355 resultados para Jovens Brasil


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A rea de vida pode ser definida como o espao fsico necessrio para um animal desempenhar as atividades essenciais para sua sobrevivncia, desenvolvimento e reproduo. O conhecimento sobre rea de vida essencial para a compreenso dos processos que regem o uso do espao e a organizao social em populaes animais. Neste estudo, investigamos aspectos das reas de vida do lagarto saxcola, endmico da Caatinga, Tropidurus semitaeniatus, avaliando possveis variaes intersexuais, ontogenticas e sazonais nos tamanhos das reas de vida, bem como elementos da organizao social da espcie. A rea de estudo consistiu em uma rea tpica de Caatinga stricto sensu, localizada no municpio de Pentecoste - Cear. Realizamos coletas em dois afloramentos rochosos, nos quais demarcamos pontos de referncia a cada cinco metros. Coletamos os lagartos residentes nestes afloramentos, registrando, para cada indivduo, o sexo e o tamanho rostro-cloacal (mm), e posteriormente, identificando-o com marcao nica. Vistoriamos cada afloramento durante 20 dias em cada estao (chuvosa e seca), respectivamente em junho e dezembro de 2011, realizando recapturas visuais e coletando registros de posies espaciais de cada indivduo. Estimamos as reas de vida pelo mtodo do Polgono Convexo Mnimo, para os indivduos recapturados pelo menos seis vezes. Obtivemos 56 reas de vida, das quais 10 foram de machos, 20 de fmeas e 26 de jovens. No existiu relao entre os tamanhos das reas de vida e os comprimentos rostro-cloacais dos indivduos. No houve diferenas sexuais, ontogenticas ou sazonais nos tamanhos das reas de vida. Contudo, o espaamento entre as reas de vida foi menor durante a estao chuvosa e a maioria das sobreposies entre reas de vida tambm ocorreu neste perodo. Ao todo, registramos 81 sobreposies de reas de vida, sendo estas mais frequentes entre fmeas e jovens e menos frequentes entre pares de machos. A proporo da rea de vida total sobreposta com outro indivduo foi maior entre pares de fmeas e menor entre pares de machos. Os machos estiveram associados em mdia com 1,5 fmeas, possuindo de zero a sete reas de vida de fmeas sobrepostas com suas reas de vida. O nmero de reas de vida de fmeas sobrepostas s reas de vida de machos esteve positivamente associado ao tamanho dos machos. Por outro lado, no houve associao entre o nmero de reas de vida de fmeas sobrepostas s reas de vida de machos e os tamanhos das reas de vida dos machos correspondentes. Em suma, luz do conhecimento acumulado sobre a histria natural do organismo de estudo, acreditamos que sua extrema especificidade por ambientes rochosos e a disponibilidade limitada de habitats adequados ocupao constituem fatores preponderantes na determinao dos padres singulares de uso do espao e organizao social em T. semitaeniatus.

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Esta dissertao enfoca o tema a partir da anlise de narrativas de jovens (homens e mulheres, entre 18 e 24 anos), residentes em trs capitais brasileiras (Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador), acerca de experincias envolvendo sexo por constrangimento ou forado. Os relatos so examinados luz de uma produo internacional que discute a questo da coero sexual. Os dados analisados correspondem a uma sub-amostra de 46 entrevistas com jovens pertencentes a camadas mdias e populares, selecionadas do conjunto de 123 entrevistas que integraram a fase qualitativa da pesquisa GRAVAD (Gravidez na Adolescncia: Estudo Multicntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reproduo no Brasil). A leitura do material emprico buscou situar os episdios narrados nas biografias individuais e refletir sobre as representaes dos sujeitos sobre gnero e sexualidade e os aspectos dessas trajetrias capazes de conduzir a um entendimento de tais eventos. Moas e rapazes relataram distintas experincias de sexo contra vontade, que variavam de acordo com o contexto e o tipo de coero utilizada e/ou sofrida. As dinmicas das relaes entre os gneros revelam que, na negociao sexual, consentimento e desejo nem sempre andam juntos. Em determinadas condies, certos modos de constrangimento so tidos como constitutivos dos jogos de seduo. A anlise das narrativas evidencia o carter relacional e contextual das interaes afetivo-sexuais entre os gneros e do que pode ser qualificado como violncia. Tal concluso, conduziu ao questionamento acerca da positividade atribuda a certas atitudes e comportamentos sexuais categorizados como violentos por diversos estudos dedicados ao tema.

