417 resultados para Nutrição Rio de Janeiro
Resumo:
Esta dissertao discute o entendimento dos assistentes sociais que atuam nos centros de referncia especializados de assistncia social de trs coordenadorias de desenvolvimento social do municpio do Rio de Janeiro sobre o tema das drogas, com o objetivo de analisar se as aes profissionais so dirigidas a uma perspectiva crtica, desconsiderando valores conservadores na sua interveno, e se, durante seu trabalho profissional, buscam contribuir criticamente para a garantia dos direitos dos usurios. Para tal, realizamos entrevista com os assistentes sociais inseridos nesses centros, e atravs das respostas apresentadas, analisamos como o tema das drogas abordado pelos profissionais de servio social. A contribuio para a garantia de direitos requer do profissional de Servio Social a possibilidade de realizar mediaes entre as polticas e a contextualidade do usurio, considerando, tambm, as possibilidades e limites no percurso histrico que atravessa o uso das drogas. Cabe inclusive situar a compreenso das drogas e sua relao com o desenvolvimento do capital, em que a estratgia proibicionista responde aos interesses de um determinado bloco do poder. Dessa forma esse estudo resgata a construo histrica da profisso de Servio Social no Brasil, destacando os processos que marcaram uma possibilidade de ruptura com o conservantismo profissional e, por conseguinte, suscitavam uma perspectiva profissional mais crtica e densa teoricamente. Apresenta uma anlise do desenvolvimento capitalista, destacando as tendncias e estratgias atuais para o enfrentamento da questo social, sob o contexto neoliberal. E por fim, acrescido da pesquisa emprica realizadanos CREAS o estudo buscou identificar se os profissionais de servio social conseguem fortalecer o projeto tico-poltico da profisso, ou se as marcas deixadas pela herana conservadora, que gestaram a profisso so resgatadas e utilizadas no trabalho profissional.
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Uma nova Constituio Federal foi estabelecida no final dos anos 80 conferindo sociedade civil o direito de participar ativamente nas tomadas de decises em diversas reas, como a de recursos hdricos, atravs de representaes de segmentos sociais. No contexto da gesto participativa das guas, o Estado do Rio de Janeiro instituiu sua Poltica Estadual de Recursos Hdricos, pela Lei n 3.239 em 1999, e criou o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hdricos. Dentro das diretrizes estabelecidas pela Lei das guas, nove comits fluminenses foram criados, de acordo com as divises de bacias hidrogrficas. Este trabalho prope analisar os comits de bacia, quanto ao desempenho de suas atribuies, atravs de uma pesquisa qualitativa junto aos membros titulares desses colegiados. Com metodologia baseada no conceituado Projeto Marca dgua, um extenso questionrio foi aplicado utilizando-se de uma plataforma Survey via internet, onde no total coletou-se 112 respostas. Dos resultados, no geral, conclui-se que os Comits fluminenses vivem um momento de progresso e que a gesto realizada vem demonstrando resultados satisfatrios.
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O presente trabalho pretende analisar as representaes da cidade do Rio de Janeiro nas crnicas de Jos de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo, publicadas, respectivamente, sob os ttulos Ao Correr da Pena (1855-1856) e Labirinto (1860), tendo como objetivo mapear a cidade capital do imprio e as transformaes pelas quais passou entre as dcadas de 1850 e 1860. Tal proposta foi desenvolvida luz do mtodo cartogrfico apresentado por Franco Moretti, em suas obras Atlas do Romance Europeu 1800-1900 e A Literatura Vista de Longe, nas quais o autor trata a criao de mapas como um instrumento intelectual que abriria caminho para novos questionamentos e novas concluses no campo do imaginrio. Ademais, ao utilizar obras literrias como fontes primrias para a anlise da cidade do Rio de Janeiro do sculo XIX e suas especificidades no cenrio brasileiro imperial, o presente trabalho dialoga com uma histria cultural do urbano.
