114 resultados para Estresse oxidativo Teses


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As espcies reativas de oxignio (ERO) so geradas durante o metabolismo celular normal e podem produzir vrios danos oxidativos no DNA, tais como leses nas bases nitrogenadas ou stios apurnico/apirimidnico (AP). Essas leses podem acarretar acmulo de stios de mutaes, caso esses danos no sejam reparados. Entretanto, as bactrias possuem vrios mecanismos de defesa contra as ERO que desempenham um importante papel na manuteno da fisiologia. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar se sistemas enzimticos, como o reparo por exciso de bases (BER), sistema SOS e SoxRS, interferem em respostas como a sensibilidade aos antibiticos, aderncia das clulas bacterianas a superfcies biticas ou abiticas e formao de biofilme. Os mutantes utilizados no presente estudo so todos derivados de Escherichia coli K-12 e os resultados obtidos mostraram que, dos mutantes BER testados, o nico que apresentou diferena no perfil de sensibilidade aos antimicrobiamos em relao cepa selvagem (AB1157) foi o mutante xthA- (BW9091), deficiente em exonuclease III. No teste de aderncia qualitativo realizado com linhagem de clulas HEp-2 (originria de carcinoma de laringe humana) foi observado que onze cepas da nossa coleo, apresentaram um padro denominando like-AA, contrastando com o que era esperado para as cepas de E. coli utilizadas como controle negativo, que apresentam aderncia discreta sem padro tpico. A aderncia manose-sensvel via fmbria do tipo I avaliada nesse estudo mostrou que essa fimbria, possui um papel relevante na intensidade da aderncia e filamentao nessas cepas estudas. A filamentao uma resposta SOS importante para que o genoma seja reparado antes de ser partilhado pelas clulas filhas. Alm disso, com relao formao de biofilme, oito cepas apresentaram um biofilme forte sendo que essa resposta no foi acompanhada pelo aumento da intensidade de filamentao. Nossos resultados em conjunto sugerem o envolvimento de estresse oxidativo na definio de parmetros como sensibilidade a antimicrobianos, padro e intensidade de aderncia, filamentao e formao de biofilme nas amostras de E. coli K-12 avaliadas neste trabalho. Sugerimos que a aderncia gera estresse oxidativo causando danos no DNA, o que leva a induo do sistema SOS resultando na resposta de filamentao observada.

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A prevalncia da obesidade e da sndrome metablica (SM) vem aumentando dramaticamente em jovens e est se tornando um problema de sade pblica na maioria dos pases desenvolvidos e em desenvolvimento. Tanto a obesidade quanto a SM aumentam o nmero de pacientes expostos ao risco de doena cardiovascular. Estudos recentes mostram que uma reduo na biodisponipilidade de xido ntrico (NO) um dos principais fatores que contribui para a ao deletria da insulina nos vasos de pacientes adultos com obesidade e SM. O NO, potente vasodilatador e anti-agregante plaquetrio, tem como precursor o aminocido catinico L-arginina que transportado para o interior das plaquetas atravs do carreador y+L. Uma famlia de enzimas denominadas NO sintases (NOS) catalisa a oxidao da L-arginina em NO e L-citrulina e composta de trs isoformas: neuronal (nNOS), induzvel (iNOS) e endotelial (eNOS). Os objetivos principais do presente estudo so de investigar diferentes etapas da via L-arginina-NO em plaquetas associando agregao plaquetria, concentrao plasmtica de L-arginina, estresse oxidativo, marcadores metablicos, hormonais, clnicos e inflamatrios em pacientes adolescentes com obesidade e SM. Foram includos no estudo trinta adolescentes, sendo dez com obesidade, dez com SM, e dez controles saudveis pareados por idade, sexo e classificao de Tanner (controles: n= 10, 15.6 0.7 anos; obesos: n= 10, 15 0.9 anos; SM: n= 10, 14.9 0.8 anos). O transporte de L-arginina (pmol/109cls/min) atravs do sistema y+L estava diminudo nos pacientes com SM (18.4 3.8) e obesidade (20.8 4.7), comparados aos controles (52.3 14.8). Houve uma correlao positiva do influxo de L-arginina via sistema y+L com os nveis de HDL-Colesterol. Por outro lado, foi encontrada uma correlao negativa do influxo de L-arginina com os nveis de insulina, os ndices Homa IR, relacionado a RI, Homa Beta, relacionado a funo da clula beta e tambm com os ndices de Leptina. Em relao a produo de NO, a obesidade e a SM no afetaram a atividade e expresso das enzimas NOS. A atividade da superxido dismutase (SOD), atravs da mensurao da inibio da auto-oxidao da adrenalina, mostrou diferena significativa nas plaquetas de pacientes com obesidade (4235 613,2 nMol/mg de protena), quando comparada aos controles (1011 123,6 nmol/mg de protena) e SM (1713 267,7 nmol/mg de protena). A nvel sistmico, foi tambm evidenciada uma ativao desta enzima anti-oxidante no soro de pacientes obesos, em relao aos controles. A peroxidao lipdica avaliada pelas substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBARS) estava inalterada no soro dos pacientes e controles. Estes resultados sugerem que o transporte de L-arginina diminudo nas plaquetas de adolescentes obesos e com SM pode ser um marcador precoce de disfuno plaquetria. A alterao desta via correlaciona-se com a resistncia insulina e hiperinsulinemia. A contribuio deste estudo e de fatores que possam ser precocemente identificados pode diminuir o risco cardiovascular na vida adulta desta populao de pacientes.