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A presente dissertao tem por objeto elaborar um relato histrico da emergncia da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) no Brasil, com especial observncia ao eixo Rio-So Paulo nas dcadas de 1950, 1960 e 1970. A ACP faz parte da chamada Psicologia Humanista, um movimento inicialmente organizado pelo psiclogo norte-americano Abraham Maslow (1908-1970) na dcada de 1950, que contou com a forte participao de Carl Rogers (1902-1987), tambm psiclogo norte-americano, e fundador da atualmente denominada Abordagem Centrada na Pessoa. A trajetria profissional de Rogers foi marcada pelos acontecimentos de sua poca, como a crise econmica americana da dcada de 1930, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e os conflitos globais por questes tnicas, religiosas e raciais. Para uma melhor compreenso do desenvolvimento da ACP, este foi narrado em conjunto com a histria dos principais acontecimentos polticos, econmicos e culturais dos EUA, buscando construir uma narrativa situada historicamente. O mesmo foi feito em relao histria da ACP no Brasil, nas dcadas de 1950 a 1970, ressaltando-se o objetivo dos governantes nacionais de transformar o Brasil em uma grande nao em termos culturais e educacionais, para isso se valendo da criao de diversas instituies voltadas s crianas, adolescentes e jovens adultos, para seu atendimento psicolgico, educacional, orientao profissional e aprimoramento tcnico. A instaurao da ditadura civil-militar iniciada em 1964, o processo de regulamentao da profisso de psiclogo e a criao dos primeiros cursos de psicologia no Brasil so destaque. Registrar a histria da ACP no Brasil uma tarefa que se justifica dado o contingente de profissionais que atuam neste referencial terico e para incentivar a pesquisa em histria da psicologia. A metodologia de trabalho adotada foi a reviso bibliogrfica e o relato oral instrumentalizado por entrevistas com profissionais de destacada relevncia na histria da ACP no Rio de Janeiro e em So Paulo. Este estudo tem como marco final a vinda de Carl Rogers e sua equipe em 1977 ao Brasil para a realizao do I Encontro Brasileiro Centrado na Pessoa (Arcozelo I), o que possibilitou a reunio, o reconhecimento mtuo e a troca de experincias entre os profissionais brasileiros, fechando desta forma o perodo da emergncia da ACP no Brasil e favoreceu uma nova fase de desenvolvimento por todo o pas.

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Fruto das mudanas realizadas no Programa Nacional de Incluso de Jovens ProJovem, criado em 2005, o ProJovem Urbano o programa do governo federal destinado a proporcionar o aumento da escolaridade, qualificao profissional inicial e a participao cidad de jovens de 18 a 29 anos, prioritariamente aqueles que se encontram em maior estado de vulnerabilidade social. Entendendo-o de forma integrada s polticas de alvio pobreza e poltica novo desenvolvimentista implementadas durante o governo Lula, o presente estudo analisou os nexos existentes entre o ProJovem Urbano e a educao para o desenvolvimento sustentvel do novo milnio proposta na Poltica de Desenvolvimento do Milnio e nas orientaes dos organismos internacionais, na qual a educao adquire um novo papel: produzir no s capital humano, mas tambm capital social. A pesquisa centrou-se em uma das dimenses curriculares do programa denominada participao cidad, que tem entre suas atividades o Plano de Ao Comunitria (PLA) - ao social a ser planejada e executada pelos jovens no intuito de lev-los a resoluo de alguns problemas locais. A partir da pesquisa emprica realizada nas cidades de Palmas, So Vicente e Guaruj, nosso objetivo foi identificar o sentido dado participao e as contradies que essas experincias podem suscitar. Se elas contribuem para ao dos jovens no sentido oposto ao associativismo colaboracionista aos interesses do capital e para a constituio de comportamentos polticos capazes de (re)fortalecer os movimentos sociais progressistas organizados. Com base no mtodo do materialismo histrico e dialtico, conclumos que a dimenso tico-poltico do programa constitui em formar os jovens para a nova sociabilidade capitalista; tanto no plano econmico, ao educar para os valores do novo desenvolvimentismo centrado no consumo, quanto no plano poltico, por meio do consentimento passivo/ativo aos ajustes executados pelos intelectuais orgnicos do capital na virada do milnio, com a finalidade de abrandar os efeitos da ortodoxia neoliberal. Que no cabe a programas como o ProJovem Urbano a formao da cultura poltica participativa que venha contribuir para o (re)fortalecimento dos movimentos sociais. E que, apesar das aes comunitrias serem conduzidas pela perspectiva do capital social, na prtica, esta ideologia tambm no to facilmente permevel aos jovens participantes do programa das cidades investigadas, frente s suas precrias condies de existncia e reproduo da vida, o que faz com que o programa permanea fortemente em disputa para ser redirecionado ou superado

