188 resultados para Vias Urbanas Acesso
Resumo:
Este trabalho objetivou traar um percurso analtico da base institucional e material da gesto da arborizao na cidade do Rio de Janeiro, visando a adoo de procedimentos para a quantificao do carbono armazenado nas rvores na malha urbana para possibilitar o conhecimento sobre o arboreto e o estabelecimento de objetivos quantificveis, reportveis e verificveis de reduo de emisses de gases de efeito estufa. Com a instituio da obrigatoriedade em nvel nacional da metas de reduo das emisses de gases de efeito estufa, atravs da Lei n 12.187/09, o municpio do Rio de Janeiro oficializou legalmente, com a Lei Muncipal n 5.248/11, o compromisso de adoo de medidas e programas de incentivo para reduzir as emisses de gases de efeito estufa na cidade. Entretanto, a nica ao de mitigao controlada pelo municpio, com procedimentos regulamentados, a compensao de emisses nas construes atravs do plantio de rvores. O acompanhamento da execuo dos plantios de rvores, exigidos no licenciamento das construes a atual forma de estabelecer objetivos quantificveis, reportveis e verificveis de reduo de emisses antrpicas de gases de efeito estufa no Municpio. De forma especfica, foi realizada uma anlise dos recursos institucionais e materiais disponveis e potenciais disposio do sistema de planejamento e gesto ambiental do municpio, com a proposio de criar um sistema de banco de dados (SGBD) da arborizao urbana. O banco de dados estruturado ao longo da pesquisa, foi utilizado em um sistema de informao geogrfico (SIG), onde foi possvel realizar um estudo exploratrio da estimativa de estoque de carbono em rvores em logradouros. A investigao desta pesquisa teve dupla expectativa: contribuir para a eficcia das aes de manejo e controle do arboreto urbano, com base no monitoramento contnuo dos servios ambientais das rvores; e consolidar critrios analticos habilitados para quantificar as alteraes de fitomassa do arboreto urbano, em uma proposta de um plano de arborizao para a cidade, at agora inexistente, que foi delineado ao final do trabalho, que seguramente ir garantir significativos benefcios ambientais, econmicos e sociais sociedade.
Resumo:
A presente tese analisa as representaes atuais nos discursos de mulheres negras das camadas pobres urbanas do Rio de Janeiro, assim como suas relaes sociais entre o gnero masculino e feminino na atualidade. Focaliza esta discusso de gnero, em torno de temas como: famlia, relaes de trabalho, participao social, emancipao da mulher e direitos. A partir de pesquisa emprica de histrias de vida buscamos analisar, comparativamente, as expectativas, os esteretipos, os problemas e as conquistas das mulheres de diferentes geraes. Verifica o que elas relatam ter mudado ou que permaneceu imutvel na relao entre mulheres e homens: diferenas e semelhanas, conflitos e contradies e os seus anseios sociais presentes nas suas histrias e memria. Busca compreender como as mulheres negras esto lidando com as rpidas mudanas que afetam os papis de gnero, analisando como se d a convivncia entre arqutipos considerados tradicionais e os modernos modelos de masculinidade e feminilidade. Destas diferenas trata esta tese. Especificamente, das relaes sociais da mulher negra na religio, no trabalho, na famlia e na poltica, espaos que delimitado e que nos propomos debater. Quando as mulheres tm voz? uma provocao para refletir sobre o tema a partir da memria de trs mulheres nascidas entre a dcada de vinte e trinta que conquistaram espaos expressivos apesar das dificuldades postas s mulheres desta poca. nossa pergunta atribudo um significado de poder de participao e expresso que dialoga com mulheres no anonimato sem voz, que esto trabalhando para garantir a sobrevivncia, so moradoras das periferias ou morros, estudantes de escolas pblicas e mulheres donas-de-casa, mas que querem ter voz. A temtica da mulher negra nos remete ao artifcio da colonizao, ao processo de dominao e sujeio, memria de culto, a deuses, aos antepassados, cultura, histria de vencedores e vencidos. As histrias das mulheres negras trazem em si a extenso da colonizao. A memria individual existe sempre a partir de uma memria coletiva e a origem de vrias idias, reflexes, sentimentos e paixes que atribumos a ns so, na verdade, inspiradas pelo grupo.