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A angiotensina (Ang) II e aldosterona induzem hipertenso arterial por mecanismos em parte mediados pela imunidade adaptativa, envolvendo linfcitos T auxiliares respondedores (Tresp). Os linfcitos T reguladores (Treg) so capazes de suprimir os efeitos prinflamatrios do sistema imune. O presente estudo avaliou se a transferncia adotiva de Treg capaz de prevenir a hipertenso e a leso vascular induzidas pela Ang II ou pela aldosterona, em dois protocolos distintos. No protocolo com Ang II, camundongos machos C57BL/6 sofreram a injeo endovenosa de Treg ou Tresp, sendo depois infundidos com Ang II (1&#956;g/kg/min), ou salina (grupo controle) por 14 dias. No protocolo com aldosterona, um outro conjunto de animais sofreu injees de Treg ou Tresp, sendo depois infundido com aldosterona (600&#956;g/kg/d) ou salina (grupo controle), pelo mesmo intervalo de tempo. O grupo tratado com aldosterona recebeu salina 1% na gua. Tanto o grupo Ang II como aldosterona apresentaram elevao da presso arterial sistlica (43% e 31% respectivamente), da atividade da NADPH oxidase na aorta (1,5 e 1,9 vezes, respectivamente) e no corao (1,8 e 2,4 vezes, respectivamente) e uma reduo da resposta vasodilatadora acetilcolina (de 70% e 56%, respectivamente), quando comparados com os respectivos controles (P<0,05). Adicionalmente, a administrao de Ang II proporcionou um aumento rigidez vascular (P<0,001), na expresso de VCAM-1 nas artrias mesentricas (P<0,05), na infiltrao artica de macrfagos e linfcitos T (P<0,001) e nos nveis plasmticos das citocinas inflamatrias interferon (INF)-&#947;, interleucina (IL)-6, Tumor necrosis factor (TNF)-&#945; e IL-10 (P<0,05). Ang II causou uma queda de 43% no nmero de clulas Foxp3+ no crtex renal, enquanto que a transferncia adotiva de Treg aumentou as clulas Foxp3+ em duas vezes em comparao com o controle. A administrao de Treg preveniu o remodelamento vascular induzido pela aldosterona, observado na relao mdia/lmen e na rea transversal da mdia das artrias mesentricas (P<0,05). Todos os parmetros acima foram prevenidos com a administrao de Treg, mas no de Tresp. Estes resultados demonstram que Treg so capazes de impedir a leso vascular e a hipertenso mediadas por Ang II ou por aldosterona, em parte atravs de aes antiinflamatrias. Em concluso, uma abordagem imuno-modulatria pode prevenir o aumento da presso arterial, o estresse oxidativo vascular, a inflamao e a disfuno endotelial induzidos por Ang II ou aldosterona.

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Estudos epidemiolgicos e experimentais tm sugerido que fatores de risco cardiovasculares podem ser parcialmente atribudos s influncias do ambiente em que vive o indivduo, e que a nutrio materna influencia na programao de alteraes metablicas e cardiovasculares no indivduo adulto e que caracterizam a sndrome metablica (SM). Em contrapartida, estudos prvios de nosso laboratrio demonstram que o extrato da casca de uva Vitis labrusca (GSE) possui efeito vasodilatador, antihipertensivo e antioxidante. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento oral com GSE (200mg/kg/dia), sobre as alteraes cardiovasculares e metablicas e estresse oxidativo observados na prole adulta (fmea e machos) com 3 e 6 meses, cujas mes foram submetidas a uma dieta rica em gordura (hiperlipdica) durante a lactao. Quatro grupos de ratas foram alimentados com dietas experimentais: controle (7% de gordura); controle + GSE (7% de gordura + GSE), hiperlipdica (24% de gordura); hiperlipdica + GSE (24% de gordura + GSE) durante a lactao. Aps o desmame, todos os filhotes passaram a ser alimentados com uma dieta controle e foram sacrificados aos 3 ou 6 meses de idade. A presso arterial sistlica (PAS) foi medida por pletismografia de cauda e o efeito vasodilatador da acetilcolina (ACh) foi avaliado em leito arterial mesentrico (LAM) perfundido. Foram avaliados o peso corporal, adiposidade (intra-abdominal e gonadal), nveis plasmticos de colesterol total, triglicerdeos, glicose e insulina, e a resistncia insulina (RI) foi calculada pelo ndice de HOMA IR. As expresses do IRS-1, Akt e GLUT-4 foram determinadas em msculo soleus. O dano oxidativo, nveis de nitritos e a atividade das enzimas antioxidantes: superxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase foram dosados no plasma e homogenato de LAM. A PAS e tecido adiposo foram aumentados nas proles adultas de ambos os sexos e idades do grupo hiperlipdico e revertidos pelo tratamento com o GSE. A resposta vasodilatadora ACh em LAM no foi diferente entre os grupos de ambos os sexos, mas foram reduzidas com o envelhecimento. Nas proles fmeas e machos do grupo hiperlipdico tambm foram observados o aumento dos nveis de triglicerdeos, de glicose e RI em ambas as idades e foram reduzidos pelo GSE. No grupo hiperlipdico houve reduo nas expresses de IRS-1, Akt e GLUT-4 e o GSE reverteu estas expresses. Os nveis plasmticos de malondialdedo estavam aumentados e os nveis de nitrito diminudos no grupo hiperlipdico, de ambos os sexos e idades e foram revertidos pelo GSE. As atividades das enzimas antioxidantes no plasma e no mesentrio foram reduzidas no grupo hiperlipdico e restauradas pelo GSE. Em concluso, O GSE parece proteger as proles fmeas e machos, cujas mes foram expostas a uma dieta hiperlipdica durante a lactao, dos fatores de riscos cardiovasculares, proporcionando uma fonte alternativa nutricional para a preveno da SM.

