193 resultados para Língua japonesa Análise do discurso
Resumo:
Esta dissertao busca contribuir para o ensino da língua materna promovendo uma análise lingustico - discursiva organizada em nveis das produes que compem o corpus investigado. Considerando um universo de 375 produes discentes, prope-se uma análise de 37 produes textuais de alunos dos Colgios Militares do Rio de Janeiro, Fortaleza, Porto Alegre e Campo Grande, a fim de, com base no aporte terico que estabelece a interseo da concepo tridimensional do discurso de Fairclough e as regularidades discursivas de Foucault, sejam propostos nveis de letramento da escrita de alunos do 6 ano do Ensino Fundamental. A proposta metodolgica deste estudo baseia-se em duas categorias de análise, a saber: uma categoria discursiva e outra gramatical. A primeira, subdividida em intratexto e intertexto, aponta para a construo de sentido e para o posicionamento do aluno como sujeito. A segunda, subdividida em coeso referencial e coeso sequencial, indica a importncia dos elementos gramaticais na sustentabilidade e desenvolvimento do texto. Em cada uma dessas categorias foram levantadas regularidades discursivas que, interseccionadas, retratam os diferentes nveis de proficincia leitora e escritora presentes num mesmo grupo, resultantes dos diferentes nveis de letramento, alm de indicar para o professor os aspectos lingusticos que precisam ser desenvolvidos numa sala de aula
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Esta tese tem como foco de seu estudo as estruturas contrastivas em Língua Portuguesa. Desenvolvem-se aqui, a partir de uma pesquisa bibliogrfica, consideraes sobre o contraste segundo vises diversas, como a da Gramtica Tradicional, a da Semiolingstica do Discurso e a da Semntica Argumentativa. Para análise destas construes e observao dos aspectos apontados, foram utilizadas como corpus as iniciais, contestaes e alegaes finais de peas processuais da rea jurdica, com o objetivo de observar em que momentos estas estruturas se manifestam e qual a sua funo no discurso. O mtodo empregado para o levantamento do corpus utilizado compreendeu a escolha aleatria de 69 peas processuais das reas trabalhista, cvel, tributria e penal, nas quais foi levantado um total de 475 enunciados contrastivos. Das peas, uma inicial e uma contestao foram escolhidas, sob o critrio da quantidade e diversidade de ocorrncias, para uma análise no ltimo captulo, a fim de observar se o emprego do contraste relevante para este tipo de texto processual e em que medida ele interfere na recepo do argumento proposto. A partir da análise dos enunciados, percebeu-se que esta estrutura bastante interessante para a argumentao, pois traz para o discurso outras vozes que entram em dilogo, seja por meio de uma das asseres, seja por meio de implcitos. Estas vozes trazidas para o discurso tm a funo de adiantar o pensamento do receptor, para traz-lo para o lado do emissor, ou a funo de retomar o que o locutor da parte contrria disse, para afirmar o contrrio. Ademais, percebeu-se que, quando utilizadas corretamente, estas estruturas conferem maior credibilidade ao discurso, porque, juntamente com outros aspectos discursivos, so marcas de um discurso bem elaborado. Observou-se tambm que elas no so utilizadas com muita freqncia pelos advogados no mbito jurdico, em funo de vrios fatores, dentre os quais o excesso de objetividade, a ausncia de conhecimento dos efeitos destas construes, a falta de argumentao e a m elaborao de algumas peas. As estruturas mais utilizadas so as adversativas, com a conjuno mas. Dentre as concessivas, ostensiva a preferncia pelo emprego de no obstante e suas variantes nada obstante e *inobstante (esta no dicionarizada), em detrimento da conjuno concessiva tpica do discurso corrente embora.
