136 resultados para Literatura portuguesa História e crítica


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Esta tese dedicou-se a descrever e interpretar a tessitura textual dos fenmenos inslitos no romance Sombras de Reis Barbudos, de Jos J. Veiga, com base na associao entre a Teoria da Iconicidade Verbal e a Lingustica de Crpus . Centrou-se, especificamente, nas marcas lingusticas que representam ideias ou conduzem o intrprete percepo de que o inslito construdo no texto por meio itens lxicos que constituem pistas icnicas. Merecem especial interesse, sobretudo, os substantivos, que, por serem palavras com alta iconicidade, participam da construo/representao de fenmenos inslitos e criam, por meio da trilha lxica, o itinerrio de leitura para o texto-crpus. Para que os resultados fossem significativos, anlise apoiou-se nos recursos digitais da Lingustica de Crpus (SARDINHA, 2004; 2009), que possibilitaram realizar uma pesquisa baseada em um crpus. A utilizao da Lingustica de Crpus como metodologia permitiu levantar, quantificar e tabular os signos que corroboram com a compreenso da incongruncia e da iconicidade lexical dos fenmenos inslitos em um texto literrio, identificando os substantivos-ndulos e seus colocados, para avali-los quanto incompatibilidade das escolhas lexicais realizadas por Jos J. Veiga em relao s estruturas lexicogramaticais da Lngua Portuguesa. Fundamentou-se a discusso no inslito como categoria essencial do fantstico modal (BESSIRE, 2009; COVIZZI, 1978, FURTADO, s.d.; PRADA OROPREZA, 2006); na Semitica de extrao peirceana, com enfoque na Teoria da Iconicidade Verbal (SIMES, 2007,2009) e na colocao lexical (BNJOINT, 1994; SINCLAIR, 1987, 1991, 2004; TAGNIN, 1989). A tese demonstra que a incongruncia e a iconicidade lexical so identificadas a partir da seleo vocabular obtida pelo processamento digital e pelo confronto com o Crpus do Portugus. A anlise comprova que os substantivos, como categorias lingusticas caracterizveis semanticamente, tm a funo designatria ou de nomeao na arquitetura de um texto em que se manifesta o inslito. Revela tambm que a incongruncia lexical constitui-se em uma chave para a construo do ilgico, mgico, fantstico, misterioso, sobrenatural, irreal e suprarreal no texto-crpus

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Este trabalho pretende investigar as relaes existentes entre o mercado, a globalizao, a chamada ps-modernidade e a literatura. Para tanto, inicialmente delineia-se um breve panorama da literatura brasileira contempornea, com a finalidade de expor uma parte do que ora se produz em termos de crítica e de fico. Em seguida, trata-se do controverso conceito de ps-modernidade, com ateno especial s divergncias terminolgicas que vem suscitando, principal tpico objeto das consideraes finais. Analisa-se depois o fenmeno da globalizao, particularmente no que afeta a formao de novas subjetividades, ponderando-se tambm seu impacto na conceituao dos valores em geral e dos valores estticos em particular. Por fim, passa-se ao conceito de resistncia, com base em elementos tericos extrados de Schiller (o papel do artista), Agambem (a questo do contemporneo) e Alfredo Bosi (relaes entre narrativa e resistncia), fechando-se o foco na produo literria, mediante anlise sucinta da narrativa Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato

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Esta dissertao constitui uma reflexo sobre a situao social, poltica e cultural da Inglaterra na dcada de 70, especialmente nos anos de 1972 e 1973, como descrita no romance Serena, de Ian McEwan. O objetivo principal desta pesquisa apresentar como o momento histrico supracitado narrado no discurso ficcional, a partir da perspectiva da personagem Serena, em comparao com o discurso histrico, de acordo com fontes selecionadas, que narram a história da Inglaterra no contexto da Guerra Fria, dos ataques terroristas do IRA e do funcionamento do Servio Secreto domstico ingls, chamado MI5.