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O desenvolvimento de fibrose pulmonar (FP) induzida por bleomicina tem sido associado com as caractersticas genticas e estresse oxidativo. Nosso objetivo foi investigar a influncia do equilbrio redox sobre a resistncia a fibrose pulmonar induzida por bleomicina em diferentes linhagens de camundongos. Uma nica dose de bleomicina (0,1 U/camundongo) ou salina (50 mL) foi administrada por via intratraqueal (i.t.) em camundongos C57BL/6, DBA/2 e camundongos BALB/c. Vinte e um dias aps a administrao de bleomicina, a taxa de mortalidade foi acima de 50% em camundongos C57BL/6 e 20% em DBA/2, enquanto no foi observada em BALB/c. Houve um aumento na elastncia (p<0.001), &#916;P2 (p<0.05), &#916;Ptot (p<0.01) e DE,l (p<0.05) em camundongos C57BL/6. O volume dos septos aumentaram em camundongos C57BL/6 (p<0.05) e DBA/2 (p<0.001). Os nveis de INF-&#947; foram reduzidas em camundongos C57BL/6 (p<0.01). Nveis OH-prolina foram aumentados em camundongos C57BL/6 e DBA/2 (p<0.05). Atividade e expresso de SOD foram reduzidas em camundongos C57BL/6 e DBA/2 (p<0.001 e p<0.001, respectivamente), enquanto que a atividade de CAT reduziu em todas as linhagens (C57BL/6: p<0.05; DBA/2: p<0.01, BALB/c: p<0.01). A atividade da GPx e expresso GPx 1/2 diminuiram em camundongos C57BL/6 (p<0.001). Ns conclumos que a resistncia da FP pode tambm estar relacionada com a atividade e expresso de SOD em camundongos BALB/c

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A atividade fsica intensa est associada com as adaptaes biolgicas que envolvem a melhora da homeostase da glicose, da capacidade antioxidante e da microcirculao cutnea. A ingesto insuficiente de antioxidantes na dieta pode levar ao estresse oxidativo e disfuno endotelial que afetam a microcirculao. Suco de uva tinto orgnico, uma importante fonte de polifenis, com reconhecida funo antioxidante e, portanto, o seu consumo pode melhorar o estado antioxidante, e assim, o metabolismo da glicose e a funo endotelial. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo dirio de suco de uva tinto orgnico, sobre a concentrao plasmtica de cido rico, atividade da superxido dismutase eritrocitria (E-SOD), concentrao srica da insulina, glicemia e HOMA IR-2, alm de suas relaes com os parmetros da microcirculao em triatletas. Participaram do estudo 10 triatletas do gnero masculino (28 15 anos). As amostras de sangue foram coletadas antes (basal) e aps 20 dias de ingesto de suco de uva tinto orgnico (300mL/dia). Em relao ao valor basal, a insulina srica (p = 0,02) e o cido rico (p = 0,04) aumentaram, enquanto a glicose plasmtica (p <0,001) e a E-SOD diminuram (p = 0,04) aps os 20 dias de interveno. Os parmetros da microcirculao tambm foram influenciados pela ingesto de suco de uva tinto orgnico, foi observado reduo no tempo necessrio para o retorno dos eritrcitos velocidade de basal aps isquemia (TRBCmax) (p = 0,04), aumento da densidade capilar funcional (DCF, p = 0,003) e da velocidade dos eritrcitos aps a isquemia (VELmax p <0,001). A reduo da glicemia foi determinante direta do aumento da DCF (p = 0,04), enquanto nveis sricos de insulina (p = 0,04) e a reduo na atividade da SOD-E (p = 0,04) foram negativamente associados com a reduo do TRBCmax. Os resultados do presente estudo sugerem que a ingesto de suco de uva melhora a capacidade antioxidante, a homesostase glicmica e a microcirculao de triatletas.

