da cidade. Igualmente foi investigado, se a partir dessa ocupao, foram executados melhoramentos na regio de entorno, seja por parte da administrao da cidade, seja por parte de seus prprios integrantes. Foram procedidas anlises da arquitetura das igrejas das Ordens Terceiras e Irmandades inseridas na regio a fim de verificar quais as influncias do sentimento religioso e das disposies eclesisticas no projeto desses exemplares e identificar na tipologia das formas simblicas da construo a presena ou no de padronizao entre elas.
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O tema que nos propomos a estudar Choque de Capital: criminalizao da pobreza e (re)significao da questo social no Rio de Janeiro. A delimitao espao temporal de nosso estudo situa-se na cidade do Rio de Janeiro, de 2009 a 2012. O perodo selecionado corresponde a primeira gesto do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e os primeiros anos de execuo das denominadas aes de Choque de Ordem. A proposta apresentada tem como pressuposto a centralidade do estudo da metrpole e a relao entre especulao imobiliria e capital financeiro, como um dos motivadores da criminalizao da pobreza na contemporaneidade, cujo principal objetivo tornar os espaos "ordenados" fonte de lucro, no importando as consequncias impostas s classes subalternas. Considerando que este paradigma evidencia um processo de criminalizao das classes subalternas e a necessidade compreendermos o modo especfico de enfrentamento pobreza por parte da prefeitura do Rio de Janeiro considerando suas implicaes para o Servio Social, optamos pelo seguinte caminho de estudo traduzido na forma dos captulos assim identificados: I-Barbrie e passivizao: aportes para compreensão da banalizao da violncia no Brasil, II- Das bases de tradio autoritria ao Esplendor do Estado de Polcia e III- Reordenamento urbano, mdia e consenso no Rio de Janeiro: Choque de Ordem para quem?. Acreditamos que o estudo aprofundado desses temas propiciaro um entendimento acerca da realidade, base insuprimvel para sua transformao.
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O escritor, jornalista e literato Afonso Henriques de Lima Barreto deixou registrados, em praticamente todos os seus escritos, suas impresses sobre as mudanas sociais, polticas e urbanas, sofridas pela cidade do Rio, na Primeira Repblica. A partir de trechos de sua obra e de sua biografia, vo ser analisadas tais transformaes luz da prpria avaliao do autor. Sero abordadas as marcas deixadas por modificaes urbanas e topogrficas ocorridas na ento cidade-capital Rio de Janeiro, que se calcaram sobre o velho cenrio da cidade, afundando-o, a fim de apag-lo da memria dos habitantes, ao mesmo tempo em que se erigiam como metforas de suposto progresso e de modernidade. Metforas formam em ns, engramas, isto , marcas que podem ficar retidas em nossa memria pela ao da literariedade que possuem. Literariedade que tem sempre algum espao nos mais diversos tipos e gneros de narrativa. Estas marcas de transformaes urbanas atingiram de algum modo a rotina diria de parte considervel dos atores que viveram naquele perodo, entre eles o prprio Lima Barreto. Este trabalho se sustenta, ento, no trip biografia-literatura-metfora, alinhavado pelas marcas de remodelao da cidade do Rio. Cidade contada por Lima Barreto, durante a Primeira Repblica, numa narrativa que flerta com a etnografia.
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Esta dissertao aborda a manifestao contempornea das turmas de bate-bolas do carnaval do Rio de Janeiro. As turmas de bate-bolas podem ser compreendidas como grupos de folies que se fantasiam e se comportam de maneiras peculiares. Em relao visibilidade que outras manifestaes carnavalescas alcanam como o caso, por exemplo, do desfile das escolas de samba pode-se considerar que h poucos estudos voltados para os bate-bolas. Dentre os estudos sobre os bate-bolas, percebe-se uma predominncia da compreensão do conceito de cultura popular como o campo da tradio, da pureza e da autonomia cultural, em relao cultura de massa. Este trabalho prope uma abordagem diferente da convencional, entendendo a manifestao das turmas de bate-bolas contemporneas pelas suas transformaes e diferenas. Para isto, baseia-se nos pressupostos dos Estudos Culturais, que constituem uma disciplina para a qual a impureza cultural o critrio fundamental de estudo da cultura popular, que vista como uma arena de disputa de significados simblicos. De forma a aplicar estes preceitos situao atual das turmas de bate-bolas, este trabalho analisa as diferentes maneiras pelas quais os fantasiados formulam as suas vises particulares da brincadeira, especialmente atravs das configuraes de elementos materiais e de elementos performticos associados a diferentes tipos de comportamentos relacionados aos bate-bolas contemporneos.
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O presente documento apresenta sucintamente os conceitos e definies das geotecnologias, com nfase em duas ferramentas tecnolgicas de suporte a utilizao desta metodologia: o geoprocessamento e o sistema de informao geogrfica (SIG). A proposta metodolgica da utilizao da geotecnologias teve como objetivo a observao dos fenmenos dos megaeventos esportivos, que sero sediados na cidade do Rio de Janeiro, a Copa do Mundo de Futebol 2014 e os Jogos Olmpicos e Paralmpicos de 2016, bem como atender as exigncias de conclusão da tese de doutorado. Para tal, foram realizados dois artigos que observaram o fenmeno megaeventos esportivos no espao geogrfico da cidade do Rio de Janeiro. O primeiro verificou as mudanas urbanas com as caractersticas socioeconmicas ocorridas nas proximidades do parque olmpico, a partir de uma visão temporal da dcada de 2000. O segundo artigo observou o espao geogrfico da cidade junto aos stios olmpicos e as mudanas climticas que vm ocorrendo nesses locais, atravs da observao da evoluo da temperatura de superfcie com a construo de mapas termais, e de dados meteorolgicos.