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O fantstico tem se desenvolvido ao longo dos sculos, contudo, ainda constatamos dificuldades em se definir as caractersticas que o constituem. certo que, hoje, o elemento fantstico aparece de diferentes formas, com a convivncia pacfica de elementos naturais e sobrenaturais. Aqui, o inslito se dissolve na rotina e na banalidade das situaes comuns, gerando o efeito fantstico, abordagem da presente dissertao. No h mais sustos ou sobressaltos diante de um evento sobrenatural, ao contrrio do chamado fantstico clssico, que prev a hesitao como elemento principal. Nesse emaranhado de eventos sobrenaturais, uma figura se destaca, a personagem. Ela tem como principal funo ser instrumento para comunicar e confirmar ao leitor a ocorrncia dos eventos sobrenaturais. No caso do fantstico contemporneo ela acaba por auxiliar na naturalizao dos eventos sobrenaturais, pois retrata a passividade e a aceitao de tais eventos. Atravs dela tambm possvel identificar reaes diante desses eventos: incerteza, dvida, sufocamento, angstia e medo. Nosso principal objetivo com essa dissertao costurar teoria e texto, buscando identificar o efeito fantstico, atravs da anlise da reao das personagens, em autores contemporneos, mais especificamente em contos. Utilizaremos para essa exemplificao contos de Amilcar Bettega Barbosa (Deixe o quarto como est), Jorge Luis Borges (O livro de areia) e Murilo Rubio (Contos Reunidos). Para realizar tal desafio, buscaremos trazer questes que enriqueam a discusso sobre o fantstico contemporneo, demonstrando com isso, tambm, sua permanncia no cenrio literrio atual. Com isso esperamos contribuir para a propagao das discusses sobre o fantstico, levando, quem sabe, a um novo posicionamento crtico sobre esses textos

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Considerado pela maioria da crítica como uma literatura ptrida (cf. ULBACH, 1868) ou torpe (cf. VERSSIMO, 1894), acusado de confundir ingenuamente cincia e literatura, bem como de cientizar a linguagem literria, e em particular no Brasil, alm disso, questionado por plgio ou importao de uma moda estrangeira, o naturalismo foi relegado s margens da historiografia literria. Assumindo como ponto de partida esse panorama crtico, a tese prope uma reavaliao crítica e historiogrfica da esttica naturalista, comeando por descrever e analisar sua origem no decurso da história, a partir do advento do realismo moderno nas obras de Stendhal e de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). Enfoca a lenta afirmao dos termos realismo e naturalismo, bem como a importncia da contribuio de diferentes romancistas franceses no processo de consolidao da esttica realista e de seu prolongamento no naturalismo. Discute-se tambm o projeto esttico proposto por Zola, assim como se desconstroem mitos corroborados pela historiografia literria a respeito da teoria e do movimento naturalistas. Por fim, correlacionando a esttica naturalista com o ideal republicano, aborda-se a aclimatao dos princpios naturalistas no Brasil, na obra daquele que foi seu principal representante, Alusio Azevedo. A partir de uma abordagem comparativa entre o naturalismo na Frana e no Brasil, busca-se, em sntese, contribuir para o processo de reviso crítica e historiogrfica de um perodo literrio muito produtivo nos dois pases, no obstante a tendncia para sua desvalorizao em geral observada nas manifestaes da crítica novecentista

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Este trabalho visa refletir sobre a composio da narrativa no livro de contos "Os lados do crculo" (2004) do escritor Amlcar Bettega Barbosa, alm de sua insero na literatura brasileira, principalmente nas dcadas de 90 a 2000. A partir da anlise dos contos, foi possivel pensar algumas de suas caracteristicas, tais como o uso da metafico, a hibridizao dos gneros literrios, assim como a questo do conceito de realismo e dos processos de subjetivao na contemporaneidade

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Observamos a questo do duplo na fico de Rubens Figueiredo e como ele contribui a produo do fantstico na contemporaneidade. Para isso, primeiro, apresentamos a anlise de Tzevan Todorov sobre o gnero fantstico, no qual destacamos a multiplicao da personalidade e a ambiguidade na narrativa; e segundo, tratamos, de forma breve, as concepes do duplo na história da literatura, no ensaio filosfico de Clment Rosset e a partir do unheimlich de Freud. Adicionalmente utilizamos tericos como Filipe Furtado, Jean-Paul Sarte, Otto Rank, Remo Ceserani, entre outros. Por fim, analisamos como o duplo aparece no fantstico atual, a partir das narrativas curtas Nos olhos do intruso, Um certo tom de preto, Sem os outros, A ele chamarei Morzek e do romance Barco a seco, de Rubens Figueiredo. O autor em sua construo ficcional parece mesclar elementos do fantstico clssico com o fantstico moderno e, em suas narrativas possvel notar a presena obsessiva do tema do duplo, o inslito, a ambiguidade, e questes da atualidade que dizem respeito condio humana

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O presente trabalho tem como propsito verificar como Julio Cortzar articula arte e poltica na obra Fantomas contra los vampiros multinacionales (1975). Considerando a poca em que a obra foi escrita, uma poca marcada pela ditadura nos pases da Amrica do Sul, percebe-se que o intelectual no deve ser aquele preocupado somente com a arte em si, mas sim uma figura pensante capaz de disseminar ideais de luta, de crítica ao sistema atravs de sua obra,. O aporte terico est baseado nos estudos acerca do conceito de intelectual, segundo Jean Paul Sartre e Srgio Paulo Rouanet, e na ideia do antropofagismo criado por Oswald de Andrade, que inaugura o termo, a fim de se referir devorao cultural do que vem de fora em benefcio de uma literatura original, e alm disso, dissociada da costumeira cpia. Os resultados demonstram que ao se posicionar contra a ditadura, Cortzar tem a inteno de invocar a sociedade a rejeitar todo e qualquer tipo de submisso, no s poltica mas tambm cultural. O autor rompe com a narrativa tradicional, fato que se reflete na esttica, ao transgredir os limites existentes entre arte popular e arte culta, realidade e fico, atravs da construo de uma narrativa fantstica, a qual estudaremos, segundo as teorias de Victor Bravo e de Irne Bessire