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A insuficincia cardaca (IC) uma sndrome clnica de elevada incidncia e com um prognstico ruim a longo prazo. Ela a via final comum da maioria das doenas que acometem o corao, sendo um dos mais importantes desafios clnicos na rea da sade. O xido ntrico (NO) representa, por intermdio de sua influncia sobre o endotlio e as plaquetas, um importante papel na regulao da homeostase vascular. Este gs de meia-vida curta sintetizado a partir do aminocido L-arginina, pela enzima NO sintase (NOS), levando produo de guanosina monofosfato cclica (GMPc). Estudos mostram que anormalidades na biodisponibilidade de NO em plaquetas podem contribuir para eventos trombticos, no tendo sido ainda avaliada na IC. Na primeira parte do estudo, o objetivo foi investigar o efeito da IC na atividade e na expresso da NOS em plaquetas, no contedo intraplaquetrio de GMPc, na agregao plaquetria, alm dos parmetros antropomtricos e da composio corporal, das variveis bioqumicas, dos aminocidos plasmticos, do estresse oxidativo (plasma e plaquetas) e da concentrao sistmica de marcadores inflamatrios em 15 pacientes com IC e 15 controles saudveis. Na segunda parte do estudo, objetivou-se avaliar os efeitos do treinamento fsico (TF) regular nessas mesmas variveis (exceto a expresso da NOS) e nas variveis hemodinmicas e respiratrias. Para tal, foram avaliados 15 pacientes com IC que se mantiveram sedentrios e 15 pacientes com IC que realizaram 30 minutos de atividade fsica aerbia e treinamento contraresistncia muscular localizada com pesos livres e mquinas, trs vezes por semana, durante 24 semanas. Os resultados da primeira etapa do estudo demonstraram hiperagregabilidade plaquetria induzida tanto por colgeno como por ADP, com aumento do estresse oxidativo, da atividade basal da NOS e da concentrao de GMPc, estando os nveis plasmticos de L-arginina em pacientes com IC diminudo. A expresso da iNOS, estava aumentada em plaquetas de pacientes com IC em relao aos controles saudveis.Tambm foi observado aumento da resposta inflamatria, com maiores nveis sistmicos de protena C reativa, fibrinognio, interleucina-6 e fator de necrose tumoral &#945;. Aps o perodo de TF, houve aumento do VO2 mximo e a agregao plaquetria induzida tanto por colgeno quanto por ADP estava diminuda. Ocorreu um aumento dos nveis plasmticos de L-arginina e, uma reduo da atividade da NOS aps o TF. Em relao ao estresse oxidativo, tanto a produo sistmica, quanto a intraplaquetria de substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBARs) e a carbonilao diminuram na presena da atividade aumentada das enzimas superxido dismutase (SOD) e da catalase aps o TF. Houve uma diminuio da resposta inflamatria, uma diminuio do colesterol total, do LDL e dos triglicerdeos e um aumento do HDL, aps oTF. Nossos resultados sugerem que o TF tem efeitos antioxidantes, anti-inflamatrios e antiagregantes, que parece ser independente da produo de NO, sendo uma importante ferramenta no farmacolgica no tratamento da IC

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Aspergillus fumigatus o principal agente etiolgico da aspergilose invasiva, infeco fngica oportunista com altas taxas de mortalidade afetando, principalmente, pacientes com neutropenia profunda e prolongada. Durante o processo de invaso e disseminao caractersticas desta infeco sistmica, os condios do fungo inalados e no eliminados pelas clulas do sistema imune inato diferenciam-se em hifas que, por sua vez, so angioinvasivas. Pouco se conhece sobre as molculas da parede celular envolvidas na patognese do A. fumigatus e/ou secretadas por este patgeno. Neste contexto, este trabalho procura ampliar o entendimento desta doena atravs do estudo de protenas diferencialmente expressas na superfcie de A. fumigatus durante a morfognese. Foi utilizada uma abordagem protemica e foram estudados extratos de superfcie de clulas de A. fumigatus em diferentes estgios durante o processo de filamentao. Estas clulas foram denominadas, de acordo com o tempo de cultivo e a morfologia, como: TG6h (tubo germinativo), H12h ou H72h (hifas). As protenas de superfcie celular foram extradas, a partir de clulas intactas, por tratamento brando com o agente redutor DTT (ditiotreitol). Observou-se que o perfil funcional das protenas expressas por H12h e H72h foi similar, com exceo de protenas relacionadas resposta ao estresse, enquanto o perfil para TG6h apresentou diferenas significativas para vrios grupos funcionais de protenas quando comparado s hifas. Desta forma, foram realizados experimentos de protemica diferencial entre tubo germinativo (TG6h) e a hifa madura (H72h), pela tcnica de DIGE (differential gel electrophoresis). Os resultados revelaram que entre as protenas diferencialmente expressas, aquelas relacionadas s vias de biossntese e outras denominadas multifuncionais encontraram-se superexpressas em TG6h. Em relao s protenas de resposta a estresse, observou-se que algumas HSPs eram mais expressas neste morfotipo, enquanto a MnSOD, relativa resposta ao estresse oxidativo, era mais abundante na hifa. Com exceo da PhiA, integrante da parede celular, as protenas identificadas como diferencialmente expressas na superfcie do A. fumigatus no possuem sinal para secreo identificvel, enquadrando-se nas protenas atpicas de superfcie. Foi verificada a integridade da membrana celular aps tratamento com DTT, bem como a marcao por biotina das protenas extradas, o que comprovou sua localizao superficial na clula fngica. Hipteses de que estas protenas sejam endereadas parede celular por via secretria alternativa sustentam estes dados. Estas evidncias foram confirmadas pelo fato de no terem sido encontradas as mesmas protenas da superfcie na anlise do secretoma do A. fumigatus. Alm disso, todas as protenas caracterizadas no secretoma apresentavam sinal de secreo determinado pelo FunSecKB (www.proteomics.ysu.edu/secretomes/fungi.php). A anlise do secretoma foi realizada utilizando-se a cepa selvagem AF293 e a mutante &#8710;prtT, mutante para um fator de transcrio que atua na regulao da secreo de proteases. Os resultados revelam a ALP1 como expressa na cepa selvagem, assim como outras proteases importantes para virulncia e desenvolvimento da clula fngica, estando suprimidas quando o gene prtT foi deletado.

