216 resultados para Difteria Diagnóstico - Teses


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O estudo tem como objeto as relaes estabelecidas pela mulher entre o processo de abortamento e as situaes de violncia vivenciadas durante a gestao. A violncia e o aborto caracterizam-se por serem temticas de grande complexidade, envolvendo questes interdisciplinares de gnero, sade, sade reprodutiva, religio, movimentos sociais, tica e direitos humanos. No aprofundamento do objeto de estudo, traamos os seguintes objetivos: identificar os tipos de situaes de violncia vivenciados, durante a gravidez, pela mulher em processo de abortamento; descrever a vivncia de violncia sob a tica da gestante em processo de abortamento e analisar as relaes estabelecidas pela gestante em processo de abortamento e a ocorrncia de situaes de violncia na gestao. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que teve como sujeitos 15 mulheres com o diagnóstico de abortamento, internadas em maternidades pblicas da cidade de Niteri/Rio de Janeiro. A coleta de dados foi iniciada com a busca nos pronturios do diagnóstico e, posteriormente, foram realizadas entrevistas com roteiro semi-estruturado, gravadas atendendo legislao vigente acerca das diretrizes de pesquisas com seres humanos. Na anlise dos dados utilizamos a tcnica de Anlise de Contedo de Bardin. Os resultados demonstraram a viso ampliada da mulher sobre a violncia, sendo de gnero e psicolgica as mais apontadas. O aborto foi indicado como uma das manifestaes de violncia contra a mulher, tanto nos processos espontneos como nos induzidos. Esse fenmeno, assim como o da violncia, permeado por determinantes sociais, ticas, morais e religiosas. Quando espontneo, pode ser visto como um fracasso da mulher diante de sua capacidade vital de ser me gerando culpa e derrota diante de companheiros e familiares, alm da possibilidade de ser vista como pecadora e/ou criminosa, em decorrncia do princpio social, religioso e legal do aborto como crime, acarretando o desgaste psicolgico. As relaes estabelecidas pelas mulheres acerca da violncia na gestao e o processo de abortamento versaram basicamente sobre os dilemas vivenciados nas gestaes indesejadas; sobre o cotidiano feminino nos espaos pblicos e privados, refletidos em conflitos; o excesso da dupla jornada de trabalho; e sobre a violncia institucional perpetuada pelos servios de sade, principalmente na busca por uma assistncia digna e humanizada nas unidades de emergncia.

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O municpio de Petrpolis, palco de recorrente de problemas ambientais envolvendo movimentos de massa concentrados historicamente na sua rea mais urbanizada, os distritos Sede e Cascatinha, vive nas ltimas dcadas um crescimento populacional que se orienta basicamente para antigas reas rurais de Itaipava, Pedro do Rio e Posse. O objetivo geral da pesquisa investigar como este crescimento vem ocorrendo, analisando as caractersticas geolgico-geomorfolgicas dos novos espaos ocupados, os fatores predisponentes s novas condies de risco envolvendo os movimentos de massa e as inundaes. Assim, foi elaborado um panorama scio-evolutivo do processo de ocupao do solo em Petrpolis, considerando especialmente a dinmica demogrfica registrada nos distritos atravs dos censos demogrficos a partir da dcada de 1940. Utilizando o geoprocessamento como ferramenta e a classificao visual de segmentao de OrtofotosCarta IBGE na escala 1: 25.000, foram produzidos mapas de uso do solo para o municpio e distritos detalhando a rea ocupada. Com o fim de atender ao diagnóstico das situaes de risco foi realizado o levantamento da situao atual da ocorrncia dos movimentos de massa e inundaes no municpio, comparando levantamentos anteriores e verificando a distribuio das ocorrncias e a populao atingida. Por fim, a avaliao da execuo da poltica de desenvolvimento e expanso urbana definida no Plano Diretor de Petrpolis e na Lei de Uso, Parcelamento e Ocupao do Solo, analisando o zoneamento e seus usos (rural, rururbano, urbano e zona de proteo especial) resultando no entendimento de como os aspectos normativos vem sendo tratados, naquilo que so respeitados e naquilo que no so cumpridos na dinmica da ocupao do espao, levantando as aes de preveno, ou no, dos problemas ambientais. Contudo, a definio dos objetivos do trabalho teve dois momentos. O primeiro com a anlise da expanso urbana construindo novas condies de risco e o segundo momento, lamentavelmente, aquele no qual as evidncias ganharam contorno de realidade com o ocorrido em dezembro de 2010 e em janeiro de 2011, principalmente quando inundaes bruscas associadas aos deslizamentos de terra nas encostas atingiram reas de Petrpolis e de outros municpios da regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, certamente, a maior tragdia ambiental ocorrida no Centro-Sul do pas at ento. Com mais de 900 mortos, centenas de desaparecidos e milhares de desabrigados e desalojados, os eventos suplantaram os objetivos do trabalho, colocando novas questes, ao mesmo tempo em que a realidade demonstrou a coerncia e pertinncia daqueles objetivos com os problemas apresentados. Assim, dentre os objetivos passou a constar tambm a verificao in loco das conseqncias de movimentos de massa e inundaes nas reas apontadas anteriormente, como foi o caso do vale do Rio Santo Antnio em Itaipava. O trabalho, assim, se pautou por indicar a necessidade ter-se maior ateno s novas reas de ocupao no municpio, considerando a natureza do territrio, contribuindo como um subsdio na preveno ao risco.