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Esta pesquisa busca investigar um processo em curso, onde a estratgia do empreendedorismo na gesto das polticas pblicas urbanas vem se adaptando e se conformando ao atual contexto de poltica econmica chamada de neodesenvolvimentismo. Para isso, as parcerias pblico-privadas tem um papel fundamental na gesto do desenvolvimento urbano, no mbito das trs esferas de poder. Abordaremos, portanto, o histrico das reformas polticas do Pas que levaram a uma evoluo da poltica de nacional-desenvolvimentismo ao novo desenvolvimentismo, para entendermos o contexto no qual as atuais parcerias pblico-privadas vem sendo desenvolvidas como modelo para de gerir o territrio. Mencionaremos tambm a legislao e os discursos por trs da defesa deste tipo de negcio entre o poder pblico e o setor privado. Ainda, como o pas enfrentou a crise de 2008, chamada de crise das crises, utilizando esse modelo de gesto do territrio. Os megaeventos esportivos sero analisados como um fator catalizante da atrao de investimentos e negcios para as cidades. No Rio de Janeiro, com a escolha da cidade para sediar os Jogos Olmpicos, e tambm sendo uma das cidades sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014, vrias de transformaes territoriais se iniciaram. Com fortes indcios de que uma srie de violaes estava por vir, a fim de abrir espao e ampliar o mercado dos investimentos privados. O Parque Olmpico, como principal local de competies das Olimpadas de 2016, configura-se como uma imensa oportunidade de negcios com a iniciativa privada, localizado em rea de ampla expanso do mercado imobilirio da cidade: a Barra da Tijuca. Diante disso, muitas comunidades pobres vem sofrendo com a poltica de deslocamento forado para dar lugar aos investimentos no territrio. Neste contexto, est a comunidade Vila Autdromo, estabelecida bem ao lado do local de implementao do empreendimento. Sua remoo est prevista no estudo de viabilidade e no edital de concesso. Estudaremos a parceria pblico-privada realizada para a construo do Parque Olmpico, atravs da anlise dos documentos relacionados ao seu processo licitatrio e a escolha do consrcio vencedor. Ainda, como esse empreendimento tem impactado no caso da comunidade Vila Autdromo, que alm de j ter sido alvo de outras tentativas de remoo, foi objeto de uma poltica de regularizao fundiria no passado e tem um intenso histrico de resistncia e de luta pela permanncia.
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A presente pesquisa tem por objetivo investigar e desenhar o perfil dos professores de Educao Infantil do municpio do Rio de Janeiro, que trabalham em turmas de creche e so oriundos do primeiro concurso realizado para o cargo. Para tanto, as polticas pblicas nacionais e regionais foram analisadas luz do referencial do Ciclo de Polticas, de Ball e Bowe (1992 - 1994). Foram observados os diferentes contextos que culminaram com a criao do cargo de Professor de Educao Infantil (2010) na busca de elementos que ajudam a conhecer o quadro funcional dos profissionais que atuam na Educao Infantil, mais especificamente nas creches cariocas. Apresentamos um breve levantamento dos dados sobre a cidade do Rio de Janeiro, em especial, o lugar que ocupa a Educao Infantil no sistema de ensino carioca. A pesquisa adota uma metodologia qualitativa-quantitativa (quali-quanti). Foi utilizado um questionrio digital (plataforma Google Docs) com questes referentes aos aspectos funcionais e formativos do professor. O questionrio foi enviado digitalmente s creches para que fosse disponibilizado aos professores de educao infantil nelas lotados. Foram realizados dois grupos focais com professores que responderam ao instrumento digital e aceitaram o convite para participao na