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as transformaes socioespaciais ocorridas em Angra dos Reis e Parati no perodo que compreende os anos de 1960/70 a 2010. Para isso, discutiu-se o conceito de espao geogrfico considerando obras dos autores Milton Santos, Doreen Massey e Roberto Lobato Corra, buscando identificar as concepes destes sobre o conceito em questo e de que maneira as transformaes ocorrem nos espaos, alterando sua forma e contedo de maneira singular e diversa. A possibilidade do acontecer diferente, da no linearidade dos espaos no tempo e de que a multiplicidade abre caminho para inmeros arranjos diferenciados, permitem concluir que os espaos so diferentes, ainda que considerado todo o movimento globalizante do qual fazem parte. Para analisar as transformaes, utilizou-se imagens de satlite (Landsat 2 e 5) dos anos de 1977, 1990 e 2010 a fim de gerar mapas de onde foi possvel verificar a expanso das reas urbanas. Em conjunto, trabalhou-se com dados econmicos e populacionais de censos produzidos pelo IBGE, dados da EMATER e outros utilizados na elaborao de quadros e tabelas sobre a estrutura socioeconmica dos municpios. Foram selecionadas fotografias antigas fornecidas pelo IPHAN, IBGE e outras fontes para ilustrar as transformaes apresentadas. Trabalhou-se com as interaes espaciais e os fluxos, apontados por Roberto Lobato Corra e Milton Santos, respectivamente, para entender como as organizaes espaciais de cada municpio vo se modificando, na medida em que as interaes tambm se transformam. Por meio de um resgate histrico, retrocedendo um pouco no tempo para o sculo XIX, buscou-se compreender como o ouro, o caf, a ferrovia e o porto explicam, em parte, essa dinmica diferenciada de transformao. E no decorrer das dcadas do sculo XX, foram identificados os principais elementos que originaram as mudanas analisadas no perodo escolhido, sendo as usinas nucleares, o estaleiro naval, a rodovia BR-101, o turismo e o terminal de petrleo da Petrobrs. Ao falar da expanso urbana discutiu-se sobre o espao rural e a sua hibridizao, assumindo novas configuraes com a incorporao de valores, formas, comportamentos e prticas urbanas.
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A presente Dissertao trata de uma anlise sobre as questes que envolvem o retorno de jovens casais casa materna ou paterna causado pelo desemprego e/ou dificuldade de insero no mercado de trabalho. Questes estas que vo desde a precarizao das condies materiais da famlia at os efeitos do desemprego nas relaes familiares. Na constatao deste quadro, uma questo inicial surgiu: O desemprego estaria provocando uma nova dinmica na organizao das famlias de camadas mdias urbanas? Ou seja, a recoabitao como estratgia de apoio no momento do desemprego estaria provocando a co-residncia forada entre duas ou mais geraes, alterando assim a tendncia nuclearizao da famlia, iniciada a partir dos nos anos 70? Mais ainda, a dependncia entre as geraes estaria comprometendo a autonomia dos indivduos na famlia? Essas foram algumas das indagaes investigadas nessa pesquisa.