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O cncer de pulmo atualmente a neoplasia mais frequentemente diagnosticada, considerando ambos os sexos, e a principal causa de bito por cncer em todo o mundo. A incidncia e a mortalidade do cncer de pulmo vm sendo influenciadas ao longo do tempo pela histria do tabagismo e seus aspectos scio-demogrficos. Este estudo tem como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognsticos em mulheres com cncer de pulmo assistidas em uma clnica especializada no Rio de Janeiro no perodo de 2000 a 2009. Foram analisadas 193 mulheres com diagnóstico de cncer de pulmo confirmado por exame histopatolgico. Os dados foram obtidos diretamente do sistema informatizado de registros mdicos do referido servio. A idade do diagnóstico foi categorizada em quatro faixas etrias: at 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos e maior de 70anos. O tabagismo foi categorizado como no fumante, ex-fumante, fumante e fumante passiva. O estado nutricional foi avaliado pelo ndice de Massa Corprea (IMC). A classificao histolgica seguiu a diviso entre tumores de clulas no-pequenas (CPCNP) e tumores de pequenas clulas (CPCP). O estadiamento clnico se baseou na classificao do American Joint Committee on Cancer (AJCC) e Veterans Administration Lung Cancer Study Group (VALCSG) para os tumores de clulas no-pequenas e tumores de clulas pequenas, respectivamente. A modalidade de tratamento foi categorizada pela inteno da abordagem teraputica em quatro grupos: controle, neoadjuvncia, adjuvncia e paliativa. Foram calculadas funes de sobrevida pelo mtodo de Kaplan-Meier. Para os fatores prognsticos de risco, foram calculados os hazards ratios brutos e ajustados com intervalos de confiana de 95%, atravs do modelo de riscos proporcionais de Cox. A idade mdia das pacientes foi de 63 anos. Destas, 47,7% eram fumantes, 26,9% no fumantes, 19,7% ex-fumantes e 3,6% fumantes passivas. Em relao ao estado nutricional, 2,6% das pacientes apresentavam IMC baixo peso, 52,8% normal, 29,5% sobrepeso e 15% obesidade. A maioria dos casos, 169 (87,6%) pacientes, foi classificado como cncer de pulmo de clulas no-pequenas (CPCNP). Apenas 24 casos (12,4%) foram de cncer de pequenas clulas (CPCP). Durante o perodo estudado ocorreram 132 bitos; 114 por CPCNP e 18 por CPCP. O tempo mediano de sobrevida para toda a coorte foi de 23,2 meses (IC95%: 16,9-33,5). Quando os dados foram estratificados por classificao tumoral, a sobrevida mediana nas pacientes com diagnóstico de CPCNP foi de 18,2 meses (IC95%: 15,6-25,5) e para aquelas com CPCP foi de 10,3 meses (IC95%: 8,4-19,3). A sobrevida encontrada em 24 meses foi de 49% (IC95%: 42,25-56,9), sendo 22,95 (IC95%: 0,6-49,3) para os tumores de pequenas clulas e 50,29% (IC95%: 43,1-58,7) para os tumores de clulas no- pequenas. Para o total das pacientes, as curvas de sobrevida estratificadas pelas variveis selecionadas mostraram diferenas em relao idade do diagnóstico (p=0,0023) nas faixas etrias intermedirias de 50-59 anos e 60-69 anos, se comparadas com os limites extremos (as mais idosas e as mais jovens). No houve diferenas para o status de tabagismo (p=0,1484) nem para o IMC (p=0,6230). Na anlise multivariada para todos os tumores, nenhum fator prognstico influenciou no risco de morte. A idade nas categorias intermedirias (50-59 anos e 60-69 anos) e o IMC na categoria sobrepeso mostraram uma tendncia proteo, porm, no houve significncia estatstica. Para o grupo de mulheres com CPCNP, o modelo de riscos proporcionais apontou diferena em relao ao estadiamento clnico, especificamente o estdio IV (HR=3,36, IC95%: 1,66-6,8; p=0,001). As pacientes com idade entre 50-59 anos e sobrepeso mostraram uma tendncia diminuio do risco, embora sem significncia estatstica. Esses resultados mostram a necessidade de conhecer melhor o perfil das mulheres que desenvolvem cncer de pulmo e de realizar pesquisas que investiguem de forma mais aprofundada as condies que influenciam a evoluo clnica dos casos e assim contribuir para o aprimoramento da abordagem teraputica.