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A linguagem veiculada pela mdia eletrnica, produzida por jovens em salas de bate-papo, vem causando reaes adversas em vrios setores da sociedade brasileira, tais como os da lingstica, filosofia, educao, psicologia, psiquiatria e do direito. Jornais e revistas, freqentemente, divulgam a perplexidade de muitos diante dessa linguagem. Em virtude disso, abriu-se um campo fecundo de investigao cientfica na rea de estudos da língua portuguesa. O objetivo desta dissertao investigar no s os elementos gramaticais dos enunciados/discursos concernentes ao corpus, mas, alm disso, extrapolar as fronteiras da morfossintaxe, que opera no plano da descrio da frase, em direo análise de discurso, que opera no plano da interpretao, do modo como so construdos os discursos, da materialidade discursiva e das condies de produo deste. O corpus constitudo de textos do gnero chat, produzidos por jovens, entre treze e dezesseis anos, matriculados em uma escola particular do Rio de Janeiro. Para abordar um uso conversacional da língua portuguesa no chat, do ponto vista discursivo, optou-se pelo quadro terico de Jacqueline Authier-Revuz, com o fito de interpretar questes, tais como: formas de heterogeneidade mostrada e marcada; interdiscurso; negao do enunciador estratgico; distino entre o sujeito cartesiano (homogneo e transparente) e o sujeito no-cartesiano (heterogneo e opaco); discurso direto (em que a alteridade transparece no enunciado/discurso do locutor, que d lugar ao discurso de um outro em seu prprio discurso); e conotao autonmica. A metodologia adotada parte do campo das cincias humanas como uma pesquisa de cunho qualitativo. Em suma, possvel encontrar, nesta dissertao, a reflexo diluda dos contedos tericos que contemplam a Gramtica da Língua Portuguesa e a Análise de Discurso
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Esta tese prope uma reflexo sobre o ensino da hiprbole na escola, adequada s exigncias do ensino de língua materna, consoante ao papel que língua e linguagem exercem na interao verbal. Inicia-se com a investigao de disciplinas lingsticas que entendem o texto como prtica discursiva alternada entre interlocutores mutuamente influenciados, e se estende análise produtiva da hiprbole na construo argumentativa do enunciador. Aproveita a (quase) consolidada presena do texto jornalstico em sala de aula, como veculo de informao, e acrescenta o estudo discursivo das hiprboles como estratgia do enunciador das colunas polticas e editoriais jornalsticos, no dilogo textual. Busca a identificao das pistas deixadas pelo enunciador, em marcas formais, com a inteno de (inter)agir sobre o leitor. Oferece possveis leituras das palavras utilizadas pelo jornalista, considerando os vrios elementos constitutivos da cena enunciativa; apresenta a possibilidade de aplicao de alguns contedos gramaticais em estrutura discursiva textual e sugere exerccios de compreenso e produo de texto
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A proposta deste estudo confrontar a obra potica de Joo Cabral de Melo Neto pela perspectiva de uma análise lingustico-discursiva. Procuramos de imediato estabelecer de que maneira um estudo do lxico, da sintaxe e dos aspectos discursivos pode contribuir para a compreenso e o desvendamento da obra desse poeta. Para tanto, concentramos nossas investigaes no mbito dos procedimentos lingusticos de Joo Cabral, buscando verificar os alcances de atuao da linguagem e do estilo como elementos de manifestao artstica da língua, nos limites do lxico e da organizao sinttica. A partir da, tentamos entender como essas manifestaes produzem os efeitos de sentido na constituio potico-discursiva do texto
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A ideia de que drogas e esportes caminhem em sentidos opostos parece ser senso comum na sociedade brasileira: o esporte se associa sade, cidadania e liberdade; a droga degradao, violncia e ao vcio. A relao entre o esporte e a droga se resume, nesse sentido, em uma postura maniquesta que parece advir da observao em separado destes dois fenmenos e no da prpria relao entre os mesmos. Apesar da existncia de uma extensa bibliografia referente s temticas da droga e do esporte, foi observada, conforme o levantamento da literatura pertinente, uma carncia de pesquisas que abordem o uso do esporte como meio de preveno e diminuio do consumo de drogas. O objetivo deste estudo foi analisar os fundamentos do discurso em prol do esporte enquanto instrumento capaz de combater e prevenir o uso de drogas. Para tanto, foram analisados os seguintes documentos: Poltica Nacional do Esporte; Poltica Nacional Sobre Drogas; Carta Brasileira de Preveno Integrada da rea da Sade na Perspectiva da Educao Fsica. A metodologia utilizada foi a da Análise do Discurso preconizada por Orlandi (2001). A interpretao dos dados se realizou segundo os fundamentos do campo interdisciplinar do Imaginrio Social. Os resultados da pesquisa mostraram que a relao entre o esporte e a droga materializa um conflito de foras entre as atitudes prometeica e dionisaca. De modo que o esporte, representando um instrumento de afirmao dos valores prometeicos, se ope droga, associada dissociao destes valores por meio da manifestao dionisaca.