modalidade presencial da pesquisa. As questes apresentadas nos Grupos Focais buscaram qualificar os dados produzidos no questionrio. As anlises qualitativas apoiaram-se na perspectiva terica de Lev Vigotski e entendem os sujeitos scio-histricos, imersos em contextos especficos de desenvolvimento e em processo contnuo de transformao. A anlise quantitativa apresentou dados relativos idade, sexo, grupamentos de atuao e experincia profissional. A qualitativa ampliou a discusso sobre a formao inicial e continuada dos PEI e o processo de construo da identidade profissional por eles vivido, dando destaque s situaes de conflitos existentes nos ambientes de trabalho (creche e EDI). O perfil produzido revela que o cargo ocupado por professoras, com idade mdia de 37 anos, graduadas e que atuam prioritariamente em turmas de maternal. O acesso aos dados produzidos por esta pesquisa pode auxiliar a formulao de polticas pblicas que busquem o desenvolvimento das crianas cariocas matriculadas nas creches, a partir do investimento em profissionais especificamente formados para lidar com os desafios do trabalho com as crianas pequenas
Impacto do uso de biocombustveis na qualidade do ar da cidade do Rio de Janeiro um estudo de simulao
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A frota de veculos movidos por biocombustveis tem aumentado nos ltimos dez anos e com isso as emisses para a atmosfera nas cidades tm sofrido alteraes. Devido a esta problemtica, estudos com modelos de previso de emisses so o foco deste trabalho. Alguns modelos, homologados por agncias de regulamentao de alguns pases ou comunidades, servem de base para as anlises de risco com auxlio de simulao.O objetivo geral deste trabalho avaliar o impacto do uso de biocombustveis na qualidade do ar na cidade do Rio de Janeiro e estudar cenrios de qualidade do ar, em funo do aumento da quantidade de biodiesel e lcool adicionada ao diesel e gasolina. Nesta dissertao, monxido de carbono, xidos de nitrognio, compostos orgnicos volteis e oznio so os principais poluentes estudados para a cidade do Rio de Janeiro. A avaliao de cenrios foi realizada empregando um modelo de qualidade do ar com base no modelo de trajetrias OZIPR e no modelo qumico SAPRC. Os resultados demonstram que o aumento do uso de biodiesel diminui a concentrao de oznio na atmosfera em relao ao caso base estudado, em 10,23% utilizando a mistura BE Diesel, em 5,28% utilizando a mistura B20 e apenas 0,33% utilizando a mistura B10. Isso de fato acontece pois o biodiesel possuiu mais oxigenados na sua estrutura. O estudo revelou o aumento nas emisses e concentraes de NOx na troposfera da cidade do Rio de Janeiro, para as mistura de BE- Diesel, B20 e o B10 em relao ao caso base, foram de 5,66%, 2,83% e 0% respectivamente. Em especial na cidade do Rio de janeiro existe um consumodo O3 pelo NO presente na atmosfera urbana. A reduo na concentrao de CO para as misturas de BE- Diesel, B20 e o B10 em relao ao caso base, foram de 13,11%, 6,56% e 4,12% respectivamente. O aumento da disponibilidade de oxignio presente no biodiesel produz uma melhor queima do combustvel, contribuindo para uma menor concentrao de CO na troposfera
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Os granitoides do Domnio Cambuci, na regio limtrofe entre os estados do Rio de Janeiro e Esprito Santo, foram separados em quatro principais grupos: (1) Complexo Serra da Bolvia (CSB) - Ortogranulitos e Ortognaisses Heterogneos; Ortognaisse Cinza Foliado; e charnockitos da Regio de Monte Verde (2) Leucogranitos/leucocharnockitos gnaissificados da Sute So Joo do Paraso (SSJP) (3) Granito Cinza Foliado (4) Leucogranito isotrpico. O CSB caracterizado pelo magmatismo de carter calcioalcalino do tipo I, oriundo em ambiente de arco vulcnico (Sute Monte Verde) e retrabalhamento crustal (ortogranulitos leucocrticos). O Ortogranulito esverdeado fino, considerado no presente estudo como rocha do embasamento para o Terreno Oriental, cristalizada durante o paleoproterozoico - Riaciano (2184,3 21 Ma) e recristalizada durante o evento metamrfico Brasiliano no neoproterozoico - Edicariano (607,2 1,5 Ma), cuja idade TDM de 2936 Ma. O Ortogranulito leucocrtico mdio cristalizou-se no neoproterozoico Edicariano (entre 592 e 609 Ma) e idade TDM ca. 2100 Ma, ao qual apresenta registro de herana no paleoproterozoico. A Sute Monte Verde caracteriza-se por um magmatismo calcioalcalino e a Sute Crrego Fortaleza, por um magmatismo calcioalcalino de alto K, ambas com assinatura de arco magmtico. Registram dois pulsos magmticos, em no Neoproterozoico - Edicarano: um em 592 2 Ma, idade do charnoenderbito, com idade TDM 1797 Ma, e outro em 571,2 1,8 Ma (injeo de um charnockitoide). Para todas as rochas do CSB so registradas feies protomilonticas, milonticas e localmente ultramilonticas. Os dados geoqumicos indicam que os granitoides da SSJP so da srie calcioalcalina de alto K, gerados no Neoproterozoico (idades que variam desde 610,3 4,7 Ma at, 592,2 1,3 Ma. As idades TDM revelam valores discrepantes para duas amostras: 1918 Ma e 2415 Ma, sugerindo que tenham sido geradas de diferentes fontes. O Granito Cinza Foliado da Srie Shoshontica, metaluminoso do tipo I e, de ambincia tectnica de granitos intraplaca. Entretanto, poderiam ter sido fomados em ambiente de arco cordilheirano, havendo contaminao de outras fontes crustais. Fato este pode ser confirmado pelas as idades TDM calculadas ≈ 1429 1446 Ma. O Leucogranito isotrpico ocorre em forma de diques de direo NW, possui textura macia e inequigranular. Dados geoqumicos revelam que so granitoides metaluminosos do tipo I da srie shoshontica, e, de acordo com a ambincia tectnica, so granitos intraplaca. O Leucogranito Isotrpico representa o magmatismo ps-colisional ao qual ocorreu entre 80 a 90 Ma de anos aps o trmino do evento colisional na regio central da Faixa Ribeira. O Leucogranito Issotrpico cristalizou-se no cambriano (512,3 3,3 Ma e 508,6 2,2 Ma) e com idades TDM ca. 1900
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Os manguezais so ecossistemas estuarinos, representando a transio entre os ambientes continentais e marinhos, e tendo sua formao relacionada com as flutuaes do nvel do mar no Quaternrio. No Manguezal de Guaratiba, diversos estudos sobre as variaes do nvel do mar, mais precisamente no Holoceno, tm sido realizados, sob os enfoques sedimentolgicos, geoqumicos, palinolgicos e micropaleontolgicos. Entre os estudos micropaleontolgicos, destacam-se os que utilizam os foraminferos bentnicos, micro-organismos amplamente utilizados como indicadores paleoecolgicos e paleoambientais do Holoceno. No presente trabalho, foi coletado, atravs de um amostrador do tipo trado russo, um testemunho (T1) no Manguezal de Guaratiba, no qual foram realizadas anlises de parmetros como granulometria, teores de matria orgnica (MO), carbonato, carbono orgnico total (COT) e enxofre (S) (abiticos) e da fauna de foraminferos bentnicos (biticos). Foram utilizadas tambm ndices ecolgicos e anlises de agrupamento, atravs das quais foi possvel estabelecer quatro associaes faunsticas (I,II,III e IV), assim como os fatores ambientais que mais influenciaram a distribuio da fauna. A correlao com assembleias de foraminferos de outros testemunhos que possuem datao por Carbono 14 (C14), assim como outros trabalhos que versam sobre a evoluo da Baa de Sepetiba, permitiu o estabelecimento de trs ciclos de emerso-submerso para a rea da plancie de mar estudada: 1)Fase transgressiva: nvel de concentrao de conchas em depsitos lagunares formados