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A Dissertao busca fazer uma reflexo sobre o racismo, a violncia e o extermnio de adolescentes e jovens pobres e negros. No uma situao nova. Contudo, pertinente levantar de que modo, como e por quais vias histrico-poltico-sociais este problema se constituiu. A forma extrema da violncia vivenciada pela juventude negra, as execues sumrias, no exclui outras formas de violaes de direitos, como pouco acesso aos bens materiais e culturais, entre os quais educao, sade, lazer. A nossa hiptese de que o racismo tem sido o eixo central perverso impedindo a juventude negra de ter sua cidadania efetivada. Ao lado desta reflexo, trazemos o caso de Vitria da Conquista/BA, para ilustrar como est violncia no se encontra restrita aos grandes centros urbanos, mas atinge tambm as pequenas e mdias cidades do interior. Atravs dos depoimentos dos familiares das vtimas, bem como notcias de jornais, confirma-se a participao de policiais em muitos dos casos de execuo. Neste sentido, nossa hiptese, que o racismo e a violncia tem sido incorporados ao aparelho repressor do Estado, dificultando e mesmo impedindo que polticas pblicas direcionadas aos jovens tenham maior efetividade.
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Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa Corpo Docente Corpo Doente: Por Que Padece o Corpo? O principal objetivo era investigar a possibilidade de o Mal-Estar Docente constituir a profisso do magistrio, assim como o mal-estar caracteriza e constitui o progresso da humanidade, Freud (1998). A questo central da pesquisa era descobrir se assim como o Mal-Estar na Civilizao, o Mal-Estar Docente tambm derivaria de situaes presentes na configurao atual do magistrio. Portanto, discorre sobre algumas formas de mal-estar que marcaram o desenvolvimento da civilizao, agrupadas em cinco modalidades. O trabalho adota o estudo de cunho reflexivo e almeja contribuir com o debate terico para uma abordagem alternativa do Mal-Estar Docente. Agrega aos estudos as reflexes provenientes das entrevistas realizadas com mdicos que atuam na Coordenadoria de Valorizao do Servidor, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Destaca-se o posicionamento da pesquisa em relao ao Mal-Estar Docente pelo vis da subjetividade do professor. O trabalho considera importantes as pesquisas que apresentam o mal-estar do ponto de vista social, mas discorda da nfase dada exclusivamente aos fatores sociais. Freud (1998), Zaragoza (1999), Codo & Menezes (2000), Adorno (2003), Rouanet (2003) e Birman (2007) foram os referenciais tericos utilizados. A partir do dilogo entre os autores e da anlise das entrevistas, constatou-se que algumas situaes presentes na configurao do magistrio realmente contribuem para o problema do Mal-Estar Docente. A pesquisa revelou, ainda, o imperativo de novas investigaes sobre a situao dos professores que buscaram estratgias de sade para no cair no adoecimento, para inquirir os impactos do silenciamento da sexualidade docente sobre a prtica do professor e para averiguar como a sublimao pode ser desenvolvida no espao escolar.
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Nesta dissertao, pretende-se investigar os elementos tericos que sustentam as mltiplas possibilidades, facetas, modelos explicativos e tendncias que sustentam a proposio do letramento como alternativa para as dificuldades do ensino e da aprendizagem da leitura e da escrita; procura-se ainda investigar que estratgias os professores das sries/anos iniciais de escolaridade tm utilizado para se apropriar do aparato terico-metodolgico que compe o letramento. Na parte terica, toma-se como referncia as imbricaes entre sociedade e educao escolar, delimita-se e analisa-se fatores que geraram condies de possibilidade que contriburam para que o letramento surgisse tanto como conceito quanto como indicao para a prtica pedaggica escolar; acrescenta-se, ainda, algumas tendncias das discusses sobre letramento no contexto brasileiro. Pertinente metodologia, privilegia-se o enfoque qualitativo, de carter exploratrio pontuado pelo referencial