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Este trabalho de pesquisa tem dois objetivos principais: o primeiro diz respeito a avaliar, em livros didticos, indicados pelos professores do Estado do Piau, Teresina, a abordagem proposta neles acerca dos gneros digitais, tendo em vista a grande disseminao da tecnologia da informao e comunicao nas ltimas dcadas. Para tanto, prope-se um acurado levantamento dos livros didticos, do 6 ao 9 ano, verificando a incidncia de gneros discursivos digitais e no digitais nos diferentes livros analisados. Buscou-se entender os critrios de como so apresentados, bem como o tratamento dado ao gnero, cotejando a forma de abordagem proposta para os gneros denominados digitais a outros gneros predominantes na abordagem dos diferentes livros. Das quatro colees analisadas, percebeu-se uma abordagem mais formalizada no s do ponto de vista da estrutura, mas tambm do ponto de vista dos recursos lingusticos que compem os diferentes gneros no digitais. Em contrapartida, pde-se verificar uma incidncia muito restrita de abordagem dos gneros digitais. Os resultados nos levam a postular que esses so pouco frequentes nos livros didticos mais adotados no estado e, quando so apresentados, h uma abordagem voltada somente para a sua estrutura, de forma metalingustica, sem preocupao com o uso social dos recursos utilizados nos gneros digitais. Tal perspectiva nos levou ao segundo objetivo: propor a apresentao de uma sequncia didtica, cujo gnero central so os gneros digitais, atendendo s habilidades e competncias 1 e 9 do ENEM Exame Nacional do Ensino Mdio. Neste sentido essas competncias e habilidades visam a identificar as diferentes linguagens veiculadas na mdia; conhecer e dominar os recursos expressivos como caracterizadores dos sistemas de comunicao e informao, alm de reconhecer a funo social da linguagem, como tambm o impacto das ferramentas tecnolgicas na vida pessoal e profissional. Estas habilidades e competncias usam os dois pilares fundamentais: a funo social do gnero e a aplicao do seu uso. A proposta apresentada baseia-se em uma concepo sciohistrica de língua, considerando a importncia de uma conscientizao dos cidados, jovens em idade escolar, da importncia social dos recursos tecnolgicos, bem como a necessidade de ampliao do uso em uma sociedade multissemitica
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Esta dissertao tem o intento de averiguar qual o tratamento dado pelo gnero notcia aos eventos de violncia e preconceito contra os nordestinos brasileiros. A escolha deste gnero deu-se devido ao seu pertencimento s elites simblicas, ou seja, por possuir alto poder de produo e de disseminao discursivas. Em virtude disso, o critrio de seleo do corpus baseou-se em notcias que trazem em seu interior a(s) voz(es) da violncia e do preconceito, por veicularem, consequentemente, discursos ideolgicos. Como perspectiva terica, esse trabalho filia-se Análise Crtica do Discurso, buscando, especificamente, em Norman Fairclough os princpios analticos norteadores. Para este pesquisador, o discurso produz trs significados, quais sejam, o significado acional, o significado representacional e o significado identificacional. Com o intuito de depreender estes significados das notcias, a análise baseou-se, respectivamente, nas seguintes categorias: estrutura genrica, representao de atores sociais e modalizao. Como resultado, a análise, de base qualitativa, demonstrou que os sentidos produzidos pelas notcias, majoritariamente, buscam reverter o quadro de discriminao que os nordestinos ainda sofrem em funo de determinantes histricos. Assim, a mudana social e cultural proposta por Fairclough, com vistas a minimizar a representao assimtrica de minorias sociais- os nordestinos, neste caso- s ser alcanada quando os discursos ideolgicos que promovem essa representao tornarem-se explcitos para a sociedade
