95 resultados para África Relações exteriores


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O presente trabalho tem como foco o parentesco por aliana, sendo esta uma relao que se estabelece sem o privilgio da escolha, to cara aos indivduos na contemporaneidade. Neste sentido, busca avaliar como se d o processo de integrao e insero da nora na famlia por aliana e a percepo da sogra diante da chegada, na famlia, deste novo membro feminino; como os cnjuges, pivs do parentesco por aliana, imprimem ritmo relao com a parentela e ainda, que estratgias constroem para superao de tenses e conflitos. Os efeitos dos diferentes pertencimentos sociais sobre estas relações um ponto que deve ser considerado na medida em que as trocas materiais so, muitas vezes, responsveis pela aproximao dos indivduos na famlia. Vale ressaltar as imagens de famlia como instrumento rico para anlise das relações.

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Considerando a influncia significativa do pensamento catlico no cenrio educacional e poltico brasileiro, esta pesquisa tem como objetivo desenvolver uma reflexo sobre as relações entre Igreja e Estado, situadas sob o primeiro governo Vargas (1930-1945) e, em particular, sob o Estado Novo, no que concerne s questes educacionais e sociais, e ateno dispensada famlia, compreendida como instituio imprescindvel no processo de conformao da nao. Sob essa perspectiva, esse estudo se prope a analisar as concepes catlicas identificando os pontos de aproximao entre os interesses da Igreja e do Estado, que possam sugerir o estabelecimento de uma relao de aliana entre ambos, em prol de um projeto de reconstruo da nao, com base em princpios da doutrina crist. Este estudo teve como base fundamental as representaes catlicas disseminadas a partir da revista A Ordem e a Revista Brasileira de Pedagogia, peridicos de expressiva relevncia no mbito catlico.

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Durante minha trajetria profissional experenciando o cuidar de clientes portadores de doena onco-hematolgica percebi a luta destes seres humanos pela vida e como a relao enfermeiro-cliente era vital para a realizao do cuidado. O enfermeiro interage grande parte do tempo com esta clientela a qual percorre uma trajetria de re-internaes e longos perodos de tratamento. Nesse sentido, entendendo que a relao interpessoal como uma condio importante para que o enfermeiro compreenda o outro em sua totalidade e preste um cuidado singular, delimitei como objeto de estudo as relações interpessoais do enfermeiro na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico. Para tanto, o objetivo foi compreender o significado das relações interpessoais na ao de cuidar do enfermeiro junto ao cliente internado para tratamento onco-hematlgico. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, cujo referencial terico pautou-se nas concepes da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. O cenrio de realizao do estudo foi a enfermaria de Hematologia de um Hospital Universitrio Federal do estado do Rio de Janeiro e os sujeitos foram todos os seis enfermeiros lotados nessa unidade. Antes da etapa de campo e em cumprimento aos princpios ticos da Resoluo 196/96 do CNS que trata da pesquisa com seres humanos, o projeto foi submetido ao Comit de tica dessa instituio cenrio do estudo, sendo aprovado com o Parecer n 092/11. A captao das falas deu-se por meio de entrevista com a utilizao das seguintes questes orientadoras: fale para mim sobre as aes que voc desenvolve junto ao cliente internado para tratamento onco-hematolgico; o que significam as relações interpessoais na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico?; e o que voc faz para que esta relao acontea? A anlise compreensiva das falas possibilitou a apreenso das categorias: cuidar atravs de procedimentos tcnicos e cientficos, orientando para o enfrentamento da doena e atender o paciente na perspectiva de suas necessidades estabelecendo a relao interpessoal entre enfermeiro e o cliente. O enfermeiro descreve as aes desenvolvidas junto ao cliente em tratamento onco-hematolgico como um fazer tcnico, rico em procedimentos, que tem em vista apoiar o cliente para enfrentar o tratamento difcil de uma doena grave, a partir de suas necessidades, estabelecendo uma relao ntima, transparente e forte, ocorrendo de forma espontnea e natural. Para estabelecer esta relao os enfermeiros utilizam estratgias como: a empatia, a brincadeira, o carinho, a confiana e a disponibilidade para promover o cuidado de enfermagem. As relações interpessoais se mostraram inerentes ao de cuidar desse enfermeiro, ator social da equipe de sade, o qual possui a disponibilidade para interagir com o cliente, transcendendo o aspecto tecnicista, fazendo parte de sua identidade profissional o constituinte relacional.