terico, pelo conhecimento acumulado pelo pesquisador sobre o assunto e pelos dados coletados durante o desenvolvimento da pesquisa. Os dados so apresentados e agrupados a partir de trs categorias: articulaes entre alfabetizao, letramento e escola; semelhanas e/ou diferenas entre sujeitos letrados e alfabetizados; estratgias de apropriao e operacionalizao das bases terico-metodolgicas do letramento pela prtica pedaggica. Revelou-se que o fenmeno do letramento constituiu-se e constitui-se numa perspectiva no-linear, no de causa e efeito, mas sob condies de possibilidades mltiplas e numa lgica assemelhada a um caleidoscpio que aponta eixos diversos para entend-lo. No obstante, verificou-se que o entendimento de muitos professores acerca do letramento se d numa tica de militncia, fazendo com que pensando estarem refletindo a partir de um novo olhar, no consigam desvencilhar-se do lugar comum
Resumo:
Este trabalho visa identificar os determinantes da ampliao de demandas judiciais contra os gestores do SUS. Em sua maioria (85%) relacionam-se ao fornecimento de medicamentos e so geradas, no mbito do Judicirio, pelo entendimento daquele rgo que o Poder Pblico est descumprindo o direito sade constitucionalmente adquirido. Foi realizada uma reviso bibliogrfica acerca de sistemas nacionais de sade com princpios constitutivos bsicos semelhantes aos do SUS, tendo sido selecionados o Canad, Colmbia e Espanha. O objetivo foi observar se queles sistemas apresentam as dificuldades experimentadas pelo SUS, ou se existe, no sistema nacional, alguma peculiaridade. Foram analisados os artigos da Constituio de 1988 relativos sade, observando-se em vrios deles pouca clareza na descrio de conceitos que parecem dar margem a mltiplos entendimentos dos atores envolvidos com a implementao do SUS. Desenvolveuse uma pesquisa quali-quantitativa: o 1 componente foi realizado por meio de entrevistas com atores chave, representantes do Executivo, Legislativo, Judicirio, rgos de Classe, Conselhos de Sade e Gestores. A etapa quantitativa foi realizada a partir da coleta, sistematizao e anlise de dados acerca das demandas judiciais chegadas aos gestores do SUS localizados no Rio de Janeiro (SMS, SESDEC e NERJ). Os entendimentos dos entrevistados mostraram-se muito distintos e bastante relacionados com seus locais de atuao. Foi observado que o Judicirio, grosso modo, ratifica as prescries mdicas, determinando aos gestores, tornados rus, o fornecimento de produtos de sade que vo desde os medicamentos essenciais at os de dispensao excepcional e mesmo, algumas substncias importadas. As liminares no atendem as padronizaes definidas pelas Polticas Nacionais de Assistncia Farmacutica, nem as que dizem respeito s relaes pactuadas entre os gestores nem a responsabilizao existente por nvel de gesto. Tais questes tm gerado um tensionamento permanente entre o Executivo da sade, Judicirio e populao, uma vez que o cumprimento das determinaes judiciais representa, para o gestor, uma necessidade de realocao oramentria para a aquisio de medicamentos no planejados, que pode determinar a no realizao de aes programticas prioritrias. Parece que estas aes do Judicirio, ainda que legtimas, no necessariamente favorecem a equidade de acesso ao SUS. Por ltimo, foram definidos 3 ncleos causais para a ampliao das demandas judiciais de sade: o 1, derivado da pouca clareza de alguns conceitos constitucionais determinada pela falta de consenso poltico quando dos trabalhos da ANC, que deixaram estas definies para regulamentaes posteriores, que no ocorreram; o 2, representado pela no contestao da maior parcela das prescries mdicas, pelo Judicirio, o que parece demonstrar o poder das profisses, medicina e direito, e, a inexistncia de regulao do exerccio profissional pelo Estado e o 3, determinado pela pouca articulao no SUS entre a gesto financeira e da ateno sade, o que parece impedir que os gestores atuem como protagonistas destas situaes, deixando de promover articulaes entre os Poderes do Estado, Instituies, rgos de Classe e a sociedade para definio de estratgias comuns voltadas resoluo dos problemas apontados neste estudo.