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Esta dissertao cujo ttulo Imaginrio sobre a Língua Portuguesa e seu ensino em Balsas-MA, - tem como objetivo investigar os mtodos pelos quais realizado o ensino da Língua Portuguesa no Brasil, especialmente na cidade-campo, Balsas-MA. O tema foi realizado sob a orientao do Prof. Dr. Helnio de Oliveira, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O que motivou a deciso de investigar esse tema foi o fato de que muitas dificuldades so encontradas pelos professores no processo de ensino. No captulo 1, apresentado um breve histrico da cidade de Balsas. O captulo 2 sobre os pressupostos tericos adotados no trabalho, onde os conceitos relacionados a imaginrio so discutidos. No terceiro captulo descrevemos a metodologia utilizada, de maneira clara e concisa. Nos captulos 4 e 5, o corpus um conjunto de entrevistas com professores locais analisado, com o objetivo de descrever as atitudes e crenas desses professores para com a Língua Portuguesa como língua materna e seu ensino. uma dissertao sobre Análise do Discurso aplicada s teorias de Patrick Chauradeau, focando especialmente a noo de imaginrio lingstico
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Palavras ou expresses produzidas em línguas de sinais so conhecidas como sinais. Línguas de sinais so produzidas especificamente em forma visual e o significado dos sinais pode ser compreendido por meio da relao com recursos visuais, do usurio com o mundo e com o corpo. Este estudo, com base na Lingustica Cognitiva, prope-se a analisar essas relaes em sinais da Língua Brasileira de Sinais (Libras), produzidos por dez surdos ao narrarem a histria em quadrinhos No chora que eu dou um jeito da Turma da Mnica. Os processos cognitivos foram analisados luz da gramtica cognitiva (LANGACKER, 2008), da corporificao (LAKOFF; JOHNSON, 1980), da metonmia conceptual (LAKOFF; JOHNSON, 2003; EVANS; GREEN, 2006; KVECSES, 2010), da categorizao (CROFT; CRUSE, 2004; Rosch apud FERRARI, 2011), da iconicidade cognitiva (WILCOX, 2000; QUADROS, 2004; WILCOX, 2004) e da mescla em espao real (FAUCONNIER; TURNER, 1996, 2003; LIDDELL, 2003; SHAFFER, 2012; DUDIS apud SHAFFER, 2012). Constatou-se que alguns sinais produzidos apresentaram conceptualizao de base icnica. A partir dessa fundamentao, postulou-se que esses sinais poderiam receber a seguinte categorizao: icnicos (BOLA e CAIXA); icnico metonmicos (INES e CASA); icnico metonmico corporificados (MONICA e CHORAR). Por meio dessa classificao, props-se tambm a categorizao de nomes e verbos pessoais. Outro processo cognitivo investigado foi a mescla em espao real, constatada em seis das dez narrativas, como um recurso cognitivo acionado para expor ao interlocutor a troca de turnos dos participantes da narrao. Tendo em vista que esses sinais foram encontrados em narrativas, analisam-se etapas da narrativa (LABOV apud FIGUEIREDO, 2009) e a estrutura das histrias em quadrinhos (SILVA, 2001; SOUZA, 2013). Verificou-se que no houve narrativa com todas as etapas de Labov. Assim, por meio de uma investigao inicial, esta pesquisa fornece questionamentos acerca dos processos cognitivos acionados na produo de sinais da Libras nas narrativas pesquisadas