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O presente estudo est voltado para a reflexo sobre os jovens, o Orkut e a escola. Tem como objetivos fundamentais compreender as formas de interao que o Orkut propicia aos jovens e como elas os auxiliam a repensar novas configuraes para suas escolas e assim, contribuir para prticas escolares comprometidas com a formao de jovens crticos e transformadores e com vises coletivas de mundo. Atravs do confronto de diferentes vozes dos jovens com a minha, enquanto pesquisadora, debrucei-me sobre os diversos modos de usos do comunicador instantneo da internet, o Orkut, no sentido de buscar compreenso de como os jovens tem construdo suas imagens, valores, identidades em um espao relacional, na maior parte das vezes ldico, que se expande numa vasta rede de mltiplos textos e contextos, e como seus desdobramentos os possibilitam a repensar o espao escolar. Esta tarefa no se esgotou enquanto alvo de investigao, mas tambm abriu espao para a construo de novas relações instauradas no dilogo dentro da escola, tecidas no prprio processo de pesquisa. Sustentado pela perspectiva tericometodolgica que tem por base os conceitos de dialogismo e alteridade de Mikhail Bakhtin (1992, 2002, 2003), onde o outro assumido como aquele que afeta e confere acabamento s diferentes vises e compreenses de mundo, o dilogo estabelecido no processo de pesquisa se manteve sob condio de tenso. Escuta e respostas se alteraram, pontos de vista e valores foram confrontados, desnudando e permitindo a negociao de sentidos. Este modo de pesquisar tambm permitiu a interveno, como ato educativo, instaurando o distanciamento reflexivo em relao ao ambiente escolar e aos usos do Orkut e favorecendo, a partir do olhar do outro, o acesso a diferentes significados, para fazer frente aos discursos sustentados como verdadeiros e absolutos, que atravessam as experincias escolares e usos que os jovens fazem do Orkut, permitindo novas percepes, relações e redimensionamentos.

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Os Aulopiformes so peixes marinhos com amplitude temporal do Eocretceo ao Recente. Os txons fsseis so encontrados em depsitos sedimentares das Amricas do Sul e do Norte, Europa, sia e África. Os representantes viventes podem ser encontrados desde guas rasas costeiras, esturios, at profundidades abissais, excedendo 3.000 m. Os limites do grupo, suas intra e inter-relações so objeto de muitos estudos. O objetivo central desta tese aplicar mtodos de Biogeografia Histrica como Panbiogeografia e a Anlise de Parcimnia de Endemismos aos peixes Aulopiformes. Adicionalmente, foi realizada a anlise filogentica dos Aulopiformes. Como resultado foram obtidos: 21 traos generalizados de Synodontoidei, 28 de Chlorophthalmoidei, 3 de Giganturoidei e 7 de Enchodontoidei. O clado Synodontoidei apresenta um padro de distribuio primordialmente em guas tropicais e subtropicais, associado borda de placas tectnicas e ao tipo de substrato. O clado Chlorophthalmoidei apresenta padres de distribuio associados a cadeias de montanhas submarinas e corais de profundidade. O clado Giganturoidei possui uma distribuio vicariante com a famlia Giganturidae ocupando guas mais quentes e Bathysauridae as regies mais frias. O clado Enchodontoidei foi associado a recifes de coral e zonas de ressurgncia pretritos. Adicionalmente, foi analisada uma matriz de dados com 84 txons e 105 caracteres morfolgicos no ordenados e sem pesagem a priori. Como resultado foram obtidas sete rvores igualmente parcimoniosas com 1214 passos, ndice de consistncia de 0,1129 e ndice de reteno de 0,4970. A ordem Aulopiformes no constituiu um grupo monofiltico, com as famlias Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae, Pseudotrichonotidae e Ipnopidae mais proximamente relacionados ao Myctophidea que aos Alepisauroidei. Assim a partir da combinao dos resultados alcanados conclui-se que a Biogeografia Histrica funcionou como uma ferramenta na identificao dos problemas taxonmicos dos Aulopiformes e a sua anlise filogentica permitiu identificar controvrsias sistemticas, indicando que so necessrios maiores estudos sobre a anatomia dos aulopiformes, a fim de esclarecer suas inter-relações.