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A difteria uma doena imunoprevinvel que permanece endmica em diversas regies do mundo. Alm dos casos de difteria clssica, doenas invasivas como endocardite, osteomielite, pneumonia e infeces relacionadas cateter, tem acometido indivduos adultos parcialmente imunizados. A natureza multifatorial dos fatores de virulncia que favorecem a formao de biofilme e sobrevivncia em macrfagos tem sido evidenciada para o Corynebacterium diphtheriae. Entretanto, escassos so os trabalhos que investigaram a influncia de condies ambientais na virulncia do patgeno. Uma vez que agentes oxidantes so capazes de gerar radicais livres e levar ao estresse oxidativo que, consequentemente, podem resultar em resposta adaptativa e influenciar na formao do biofilme e na virulncia bacteriana, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar os efeitos do perxido de hidrognio (H2O2), paraquate e telurito de potssio (K2TeO3) em propriedades biolgicas de cepas de C. diphtheriae de origens diversas. Os resultados demonstraram que as amostras de C. diphtheriae apresentaram nveis de resistncia ao K2TeO3, H2O2 e paraquate, porm em intensidades variadas e independentes da capacidade de produo da toxina diftrica. Algumas amostras, toxinognicas ou no, isoladas do trato respiratrio superior demonstraram resposta adaptativa para H2O2 passando, portanto, a expressar resistncia aumentada aps uma prvia exposio ao referido agente oxidante. C. diphtheriae no exibiu respostas adaptativas para o K2TeO3 e paraquate. C. diphtheriae foi capaz de produzir biofilme na superfcie de substratos abiticos de natureza hidroflica (vidro) e hidrofbica (poliestireno) na presena de agentes oxidantes K2TeO3, H2O2 e paraquate. A presena dos agentes oxidantes influenciou na formao de biofilme de algumas amostras. O paraquate inibiu a produo de biofilme de todas amostras. A amostra TR241 teve a produao de biofilme inibida na presena dos trs agentes oxidantes analisados. Por outro lado, a presena de H2O2 e do K2TeO3 estimulou a produo de biofilme de algumas amostras. Para todas as amostras de C. diphtheriae testadas, independentes das origens, biotipos e da capacidade de produo de toxina diftrica, os ensaios moleculares indicaram a presena de sequncias gnicas cromossmicas homlogas, codificadores da protena DIP 0906 (TeR) e da protena DIP 1421 (OxyR), envolvidos na resistncia ao telurito e na proteo contra o estresse oxidativo, respectivamente. No foi observada correlao da suscetibilidade e a resposta adaptativa aos agentes oxidantes com as diferentes caractersticas bacterianas: origem, stio de isolamento, produo de toxina diftrica, metabolizao de sacarose e produo de biofilme. Em concluso, o estresse oxidativo foi capaz de influenciar fatores de virulncia do C. diphtheriae, como a capacidade de produao de biofilme, que podem estar contribuindo para a patogenia da difteria clssica assim como de doenas invasivas causadas por cepas atoxinognicas.