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A educao de jovens e mulheres privadas de liberdade o objeto de estudo desta tese. Estas jovens e mulheres foram participantes primrias. Foram participantes secundrios, os agentes penitencirios e educacionais e professores das escolas das instituies investigadas. Os loci do estudo foram duas penitencirias femininas, no municpio do Rio de Janeiro e em Braslia, e uma instituio de cumprimento de medida socioeducativa de internao no Rio de Janeiro. A pesquisa, de abordagem etnogrfica, utilizou a entrevista e a observao participante para registrar as falas das jovens e mulheres com a perspectiva sobre a situao educacional dentro e fora dos espaos de privao de liberdade. Em complementaridade s falas foram acessadas fotos, documentos e produes acadmicas, entre teses, dissertaes e artigos cientficos. Esse material possibilitou responder aos seguintes questionamentos: O que pensam as jovens e mulheres participantes sobre a educao existente nos espaos de privao de liberdade? Como so construdas as vulnerabilidades socioeducacionais enfrentadas pelas jovens e mulheres participantes nos espaos de privao de liberdade? Como os estudos e pesquisas sobre educao em espaos de privao de liberdade tm discutido a situao das mulheres e jovens nessa situao? Em resposta s questes propostas, os dados de campo foram analisados indutivamente e apresentados em vinhetas etnogrficas s falas das participantes, explicitando a situao de excluso e vulnerabilidade vivenciadas nas instituies de privao de liberdade. Essas falas apontam, sobretudo, para o no cumprimento dos direitos humanos desses sujeitos que se encontram sob custdia do Estado. Esses direitos devem ser formalmente reconhecidos, mas tambm, concretamente e materialmente efetivados.

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As desigualdades sociais e educacionais contribuem para a reproduo das classes no Brasil. A juventude se encontra no cerne dessa questo como um dos grupos mais atingidos por essa distribuio desigual. Partindo do princpio de que existem diferentes formas de se experimentar a juventude na contemporaneidade e que as classes sociais seriam um importante fator para se pensar as diferentes formas de transio para a vida adulta, este trabalho objetiva discutir a questo da juventude e dos jovens no contexto da desigualdade. Para tanto, foi realizada uma pesquisa quantitativa com jovens alunos da Educao de Jovens e Adultos (EJA), no municpio de Mesquita (RJ), acerca de suas caractersticas e modos de vida; buscando, entretanto, uma possibilidade de generalizao desse caso particular do possvel. Foram abordados os conceitos de condio e posio juvenil, a fim de se construir um mapa da desigualdade e posicionar esse jovem aluno. Os resultados indicam que h diferenas entre os coortes geracionais que compe a juventude com relao a suas trajetrias escolares (jovem-adolescente de 15 a 17 anos, jovem-jovem de 18 a 24 anos e jovem-adulto, de 25 a 29 anos de idade). A hiptese de que essa juventude apresenta indicadores distintos pelas imbricaes que implicam as polticas educacionais em vigor, em suas determinadas pocas de entrada e permanncia na escola regular. Dessa forma, pensar a juventude nesse contexto pode contribuir para entender melhor quem o novo pblico que ocupa os bancos escolares da EJA nos ltimos anos e, ainda, tentar interpretar o impacto das polticas de correo de fluxo no plano concreto: na vida desses jovens.