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A presente Dissertao trata de uma anlise sobre as questes que envolvem o retorno de jovens casais casa materna ou paterna causado pelo desemprego e/ou dificuldade de insero no mercado de trabalho. Questes estas que vo desde a precarizao das condies materiais da famlia at os efeitos do desemprego nas relações familiares. Na constatao deste quadro, uma questo inicial surgiu: O desemprego estaria provocando uma nova dinmica na organizao das famlias de camadas mdias urbanas? Ou seja, a recoabitao como estratgia de apoio no momento do desemprego estaria provocando a co-residncia forada entre duas ou mais geraes, alterando assim a tendncia nuclearizao da famlia, iniciada a partir dos nos anos 70? Mais ainda, a dependncia entre as geraes estaria comprometendo a autonomia dos indivduos na famlia? Essas foram algumas das indagaes investigadas nessa pesquisa.

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O desenvolvimento sustentvel foi definido pelo Relatrio Brundtland como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das geraes futuras de suprir suas prprias necessidades. Esse tipo de desenvolvimento abarca tanto a questo do crescimento econmico com distribuio de renda, quanto a necessidade de se preservar os recursos escassos do planeta, alm de seus ecossistemas. O desenvolvimento sustentvel um tema que aborda dois conceitos-chave que afetam as relações entre os pases: a necessidade de desenvolvimento de muitas naes que ainda no atingiram o patamar de riqueza dos pases desenvolvidos e o imperativo da sustentabilidade, que restringe a possibilidade do desenvolvimento econmico ao interferir no processo produtivo das naes. Dessa forma, torna-se necessrio abordar o desenvolvimento sustentvel na perspectiva das Relações Internacionais. Acordos cooperativos em relao ao meio ambiente tm sido assinados muito mais como forma de cooperao bilateral do que global. O contexto histrico nos leva a um ponto de inflexo no cenrio internacional, iniciado no ano de 2002 e que perdura at os dias atuais. Neste incio de sculo XXI, a convergncia dos pases ao desenvolvimento sustentvel passa a ser analisada pelo esforo unilateral de cada nao, explicitando o uso dos indicadores de desenvolvimento sustentvel e justificando sua apreciao. neste perodo em que se dar a anlise da economia brasileira, conforme proposto pela dissertao. A partir da anlise dos dados fornecidos pelos indicadores para a situao do desenvolvimento sustentvel no Brasil, tem-se elaborada a questo central que esta dissertao procurar responder: a efetividade no uso destes indicadores para o direcionamento das polticas de desenvolvimento sustentvel das naes. A valorao do desenvolvimento sustentvel de vital importncia para o posicionamento das naes frente ao tema ambiental no mundo. Como diferentes conceitos so aceitos para o tema, a possibilidade de um grande acordo multilateral acerca do mesmo fica prejudicada. A maneira encontrada por alguns pases foi redirecionar suas economias unilateralmente sustentabilidade. O que isso ir provocar nas Relações Internacionais s o tempo poder dizer. O que certo que a frgil relao entre os pases ser afetada por esse fato. O Brasil desponta como um expoente do desenvolvimento sustentvel, pelo menos na inteno, e atravs do uso de ferramentas como os indicadores de desenvolvimento sustentvel que podemos mensurar o quanto seu discurso se converte em prtica.