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Este estudo prope uma leitura histrico-cultural das interpretaes de Gerd Bornheim (1929-2002), destacando a temtica da linguagem, sobretudo das linguagens artsticas. A partir dessas expresses, as colocaes crticas de Bornheim a respeito da esttica e filosofia da arte apresentam um panorama dos questionamentos. Nesse sentido, so notveis em seus trabalhos as reflexes sobre o teatro e a msica. A linguagem teatral permite o acesso s outras atividades artsticas (poesia, msica, artes plsticas, cinema) de forma livre e aberta. A linguagem musical, em consonncia com a teatral, corrobora a pesquisa de Bornheim, que observou o processo criativo, a comunicao, o papel da interpretao (advento da crtica) e as rupturas nas poticas contemporneas. Tal itinerrio sublinha a pesquisa que Bornheim realizou na Frana nas dcadas de 1950 e 1960-70. O estmulo dessa atmosfera, marcada pelo dilogo entre filosofia, cincias sociais, psicologia, psicanlise, histria, antropologia, lingustica, comunicao, teatro e msica foi decisivo para ele. Esses pontos so importantes para a apreenso do tema da linguagem e sua ambincia histrica, na qual Bornheim revela outras perspectivas de pesquisa. O pano de fundo a crise da metafsica e os novos parmetros para se pensar a dialtica, a teoria e a prtica. O diagnóstico de tal crise estende-se tambm esttica. Por conseguinte, o entendimento das ideias de Bornheim conduz aos temas da diferena e alteridade na contemporaneidade. Com isso, persegue-se um percurso temtico que aborda: a linguagem e o problema da comunicao a partir da ligao das interpretaes de Bornheim com as de Sartre e Merleau-Ponty. Alm disso, o surgimento da crtica e os questionamentos da normatividade tica e esttica levam discusso das motivaes coincidentes entre artes e cincias. Por fim, a linguagem musical enfatiza ainda o processo de transformao da subjetividade, que propicia uma percepo mais ampla das expresses artsticas e culturais.

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As hepatites crnicas por vrus so as mais frequentes, destacando-se os vrus das hepatites B (VHB) e C (VHC). O estudo anatomopatolgico da bipsia heptica considerado o padro ouro para avaliar com preciso a distoro arquitetural e o grau de fibrose do parnquima do fgado, importantes fatores prognsticos para os pacientes portadores de hepatites crnicas virais. Na avaliao histopatolgica atual, em adio aos relatos subjetivos das alteraes histolgicas, escores semiquantitativos que correlacionam achados morfolgicos com graus numricos so usados, tais como os reconhecidos escores de Ishak e METAVIR. Entretanto, em todos estes sistemas h a desvantagem da subjetividade do examinador e da incorporao de alteraes categricas, sem referncias s mudanas quantitativas do colgeno heptico. Tcnicas de anlise de imagens digitais (AID) que fornecem quantificao objetiva dos graus de fibrose em amostras histolgicas tm sido desenvolvidas. Todavia, o alto custo e dificuldade ao acesso das tecnologias descritas restringem seu uso a poucos centros especializados. Este estudo visa o desenvolvimento de uma tcnica de custo acessvel para a anlise de imagens digitais da fibrose heptica em hepatites crnicas virais. Foram estudadas 304 bipsias de pacientes com hepatite crnica por vrus B e C, obtidas atravs de agulhas Menghini. Todas as amostras tinham pelo menos 15 mm de comprimento ou cinco espaos-porta completos e foram coradas pelo mtodo Tricrmico de Masson. O estadiamento foi feito por um nico hepatopatologista experiente, sem o conhecimento dos dados clnicos dos pacientes. Os escores de Ishak e METAVIR foram aplicados. As imagens microscpicas foram digitalizadas. Os ndices de fibrose foram determinados de forma automatizada, em tcnica desenvolvida no programa Adobe Photoshop. Para o escore de Ishak, observamos os seguintes ndices de Fibrose (IF) mdios: 0,8% 0,0 (estgio 0), 2.4% 0,6 (estgio 1), 4,7% 1,6 (estgio 2), 7,4% 1,4 (estgio 3), 14,9% 3,7 (estgio 4), 23,4% 2,9 (estgio 5) e 34,5% 1,5 (estgio 6). Para a classificao METAVIR: 0,8% 0,1 (estgio F0), 3,8% 1,8 (estgio F1), 7,4% 1,4 (estgio F2), 20,4% 5,2 (estgio F3) e 34,5% 1,5 (estgio F4). Observamos uma excelente correlao entre os ndices de fibrose da AID e os escores de Ishak (r=0,94; p<0,001) e METAVIR (r=0,92; p<0,001). Em relao indicao de tratamento antiviral, foi observado IF mdio de 16,4%. Em relao ao diagnóstico de cirrose, foi observado IF mdio de 26,9%, para o escore de Ishak, e 34,5% para a classificao METAVIR. A reprodutibilidade intra-observador foi excelente. Este novo mtodo de anlise de imagens digitais para a quantificao de fibrose heptica tem custo acessvel e foi desenvolvido com tecnologia que est disponvel em todo o mundo, permitindo identificar com preciso todos os estgios de fibrose, com excelente reprodutibilidade intra-observador.