por sedimentos finos, sem foraminferos; provavelmente posterior a uma regresso; 2) Fase transgressiva: formao de uma baa, com presena exclusiva de espcies de foraminferos calcrios (Associao III) com maiores valores de riqueza e queda nos valores de COT; ocorrida h cerca de 3.800 anos A.P 3) Fase transgressiva: perodo de submerso, presena de espcies de foraminferos tipicamente estuarinos (Associao IV), com durao entre 3.500 anos A.P. e 2.700 anos A.P.; 4)Fase transgressiva: caracterizada pela alternncia entre a formao de baas rasas e lagunas marinhas (maiores ndices de riqueza nas associaes faunsticas), menores valores de MO e COT e aumento na proporo de sedimentos finos; evento iniciado h cerca de 2.700 anos A.P.; e 5)Fase regressiva: fauna de foraminferos aglutinantes, resistente s condies de salinidade e acidez caractersticas de ambientes confinados como os manguezais, alm do incremento nos teores de areia, evidenciando a fase final de confinamento da Baa de Sepetiba pela Restinga da Marambaia; evento iniciado por volta de 2.400 anos A.P., estendendo-se at o presente. Os resultados obtidos mostram a importncia da correlao lateral entre testemunhos na interpretao paleoambiental da Baa de Sepetiba, alm da identificao de estgios de transgresso e regresso que se aproximam da curva de variao do nvel do mar proposta por SUGUIO et al.(1985) para o litoral do Estado do Rio de Janeiro
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Esta dissertao visa levantar as possibilidades de uso da Geomtica no ambiente de interatividade do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), definido pelo Decreto Presidencial 5.820, de 29 de Junho de 2006. O produto desta dissertao compreende a implementao de um Atlas, que ter como seu maior objetivo, o auxlio ao processo pedaggico e de Educao distncia (EAD), democratizando o conhecimento da Cartografia. A metodologia de desenvolvimento ter como base o estudo do municpio do Rio de Janeiro e como pblico alvo, professores e jovens de 8 a 12 anos de idade. Entretanto, poder ser facilmente adaptado para outras regies e diferentes nveis educacionais. No estudo foram utilizados os fundamentos da Geomtica, com suas origens estruturais baseadas em uma natureza multidisciplinar, que ponto de convergncia da Informtica, de Geografia, do Planejamento Urbano, das Engenharias, das Estatsticas e das Cincias do Ambiente, focadas em fases de produo definidas e divididas em: Coleta, Anlise, Distribuio e Uso. Nesse contexto estudaremos como a Cartografia e o SBTVD terrestre vo se incorporar tecnologicamente na distribuio desses dados.
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Cnemidophorus littoralis um lagarto teideo ameaado de extino, endmico de restinga e restrito ao estado do Rio de Janeiro, tendo sido encontrado em apenas quatro restingas da regio: restinga de Grussa (limite norte), restinga de Jurubatiba, restinga de Maric e restinga de Marambaia (limite sul). Devido sua restrita distribuio, os efeitos da degradao de hbitat e mudanas climticas so especialmente danosos para os indivduos dessa espcie, podendo levar a uma extino local ou at total. A fim de aumentar a gama de informaes sobre esta espcie de lagarto, investigamos a sua densidade e o seu tamanho populacional em trs reas de restingas, alm de termos registrado as temperaturas s quais esto sujeitos nos diferentes micro-hbitats disponveis, bem como suas preferncias a determinadas estruturas da vegetao, e a situao atual de degradao das restingas, comparando-a com a de anos anteriores. O presente trabalho foi realizado nas restingas de Barra de Maric (Maric), Jurubatiba (Maca) e Grussa (So Joo da Barra). Os resultados revelaram uma diferena na estrutura da vegetao entre as trs restingas, sendo a de Grussa a que mais