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Os telesteos so o grupo mais diversificado entre os vertebrados e seu registro mais antigo data do Jurssico. Sua atual classificao inclui quatro clados, dentre os quais Euteleostei o mais avanado e variado. Apesar de todos os trabalhos a respeito do grupo, ele ainda no possui diagnose, definio e composio precisas. A discordncia entre autores ilustrada pelas nove diferentes propostas filogenticas elaboradas nos ltimos 30 anos. Muitos fsseis do Cretceo so classificados como eutelesteos basais por falta de conhecimento morfolgico, enquanto outros fsseis possuem classificao sistemtica controversa ou compartilham aspectos estruturais com eutelesteos basais. Nesse contexto, os objetivos da presente dissertao so avaliar o monofiletismo de eutelesteos basais e recuperar relações filogenticas de txons do Nordeste do Brasil, África, Europa, sia e Amrica do Norte atribudos aos eutelesteos basais. Sete txons brasileiros (i.e., Beurlenichthys ouricuriensis, Britoichthys marizalensis, Clupavus brasiliensis, Santanasalmo elegans, Santanichthys diasii, Scombroclupeoides scutata e novo eutelesteo da Bacia de Pelotas) e 14 txons de localidades estrangeiras (i.e., Avitosmerus canadensis, Barcarenichthys joneti, Chanoides macropoma, Clupavus maroccanus, Gaudryella gaudryi, Humbertia operta, Kermichthys daguini, Leptolepides spratiiformis, Lusitanichthys characiformis, Nybelinoides brevis, Orthogonikleithrus leichi, Pattersonella formosa, Wenzichthys congolensis e Tchernovichthys exspectatum) foram analisados atravs de observao direta, fotografias, desenhos e descries e submetidos a uma anlise de Sistemtica Filogentica utilizando o princpio da parcimnia. Trs espcies recentes (i.e., Elops saurus, Hoplias malabaricus e Salmo trutta) foram usadas como grupo externo. Sessenta e dois caracteres foram selecionados e, como resultado, seis rvores igualmente parcimoniosas foram obtidas com 325 passos, ndice de consistncia (CI) de 0,2523 e ndice de reteno (RI) de 0,4309. O consenso estrito representado pela seguinte topologia: ((C. marocanus), (C. brasiliensis, (H. malabaricus + S. diasii))) ((G. gaudryi, (C. macropoma + L. characiformis)), (K. daguini), ((A. canadensis, (novo eutelesteo, (S. elegans + W. congolensis), (B. ouricuriensis + B. marizalensis)), (L. spratiiformis, (S. scutata, (N. brevis + P. formosa))), (B. joneti), (O. leichi), (H. operta + T. exspectatum), indicando que eutelesteos basais no formam um grupo monofiltico e que as atuais sinapomorfias propostas so insuficientes para suportar o grupo.