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O objeto deste estudo consiste na violncia autoinfligida em mulheres por queimadura. As leses por queimadura so consideradas causas externas (acidentes e violncias) e tem contribudo para o aumento geral dos ndices de morbimortalidade acarretando perda de anos de vida produtiva. So resultantes de mltiplos fatores como condies socioeconmicas, violncias e desigualdade de gnero. Esta pesquisa teve como objetivos: analisar o perfil sociodemogrfico das mulheres que vivenciaram queimadura autoinfligida; descrever as circunstncias e o contexto social relacionados queimadura autoinfligida em mulheres; analisar os fatores motivadores da queimadura autoinfligida em mulheres; e, discutir a queimadura autoinfligida em mulheres na perspectiva de gnero. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e exploratria. Os cenrios da pesquisa foram dois Centros de Tratamento de Queimados (Municipal e Federal) localizados no Estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos do estudo foram 10 mulheres com histria de queimadura autoinfligida e que no tivessem histria de tentativa de suicdio anterior e diagnóstico de sofrimento psquico, uma vez que estas situaes poderiam comprometer a anlise das vivncias de violncia. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevista semi-estruturada, com roteiro previamente elaborado, no perodo de novembro de 2009 a maro de 2010. Os dados foram analisados atravs da tcnica de Anlise de Contedo de Bardin, tendo emergido duas categorias: a) A vida da depoente antes da queimadura: percepo da sua condio pessoal; relaes familiares envolvendo me, pai, avs, irmos e filhos; relaes sociais e relao com o companheiro; b) Queimadura autoinfligida em mulheres: uma questo de violncia de gnero: fatores motivadores da queimadura autoinfligida na perspectiva da mulher e queimadura autoinfligida como desfecho da vivncia de violncia conjugal. As participantes do estudo caracterizavam-se por ter uma vida, anterior ao evento da queimadura, marcada pela violncia na relao familiar e, principalmente, com o parceiro. A constante vivncia de violncia presente na relao com o parceiro, manifestadas por diferentes expresses (fsicas, sexuais e psicolgicas) resultou em intenso sofrimento que culminou na queimadura autoinfligida. Ficou evidenciado que a queimadura autoinfligida, no grupo estudado foi uma tentativa de interromper com a violncia de gnero vivenciada. A escolha pelo fogo foi justificada pelas mulheres como um elemento capaz de produzir maior letalidade e ser de fcil acesso no ambiente domstico. As mulheres afirmam que o evento da queimadura autoinfligida promoveu transformaes em suas vidas. Nos agravos sade da mulher, em especial na violncia autoinfligida por queimaduras, relevante considerar as questes de gnero como estratgia de ao e ampliao das prticas de cuidado.

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Este estudo tem como temtica a espiritualidade de pessoas que vivem com HIV/Aids e como objetivo geral analisar as expresses da espiritualidade de pessoas que vivem com HIV/Aids no contexto das construes representacionais acerca da prpria sndrome, com vistas proposio de uma reflexo acerca do cuidado de enfermagem como uma tecnologia que pode estimular esta dimenso humana. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratria, baseada nas abordagens processual e estrutural da Teoria das Representaes Sociais. Quanto metodologia, possui duas etapas: na primeira, participaram 30 pessoas com HIV/Aids em atendimento ambulatorial de um Hospital Municipal do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados atravs de entrevistas semi-estruturadas e analisados atravs da anlise de contedo de Bardin. Na segunda, participaram 100 pessoas atendidas no hospital supracitado. Os dados foram coletados atravs da tcnica de evocaes livres e analisados a partir do software EVOC. A partir da anlise das entrevistas, emergiram cinco categorias denominadas: do sofrimento dificuldade de encontrar sentido diante do diagnóstico; dando a volta por cima: o encontro de sentidos; da dificuldade de adeso ao tratamento esperana de cura; os relacionamentos como forma de expresso da espiritualidade; e a presena da religiosidade no viver com HIV/Aids. Percebe-se que a descoberta diagnstica marcada por intenso e inevitvel sofrimento, relacionado principalmente representao social da Aids ligada morte e discriminao. Por outro lado, aps o impacto do diagnóstico positivo, os participantes encontram um sentido para a vida, passando a ressignific-la. A dificuldade de adeso vista como uma vivncia prejudicada da espiritualidade. Ressalta-se a esperana na cura, divina ou no-divina e h expresses de espiritualidade nos relacionamentos consigo mesmo, com o outro e com o divino. A religiosidade tambm se faz presente no viver com HIV/Aids principalmente para explicar a origem da Aids no mundo. Quanto estrutura representacional da Aids, foram analisadas, comparativamente, as evocaes do grupo geral, e as relacionadas ao sexo e religio dos participantes. O possvel ncleo central do grupo geral composto pelas palavras medo, morte, tristeza e vida, elementos afetivos que tambm foram identificados nas entrevistas. A estrutura representacional do sexo feminino se sobrepe a do grupo geral, diferindo-se da dos homens, que assume um carter mais racional. Conclui-se que o sofrimento relacionado ao impacto do diagnóstico pode levar dificuldade de encontrar sentido para a vida e, portanto, de vivenciar a espiritualidade. Ainda assim, esta dificuldade passa a ser substituda, com o tempo, por um encontro de sentido para se viver, levando a uma ressignificao da vida. A estrutura representacional permitiu a visualizao de como os elementos relacionados espiritualidade se organizam. Observa-se um processo de transformao das representaes sociais da sndrome, que coincide com a presena da espiritualidade. Destaca-se o papel do enfermeiro na promoo do cuidado espiritual pessoa com HIV/Aids.