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Este estudo parte de preocupaes filosficas, tericas e analticas para promover exerccios de leitura e de interpretao do poema A Mquina do Mundo (1951), de Carlos Drummond de Andrade. Estabelecendo pela via ensastica a noo de ontologia da propagao, busca localizar a necessidade da ontologia no fundamento pr-paradigmtico da cincia. Incorporando referncias da Fenomenologia e da Hermenutica, tenta assumir seus pressupostos e implicaes para a constituio do mtodo em Teoria da Literatura e para a definio dos campos bsicos para a analtica da existncia lgica, emprica e pragmtica: os campos que representam as instncias ontolgicas do real, do simblico e do imaginrio. Da assuno fenomenolgica e hermenutica, passa-se a consideraes sobre categorias pertencentes ao jargo literrio, escolhidas por sua relao com o artefato literrio em questo e correspondendo ao mbito das trs instncias ontolgicas: discute-se a Poesia como sendo um fenmeno constituinte, a Literatura como uma manifestao instituinte e o Poema como uma manifestao restituinte do signo literrio A Mquina do Mundo. Em seguida, considera afetaes e interferncias de algumas correntes sociolgicas, formalistas e antropolgicas, buscando participar do dilogo sobre a possibilidade de aceitao da prtica literria como uma prtica de valor cognitivo, e no apenas ideolgico e esttico. Em seu terceiro momento, o estudo busca aplicar os pressupostos ontolgicos e epistmicos para estabelecer o limite dos espaos comparativos tornados possveis ao poema A Mquina do Mundo e buscando o pano de fundo histrico e historiogrfico do sculo XX a partir de suas possibilidades de relao com a obra de Drummond e segundo a orientao dos vetores dados no poema: a consolidao do veio crepuscular na tpica cannica do Novecentos brasileiro; a implicao da postura ideolgica de Drummond na recepo crítica sua obra; e, por fim, a localizao posterior dos topoi cosmolgicos e existenciais. Em seu ltimo ensaio, refere-se questo cosmolgica e sua afetao sobre a postura existencial do Caminhante. Recuperam-se pontos de semelhana e de diferena entre as poticas encontradas em Os Lusadas, de Lus de Cames e em A Divina Comdia, de Dante Alighieri, para por fim remeter identificao de uma continuidade temtica entre o poema de Drummond e aquele que se costuma designar como pensamento originrio na tradio da Filosofia ocidental. A seguir, buscam-se referncias para alguns dos elementos formais do poema A Mquina do Mundo segundo sua origem no contexto da Literatura Ocidental. Consideram-se alguns traos caractersticos dos trs seres representados (A Mquina, o Mundo, o Caminhante) e, encerrando-se a tese, procede-se a um exerccio de leitura centrado especificamente no poema

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A partir dos pressupostos tericos dos pesquisadores da Nova História e dos estudos literrios do comparativismo, este trabalho analisa o Amadis de Gaula entre os dois cdigos: o da cavalaria de Ramon Llull expresso do ideal cristo do cavaleiro virtuoso e perfeito , e o do amor corts, de Andr Capelo, que expressa os ensinamentos do refinado amor corteso, dentro de uma tica feudo-vasslica. Entre os interstcios desses cdigos e numa Pennsula Ibrica marcada por uma ascese crist, erige uma história de amor que se constitui num paradigma da expresso do desejo carnal e da busca do re(encontro) com o feminino. na via oposta ao contexto peninsular da Reconquista ibrica que se efetua a caminhada de Amadis rumo perfeio amorosa ao encontro do Amor

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Este trabalho faz uma anlise comparativa de algumas das principais obras de história literria do Brasil, publicadas no sculo XIX e incio do sculo XX, escritas, respectivamente, por Ferdinand Wolf, Slvio Romero e Jos Verssimo. So analisadas as concepes de nacionalismo, de história e de literatura que veiculam, relacionando-as com as ideias que circulavam poca em que foram escritos Le Brsil Littraire, de Ferdinand Wolf, a História da Literatura Brasileira, de Slvio Romero, e a obra homnima de Jos Verssimo. Sendo assim, alm de analisar as obras comparativamente, o presente trabalho recupera o significado histrico que comportam, uma vez que as insere no quadro de referncias vigentes no momento em que apareceram. Partindo do pressuposto de que a caracterstica principal desses textos a ideia de nacionalismo, estudam-se os significados atribudos a este termo desde meados do sculo XIX at incios do sculo XX, momento em que foram escritas aquelas histórias literrias. Ademais, relacionam-se as narrativas s variadas formas de se pensar a história, enquanto disciplina, nesse perodo, procurando identific-las pelo modo como constroem a explicao histrica. Por fim, as ideias que apresentam a respeito da literatura so articuladas no s s concepes de nacionalismo e de história que aqueles textos veiculam, como tambm reflexo que ento se fazia