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As cmaras municipais constituram-se em um dos mais notveis mecanismos de manuteno do vasto imprio ultramarino portugus. Originavam-se dos antigos conselhos medievais, aglutinavam os interesses das elites coloniais ao serem compostas pelos homens bons da colnia, detinham considervel poder sobre a sociedade local alm de terem a liberdade de representar ao rei de Portugal seus anseios ou dificuldades. Paralelo, ao poder do senado da cmara municipal, encontravam-se as autoridades nomeadas pelo rei de Portugal: governadores coloniais. Este compartilhamento do poder na colnia gerava, muitas vezes, conflitos entre a cmara municipal e os funcionrios rgios. No Rio de Janeiro, setecentista, vrios fatores internos e externos colnia deterioraram as relações entre os governadores coloniais e os membros do senado.Tal situao agrava-se com as incurses corsrias francesas de 1710 e 1711 que demonstraram a fragilidade do imprio portugus que h muito deixara de ter um poder naval significativo, perdendo espaos para potncias como a Frana, Inglaterra e Holanda. Incapaz de conter os inimigos no vasto oceano, desprovido de meios navais capazes de patrulhar os litorais de suas colnias na África, sia e Amrica, em especial o do Brasil, o imprio portugus dependia cada vez mais dos recursos humanos de suas colnias para a manuteno do seu territrio ultramarino. A corte portuguesa sofreu duro impacto com a conquista da cidade do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin e, ao longo dos prximos anos, procurou fortalecer o sistema defensivo de sua colnia com o envio de tropas e navios alm da construo de novas fortalezas e o reaparelhamento do sistema defensivo j existente.Todo este esforo para a guerra era bancado, em sua maior parte, com recursos da prpria colnia do Rio de Janeiro. Obviamente este nus no agradava a incipiente elite mercantil que florescia na colnia resultando no fato de que a poltica de enclausurar o Rio de Janeiro entre muralhas e fortificaes, s custas da economia colonial, colocou em campos opostos os funcionrios do rei e os membros do senado por vrias vezes nas primeiras dcadas do sculo XVIII. Surgiram inevitveis conflitos pelo uso e posse do territrio urbano do Rio de Janeiro cada vez mais pontilhado por fortalezas, sulcado por extensas valas e trincheiras a impedir-lhe o crescimento urbano. Alm do conflito territorial, em funo da expanso da atividade mercantil desenvolvida pelos colonos, as disputas comerciais envolveram as elites locais, vidas por lucros e impulsionadas ao comrcio devido descoberta do ouro na regio das Minas, e as autoridades e comerciantes lusos, uns querendo controlar a atividade comercial que crescia em acelerado ritmo, outros querendo lucrar e disputar espaos com as elites coloniais locais. No meio destes embates encontrava-se a Cmara Municipal do Rio de Janeiro, objetivo maior desta pesquisa, a defender os interesses das elites da colnia, pois delas era representante. Era uma disputa em que, muitas vezes, seus membros pagaram com a perda da liberdade e dos seus bens frente a governadores coloniais mais intolerantes

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Esta tese um estudo acerca da produo de sentidos sobre a masculinidade e suas relações com a homofobia. Parte-se da premissa de que tanto a masculinidade quanto a homofobia so fenmenos construdos socialmente. A adoo do regime de amizade entre homens de orientaes sexuais distintas permite problematizar as dinmicas de gnero presentes nessa relao especfica de homossociabilidade e suas interrelações com as diferentes concepes sobre masculinidade, homossexualidade e homofobia. A homofobia compreendida sob duas perspectivas: (1) como um preconceito que gera discriminaes e violncias contra pessoas no heterossexuais; e (2) como um dispositivo regulador da relao entre homens, constituindo-se como um dos pilares da construo da masculinidade heterossexual. O trabalho de campo incluiu entrevistas individuais com homens heterossexuais de camadas mdias das cidades do Rio de Janeiro e So Paulo que mantm relações de amizade com homens homossexuais. O conjunto dos participantes heterogneo no tocante faixa etria (entre 25 e 47 anos), exerccio profissional e experincias diversas de convvio com pessoas homossexuais. So analisadas as tenses, dilemas e ressignificaes que ajudam a produzir diferentes sentidos para a masculinidade. Os resultados apontam para a coexistncia de sentidos convencionais e liberais acerca do gnero e da sexualidade masculinos.