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A despeito de suas limitaes, os dados do SIHSUS so os mais sistemticos e abrangentes sobre as Reaes Adversas e Intoxicaes a medicamentos que provocam hospitalizao. Eles demonstram a importncia das aes de educao e investigao de casos do Programa Nacional de Farmacovigilncia para possibilitar o diagnóstico mais acurado e superao do quadro atual de ocorrncia desses agravos, alm da possibilidade de o SIH/SUS ser utilizado sistematicamente como fonte de dados na deteco e anlise dos problemas relacionados a medicamentos. No perodo de 1999 a 2007, foram emitidas 6.670.609 AIH (tipo 1), entre as quais 3.611 foram classificadas como internaes devidas a RAM e 4.675 como Intoxicaes, correspondendo, respectivamente, s taxas mdias de 5,41 casos por 104 AIH e 7,2 casos por 104 AIH. Ocorreram 137 bitos (3,79% das AIH) por RAM e 207 (4,43% das AIH) por Intoxicaes na populao internada. Tanto as RAM como as Intoxicaes tiveram menor chance de levar ao bito quando comparados s outras causas. Uma caracterstica da distribuio dos RAM foi concentrar 62% das AIH nas faixas etrias de 20 a 59 anos de idade (grupo adulto). Nas Intoxicaes merece destaque a elevada proporo de AIH na faixa etria de 0-4 anos (14,29%). As AIH registradas com causas bsicas relacionados a RAM foram principalmente de pacientes do sexo masculino, j as Intoxicaes foram principalmente de pacientes do sexo feminino. Em ambos tipos de agravos estes pacientes foram internados em hospitais que no faziam parte da Rede de Hospitais Sentinelas do Programa Nacional de Farmacovigilncia. No entanto, a probabilidade destes hospitais registrarem as AIH com cdigos CID-10 referentes s RAM maior, o que ocorre provavelmente por estarem mais capacitados em diagnosticar este tipo de agravo. Porm este fato no foi observado para as Intoxicaes. Os frmacos que causaram os agravos estudados so psicoativos. Este estudo apresentou algumas evidncias sobre a distribuio da morbi-mortalidade provocada por medicamentos entre pacientes internados em hospitais conveniados ao SUS no perodo de 1999-2007, baseadas nas informaes das AIH, que podem ser teis ao Programa de Farmacovigilncia no Estado do Rio de Janeiro.

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O tema do presente estudo o gerenciamento de resduos qumicos em ambientes hospitalares. Os resduos qumicos so gerados nas atividades auxiliares dos estabelecimentos prestadores de servios de sade, tais como hospitais, laboratrios, servios de diagnóstico e tratamento, centros de sade, clnicas, institutos de medicina legal e outros. Dentre todos, os hospitais, por suas caractersticas de atendimento, so, sem dvida, os maiores geradores deste tipo de resduo. Controlar e diminuir os riscos inerentes a este tipo de resduos, alm de ser uma exigncia legal, passa a ser uma necessidade ambiental e um desafio a ser enfrentado pelos administradores de estabelecimentos assistenciais sade. O objetivo geral desta pesquisa passa ento por avaliar o gerenciamento dos resduos qumicos gerados nos hospitais pblicos da regio metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, abordando s necessidades e dificuldades enfrentadas por estes geradores que inclu aspectos polticos, administrativos, econmicos e em alguns casos fsico-estruturais. Para atingir tal objetivo o mtodo empregado foi dividido em duas etapas: I) Pesquisa Aplicada, onde foram visitados alguns hospitais pblicos do Estado e utilizou-se um questionrio para avaliar as questes relacionadas com o gerenciamento de resduos qumicos e II) Estudo de Caso, onde se considerou, atravs de observaes e entrevistas, o gerenciamento de resduos qumicos de um hospital universitrio de grande porte de maneira efetiva. Foram utilizadas como fontes secundrias informaes obtidas em seminrios relacionados ao tema, reportagens de jornais e entrevistas publicadas em fontes especializadas. Os resultados obtidos mostram que as dificuldades enfrentadas no gerenciamento de RSS, inclusos neste grupo os resduos qumicos, uma realidade para a maioria dos hospitais da rede pblica. Concluso: o maior problema a ser enfrentado por estas instituies est diretamente ligado conscientizao, ou melhor, a falta de conscientizao, de funcionrios, mdicos e gerncia dos hospitais, quanto importncia da correta segregao, armazenagem e manuseio destes resduos. Alm disso, a falta de recursos financeiros e, em alguns casos, at de espao fsico tambm dificulta o efetivo gerenciamento deste tipo de resduos. Problemas secundrios relacionam-se com a falta de fiscalizao dos rgos sanitrio-ambientais competentes e o descaso da prpria populao que no atenta para os problemas ambientais e de sade e segurana, decorrentes de um incorreto gerenciamento no s dos resduos qumicos, mas de todos os resduos de servio de sade. Como recomendao, pode-se dizer que se faz necessria uma maior mobilizao por parte dos estabelecimentos hospitalares para a discusso e atendimento das legislaes aplicveis e tambm, o desenvolvimento de uma estrutura gerencial com responsabilidades definidas e aes planejadas, compatveis com a realidade do servio pblico, e que possam levar a alcanar os objetivos e metas de um gerenciamento dos resduos de servio de sade.