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A depresso uma doena grave que vem se tornando mais prevalente na populao mundial e no Brasil. Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), a quarta doena mais incapacitante e estima-se que em 2020 ocupe o segundo lugar, ficando atrs apenas das doenas cardiovasculares (DCV), que so a principal causa de morte no mundo. O Transtorno depressivo maior (TDM) se caracteriza por humor deprimido, tristeza intensa ou desnimo ou perda de interesse ou de prazer por quase todas as atividades por, pelo menos, duas semanas. Alm disso, tem um elevado ndice de mortalidade cardiovascular, e esta associao parece ser multifatorial e altamente complexa, e ainda no est completamente elucidada. Recentes estudos sugerem que a ocorrncia de aterotrombose e eventos cardiovasculares no TDM est associada a uma diminuio na biodisponibilidade do xido ntrico (NO), um potente vasodilatador, anti-agregante plaquetrio e neurotransmissor. O NO um gs formado a partir da L-arginina, pela ao da famlia de enzimas NO sintases (NOS), e vai ocasionar um aumento de guanosina monofosfato cclica (GMPc), que posteriormente degradada pelas fosfodiesterases (PDE). A L-arginina participa em outras vias alm da produo de NO, como a arginase. O estresse oxidativo tambm tem uma participao no desenvolvimento dos transtornos psiquitricos e nas DCV, e pode reduzir a meia-vida do NO. O objetivo deste estudo investigar a via NO-GMPc, o ciclo da uria, marcadores de estresse oxidativo e de inflamao em plaquetas e a sua associao com a funo plaquetria no TDM. Participaram da pesquisa nove pacientes com diagnstico de depresso leve a moderada do Servio de Psicologia Aplicada (SPA/UERJ) e onze indivduos saudveis pareados por idade como controles. Este projeto foi aprovado pelo Comit de tica e Pesquisa do Hospital Universitrio Pedro Ernesto (1436-CEP/HUPE). A agregao plaquetria, a expresso e atividade da arginase II, a expresso da PDE 5, marcadores de estresse oxidativo (nveis de TBARS, carbonilao de protenas, expresso da NADPH oxidase e da glutationa peroxidase (GPx) e atividade desta e da catalase (CAT), ambas enzimas anti-oxidantes) nas plaquetas e no soro, e o fibrinognio sistmico foram investigados. No presente estudo observou-se um aumento da agregao plaquetria induzida por ADP em pacientes com TDM comparados aos controles. Uma ativao da arginase II em plaquetas sem qualquer alterao na sua expresso foi demonstrada em pacientes com TDM. Alm disso, um aumento na carbonilao de protenas e na expresso de GPx, de NADPH e de PDE5 foi observado em plaquetas de pacientes com TDM. A produo de TBARS, a atividade de GPx e CAT nas plaquetas e no soro no foram afetados pelo TDM. No houve diferena nos nveis de fibrinognio entre pacientes com TDM e controles. A ativao da arginase, somada ao estresse oxidativo, reduziria a biodisponibilidade de NO levando disfuno plaquetria nos pacientes com TDM. O presente estudo acrescenta dados importantes para a compreenso dos mecanismos celulares envolvidos na relao TDM e DCV. Alm disso, abre caminho para a utilizao de novas ferramentas farmacolgicas, como os antioxidantes, para o tratamento do TDM.

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A disfuno mitocondrial tem sido associada a vrias doenas, incluindo a colestase heptica, caracterizada pela ativao de clulas de Kupffer e clulas fibrognicas, as quais produzem matriz extracelular excessiva. O acmulo de sais biliares txicos no parnquima heptico leva leso crnica com dano mitocondrial, reduo da sntese de ATP, aumento de espcies reativas de oxignio (ROS) e apoptose, resultando em comprometimento da funo heptica. Trabalhos anteriores do nosso grupo mostraram o efeito positivo do transplante de clulas mononucleares da medula ssea (CMMO) na resoluo da fibrose heptica e recuperao da funo heptica em ratos com colestase, induzida pela ligadura de ducto biliar (LDB). Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a bioenergtica mitocondrial aps o transplante de CMMO no fgado de ratos com fibrose induzida por ligadura de ducto bilar (LDB). Ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos: animais normais, animais com fibrose heptica aps 14 e 21 dias de LDB (F14d e F21d, respectivamente), e animais que aps 14 dias de LDB receberam 1x107 CMMO, e foram eutanasiados sete dias aps. Nossos dados demonstraram aumento do contedo de colgeno tipo I no grupo F21d em relao ao grupo normal, indicativo de fibrose, e sua diminuio aps o transplante de CMMO. A anlise da fisiologia mitocondrial do fgado mostrou diminuio significativa da taxa respiratria mxima estimulada por ADP (estado 3) nos grupos F14d e F21d, indicando reduo da capacidade de oxidao de carboidratos e cidos graxos. Alm disso, a razo do controle respiratrio (RCR), indicativa de acoplamento da fosforilao oxidativa com a produo de ATP, apresentou-se significativamente diminuda nos grupos F14d e F21d, sugerindo desacoplamento mitocondrial. No entanto, o transplante de CMMO aumentou significativamente nestes grupos tanto a capacidade oxidativa quanto o acoplamento mitocondrial a nveis semelhantes aos do grupo normal. Estes resultados foram confirmados por anlise de western blotting, que mostrou aumento significativo no contedo de UCP2 e diminuio do contedo de PGC-1&#945; no grupo F21d, com consequente restaurao aps o transplante de CMMO. Alm disso, os resultados mostraram um aumento significativo do contedo de 4-HNE no grupo F14d com reduo aps o transplante CMMO. Assim, podemos concluir que o transplante de CMMO tem um efeito positivo sobre a bioenergtica mitocondrial de fgados de ratos com colestase, com aumento da capacidade oxidativa e reduo do estresse oxidativo, o que, por sua vez, contribui para a recuperao da funo heptica.