se destaca. Essa restinga tambm a que apresenta menor densidade populacional e maior ndice de degradao. Por outro lado, a restinga de Jurubatiba foi o local com menor quantidade de distrbios encontrados, possuindo a maior densidade populacional dentre as trs e se caracterizando como a melhor rea para manuteno da espcie. O folhio no bordo de moita foi, no geral, o hbitat mais utilizado pelos lagartos, sendo o perodo entre 10h00 e 11h00 o que teve maior nmero de avistamentos. A altura de arbusto demonstrou influenciar negativamente a ocupao dos indivduos na restinga de Grussa, enquanto os perodos de observao ao longo do dia influenciaram a detectatibilidade dos indivduos nas trs restingas. As restingas tambm apresentaram uma temperatura ambiente semelhante ao longo do dia, sendo Maric a restinga com mdia mais alta (34,6C), seguida por Grussa (33,9C) e por ltimo Jurubatiba, com uma mdia de 33,2C. As temperaturas corpreas s quais os indivduos estariam sujeitos nos micro-hbitats disponveis variaram de 27C (folhio sobre vegetao) a 42,5C (areia nua), na restinga de Grussa e de 28C (folhio no interior de moita) a 32,9C (areia nua) na restinga de Jurubatiba. Uma vez que a estrutura do ambiente influencia na caracterstica termal dos lagartos e, consequentemente, na manuteno das populaes, a conservao das restingas e de suas estruturas vegetacionais so indispensveis para a perpetuao da espcie.
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O objetivo fundamental deste trabalho identificar os impactos dos incentivos fiscais federais concedidos pelo Governo brasileiro com a publicao da Lei do Bem, sobre os investimentos privados em P&D. A partir de estudo de campo realizado emgrandes empresas estabelecidas em habitats de inovao, especialmente em PqTgerido por universidade, foi analisado como a Lei do Bem auxilia a disseminao da cultura de inovao e aumenta a competitividade empresarial. Especificamente, o estudo tem o intuito de mostrar a importncia da incluso de forma mais abrangente dos gastos com infraestrutura de P&D, no rol das atividades passveis de recebimento de incentivos fiscais por empresas localizadas em pases notadamente carentes neste aspecto, tal qual o Brasil. Ademais, analisar comparativamente os mecanismos de incentivos fiscais utilizados por outros pases com a inteno de propor adequaes na estrutura da Lei do Bem que minimizem a sua no utilizao em virtude da falta de clareza na sua aplicao e consequente adoo de postura conservadora pelas empresas. A metodologia consistiu de um estudo exploratrio e qualitativo e reviso bibliogrfica onde foram analisados os conceitos tericos relacionados inovao, sistemas nacionais, regionais e setoriais de inovao, hlice trplice, habitats de inovao e polticas pblicas, alm da coleta de dados realizada por meio de consulta aos relatrios elaborados por entes governamentais, bem como por entrevistas realizadas junto s empresas que instalaram seus centros de P&D no PqT UFRJ, Consultorias especializadas e ANPEI. Os resultados doestudoforam obtidos a partir da compilao dos dados destas entrevistas e relatrios. Alm de outras concluses, as informaes permitiram afirmar que os incentivos fiscais, especialmente aqueles relacionados reduo do Imposto de Renda da Pessoa Jurdica, so importantes na medida em que permitem s grandes empresas, que j realizam atividades de P,D&I, a destinao de um montante maior a essas atividades. Apesar disso, essa poltica pblica carece de aperfeioamento em funo de haverrestado claro que a mesma no estimula todas as atividades de inovao, mas apenas aquelas relacionadas P&D, alm de no haver incentivos adequados ao crescimento de infraestrutura para inovao.
O processo de cidadanizao de pessoas LGBT: uma etnografia em Centros de Cidadania do Rio de Janeiro.