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O termo silicose refere-se ao processo de fibrose pulmonar causado pela inalao de poeira contendo slica. uma doena ocupacional, incurvel, que se inicia nas vias areas distais e pode progredir independente do trmino da exposio. Os testes de funo pulmonar, apesar de no serem utilizados como ferramenta diagnstica para silicose, so amplamente empregados para acompanhar longitudinalmente esses indivduos. Estudos recentes sugerem que a Tcnicas de Oscilaes Foradas (FOT) pode ser aplicada para deteco de alteraes pulmonares precoces em indivduos com silicose. Contudo, existem poucos estudos descrevendo as alteraes de mecncia respiratria associada com a silicose atravs da FOT. Neste contexto, os objetivos deste estudo so: (1) analisar as alteraes de mecnica respiratria de indivduos portadores de silicose com diferentes graus de obstruo e (2) avaliar a capacidade da FOT em detectar alteraes na funo pulmonar decorrentes da silicose. Trata-se de um estudo transversal controlado com avaliao de casos prevalentes, tendo como unidade de avaliao o indivduo. Os exames realizados incluram medidas de espirometria e FOT. Foi selecionado um total de 67 indivduos, 46 portadores de silicose e 21 sadios, caracterizando o grupo controle. Os indivduos com diagnóstico de silicose foram divididos em trs grupos classificados de acordo com o nvel de obstruo sugerido pela espirometria. Essa classificao resultou em trs categorias: Indivduos normais ao exame espiromtrico (NE), n= 12; com distrbio ventilatrio obstrutivo leve (DVOL), n=22; com distrbio ventilatrio obstrutivo moderado ou acentuado (DVOMA), n= 12. Todos os indivduos realizaram exames da FOT para anlise das propriedades resistivas e reativas do sistema respiratrio. Posteriormente aos exames da FOT os indivduos foram submetidos espirometria. Considerando os grupos divididos a partir da espirometria, os parmetros resistivos e reativos e a impedncia do sistema respiratrio em 4Hz (Z4Hz) se modificaram significativamente com a progresso da distrbio obstrutivo. Na anlise do poder diagnóstico da FOT os parmetros R0, Rm, Rsr4 e |Z4Hz| mostraram-se precisos para identificar as modificaes de mecnica respiratria em pacientes com silicose apresentando distrbio ventilatrio obstrutivo leve. Para distrbio ventilatrio obstrutivo moderado e acentuado todos os parmetros analisados apresentaram habilidade para identificar essas alteraes. Na anlise entre o grupo controle e normal ao exame, nenhum parmetro da FOT apresentou valor de acurcia adequado para uso clnico. Esses resultados so coerentes com as alteraes fisiopatolgicas relacionadas silicose, confirmando o potencial da FOT na avaliao das modificaes de mecnica respiratria em doentes com silicose.

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Esta tese pretende contribuir para o desenvolvimento de respostas pblicas rumo diminuio do impacto do HIV/Aids nos campos, econmico, poltico e social tanto no nvel coletivo quanto no individual. Discute aspectos torico-conceituais das noes de risco e vulnerabilidade, mostrando que a atual aplicao e apropriao dessas noes na resposta essa epidemia dificulta o reconhecimento dos problemas adicionais enfrentados aps o diagnóstico. Apresenta as diversas formas de pobreza, desigualdade e excluso a partir dos indicadores sociais comumente usados e respectivas lgicas construtivas. Questiona as afirmaes recentes sobre a queda da desigualdade, da pobreza e da indigncia no pas; e considera que a desigualdade e a excluso que afetam a populao em geral a mesma a afetar pessoas que vivem com HIV/Aids. Porm, aponta a existncia de vulnerabilidade potencial, conceito desenvolvido nesta tese, na ausncia de rede de suporte social. Para identificar e inferir sobre o que ocorre nas vidas das pessoas que vivem em situao de desigualdade ou excluso aps a infeco pelo HIV utiliza dados coletados em pesquisa de survey, discursos, estrias e memrias de casos reais da prtica profissional desta autora. O objetivo desta tese demonstrar que o conceito de vulnerabilidade aplicado aps o diagnóstico importante ferramenta para reconhecer e intervir sobre as dificuldades e problemas adicionais enfrentados. Ressalta a evoluo da resposta brasileira essa epidemia e demonstra as lacunas existentes como desafios a seu aperfeioamento. Conclui que o reconhecimento dos problemas adicionais aps o diagnóstico e o uso do conceito de vulnerabilidade potencial abre novas possibilidades de enfrentamento do HIV/Aids e exige respostas pblicas interligadas e intersetoriais.

