55 resultados para Japão História


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A dissertao visa analisar a condio feminina no Rio de Janeiro do sculo XIX a partir de documentos judiciais de divrcio, investigando as experincias que as mulheres oitocentistas experimentaram quando demandavam ou eram demandadas na justia. A documentao permite demonstrar o modo como elas vivenciaram as dificuldades sociais provenientes de sua condio jurdica e como estavam inseridas nos espaos institucionalizados de poder. Atravs das falas das prprias mulheres observamos como a Igreja e o Estado utilizaram-se da famlia e do matrimnio como instrumentos de manuteno da dominao sobre o universo feminino. A escolha do Rio de Janeiro como recorte geogrfico deu-se em funo da importncia econmica, poltica e social que, como capital, a cidade assumiu no sculo XIX. O recorte temporal 1832 a 1889 tomou por parmetros o surgimento de duas normas legais que vo trazer modificaes significativas para a organizao da Justia do Imprio e para o tema especfico do divrcio.

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A proposta desta tese problematizar, isto , produzir questes, sobre a noo de alteridade, esta tomada em seu sentido amplo do outro que no eu que nos dicionrios tem como sinnimos: diferente, diverso, distinto e estranho. Mais especificamente, essa problematizao se dar articulada com as transformaes, tambm histricas, da cidade do Rio de Janeiro, escolhida por sua importncia, em funo de ter abrigado, desde o final do sculo XVIII at 1960, a sede do governo do Brasil, configurando-se como irradiadora das polticas governamentais para os outros estados e capitais. Trata-se, ento, de uma pesquisa histrica que no privilegia a linearidade de acontecimentos, o que poderia nos levar a pensar que o passado nos determina de forma inexorvel. Em nossa perspectiva, a história das estratgias que produziram as rotulaes sobre a alteridade os outros, ndios, negros escravos e mestios postas em ao nos perodos colonial, imperial e republicano e, na contemporaneiade, pode nos levar a questionar nossa atualidade e as formas pelas quais lidamos com a alteridade, os outros, os estranhos e tambm com a cidade. A história que queremos contar, enfim, utiliza a prpria história como modo de questionarmos nossa prpria identidade e nossa contemporaneidade, de modo que nos provoque a pensar e a inventar formas singulares de lidar com os espaos urbanos e com os outros/estranhos.

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A teoria da história de vida uma importante ferramenta para entender diferenas nas estratgias reprodutivas entre populaes sob diferentes condies ambientais e para a inferncia das possveis adaptaes locais. Os poecildeos so excelentes modelos para estudos sobre a divergncia da história de vida entre populaes devido s suas peculiaridades reprodutivas baseadas em diferentes graus de viviparidade, respostas rpidas s condies ambientais, reproduo continuada e curto tempo de gerao. Considerando que Phalloceros harpagos, Poecilia vivipara e Poecilia reticulata - trs espcies de poecildeos encontrados no rio Ubatiba, no municpio de Maric, Rio de Janeiro - apresentam populaes pouco mveis e compartilham dietas semelhantes, a competio por recursos alimentares pode influenciar bastante a história de vida dessas espcies em reas onde as mesmas coocorrem. As coletas foram realizadas em seis localidades do rio Ubatiba, as quais foram selecionadas pelo padro de ocorrncia das espcies de poecildeos. Para comparao das histórias de vida das trs espcies, foram analisados o comprimento padro, o tamanho da primeira maturao, o peso total, o ndice gonadossomtico (IGS), o tamanho da ninhada, e a presena ou ausncia de superfetao. Com intuito de aferir as adaptaes nas caractersticas da história de vida de cada espcie de acordo com a localidade, foram separados os dados das espcies, e ento, comparadas as localidades. Alm das caractersticas citadas, analisou-se tambm a presena ou ausncia de matrotrofia. As anlises de correlao demonstraram que o tamanho da fmea influencia o peso total, o investimento reprodutivo e o tamanho da ninhada das espcies estudadas. As fmeas grvidas de P. vivipara apresentaram os maiores valores de comprimento padro, tamanho da primeira maturao, peso total, IGS e tamanho das ninhadas, entre as trs espcies. As caractersticas da história de vida de P. reticulata exibiram semelhanas ora com P. harpagos (comprimento padro, tamanho da primeira maturao e peso total), ora com P. vivipara (IGS). O tamanho das ninhadas diferiu significativamente entre as espcies. A superfetao esteve presente entre 12-15% das fmeas grvidas das trs espcies de poecildeos. A anlise das caractersticas da história de vida de P. harpagos de acordo com a localidade mostrou que o tamanho, peso, IGS e tamanho da ninhada das fmeas esto intimamente relacionados ocorrncia de outros poecildeos. As fmeas de P. vivipara tambm apresentaram variaes de IGS e tamanho da ninhada ligadas coocorrncia, contudo, no mostraram diferenas de tamanho e peso de acordo com a localidade. J P. reticulata apresentou diferena de peso, IGS e tamanho da ninhada em relao ocorrncia das outras espcies, mas de tamanho no. Observou-se, para as trs espcies, a presena concomitante de superfetao e matrotrofia, e houve indcios de que a variao dos graus de matrotrofia foi influenciada pelos diferentes padres de ocorrncia. Os poecildeos apresentaram uma variedade de padres de história de vida, os quais parecem ter sido moldados principalmente pela competio interespecfica por recursos alimentares