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A evoluo da margem continental do sudeste do Brasil tem sido discutida por diversos autores desde meados do sculo passado at os dias atuais, especialmente no contexto da origem e evoluo dos escarpamentos e das bacias tafrognicas. Buscou-se contribuir com novos dados sobre a evoluo da rea a partir da aplicao da termocronologia de baixa temperatura (U-Th)/He em apatita, que oferece uma sensibilidade significativa para registrar movimentaes tectnicas na crosta superior. Foi possvel obter idades em 107 cristais de apatita de 18 amostras do embasamento coletadas no perfil com orientao NW-SE, numa seo entre a Serra da Mantiqueira e o Grben da Guanabara. As idades corrigidas variam entre 250,1 8,7 Ma e 43,5 1,9 Ma (2 σ) e as no corrigidas entre 174,13 3,03 Ma e 27,07 0,60 Ma (1 σ). O Neocretceo, o Eocretceo e o Paleoceno so os principais registros no conjunto de dados, em ordem de importncia. No Neocretceo, o intervalo entre 83,6 e 72,1 Ma (Campaniano) representa o maior destaque nos registros termocronolgicos, embora os outros registros (Maastrichtiano e Santoniano) tambm estejam presentes e sejam importantes. As idades do Neocretceo destacam a importncia dos eventos tectonomagmticos e soerguimento regional na histria trmica dessa rea, inclusive com idades (~86 Ma) atribudas ao contexto de soerguimento da Serra do Mar. As idades do Eocretceo indicam o registro de eventos trmicos mais antigos, vinculados evoluo pr-rifte. J os dados do Paleoceno estariam associados ao evento de reativao responsvel pela implantao do sistema de riftes continentais (~65 Ma) e as idades do Eoceno, restritas borda de falha da bacia de Resende (49,7 Ma e 43,5 Ma), reativao do sistema de riftes nessa rea. A disperso de idades foi interpretada como efeito dos danos de radiao j que muitos gros apresentam correlao entre idade e concentrao de urnio (eU). Os padres de tempo-temperatura (t-T), definidos a partir dos modelos HeFTy calibrados para o modelo de difuso que considera os efeitos de danos de radiao nos cristais, registraram eventos de resfriamento rpido, os quais mostram correlao direta com episdios de reativao e soerguimento na margem continental e com registros nas bacias continentais e marginais. O padro de aumento das idades com a elevao, assim como da costa em direo ao interior observado, mas mostra-se alterado pela ocorrncia de idades mais jovens associadas complexa evoluo dessa margem continental com desnivelamentos de blocos vinculados tectnica ps-rift, numa situao que ressalta a influncia dos episdios de reativao. As estimativas de denudao total variam entre 1,2 e 2,8 km. As taxas de eroso variam entre 15,2 e 35,3 m/Ma. A evoluo da rea indica no apenas a influncia de um evento especfico mas, possivelmente, uma combinao de episdios que se alternaram e/ou atuaram em conjunto em determinados perodos. Os eventos de reativao mais antigos, combinados com os mais recentes, exibem os seus remanescentes na paisagem (serras da Mantiqueira e do Mar e os grbens e bacias sedimentares) e assumem papel fundamental na evoluo da rea. Os registros de tais episdios podem ser observados nas histrias trmicas das rochas e nos depsitos correlativos nas bacias sedimentares marginais e intracontinentais.

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A massificao da escolarizao no Brasil, aps a dcada de 1990, possibilitou a generalizao do acesso das camadas populares educao em sua forma escolar. Contudo, entre o acesso e a permanncia desse alunado, existem questes que se colocam, dificultando, sobretudo, a insero e/ou concluso do ensino mdio. Nesta pesquisa, discutem-se os sentidos da escola na contemporaneidade, a partir da realizao de treze entrevistas com jovens moradores de favela carioca. Em dilogo com teorizaes de Jacques Derrida, argumenta-se pela potencialidade da noo de diffrance para abordar as significaes e identificaes como relacional e diferencialmente construdas, e tambm instveis. Mobiliza-se, ainda, a noo de iterabilidade para problematizar os termos da pesquisa jovens pobres de favela na escola a partir de levantamento de publicaes do campo acadmico, um importante vetor nas significaes que se constroem na sociedade. Em interlocuo com Leonor Arfuch e Rosa Hessel da Silveira, problematizam-se as narrativas registradas nas entrevistas realizadas com os jovens moradores de favela carioca, discutindo-se sentidos que se atualizam e se deslocam nessa interao, relativamente s questes da pesquisa. Observa-se que os entrevistados relatam a existncia de preconceito, na escola e na sociedade, em geral, no que se refere identificao como morador de favela, mas tambm que a escola narrada como um lugar de muito valor e de investimento para estes jovens, tanto com fins de ascenso social, quanto para a o encontro com os pares e o aprendizado da convivncia social