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A constituio de uma base de dados normativa da marcha essencial para o diagnóstico e o tratamento de padres atpicos da locomoo (SUTHERLAND et al., 1997). No obstante, so escassas as informaes relativas aos padres normais da marcha de crianas (GANLEY e POWERS, 2005), carncia ainda mais evidente no tocante produo acadmica sobre o padro biomecnico da locomoo da populao de crianas brasileiras. Nesse sentido, especialistas em anlise de marcha alertam para o fato que crianas de diferentes populaes podem exibir diferentes padres de marcha de acordo com os grupos tnicos das quais foram extradas (MORENO-HERNNDEZ et al., 2010). Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi descrever o padro biomecnico da marcha de crianas hgidas brasileiras entre 6 e 11 anos de idade. Cento e vinte e duas crianas hgidas, entre seis e 11 anos de idade foram aleatoriamente recrutadas de um universo de 328 alunos. Os sujeitos foram alocados em trs grupos etrios: Grupo 1 (6-7 anos), Grupo 2 (8-9 anos) e Grupo 3 (10-11 anos). Para o registro das imagens das marchas das crianas foi utilizado um sistema de captura bidimensional de movimento a uma freqncia de aquisio de 30 Hz, composto por uma cmera Sony modelo HC 46 posicionada ortogonalmente a 6 metros da pista. Marcadores esfricos reflexivos de 20mm de dimetro foram fixados em ambos os lados do corpo dos participantes. Os valores em bruto das coordenadas dos marcadores foram transformadas em coordenadas globais 2D (CALDWELL et al., 2004) e processadas no software SkillSpector (Verso 1.0). A estratgia de Hof (1996) foi utilizada para a normalizao dos dados da marcha. Os comprimentos de passo e passada apresentaram uma tendncia de aumento com o avano da idade at 8-9 anos de idade, ao passo que a cadncia dos passos apresentou uma tendncia de diminuio at o mesmo perodo. Os nmeros no-dimensionais no apresentaram qualquer tendncia de alterao com o avano da idade. Os trs grupos etrios apresentaram trajetrias angulares articulares semelhantes. O presente estudo constitui ao pioneira no que tange descrio do padro cinemtico da marcha de crianas hgidas brasileiras entre 6 e 11 anos de idade. Assim sendo, consideramos que um primeiro passo foi dado no sentido da constituio de uma base de dados normativa da locomoo desses indivduos.

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Os miomas uterinos (MU) so considerados os tumores mais comuns do sistema reprodutor feminino. Estudos norte-americanos demonstram que mulheres negras so mais acometidas pelos MU que as de outros grupos tnico-raciais. No entanto, as causas da desigualdade racial na ocorrncia dos tumores permanecem desconhecidas e possveis mecanismos so pouco explorados na literatura. Em outra direo, devido s caractersticas dos MU (crescimento lento e longo perodo de latncia) parte considervel dos estudos epidemiolgicos utilizam um delineamento transversal, o que pode gerar problemas metodolgicos, como os relacionados utilizao da idade coletada transversalmente (posteriormente a ocorrncia dos MU) como proxy da idade do surgimento dos tumores. Assim, este trabalho de tese foi dividido em trs partes, como se segue. A primeira, com caractersticas descritivas, teve por objetivo estimar a ocorrncia de MU autorelatados segundo categorias demogrficas e scio-econmicas na populao de estudo (comps o artigo 1). A segunda, com componente analtico, props-se a avaliar o papel da PSE ao longo da vida como mediadora do efeito da cor/raa na ocorrncia de MU auto-relatados (comps o artigo 2). A terceira, com carter metodolgico, teve por objetivo comparar medidas de associao, entre variveis aferidas transversalmente, em anlises que incluem a co-varivel idade no momento da coleta de dados e anlises que consideram a idade ao diagnóstico dos MU (comps o artigo 3). Para tanto, foram analisados dados transversais da populao feminina participante das duas etapas da linha de base do Estudo Pr-Sade, referentes histria auto-relatada de diagnóstico mdico de MU e ainda a caractersticas scio-demogrficas, da vida reprodutiva e de acesso a servios de sade. Os resultados evidenciaram o aumento de ocorrncia de MU em mulheres de maior idade e com a cor da pele mais escura (artigo 1); que a PSE ao longo da vida no medeia as associaes entre cor/raa e MU (artigo 2); e que apesar das diferenas de pequena magnitude, a idade referida no momento da coleta de dados parece ser menos indicada para fins de especificao dos modelos analticos do que a idade ao diagnóstico dos MU(artigo 3).