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O Ch Verde, derivado das folhas da planta Camellia sinensis, rico em flavonides, cuja maior concentrao de Epigalocatequina gallato (EGCG), possui efeito termognico, alm de promover a oxidao da gordura corporal, tendo potencial interesse para o tratamento da obesidade, que atinge prevalncia alarmante em diversos pases no mundo. O objetivo deste estudo foi a avaliao de parmetros bioqumicos e investigao da funo endotelial em mulheres com ndice de Massa Corporal (IMC) entre 30kg/m2 e 40kg/m2, na faixa de 30 e 50 anos, antes e aps 03 meses de consumo de ch verde (600mL/dia, equivalente a 114,42mg de EGCG). Todas as 60 pacientes voluntrias foram submetidas anlise das medidas antropomtricas (Peso, Altura, ndice de Massa Corporal, Circunferncia de Cintura, Circunferncia de Quadril, Relao Cintura-Quadril, Presso Arterial, anlise da bioqumica de rotina (Glicemia e Insulina de jejum, Triglicerdeos, Colesterol Total, HDL-Colesterol, LDL-Colesterol, Teste Oral de Tolerncia Glicose, Hemograma Completo, Protena C-Reativa), anlise da bioqumica especfica para estresse oxidativo e inflamao (Interleucinas 1 e 6, Fator de Necrose Tumoral Alfa, LDL-Oxidado, VCAM Vascular Cell Adhesion Molecule, ICAM Intercellular Adhesion Molecule, e E-Selectina) e Pletismografia de Ocluso Venosa (variao de fluxo mdio mximo durante a Hiperemia Reativa/Fluxo Basal 1 (VQ Hiper) e fluxo aps administrao de 0,4mg de Nitroglicerina Sublingual/Fluxo Basal 2 (VQ Nitro)). Aps os 3 meses (3M) de tratamento houve reduo no peso corporal (86,35[83,00-94,25] vs 3M = 86,00[81,50-92,00] Kg, P < 0,05); no IMC (34,02[32,05-35,62] vs 3M = 33,13[32,28-35,05] kg/m2, P < 0,05); na circunferncia de cintura (99[93-107] vs 3M = 98[91-105]cm, P < 0,001); na circunferncia de quadril (115[110-119] vs 3M = 114[110-117] cm, P < 0,001); na relao cintura-quadril (0,89[0,84-0,93] vs 3M = 0,88[0,83-0,93], P < 0,001); e, na presso arterial diastlica (75[73-82] vs 3M = 69[67-72] mmHg, P < 0,001); e, melhora significativa no fluxo sanguneo da VQ Hiper (4,57[3,54-5,01] vs 3M = 5,83[4,46-6,56], P < 0,001); e da VQ Nitro (1,26[1,13-1,38] vs 3M = 1,41[1,25-1,50], P < 0,001). Com o uso do ch verde, 600mL/dia, contendo 114,42mg de EGCG, durante 3 meses observamos a reduo de 3% no IMC e a reduo da circunferncia de cintura e de circunferncia de quadril em 1cm; a no modificao do padro bioqumico, incluindo os marcadores de inflamao e de estresse oxidativo; e, o aumento das vasodilataes endotlio-dependente e endotlio-independente, visualizadas por Pletismografia de Ocluso Venosa No-Invasiva.

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Hbitos inadequados no estilo de vida, pelo consumo exacerbado de dietas ricas em gorduras e acares (frutose e sacarose), correlacionam-se positivamente com o desenvolvimento da obesidade, da resistncia insulina (RI) e da esteatose heptica no alcolica (NAFLD). O estudo teve como objetivo avaliar a magnitude dos efeitos da administrao crnica de dietas ricas em gordura e/ou frutose, e ainda, comparar os efeitos dos acares isoladamente (frutose e sacarose) sob as alteraes bioqumicas, o perfil inflamatrio, as respostas morfofuncionais e as expresses proteicas e gnicas de fatores de transcrio envolvidos na lipognese, na beta-oxidao, na gliconeognese e no estresse oxidativo no fgado. Camundongos machos C57BL/6 foram divididos em dois experimentos: 1) Dieta controle/standard chow (SC), dieta high fat (HF 42%), dieta high frutose (HFr 34%) e dieta high fat + high frutose (HFHFr - 42% fat + 34% frutose) por 16 semanas; 2) Dieta controle/standard chow (SC), dieta high frutose (HFru 50%) e dieta high sacarose (HSu 50%) por 15 semanas. Ao final dos experimentos foram observados: 1) No houve diferena na massa corporal entre os animais HFr e SC, s foi observado ganho de peso nos grupos HF e HFHFr. Houve ainda aumento do colesterol total, dos triglicerdeos plasmticos e hepticos e RI nos grupos HF, HFr e HFHFr. No fgado, foi observado NAFLD com aumento na expresso de SREBP-1c e PPAR-&#947;, e reduo de PPAR-&#945;. A gliconeognese mediada pelo GLUT-2 e PEPCK tambm foi aumentada nos grupos HF, HFr e HFHFr em relao ao grupo SC. reas de necroinflamao tambm foram observadas nos animais HFr e HFHFr; 2) No houve diferena na massa corporal entre os grupos SC, HFru e HSu. Porm, houve aumento do colesterol total, dos triglicerdeos plasmticos e hepticos, da RI, das adipocinas (IL-6, resistina, MCP-1 e leptina), e reduo da adiponectina. No fgado, abundante NAFLD com predominncia da expresso proteica e gnica de SREBP-1c, PPAR-&#947; e reduo de PPAR-&#945;; e desequilbrio antioxidante com reduo da SOD, da Catalase e da GRx nos grupos HFru e HSu quando comparados ao SC. No houve diferena na GPx entre os trs grupos. Ainda foi observado aumento na expresso proteica de G6Pase, PEPCK e GLUT-2, envolvidos na gliconeognese heptica nos grupos HFru e HSu. reas de necroinflamao, caracterstico da transio NAFLD-NASH, tambm foram observados. Os resultados permitem concluir que, independente do aumento da massa corporal, a administrao crnica de dietas ricas em frutose e sacarose tem efeitos similares aos observados com o consumo de dieta hiperlipdica. Parece que a RI e a NAFLD sejam os precursores destas alteraes.