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A pesquisa objetivou traar um perfil de alunos da educao de jovens e adultos (EJA) em duas escolas pblicas municipais do Rio de Janeiro, de oferta diurna, na mesma regio geogrfica e administrativa, identificando e caracterizando os sujeitos e o significado do ensino diurno para o seguimento da escolarizao. Os alunos, em maioria jovens, encontravam-se matriculados no Programa de Educao de Jovens e Adultos (PEJA). A natureza do objeto conduziu-me metodologicamente para um estudo de caso e, para desenvolv-la, fiz uso de aplicao de questionrio e, posteriormente, realizei entrevista semiestruturada com 25 alunos. Meu locus de pesquisa conectou-se a contextos mais amplos com os quais o campo da EJA dialoga, como acordos e documentos resultantes de Conferncias Internacionais de Educao de Adultos (CONFINTEAs) e bases legais do direito educao para todos no Brasil. A matriz terica da pesquisa viabilizou um olhar investigativo sustentado pelo mtodo de pensamento adotado, inspirado na teoria da complexidade. Meus resultados levaram-me a compreender que pensar a EJA diurna como mais uma oferta no sistema pode anunciar possibilidades de adequao s caractersticas dos sujeitos, mas pode, na prtica, constituir novas excluses intrassistemas e interdies a sujeitos julgados, continuadamente, como incapazes de aprender

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Este trabalho de dissertao tem por objetivo refleti sobre a insero e a permanncia de jovens da periferia da cidade de Salvador em atividades criminosas. Para a maioria dos entrevistados, a insero no crime aconteceu ainda nos primeiros anos da adolescncia. Hoje eles so jovens-adultos que consideram a atividade criminal um trabalho que possibilita a construo da autonomia de um sujeito-homem. A maioria dos informantes est envolvida especificamente no crime contra o patrimnio, o furto, e a especificidade da ao permite exclu-lo do mbito do crime violento. A ao criminal elege como locus de atuao lojas de departamento de diferentes shoppings centers da cidade e tambm festas populares como o carnaval, micaretas, So Joo e shows de grande porte ao redor do Brasil. Nesta atividade eles se auto intitulam de descuidistas. As teorias acionadas na compreenso do problema em questo foram: teoria do curso de vida, acumulao de desvantagem, controle social e rotulao, alm do conceito de construo de um sujeitohomem atravs do crime. A pesquisa foi realizada em um bairro considerado um dos mais violentos da cidade de Salvador: Fazenda Coutos.

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Esta dissertao tem como objetivo principal estudar a entidade pblica denominada Juventude Brasileira, existente durante o Estado Novo. Nela se inclui entender o papel emprestado aos jovens pelo governo ditatorial de Vargas, especialmente o de uma enorme massa de "jovens espritos" que se podia "mobilizar" em benefcio da Nao e do regime poltico vigente, em tempo de grave crise provocada pela II Guerra Mundial. patente a influncia de outras organizaes juvenis controladas pelo Estado ento existentes em diferentes pases, mormente aqueles criados pelos regimes fascistas alemo, italiano e portugus. , quanto a isso, um produto brasileiro adaptado ao esprito do tempo. Entretanto a verso brasileira no admitiu a feio germnica, em 1938, quando o Ministro da Justia, Francisco Campos, apresentou o projeto original de sua criao, que era calcado na instruo militar. Do demorado debate havido entre as mais elevadas autoridades surgiu, em 1940, a forma definitiva, apresentada pelo Ministro da Educao Gustavo Capanema. A Juventude Brasileira perdeu assim o carter militar original, sem exigir qualquer aparato burocrtico especial, valendo-se da estrutura j existente, tornando-se uma organizao educacional auxiliar que inclua todos os escolares entre os sete e os dezoito anos de idade. Tornou-se um instrumento importante nas mos das autoridades como um elemento de mobilizao social, com seus desfiles, de que muito se valeu a propaganda oficial. De um modo geral, a sociedade aceitou bem a Juventude Brasileira, que serviu tambm, de certo modo, como ponto de contato e dilogo com um governo autoritrio.