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Este trabalho uma análise da organizao do texto luz da articulao dos tempos do verbo. O corpus constitudo por dez crnicas de Rubem Braga. Procede-se inicialmente a uma breve explanao comparativa dos conceitos de verbo, tempo e modo segundo a forma de ver da gramtica tradicional, aqui representada por obras da autoria de Rocha Lima, Celso Cunha e Evanildo Bechara. Para uma viso atual, usa-se a gramtica de Jos Carlos de Azeredo (2010). Tendo em vista a flexibilidade formal do gnero crnica, especialmente quando tratada como obra literria, foram selecionados textos com caractersticas bem variadas para mostrar os diferentes usos do tempo verbal. Os conceitos de discurso e histria, segundo Benveniste, e de mundo comentado e mundo narrado, conforme a terminologia de H. Weinrich, foram levados em considerao, j que a crnica de Rubem Braga combina com frequncia episdios e reflexes do enunciador
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A relao entre o Estado brasileiro e a sociedade, especialmente quando se trata de questes tributrias, marcada por um desgaste histrico: paga-se uma carga tributria considerada excessiva, ao passo que o retorno em benefcios sociais no compatvel ao esforo. Diante dessa realidade, a Educao Fiscal (EF) surgiu como um instrumento para renovar o voto de confiana e defende, no apenas que todos paguem os tributos, mas que o faam conscientemente e ativamente, e estabelece, para isso, um dilogo profcuo com as noes de democracia, cidadania, tica e responsabilidade social. Para os fins desta pesquisa, a EF analisada consoante os pressupostos tericos da Análise Crtica do Discurso (ACD), tal como compreendido por Fairclough (1989, 2001, 2003 e 2010) e Chouliaraki e Fairclough (1999) e, para aprofundar e facilitar o estudo, so utilizados tambm os postulados da Nova Retrica de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005) como um instrumento de análise complementar ACD. O estudo est dividido em trs sees de forma a abranger a teoria tridimensional do discurso: textual, discursiva e prtica social. Nesse nterim, o dilogo com a Nova Retrica serve como uma relevante ferramenta para descoberta dos discursos subjacentes ao DEF enriquecendo a reflexo das dimenses textual e discursiva. Nesse diapaso, contemplada, na análise do discurso da Educao Fiscal (DEF), a tentativa do DEF de ensejar uma mudana social a partir de uma abordagem dos trs nveis da estrutura social (GIDDENS, 2009). Neste estudo, de natureza interdisciplinar, so mostrados, de um lado, o poder de influncia do DEF nessa conjuntura, e, de outro, os elementos da estrutura social que so obstculos para que o DEF alcance a hegemonia. Dos resultados da pesquisa, destacam-se os seguintes: a possibilidade de insero do DEF no evento maior chamado de modernidade tardia (GIDDENS, 1991 e 2002); sua conexo com o fenmeno do aprofundamento dos processos democrticos (GIDDENS, 2002); as relaes de poder envolvendo os instrumentos utilizados para a propagao do DEF, como a escola e o material didtico (FAIRCLOUGH, 1989 e AGAMBEN, 2005); a tentativa de remodelamento do ethos do Estado realizado pelo DEF (FAIRCLOUGH, 2003); do ponto de vista da intertextualidade e da ordem do discurso (FAIRCLOUGH, 2003), observa-se que o DEF articula diferentes discursos, desde aqueles da democracia e da cidadania at o discurso do direito tributrio. Para finalizar, so explorados e discutidos os modos de operao da ideologia (THOMPSON, 2002) no corpus e a relao do DEF com a noo de hegemonia (GRAMSCI, 1999).