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A tcnica de isquemia-reperfuso tem sido utilizada em cirurgias conservadoras do rim como a nefrectomia parcial e em transplantes renais. Para se realizar a isquemia pode-se fazer o bloqueio do fluxo sanguneo da artria renal ou o bloqueio simultneo da artria e da veia renal. O evento isqumico acarreta em dano celular ao rim principalmente pelo estresse oxidativo local e a liberao de radicais livres assim como o aumento da resposta inflamatria. Diversos autores verificaram leso renal aps a isquemia-reperfuso, porm, apenas testes funcionais foram realizados at o momento. Os autores que tentaram avaliar a leso morfolgica do rim apenas fizeram a quantificao de escores subjetivos. O nosso objetivo avaliar por quantificao estereolgica o dano causado pela isquemia-reperfuso comparando o clampeamento somente arterial com o clampeamento arteriovenoso. Utilizamos 24 ratos wistar, machos, de quatro meses de idade. Os animais foram divididos em trs grupos: o grupo Sham (n=8), o grupo de clampeamento somente da artria renal (n=8) e o grupo de clampeamento simultneo da artria e da veia renal (n=8). Os animais foram submetidos a laparotomia mediana. Os animais do grupo Sham permaneceram os 60 minutos anestesiados mas sem obstruo do fluxo sanguneo de seus vasos renais. Os animais do grupo de clampeamento arterial foram submetidos clampeamento de sua arterial renal esquerda por 60 minutos e os animais do grupo de clampeamento arterial e venoso tiveram seus vasos renais esquerdos clampeados simultaneamente e em bloco pelo mesmo tempo. Aps os 60 minutos os animais foram suturados e mantidos por 30 dias em caixas prprias sendo mortos por sobredose anestsica aps decorrido esse tempo. Os rins foram coletados e mantidos em soluo de formalina tamponada e posteriormente processados para anlise histolgica e estereolgica. Foram analisados a densidade volumtrica (Vv) dos glomrulos, o nmero de glomrulos/mm3(Nv) e o volume glomerular mdio (VGM). A Vv e Nv se encontrou reduzida nos rins esquerdos submetidos isquemia mas foi somente significativa nos animais do grupo de clampeamento arterial e venoso. Mesmo usando o rato como modelo animal experimental, a partir de nossos resultados recomendamos o uso do clampeamento somente arterial nos casos em que mnina leso ao rim imperiosa.

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Altas concentraes plasmticas de leptina tm sido relacionadas ao aumento da formao de espcies reativas de oxignio (ROS) que podem desempenhar um papel regulador central em eventos inflamatrios e cardiovasculares. Estudos recentes tm demonstrado que a vitamina D capaz de reduzir marcadores do estresse oxidativo, bem como modular a produo de citocinas inflamatrias. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do pr-tratamento com concentrao fisiolgica (10-10 M) e suprafisiolgica(10-7 M) de 1,25(OH)2D3 na produo do nion superxido (O2) e nos fatores de transcrio NF-&#954;B e Nrf2,em clulas endoteliais humanas estimuladas com diferentes concentraes de leptina (1 e 10 ng/mL). Quando as clulas foram pr-tratadas com 1,25(OH)2D3, e estimuladas com leptina (1 e 10 ng/mL), a 1,25(OH)2D3 reduziu (p<0,05) a produo de nion superxido (O ), principalmente na concentrao de 10-7 M. O fator de transcrio NF-&#954;B foi positivamente ativado em clulas incubadas com 10 ng/mL de leptina, entretanto, quando se realizou o pr-tratamento com 1,25(OH)2D3 houve reduo da translocao do NF-&#954;B, assim como a produo de citocinas reguladas por este fator de transcrio. Tambm foi observado que o pr-tratamento com 10-7 M de 1,25(OH)2D3 aumentou de forma significativa (p<0,05) a expresso do fator de transcrio Nrf2 na frao nuclear em comparao ao controle, principalmente quando associada 10 ng/mL de leptina (p<0,05). Tomados em conjunto, nossos resultados indicam que o tratamento com ambas as concentraes, 10-10 e 10-7 M de 1,25(OH)2D3 em clulas endoteliais humanas, foram eficazes em inibir a produo do nion superxido (O2), citocinas pr-inflamatrias, bem como inibir a translocao nuclear do fator de transcrio NF-&#954;B, e ativar a via antioxidante Nrf2. Estes achados sugerem que o pr-tratamento com ambas as concentraes (fisiolgica e suprafisiolgica) de 1,25(OH)2D3 na presena de alta concentrao de leptina, pode ter um efeito positivo no endotlio atravs da regulao de marcadores de inflamao e atividade antioxidante