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O presente trabalho acadmico aborda a situao e a relao da mulher no mercado de trabalho. Propomo-nos perceber como funciona a dinmica do mundo do trabalho e que impacto traz nas relaes sociais do indivduo e na identidade de um pas. A questo fundamental deste estudo, se a desigualdade de oportunidades afecta diferentemente em relao ao gnero e como vivida essa situao em cada um dos pases estudados: Portugal e Brasil. Centramo-nos especificamente, nos seguintes objectivos: identificar os agentes que determinam a existncia da discriminao sexual no mercado de trabalho, reforar a importncia de combater situaes discriminatrias para o desenvolvimento de sociedades benficas, justas e equitativas e finalmente promover o intercmbio de conhecimentos entre Portugal e Brasil. Com este trabalho de pesquisa terico-histrica e emprica, conclumos que a desigualdade de oportunidades existe em ambos os pases participantes. Deriva primordialmente, de factores econmicos, histricos e culturais ainda enraizados nas sociedades actuais. Nitidamente a mulher, ainda hoje, vtima de uma entrada e presena no mercado de trabalho mais difcil e precria comparativamente ao homem.

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Os efeitos txicos do metil-mercrio (MeHg) em seres humanos vm sendo amplamente discutidos, a partir de episdios de contaminao devida a ingesto frequente de peixe contaminado, em Minamata, no Japo, ou ao consumo de po preparado com cereais tratados com fungicidas a base de metil-mercrio, no Iraque, indicando que o metil mercrio pode afetar o sistema nervoso central. A populao ribeirinha na regio do Pantanal, Brasil, dependente do peixe, como principal fonte de alimentos e protenas. Naquela regio, o resultado de dcadas de minerao de ouro, em pequena escala, foi a contaminao de muitos sistemas aquticos com mercrio. Consequentemente, muitas espcies de peixes possuem nveis de MeHg relativamente altos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o nvel de exposio ao MeHg entre a populao ribeirinha do Pantanal. No primeiro artigo, apresentam-se os resultados da validao do mtodo recordatrio de 24 horas auto-referido, utilizando-se, como padro-ouro, o mtodo da pesagem, tendo-se verificado que h aproximadamente um erro de 30% ao estimar a quantidade de peixe consumido por aquela populao. Um erro deste pode ser importante em se tratando do consumo de peixes carnvoros, os quais apresentam altos teores de mercrio. No segundo artigo, ao analisar a associao entre o status neurocognitivo e a concentrao de mercrio no cabelo da populao acima, os resultados indicaram que adultos expostos ao metil-mercrio, atravs do consumo de peixe, podem ter dficits importantes nas medidas do desempenho neurocomportamental, sem alteraes detectveis no humor ou afetividade. Os efeitos mais importantes do mercrio, entre os indivduos analisados, foram detectados nos testes de velocidade e destreza da coordenao motora fina, na inibio da resposta na busca visual, e em tarefas de ateno. No terceiro artigo, considerando-se as associaes observadas na concentrao de mercrio no cabelo com alguns desfechos dos testes neuro-psicolgicos aplicados, calculou-se a dose-marcadora (BMD) e o limite inferior do intervalo de confiana do BMD (BMDL). Os resultados da dose marcadora e da dose de referncia provisria so concordantes com os resultados estimados pelas agncias de sade internacionais.