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A proposta dessa pesquisa desenvolver uma discusso a respeito das prticas da medicina social brasileira e suas articulaes com as formas de governo emergentes no Ocidente. Para isso, utilizamos alguns conceitos foucaultianos como ferramentas analticas que propiciam uma desnaturalizao de objetos freqentemente tomados como fim ou como causa de uma realidade, ao situ-los no conjunto de prticas que lhes so correlatas. Buscamos evidenciar os processos que fizeram da medicina social brasileira um poderoso e efetivo instrumento de gesto e controle da populao. Analisamos, por fim, os discursos em defesa da sade e da vida que caracterizaram o Movimento da Reforma Sanitria e a implementao do Sistema nico de Sade no Brasil, enquanto prticas definidoras de modos de pensar e produzir sade.

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Este trabalho tem como objetivo principal apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo compreendido entre as dcadas de 60 e 90. Iniciamos este trabalho discutindo a crise no campo da Psicologia Social que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos a partir de meados dos anos 60. No Brasil, a crise comeou a ter desdobramentos apenas na dcada de 70. Iniciava-se a crtica a Psicologia Social cognitiva norte-americana e a busca de novas teorias, metodologias e interlocutores no campo da Psicologia Social. No Rio de Janeiro, o principal representante desta perspectiva foi Aroldo Rodrigues. Sua principal opositora foi Silvia Lane. Em Minas Gerais, O Setor de Psicologia Social foi outro importante eixo de oposio. Ao longo da tese, buscamos compreender como alguns enunciados presentes nos anos 60 e 70, entre os movimentos de resistncia como o CPC da UNE, o Tropicalismo e a Teologia da Libertao, como crtica e alternativa aos ditames positivistas. Era necessria uma Psicologia Social que permitisse pensar a realidade social brasileira. As categorias universalizantes da Psicologia Social norte-americana, que pensavam o homem fora da história e da cultura, passaram a ser objeto de crtica. Como afirmamos, buscamos apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo histrico j definido anteriormente. Para isso, alm do levantamento de referncias sobre o tema fizemos entrevistas com vrios dos personagens que participaram desta mesma história, como professores, pesquisadores e alunos.