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A tatuagem uma antiga forma de inscrio corporal que apesar de sua idade no sofreu alteraes em termos de materiais e tcnicas. O desenvolvimento de tecnologias para a concepo de novas modalidades de interveno orgnica ter ramificaes em diversas reas, permitindo o uso de novas interfaces epiteliais interativas (tatuagens dinmicas responsivas), e criando novas vias de interao e comunicao incorporada. Em contraste prtica tradicional de imagens estticas, as tatuagens dinmicas (TDs) permitem a gerao de imagens dinmicas e interativas na pele. Nosso objetivo aqui apresentar este novo campo de pesquisa e refletir sobre o papel do designer no projeto de tatuagens dinmicas e as implicaes destas tatuagens que transformam a pele em uma nova fonte de inscries interativas e reversveis.
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O presente trabalho consiste em um estudo de caso exploratrio acerca das formas de transio para a vida adulta entre jovens das classes populares. Busca-se compreender se e de que maneira as desigualdades territoriais em localidades perifricas, como So Gonalo, podem expressar desigualdades nas formas de se vivenciar a juventude. Uma das principais hipteses explicita que morar nos distritos extremos desse municpio influencia a forma como os jovens se reconhecem, se projetam e se apropriam dos espaos da cidade, tornando a dimenso territorial um dos elementos influenciadores na construo de suas trajetrias. A metodologia utilizada envolve: inicialmente, uma reviso bibliogrfica dos conceitos chaves de juventude, transio e territrio; em seguida, a caracterizao do municpio e dilogo com dados secundrios sobre o banco de dados da pesquisa suporte, fornecendo-nos os critrios para a escolha dos entrevistados; logo, as anlises das quatorze entrevistas semiestruturadas realizadas com jovens dos dois grupos de distritos extremos. Ao final, fica claro, dentre outras constataes, que h influencia do territrio sobre modos de vida distintos entre os jovens, nos permitindo caracteriz-los a partir de elementos comuns ("jovens de fronteira", "jovens enraizados" e "jovens hbridos") e mostrando que apenas certa configurao de condies(englobando tipos de escola, trabalho, circulao, forma de divertimento, etc.), disponvel para alguns, permite a busca por romper com a circunscrio ao territrio de residncia.
Resumo:
O papel do Estado ao longo do Historia foi bem diversificado, ora com um carter interventor, e ora com uma postura de regular o mnimo necessrio. Esta ltima postura, proporcionou grandes dficit no setor de infraestrutura, desequilbrios sociais, favelizao, loteamentos irregulares e a no efetivao do direito moradia. Deste modo, o Estado precisou ampliar a sua atuao na regularizao do solo, visando uma regularizao fundiria plena que incluiria desde a instalao da urbanizao e infraestrutura adequada concesso de ttulos reconhecendo a posse e/ou propriedade do indivduo. Suprir a carncia de infraestrutura, urbanizao e organizao do solo que se acumularam nas ltimas dcadas, esbarra na falncia fiscal do Estado Brasileiro, que precisa tomar para si a responsabilidade da regularizao, mas, principalmente buscar parcerias com o setor privado. A atuao das organizaes sociais, das organizaes da sociedade civil de interesse pblico e as parcerias pblico-privadas precisam ser ampliadas na efetivao da regularizao fundiria. Necessrio se faz que o investimento no seja exclusivamente pblico, possibilitando conceder ao parceiro privado, atravs da utilizao de certos instrumentos jurdicos do prprio Estatuto da Cidade como uma contraprestao interessante a este parceiro. Somente vivenciando uma interpretao e aplicao conjunta dos instrumentos jurdicos disposio do Estado aliado a vontade poltica, que poder ser garantido o desenvolvimento prometido populao brasileira e a efetivao do direito constitucional moradia.