Resumo:
O presente trabalho se insere nos estudos de diversidade sexual e de gnero na sua relao com a implementao do Programa Rio sem Homofobia como parte do processo de cidadanizao de lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no contexto Fluminense. O Programa instituiu a fundao de Centros de Cidadania LGBT (CC) que contam com profissionais para atenderem essas pessoas. O trabalho de campo teve por objetivo principal a observao da interao entre profissionais e usurio (as) nos atendimentos e acompanhamentos realizados nestes locais. Atravs desta observao, buscou-se compreender os processos pelos quais se constroem demandas a serem encaminhadas para outros servios. Inspirada em reflexes ps-estruturalistas e ps-colonialistas, tentou-se refletir sobre o processo de cidadanizao LGBT e processos sociais globais, em que o Estado brasileiro aparece como ator-chave na formulao de polticas identitrias, ou "focalistas", o que para muitos profissionais no campo das polticas sociais torna-se o foco de um intenso debate. Observou-se a interao entre profissionais e usurio (as) a partir de conceituaes de Strauss (1997) sobre identidade como sendo construdas no decorrer da interao. Ao longo do trabalho apresentam-se os casos emblemticos em que h uma perturbao na interao e em seu status, como uma forma de rudo na comunicao entre os envolvidos no atendimento.
Resumo:
O Estado do Rio de Janeiro possui indicadores de produo muito baixos na realizao de exames de cncer de mama. Na tentativa de melhorar o acesso aos exames, principalmente em regies com baixa densidade populacional onde a aquisio de mamgrafos no custo-efetiva, o uso da mamografia mvel uma alternativa para aumentar a execuo de exames de rastreamento de cncer de mama. O objetivo desta pesquisa a construo de um modelo computacional para definir a alocao de mamgrafos mveis. O Modelo considera as variveis associadas com os custos e prazos, indicando quando, onde e por quanto tempo, as unidades mveis de mamografia devem permanecer em cada cidade. O modelo foi construdo no software de modelagem e simulao Anylogic, usando tcnicas de modelagem baseada em agentes. O principal resultado determinar o percurso de cada veculo disponvel, para oferecer a cobertura desejada em cada cidade. Todas as entradas so parametrizadas, permitindo simular diferentes cenrios e fornecer informaes importantes para o processo de tomada de deciso. O horizonte de tempo, nmero de mamgrafos (fixos e mveis), a cobertura desejada da populao, a capacidade de produo de cada dispositivo, a adeso da populao urbana e rural, entre outras variveis, foram consideradas no modelo. Os dados da Regio Serrana do Rio de Janeiro foram usados nas simulaes, onde menos de metade das cidades possuem mamgrafos fixos. Com o modelo proposto foi possvel determinar a distribuio de cada dispositivo fsico e o nmero timo de unidades mveis de mamografia para oferecer cobertura totalidade da populao no ciclo de dois anos. O nmero de mamgrafos para oferecer cobertura de toda a populao da regio poderia ser reduzido pela metade com o modelo de alocao proposto neste trabalho. A utilizao de mamografia mvel, em conjunto com a rede existente de mamgrafos fixos, procura maximizar a disponibilizao de exames de testes de diagnstico de cncer de mama no estado do Rio de Janeiro. O desenvolvimento de um modelo de roteamento que aperfeioa a cobertura de rastreio do cncer de mama apresentado como um complemento importante na tentativa de melhorar o acesso populao residente em reas urbanas e rurais dos municpios.