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A África e os africanos so, sem dvida, objetos especiais para a abordagem das Cincias Sociais e Humanas. O Brasil foi um dos pases que receberam mais escravos negros oriundos da África. Houve momentos na histria que a populao negra e escrava suplantavam a populao branca de origem europia, dona daqueles escravos. No incio do sculo XIX, a capital do imprio, o Rio de Janeiro, era denominado por pequena África, tal o nmero da populao negra existente. Devido a esta forte ligao, discursos foram criados para intermediar a relao destes dois povos. A teoria das representaes sociais convocada neste trabalho como instrumento terico metodolgico com os objetivos de investigar o processo de formao e a estrutura da representao social da África e dos africanos. Para alcanar tais finalidades foram realizados dois tipos de entrevistas: o primeiro foi uma entrevista fechada, realizada com 200 estudantes de graduao da UERJ, os sujeitos da presente pesquisa, com a finalidade de obter dados que pudessem ser analisados pela abordagem estrutural. Desses 200 entrevistados, 25 tambm responderam perguntas abertas, caracterizando uma entrevista semi-estruturada que visava abordar os aspectos processuais das representaes. Na anlise, verificou-se que a representao da África est muito ligada as mazelas, como pobreza, fome e misria enquanto a representao social dos africanos est relacionada a aspectos mais positivos, como alegria, luta e cultura. A discrepncia destes resultados gerou a necessidade de voltar a campo para investigar o porqu das gritantes diferenas entre estas duas representaes. Destes 20 alunos entrevistados, 35% acreditam que as imagens negativas da África tm relao com as imagens veiculadas pela mdia e outros 30% crem que isso conseqncia da grande pobreza que existe l. J a imagem positiva dos africanos est relacionada a naturalizao de aspectos positivos atribudos aos africanos, como alegres e obstinados (30%) e uma identificao entre brasileiros e africanos(25%). A anlise mostra que enquanto a representao social da África muito veiculada ao discurso miditico, a representao social dos africanos relaciona-se fortemente aos discursos politicamente corretos como a democracia racial.

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Os Transtornos Alimentares so caracterizados por graves perturbaes no comportamento alimentar. Entre eles, inclumos a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulso alimentar peridica. Sua etiologia multifatorial, estando envolvidos no seu desenvolvimento aspectos biolgicos, psicolgicos, familiares e sociais. Alm das complicaes clnicas associadas ao transtorno, encontramos tambm graves dificuldades interpessoais. Esses dficits contribuem para ocorrncia de baixa auto-estima, ansiedade, depresso, retraimento social, e insegurana, dificultando tambm o desenvolvimento de relações afetivas satisfatrias. O objetivo desse estudo foi investigar as relações entre habilidades sociais, estilos de apego e transtornos alimentares A amostra foi composta por 14 indivduos com anorexia nervosa (AN), 33 indivduos com bulimia nervosa (BN), 31 indivduos obesos com transtorno da compulso alimentar peridica (TCAP), 31 obesos sem transtorno alimentar, comparados a um grupo controle sem transtornos alimentares, pareados por idade, sexo e anos de estudo. Os instrumentos utilizados foram: Teste de atitude alimentares; Teste de investigao bulmica de Endiburgo, Escala de Compulso Alimentar Peridica, Inventrio de Empatia (IE), o Inventrio de Habilidades Sociais (IHS) e a Escala de Apego Adulto (EAA). A avaliao dos dados foi feita atravs de estatsticas descritivas e inferenciais (Teste T, ANOVA e correlao de Pearson). Os resultados encontrados confirmaram algumas hipteses desse estudo e corroboraram dados da literatura que sugerem que indivduos com TA apresentam dficits em habilidades sociais e estilos de apego inseguro, que podem afetar os relacionamentos interpessoais. Ainda foi possvel observar que tais deficincias estariam relacionadas a maior gravidade do TA.