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Em 2008, a partir da Portaria 1707 do Ministrio da Sade, foi institudo no mbito do Sistema nico de Sade o Processo Transexualizador que estabeleceu as bases para a regulao do acesso de transexuais aos programas para realizar os procedimentos de transgenitalizao. Esta Portaria, que tem como base o reconhecimento de que a orientao sexual e a identidade de gnero so determinantes da situao de sade e que o mal-estar e sentimento de inadaptao por referncia ao sexo anatmico do transexual devem ser abordados dentro da integralidade da ateno preconizada pelo SUS, significou avanos expressivos na legitimao da demanda de transexuais por redesignao sexual e facilitou o acesso dessa populao assistncia de sade. Embora a proposta da ateno a transexuais instituda no Brasil seja a de uma poltica de sade integral que ultrapassa a questo cirrgica e considera fatores psicossociais desta experincia, possvel observar que a mesma est baseada em um modelo biomdico que considera a transexualidade um transtorno mental cujo diagnóstico condio de acesso ao cuidado e o tratamento est orientado para a realizao da cirurgia de redesignao sexual. Nesse sentido, apenas os sujeitos que se enquadram na categoria nosolgica de Transtorno de Identidade de Gnero e, consequentemente, expressam o desejo de adequar seu corpo ao gnero com o qual se identificam por meio de modificaes corporais tm seu direito assistncia mdica garantido. Diante disso, considerando que no Brasil a ateno a transexuais est absolutamente condicionada a um diagnóstico psiquitrico que, ao mesmo tempo em que legitima a demanda por redesignao sexual e viabiliza o acesso a cuidados de sade um vetor de patologizao e de estigma que restringe o direito ateno mdica e limita a autonomia, o presente estudo pretende discutir os desafios da despatologizao da transexualidade para a gesto de polticas pblicas para a populao transexual no pas. A partir de uma pesquisa sobre as questes histricas, polticas e sociais que definiram a transexualidade como um transtorno mental e dos processos que associaram a regulamentao do acesso aos servios de sade ao diagnóstico de transexualismo, espera-se problematizar o atual modelo de assistncia a pessoas trans e construir novas perspectivas para a construo de polticas inclusivas e abrangentes que garantam o direito a sade e o exerccio da autonomia para pessoas trans.

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Este estudo teve por objetivo investigar a relao trabalho / sade em trabalhadores de cozinhas industriais, focalizando o aspecto socioeconmico e outras dimenses da vida social (estresse no trabalho e eventos de vida produtores de estresse), incluindo-se morbidade (obesidade, doenas crnicas e transtornos mentais comuns), condio laboral (incmodos ambientais e acidentes de trabalho) e comportamentos relacionados sade (consumo alimentar, tabagismo e lcool). Utilizando dados coletados nos nove Restaurantes Populares do Estado do Rio de Janeiro, apresentam-se trs artigos. O primeiro descreve a populao de estudo, considerando trs grupos ocupacionais: Administrativos, Cozinheiros e Copeiros, e os Auxiliares de Servios Gerais. O segundo artigo investiga a associao entre as caractersticas psicossociais e o impedimento laboral por motivos de sade, considerando uma anlise hierarquizada e, finalmente, o terceiro artigo discute a certificao da reprodutibilidade, na populao de estudo, do questionrio sueco da verso para o portugus do Demand-Control Questionnaire (DCQ), utilizado para avaliar estresse no ambiente de trabalho. Os homens representaram 62,7% do total de trabalhadores. A idade mdia dos funcionrios foi de 35,1 anos, (DP=10,3). A renda familiar lquida foi de at dois salrios mnimos para 60% dos trabalhadores. Obteve-se para o tempo de trabalho em cozinhas, uma mdia de 59,8 meses, tendo variado de um mnimo de 2 meses e mximo de 30 anos. A prevalncia de doenas que tinham diagnóstico mdico foi de 15,0% para Doena Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT); 14,3% para Hipertenso Arterial Sistmica; 12,7% para Gastrite; e, 2,1% para Diabete Mellitus tipo II. O acidente de trabalho corte foi relatado por 20,2% dos trabalhadores, seguido de contuso com 16,0%. A prevalncia de acidentes de trabalho foi mais expressiva entre os ASG. A prevalncia de impedimento laboral por motivos de sade foi de 10,8%. Os modelos resultantes das anlises multivariadas de associao entre impedimentos das atividades laborais e as variveis que permaneceram no modelo final aps o ajustes das variveis indicaram que aqueles que referiram estado geral de sade regular e ruim tiveram uma razo de prevalncia de trs para impedimento das atividades laborais comparados aos de muito bom e bom estado geral de sade (RP: 3,59; IC:1,44-8,97). Os trabalhadores que exerciam suas atividades nos restaurante localizados na rea 2 (Bangu, Central do Brasil, Maracan e Niteri) apresentaram RP:2,38; IC:1,15-4,91) para ausncias no trabalho quando comparados aos da rea 1 (Barra Mansa, Campos, Itabora, Duque de Caxias e Nova Iguau). A confiabilidade da escala do DCQ, teste-reteste, produziu um Coeficiente de Correlao Intraclasse para as dimenses: demanda psicolgica, controle do trabalho e apoio social no trabalho de 0,70, 0,68 e 0,80, respectivamente, sendo considerados bom. Este estudo refora a importncia dos aspectos psicossociais na ocorrncia do impedimento por motivos de sade e contribui para o conhecimento dessas relaes. Sugere-se realizar estudos com desenho longitudinal, que permitam aprofundar o conhecimento sobre os determinantes psicossociais do trabalho e o absentesmo.