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A presente dissertao situa-se no mbito dos estudos da linguagem e do mundo do trabalho do professor. Visa contribuir para o enriquecimento do debates sobre de polticas pblicas referentes ao ensino de línguas estrangeiras (LEs) adotadas pela Secretaria Municipal de Educao do Rio de Janeiro (SME_RJ). Teve como objetivo, a partir de um olhar lingstico-discursivo, analisar um conjunto de exerccios destinado reviso da aprendizagem de LEs ingls, francs e espanhol no 6 ano do ensino fundamental intitulado Caderno do Aluno Material de Reviso, quando os alunos iniciam a aprendizagem de uma dessas línguas.. Esse material foi utilizado em todas as escolas da mencionada rede pblica de ensino nos 45 dias inicias do ano letivo de 2009, momento dedicado reviso dos contedos. A orientao terica seguida considera as noes de dialogismo e gnero do discurso (BAKHTIN, 1992). Entre nossas concluses, observa-se que apesar da nova organizao da sociedade e dos avanos das polticas pblicas direcionadas Educao, verifica-se um retrocesso na concepo institucional do trabalho educativo, tendo em vista a falta de autonomia destinada aos professores para exercerem sua prtica de trabalho em sala de aula
Resumo:
O estudo situa-se no mbito das investigaes voltadas para documentos que sistematizam o trabalho do professor, dentre eles, o manual do professor que organiza a atividade docente junto ao livro didtico. A dissertao analisa manuais do professor dos livros de espanhol selecionados pelo MEC para serem distribudos a professores, em 2005, em funo da lei 11161 da obrigatoriedade do ensino da língua espanhola para o ensino mdio em todo o territrio nacional. O objetivo foi identificar imagens discursivas de docente e de ensino de espanhol como língua estrangeira neles construdas. Os fundamentos tericos adotados advm da Análise do Discurso de base enunciativa, alm de recorrermos aos conceitos de dialogismo (BAKHTIN, 1979) e de polifonia (BAKHTIN, 1979; DUCROT, 1987). Os resultados nesses manuais apontam para a construo de imagens de professor como: aquele que necessita ser guiado em sua tarefa, incapaz de realizar suas escolhas em sala de aula, um professor recebedor de ordens; desatualizado com as metodologias de ensino atuais, necessitando, portanto, de atualizao profissional; h ainda um professor que busca instrues facilitadoras para seu trabalho. J no que se refere viso de língua, deparamo-nos com um manual que d nfase ao trabalho com a leitura, voltado para uma concepo que valoriza aspectos discursivos; outros que afirmam seguir a abordagem comunicativa, com um olhar para a língua em uso, porm adotam procedimentos pautados numa concepo de língua como estrutura e/ou misturam ambas perspectivas
Resumo:
Este trabalho, em sua forma de tese de doutorado, pretende investigar as formulaes discursivas do orador nos sermes do padre Antnio Vieira, partindo da problematizao do conceito de sujeito vigente no sculo XVII. Entendendo que a noo de sujeito no transistrica, e, sim, uma noo que veio sendo construda ao longo da histria da humanidade, investigamos elementos formadores do que se entende hoje por eu. Nesse percurso analisamos, especialmente, os conceitos de cuidado de si e de livre-arbtrio. No poderamos deixar de estudar, ainda, as particularidades dos procedimentos das produes letradas do sculo XVII, fatores essenciais para a compreenso do lugar do eu que fala na elaborao dos sermes religiosos seiscentistas. Nesse sentido, a funo que a imagem ocupava nos seiscentos vem a ser de suma importncia para a compreenso do pensamento do perodo e, consequentemente, para o entendimento da figura do eu. Enveredamo-nos tambm pela teoria de Michel Foucault, investigando a funo-autor exercida por Vieira em sua sermonstica