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Esta tese composta por quatro artigos que permitiram avaliar o impacto do consumo de alimentos fora do domiclio na dieta e no peso corporal da populao brasileira. O primeiro artigo revisou de forma sistemtica as evidncias cientficas da associao entre alimentao fora do domiclio e peso corporal com abordagem crtica dos artigos publicados na literatura. Foram avaliados 28 artigos e os resultados sugeriram uma associao positiva entre o consumo de alimentos fora do domiclio e o ganho de peso. A reviso mostrou que uma das limitaes nessa rea a ausncia de padronizao nas definies e mtodos de avaliao do consumo de alimentos fora do domiclio. Para o desenvolvimento dos demais artigos, utilizou-se dados do Inqurito Nacional de Alimentao (INA) do Brasil, uma subamostra da Pesquisa de Oramentos Familiares (POF) 2008-2009, com o objetivo de caracterizar o consumo de alimentos fora do domiclio da populao brasileira (artigo 2) e investigar a associao entre alimentao fora do domiclio e ingesto total de energia (artigo 3) e peso corporal (artigo 4). As anlises foram realizadas com os dados de consumo de alimentos coletados por meio de registro alimentar de 34.003 indivduos acima de 10 anos em dois dias no-consecutivos. Os registros incluram descrio detalhada dos alimentos e quantidade consumida, tipo de preparao, horrio e local de consumo (dentro ou fora do domiclio). Alimentao fora do domiclio foi definida como todo alimento adquirido e consumido fora de casa. O primeiro dia de registro foi utilizado nas anlises, considerando o peso amostral especfico do INA e o efeito do desenho amostral. O consumo de alimentos fora do domiclio no Brasil foi reportado por 40% dos entrevistados; diminuiu com a idade e aumentou com a renda em todas as regies brasileiras; foi maior entre os homens e na rea urbana. Os grupos de alimentos com maior percentual de consumo fora de casa foram bebidas alcolicas, salgadinhos fritos e assados, pizza, refrigerantes e sanduches. Entre indivduos residentes nas reas urbanas do Brasil (n=25.753), a mdia de energia proveniente dessa alimentao foi 337 kcal, representando 18% do consumo total de energia. Alimentao fora do domiclio foi positivamente associada ao consumo total de energia. Avaliando somente adultos entre 25 e 65 anos de idade das reas urbanas (n=13.736) no foi encontrada associao entre o consumo de alimentos fora do domiclio e ndice de Massa Corporal (IMC). Indivduos que consumiram alimentos fora do domiclio apresentaram menor ingesto de protena; maior ingesto de gordura total, gordura saturada e acar livre; menor consumo de arroz, feijo e leite e maior consumo de salgadinhos fritos e assados, doces e acar, refrigerantes e bebidas alcolicas do que no consumidores. Apesar da ausncia de associao entre alimentao fora de casa e excesso de peso, o consumo de alimentos fora do domiclio influencia a qualidade da dieta dos indivduos e em longo prazo pode ter um impacto no ganho de peso da populao, portanto, deve ser considerado nas aes de sade pblica voltadas para a melhoria da alimentao dos brasileiros.
Resumo:
Tendo como objeto de anlise capas da revista Veja, esta tese pretende verificar, por meio da observao analtica desses arranjos sgnicos, em sua materialidade textual bem como nos dilogos que estabelecem com o mundo, as suas tendncias ideolgicas e as marcas de sua argumentatividade constitutiva, de modo a tornar relativo o conceito de texto de informao que costuma recobrir o objeto em anlise. Fazem parte do percurso terico da pesquisa estudos e reflexes sobre: noes de textualidade e de gnero textual; teoria da argumentao; interferncia de elementos exteriores ao texto para a produo do sentido; teoria semitica de base peirceana; estratgias e mecanismos presentes nas representaes discursivas feitas pela mdia. Colocam-se, dessa forma, os estudos da lngua e das linguagens como instrumentos capazes de, pelas vias da cincia, fazer ver os encaminhamentos argumentativos propostos nesses textos. So, portanto, considerados e analisados os elementos que, prestando-se representao do real, imprimem ao/no texto marcas do(s) sujeito(s) sociohistrico(s) que, conforme as lies bakhtinianas, nele se presentifica(m) e, atravs dele, atua(m) intersubjetivamente