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O presente estudo avaliou os padres de consumo alimentar entre adultos brasileiros e a sua associao com o ndice de Massa Corporal (IMC). Em 1996/1997, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), coletou dados antropomtricos, de consumo alimentar e socioeconmicos de 9351 indivduos entre 20 e 60 anos, moradores das reas urbanas e rurais das regies Nordeste e Sudeste do Brasil. Atravs da anlise de componentes principais foram identificados os padres de consumo alimentar. A associao entre os padres de consumo alimentar e o IMC foi avaliado atravs de regresso linear. A prevalncia de obesidade (IMC >= 30 kg/rn2) foi de 2,7% entre homens moradores das reas rurais e em torno de 8,0% para os moradores da rea urbana, em ambas as regies. Entre as mulheres, esta prevalncia na rea rural foi de 6,5% no Nordeste, 14,3% no Sudeste e em torno de 12% nas reas urbanas. A prevalncia de sobrepeso (IMC>= 25 kg/m2) na rea rural foi, aproximadamente, 20,0%para o sexo masculino e 24,0% para o sexo feminino, ficando ao redor de 30% nas reas urbanas. Identificou-se trs padres de consumo: o padro 1 (misto), com o consumo de quase todos os alimentos, o padro 2, um padro a base de arroz, farinha e feijo, composio caracterstica da dieta tradicional do brasileiro, e o padro 3, onde poucos alimentos explicaram a variao de consumo, contudo, estes alimentos variaram nas quatro reas. Ajustando-se para idade, renda, escolaridade e atividade fsica, o padro misto associou-se positivamente com o IMC (p<0,003), exceto no Sudeste rural (p=016). A dieta tradicional no Sudeste rural (p=0,007) e o padro 3, composto por tubrculos, farinha e carne, no Nordeste urbano (p=O,0004), associaram-se negativamente com o IMC. Concluiu-se que o padro misto se associou positivamente ao IMC, sugerindo que o consumo calrico total, mais do que o padro da dieta, explicaria o aumento da obesidade observado no Brasil.

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Este estudo tem por objetivo contribuir para a compreenso da poltica nacional de informao em sade no Brasil, analisando-a a luz do referencial terico da prpria evoluo da informao como objeto de conhecimento cientfico. Procura-se mostrar em que medida as distintas fases do desenvolvimento cientfico no campo da informao repercutiram no grau de compreenso, assimilao e gesto da informao como recurso estratgico para a ao poltica e social. O estudo identifica dois grandes blocos idnticos da Cincia da Informao, o primeiro privilegia os aspectos tcnicos e tecnolgicos da gesto da informao e o segundo evidencia o contexto poltico. Sem desconsiderar os aspectos tcnicos, adota-se como referencial a corrente que considera tal recurso como eminentemente poltico, para analisar a trajetria da poltica de gesto da informao desde a criao do Ministrio da Sade, em 1953. Acompanha-se a evoluo dessa poltica, identificando-se os elementos polticos, institucionais e sociais envolvidos nesse processo, procurando-se destacar a forma como a informao foi percebida ou conceituada; os modelos de gesto adotados; os principais projetos e aes, e o grau de insero dos distintos atores envolvidos. Com o intuito de identificar as distintas fases e fatores envolvidos na implantao de iniciativas na rea foi utilizado, como estudo de caso, o processo de formulao e implementao da Rede Nacional de Informaes em Sade (RNIS, iniciado em 1996 e ainda em curso). A RNIS era a iniciativa mais recente no campo da informao em sade com abrangncia nacional contemplando as trs esferas de governo. Alm disso, por estar em fase inicial, foi possvel o acompanhamento e a anlise de todo o processo que envolveu sua elaborao e implantao. As concluses destacam as principais caractersticas da poltica de informao em sade e de sua evoluo, considerando-se o desenvolvimento do conhecimento cientfico alcanado na rea. Observou-se que a incorporao desse conhecimento esteve fortemente condicionada pelos distintos contextos polticos e institucionais nos quais se desenvolveu a poltica nacional de informao em sade, que se mantm como essencialmente federal, com participao recente e pontual de estados e municpios, em sua formulao. No plano operacional, tem prevalecido a adoo de referenciais tcnicos e tecnolgicos, embora, em anos mais recentes, tenha sido incorporado no plano discursivo, um enfoque mais politizado. O quadro referencial adotado apia a anlise das tendncias e perspectivas para a gesto da informao em sade no Brasil.