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A efervescncia cultural e poltica dos anos 20 contribuiu para o surgimento do romance nordestino de 30. Nesse momento, o engajamento do intelectual era uma necessidade e as produes artsticas foram mediadas por influncias polticas de esquerda ou de direita. Com isso, as obras literrias ganharam um tom de denncia, expondo nossos problemas sociais. O intelectual brasileiro se viu entre dvidas e tenses e destacamos, na primeira parte desse trabalho, as posturas dos seguintes escritores: Jos Amrico de Almeida (1887-1980), Rachel de Queiroz (1910-2003), Jorge Amado (1912-2001), Jos Lins do Rego (1901-1957) e Graciliano Ramos (1892-1953). Na segunda parte, tomamos as obras do escritor paraibano, Jos Lins do Rego, para analisar o posicionamento desse intelectual frente as questes de sua poca. Com base nas discusses que o escritor pe em relevo em seus romances, identificamos a abordagem da relao entre intelectual e operrio, os limites da figurao do outro o negro e a mulher pobre , a continuidade e a ampliao da escravido no sculo XX. Cotejando as respostas de Jos Lins com as dos demais romancistas nordestinos de 30, verificamos como se estabeleceu o dilogo entre esses escritores e quais so os limites de seus posicionamentos

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Esta dissertao investiga de que maneiras a representao do sujeito canadense pode ser encontrada em dois romances representativos da literatura canadense contempornea: Obasan, de Joy Kogawa, e Alias Grace, de Margaret Atwood. Esta investigao tambm demonstra que a busca pela definio da identidade canadense tem sido tema constante e relevante da cultura deste pas. A indefinio quanto ao que significa ser canadense tambm tem permeado a literatura canadense ao longo dos sculos, notadamente desde o sculo XIX. A fim de observar a representao literria da busca pela definio da identidade canadense, esta investigao aborda os conceitos relativos representao de grupos subalternos tradicionalmente silenciados. A anlise comparativa dos romances citados contempla a relao entre memria e trauma autobiogrficos, assim como as semelhanas narrativas entre fico e história. Esta investigao tambm verifica de que maneiras a literatura ps-moderna emprega documentao oficial, relatos histricos e dados (auto) biogrficos a servio da reescrita da história atravs da metafico historiogrfica

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Analisar a fico gua Viva, de Clarice Lispector, o desafio desta dissertao, que integra autor, texto e leitor em uma discusso acerca de experincia esttica e estrutura textual. Partindo de conceitos desenvolvidos pela Teoria do Efeito Esttico, de Wolfgang Iser, o objetivo a ser atingido o de identificar as ferramentas utilizadas pela autora Clarice Lispector que fazem de seu texto potncia esttica a ser desencadeada pelo leitor no ato da leitura. Ao investigar a estrutura desta obra, encontram-se elementos que tornam vulnerveis concepes pr-estabelecidas acerca da literatura, abrindo-se em vazios constitutivos que convidam o leitor a participar da criao de significaes e da experimentao dos sentidos. A aproximao entre texto e artes plsticas, principalmente pintura, tem forte presena nesta obra, que provoca a formao de imagens no momento do contato com o texto, acontecimento em que se fundem tempo e espao para a irrupo do instante-j. Procurou-se, ainda, identificar tendncias comuns entre a produo deste texto de Clarice Lispector e os questionamentos presentes em outras manifestaes artsticas da poca, notadamente quanto ao carter transitrio que a arte dos anos 70 assume, fazendo com que o prprio movimento, a prpria transformao, tornem-se estrutura da arte de ento

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Alexandre Herculano foi uma figura muito importante na História de Portugal. Primeiramente como historiador, recolhendo materiais que continham a História da Nao e que serviu como estudo para a preservao e divulgao de um passado glorioso. Como intelectual, engajou-se na poltica e assuntos sociais em benefcio da nao portuguesa. Escrevendo e publicando artigos em importantes jornais e revistas da poca, ou seja, o sculo XIX, sua figura identifica-se com a de um intelectual. Como tal, denunciou e alertou o povo sobre seus principais direitos e deveres como cidados portugueses. Sua grande preocupao tambm era em relao educao porque, segundo ele, Portugal estava atrasado em relao a outros pases europeus. Descrever Herculano como intelectual de Portugal uma das propostas deste trabalho