Resumo:
A pesquisa objetivou investigar a formao dos conselheiros escolares nas Escolas Municipais de Duque de Caxias a partir da adeso do Municpio ao Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, coordenado pela Secretaria de Educao Bsica do Ministrio da Educao. Como o exame das aes do Programa e a identificao das mesmas no referido municpio perpassam pelos nveis macro, meso e micro do sistema educacional, a metodologia constituiu-se de pesquisa bibliogrfica, anlise de documentos, construo e retrospectiva histrica em torno do princpio da gesto democrtica e dos conselhos escolares; de entrevistas no MEC, na Secretaria Municipal de Educao, com os diretores de duas escolas da rede de ensino e grupo focal com o Conselho Escolar, alm da observao nas escolas. Tendo como base o princpio da democracia e a construo da prtica democrtica nas escolas, por meio da gesto, percebem-se os conselhos escolares como segmentos representativos, tanto da possibilidade de transformao como de manuteno dos processos que envolvem a transparncia, a autonomia e a participao da comunidade escolar na gesto das escolas. A verificao das aes de um Programa governamental em escala nacional, envolvendo a colaborao entre os entes federados, permite desmistificar o distanciamento entre as esferas dos sistemas de ensino neste processo que envolve a capacitao dos conselheiros escolares. A pesquisa revelou que, embora o Municpio de Duque de Caxias tenha aderido ao Programa, ainda no promoveu aes no sentido de formao de seus Conselheiros Escolares. No obstante, uma das escolas observadas no estudo promove uma dinmica articulada, em seu funcionamento, no que se refere participao da comunidade escolar e local na gesto da escola
Resumo:
A captao de guas pluviais no constitui nova estratgia ou tecnologia. No entanto, recentemente tem sido proposta em regies bem desenvolvidas ou em desenvolvimento (peri-urbanas) em resposta a grandes perodos de estiagens, aumento da demanda por gua, maior conscientizao pblica das enchentes urbanas e sua gnese e, aumento do interesse em prticas de construes sustentveis, que integram tambm o uso racional da gua. As escolas constituem uma importante fundao da nao, e tem influncia no desenvolvimento da sociedade e da sensibilizao/ conscientizao sobre as questes ambientais. Muitos dos usos da gua nas escolas envolvem usos menos nobres da gua. Neste contexto, nessa dissertao de mestrado alm da anlise de marcos legais nesse assunto, foi realizada pesquisa de opinio (entrevista e questionrio) junto a atores que interferem no processo decisrio da utilizao das guas pluviais nas escolas para fins no potveis. Foram observadas as condies fsicas-construtivas das escolas do municpio do Rio de Janeiro, sobretudo na regio da 7a. CRE, que abrange a regio da Baixada de Jacarepagu, rea de expanso da cidade. Foi implementada uma unidade para coleta e caracterizao da qualidade das guas pluviais, alm da caracterizao e estudo dos volumes de primeiro descarte (first flush). Os parmetros de qualidade da gua pH, T, OD, ORP, Tu, STD, Condutividade e Salinidade, foram observados com auxlio de sonda multiparmetros e, atravs de anlise laboratorial de acordo com o Standard Methods, os coliformes termotolerantes. No estudo de percepo foi verificada uma grande aceitao do aproveitamento de guas pluviais para fins no potveis, embora diretores de escola tenham apresentado informaes/percepo divergentes sobre consumo e contas de gua das escolas, de sua coordenadoria. Na anlise dos parmetros de qualidade da gua versus registros pluviomtricos foi observada variabilidade nos eventos pluviomtricos observados que limitaram a correlao entre os mesmos, e acabou limitando as concluses dos estudos de volumes para primeira lavagem e descarte (first flush). Os resultados da pesquisa permitem recomendar a implementao de polticas pblicas para aproveitamento de guas pluviais para fins no potveis nas escolas, mas, com o devido apoio tecnolgico. Recomenda-se o aperfeioamento e automatizao do sistema de coleta de guas pluviais para os estudos de first-flush e otimizao dos volumes de descarte.