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Trata-se de um estudo sobre o processo de trabalho dos citotcnicos que atuam em laboratrios de Anatomopatologia e Citopatologia no Estado do Rio de Janeiro, cujo objetivo geral : analisar a percepo dos citotcnicos sobre as competncias necessrias execuo de sua atividade laboral; e especficos: (1) descrever a atividade laboral do citotcnico; (2) identificar o modo de produo da atividade por meio das inter-relaes de trabalho; (3) conhecer e compreender as implicaes do trabalho do citotcnico nas aes de controle do cncer. A investigao foi de abordagem qualitativa, de natureza descritiva e social, realizada em trs laboratrios de Anatomopatologia e Citopatologia no Estado do Rio de Janeiro, com a participao de 33 citotcnicos. Os dados foram obtidos pela tcnica de entrevista semiestruturada, aplicao de questionrio, e grupo focal, no perodo de janeiro a agosto de 2014, e analisados com base na Anlise de Contedo de Bardin, tendo como unidade de registro o tema. Os resultados revelaram: dos 33 citotcnicos, 73% so do sexo feminino; 34% esto distribudos em igual percentual para as faixas etrias entre 41 a 50 anos e 51 a 60 anos. Com relao varivel do grau de escolaridade, 43% possuem especializao e 24% concluram o curso superior. Em relao ao cargo exercido, 73% atuam como citotcnicos e 70% so funcionrios pblicos. O trabalho do citotcnico tem especificidade nica desse trabalhador de nvel tcnico, que a realizao da primeira anlise do exame citopatolgico, com aes articuladas e complementares de natureza tcnica, de gesto, e educativas vinculadas equipe, com nfase nos princpios de preveno e promoo da sade. Por meio da escala de avaliao do contexto de trabalho, foram avaliadas as condies fsicas, materiais e organizacionais do processo de trabalho. O quesito clareza, na definio das tarefas, foi o maior valorado com 4,7% de mdia, seguido das relaes socioprofissionais com mdia de 4,0%. Os resultados da anlise de contedo revelaram: na trajetria da atividade laboral, emergiram quatro categorias associadas motivao e ao ingresso na ocupao por pessoas de referncia na formao, acesso ao mercado de trabalho, busca pelo aperfeioamento profissional e aprendizagem prtica no trabalho; no conceito de modo de produo, emergiram cinco categorias: responsabilidade de salvar vidas, crtica em relao ao prprio trabalho com qualidade, caractersticas fsicas, atividades distintas do citotcnico e do histotcnico, viso do trabalho com otimismo; nas condies de trabalho, emergiram quatro categorias: trabalho em equipe e responsabilidade individual, ambiguidade em relao autonomia, precarizao do trabalho, esperana no reconhecimento da profisso. O trabalho do citotcnico uma ocupao fracamente regulamentada, que se caracteriza por ausncia de perfil profissional especfico compatvel com o escopo de prtica real observada no trabalho levando a condies de trabalho precrio. O reconhecimento ocorre entre os prprios trabalhadores que se valorizam por serem responsveis pela promoo da sade tornando seu trabalho socialmente til.
Resumo:
As micro, pequenas e mdias empresas geram cerca de 20% do PIB brasileiro. Estima-se que, atualmente, 60% dos postos de trabalho e cerca de 85% dos novos empregos no Brasil so gerados por micro, pequenas e mdias empresas. Nesse sentido, a implementao de polticas pblicas destinadas as micro, pequenas e mdias empresas possuem a dupla dimenso de favorecer tanto o crescimento econmico como a melhoria de indicadores sociais como a distribuio desigual da renda ou a desigualdade regional. Entretanto, um importante debate amadurece no pas a respeito da efetividade e dos retornos gerados pelas concesses de incentivos fiscais. Alinhados a este cenrio, o objetivo do presente estudo analisar o impacto dos incentivos fiscais do setor txtil das pequenas e mdias empresas da regio serrana do estado do Rio de Janeiro atravs da viso de seus gestores e dos indicadores econmicos. Foi realizado um estudo de campo no qual os gestores das PME do setor txtil da regio serrana do estado do Rio de Janeiro responderam um questionrio composto por dezoito perguntas. As respostas foram comparadas a um clculo de estimativa de renuncia entre o Lucro Presumido e o SIMPLES Nacional. Como resultados verificou-se a no efetividade dos incentivos fiscais no seu principal papel de gerao de emprego e renda e uma sensao de insuficincia, desconhecimento e, consequentemente, falta de transparncia em relao aos incentivos fiscais disponveis e concedidos especificamente para o setor ou regio, na percepo dos gestores das PME.