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Esta pesquisa aborda em primeiro momento os conceitos de crimes de perigo abstrato e concreto. Estendeu a ideia de crime e as funes do Direito Penal na sociedade contempornea, como ainda evidencia esta rea do Direito no sistema e/ou estrutura do mundo da vida. Os dois casos de crimes de perigo abstrato e concreto foram propostos nos estudos acerca do artigo 306 do Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB no tratado embriaguez ao volante e a constitucionalidade ou no da aplicao do crime de perigo abstrato ao caso em especfico. Nesta perspectiva as anlises se configuraram nos relatos dos Tribunais de Justia dos Estados do Rio de Janeiro e de Rondnia a fim de significar as tipificaes em tela, bem como s relaes intersubjetivas dos desembargadores e prpria organizao de cada rgo judicirio. Dessas anlises foi possvel chegar interpretao das diferenas entre o crime de perigo abstrato e concreto presentes nas incidncias e/ou ocorrncias de acidentes de trnsito nos dois Estados respectivamente. Em um terceiro momento centrou-se as anlises nos estudos socioeconmicos e culturais que tratam de entender o fenmeno do trnsito nos municpios de Porto Velho-RO e Rio de Janeiro-RJ, cujos acidentes nas vias pblicas modificam os modos de ser e de viver nos locais. Do ponto de vista metodolgico a ideia conceituar os crimes de perigo concreto e abstrato; os riscos da sociedade atual, se utilizando muitas vezes de Niklas Luhmann e Raffaele De Giorgi; Leonel S. Rocha; Renato de Mello Jorge Silveira; Jorge Luis Fortes Pinheiro da Cmara; Aparecida Luzia Alzira Zuin, Jrgen Habermas, Juarez Estevam Xavier Tavares; Eduardo Sanz de Oliveira Silva; Winfried Hassemer; Antnio Carlos Wolkmer e Jos Rubens Morato Leite; Diego Romero, entre outros. A fim de entender o que perigo no escopo abrangido pelo Direito Penal, tomamos como embasamentos tericos Luiz H. Merlin; Snchez Silva, Lus Greco, Claus Roxin, Nilo Batista etc. Alm desses autores, a tese se apoia nos tericos: Juarez Tavares, Luiz Alberto Machado; E. Ral Zaffaroni; Alexandre de Moraes. Ainda, complementamos as referncias com Luiz Regis Prado; Nilo Batista. Estende-se ideia aos crimes de perigo abstrato e direito penal brasileiro; aqui, encontramos subsdios em: Celso Delmanto; Luiz Flvio Gomes, dentre outros. Vale mencionar que neste diapasão, a proposta conceituar e exemplificar os princpios legitimadores do Direito Penal frente proposta fundamental da Constituio Federal de 1988. Ainda, conceituar e descrever os objetivos do CTB; as aplicaes legais ou no do Art. 306 do CTB; e a definio e/ou classificao de embriaguez nesta linha de pensamento.
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Essa dissertao tem como objeto o estudo da atuao dos Partidos Polticos, que compem o Frum de Sade do Rio de Janeiro - quais sejam: Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) - na luta pela sade, compreendendo essa ltima como um elemento tticoestratgico para a transformao social. A anlise situa-se no municpio do Rio de Janeiro e compreende o perodo dado entre os anos de 2009 a 2013. A pesquisa tem como objetivo avaliar a sade como um elemento ttico-estratgico na busca pela emancipao humana, analisando os limites e as possibilidades da ao dos Partidos Polticos na rea. Sua referncia terico-metodolgica o mtodo histrico-dialtico e o principal procedimento metodolgico foi o levantamento bibliogrfico de fontes primrias e secundrias. Alm do levantamento bibliogrfico, a observao participante tambm foi um instrumento utilizado no acompanhamento das reunies realizadas pelo Frum de Sade do Rio de Janeiro. A dissertao est dividida em dois momentos: o primeiro consiste em um debate sobre concepo de sade e atualidade do Projeto de Reforma Sanitria, no cenrio brasileiro, bem como a anlise sobre noo de Partido Revolucionrio e discussão ttico-estratgica e programtica da esquerda brasileira. A segunda parte compreende o debate sobre Partidos Polticos e a sade no municpio do Rio de Janeiro, na qual se encontram os resultados da pesquisa realizada.
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Esta pesquisa trata das alteraes ocorridas na propriedade dos monges da Ordem de São Bento no Rio de Janeiro. O crescimento da cidade, a falta de monges nos claustros e o aumento do nmero de escravos no sculo XIX, contriburam para a configurao desse espao e tambm nas mudanas dos preceitos religiosos. Com base a Regra de São Bento novas prticas foram apontadas nesse universo monstico exigindo maior rigor na conduta dos monges e da sua mo-de-obra cativa no cotidiano do mosteiro. Dessa forma, aponto como as transformaes ocorridas na administrao da Congregao Beneditina do Brasil e os interesses do Governo Imperial no patrimnio da Ordem estabeleceram uma relao de poder entre os monges e seus escravos, no perodo de 1819 a 1842. A partir da anlise da Confraria do Rosrio, constituda na capela-mor do mosteiro, ilumino o lugar dos cativos nessa nova organizao, observando-a como parte de uma ttica de produo de corpos submissos moral e disciplina.