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O conceito atual de um comportamento socialmente habilidoso deve incluir capacidade de o indivduo obter satisfao pessoal e, ao mesmo tempo, de desenvolver e manter relacionamentos mutuamente benficos e sustentadores. No mbito da educao, identifica-se uma crescente preocupao de pais, diretores de escolas e professores com o desenvolvimento interpessoal dos alunos, com o propsito de reduzir conflitos, aumentar a qualidade das relações entre os alunos e facilitar a aprendizagem. Neste sentido, necessrio que o professor se dedique a desenvolver as prprias habilidades interpessoais para que seja capaz de facilitar o desenvolvimento social e intelectual do aluno. Diante dessas constataes, torna-se relevante identificar que habilidades sociais do professor esto mais relacionadas com o seu desempenho social em sala de aula. Tais constataes fundamentaram esse estudo que avaliou os nveis de habilidades sociais de professores, assim como o desempenho social destes em sala de aula. Participaram da pesquisa oito professoras e dois professores do Ensino Fundamental II (do 6 ao 9 Ano), do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, no Rio de Janeiro. Suas idades variavam entre 24 e 50 anos. Participaram tambm 198 adolescentes, 100 do sexo masculino e 98 do sexo feminino. Suas idades variavam entre 11 e 15 anos. O desempenho social dos professores em sala de aula foi avaliado pelos prprios professores e pelos alunos, atravs do Questionrio do Desempenho Social do Professor (QDSP). Os professores tambm responderam ao Inventrio de Habilidades Sociais (IHS) e ao Inventrio de Empatia (IE). Os resultados das medidas de auto-relato apontaram nveis de assertividade e de empatia acima da mdia na maioria dos professores dessa amostra, especialmente nos fatores relacionados a: auto-afirmao com risco; conversao e desenvoltura social; auto-exposio a desconhecidos e a situaes novas; autocontrole da agressividade; tomada de perspectiva; flexibilidade; altrusmo e sensibilidade afetiva. As medidas de desempenho social dos professores foram satisfatrias, tanto a partir da perspectiva do professor quanto dos alunos. Entretanto, a auto-avaliao dos professores mostraram-se mais favorveis do que a avaliao feita pelos alunos. Alm disso, com base na avaliao dos alunos, apenas quatro professores apresentaram desempenho social assertivo e emptico de forma equilibrada. Tais resultados indicam a necessidade de se desenvolver programas de treinamento em habilidades sociais educativas.

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O denominado Projeto Inclusivo nas escolas de Ensino Regular, embora desgastado na atualidade pelo seu uso excessivo sem a contrapartida governamental, bem como a de diversos setores da sociedade de aes efetivas , reflete problemticas importantes de serem pensadas acerca da precarizao e da desigualdade de suas condies. Para polemizar a formao escolar como um conjunto de relações marcadas por certos modos de incluso/excluso do educador e do aluno no processo de ensino-aprendizagem, implicados com a organizao do trabalho e dos bens produzidos socialmente, este trabalho de pesquisa tentou abordar as condies em que o ensino acontece, circunscrevendo o tempo/espao da constituio scio-histrico-poltica da educao. Pensar as prticas educacionais abraar o desafio de deixar-se afetar por suas questes, potencializando acontecimentos. A questo problematizar o Projeto Inclusivo e seus efeitos como formas de publicizar a vida e a produo dos critrios de organizao poltico-pedaggica. Tornar pblico significa empoderar o outro de saber e ao, fazer circular as anlises, tornar pblicas as instituies (valores, critrios, princpios) em jogo para uma produo de conhecimento. O objetivo fazer entrar nos diversos campos do cotidiano escolar uma nova micropoltica que abra as portas para as trocas, para a avaliao dos efeitos das prticas, potencializando intervenes efetivas.

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O escopo deste trabalho investigar a natureza e as funes dos nus de argumentao em suas relações com o sistema jurdico e com a argumentao jurdica. O pano de fundo para o desenvolvimento dessas anlises o triplo condicionamento do direito. De acordo com essa viso, o direito e a argumentao jurdica so condicionados extrnseca, intrnseca e institucionalmente. Nesse cenrio, defende-se, por um lado, que os nus argumentativos so componentes necessrios de um sistema jurdico que compreende regras e princpios. Analisados estruturalmente, os nus argumentativos so compreendidos, por outro lado, como efeitos de regras e standards que consolidam relações de prioridade normativas. A partir dessas relações, defende-se que nus de argumentao so mecanismos de reduo e controle da incerteza que caracteriza necessariamente a subidealidade do sistema jurdico ao (i) facilitarem a manuteno das relações de prioridade que os sustentam na soluo de casos concretos, (ii) dificultarem a inverso dessas relações e (iii) institurem pontos de parada na argumentao jurdica em situaes nas quais o desenvolvimento de cadeias argumentativas no capaz de garantir se, em determinado caso concreto, certa relao de prioridade deve ser mantida ou invertida.