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O presente trabalho buscou fazer um levantamento histrico do Instituto Superior de Educao do Rio de Janeiro ISERJ sob o enfoque poltico-pedaggico alm de trazer conceitos e aes prticas de formao continuada dos(as) professores(as). Dentro dessa proposta, a pesquisa aborda questes relativas as Novas Tecnologias de Informao e Comunicao como uma possibilidade complementar de formao continuada dos(as) professores(as) no Colgio de Aplicao CAP-ISERJ. O estudo foi realizado a partir da metodologia de pesquisa-ao pois acredita-se que este tipo de pesquisa favorece as discusses e a produo de conhecimentos entre todos os envolvidos pesquisador(a) e participantes. Essa pesquisa propicia uma relao profunda entre as aes e as resolues de problemas num mbito coletivo, cooperativo e participativo (THIOLLENT, 1997). A pesquisa foi realizada dentro do campus de trabalho da pesquisadora o que favoreceu a interlocuo dos atores envolvidos permitindo o retorno ao meio pesquisado, no se limitando ao meio acadmico. Desta forma, foi proposto ao final do trabalho, a criao de um ambiente virtual de aprendizagem, o Campus Online, baseado nas propostas do Ensino Online (SANTOS, 2006) que difere da tradicional Educao a Distncia. A implementao do Campus Online implica em vrias questes polticas, financeiras e pedaggicas contudo motivada pelo desejo e necessidade de transformao das prticas pedaggicas.

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Esta pesquisa busca compreender a construo do percurso identitrio do Agente Comunitrio de Sade (ACS) a partir da história de vida. Os objetivos colocados neste estudo foram analisar as formas como se constituram os princpios e valores que orientam as prticas de cuidado do ACS e de construir uma narrativa que contemplasse como as contingncias e os acasos produziram os sentidos para o seu percurso identitrio. Para isto, utilizou-se a metodologia qualitativa heterognea atravs da abordagem da História de Vida e da Anlise de Contedo. A primeira - História de Vida, segundo Becker (1994) a expresso de uma forma de vida, de conhecer crenas, valores e desejos de uma populao estudada dentro do contexto da vida destes sujeitos. Para tanto, foram realizadas entrevistas com seis ACS que atuam h pelo menos dois anos no municpio do Rio de Janeiro. As entrevistas foram gravadas e, parcialmente, transcritas aps o aceite e a assinatura do termo de consentimento. Acredito que os agentes podem operar entre si diferentes modos de fazer, uma vez que afetam e sofrem afetamentos, atravessam e ao mesmo tempo so atravessados por diferentes micro redes que geram solidariedade ou individualismo, humanidade ou animosidade nas inter-relaes. Neste contexto, o estudo conclui que ainda que a maioria dos entrevistados no escolhesse a carreira de ACS, houve uma disponibilidade para aprender o ofcio e um compromisso com as atribuies definidas para o exerccio profissional. Aliado a isso, constatou-se tambm, que a insero na profisso foi uma forma de conseguir um emprego formal que garanta uma renda fixa mensal. No h o desejo de permanecer por muito tempo nesta profisso pelo desgaste fsico e emocional que fortemente sentido j no primeiro ano de trabalho. Em relao construo dos sentidos para o percurso identitrio dos ACS, os depoimentos apresentam uma identificao com as aes de ajuda e solidariedade presentes na vida dos sujeitos. E, dentre os valores ou princpios que constituram a formao de um carter ou identidade pessoal, que so determinantes para a atuao no cuidado sade das pessoas, destacam-se a sensibilidade, a escuta, o afeto, o acolhimento, a tica, a amizade e alteridade. Na discusso sobre a necessidade deste profissional ser morador da rea que vai atuar, observou-se, a partir das narrativas, que esta exigncia pode facilitar a abordagem. Contudo, a qualidade do cuidado no est diretamente relacionada a este critrio que pode gerar distanciamento e desconfiana dos outros moradores. Logo, estudos como este se justificam para que se possa reafirmar a importncia de trabalhadores do SUS, em especial, o ACS. Estes representam hoje mais de 200 mil trabalhadores da sade pblica e se espera que sejam profissionais responsveis por um cuidado em sade que respeitem as diferenas entre as pessoas, que no sobreponham a doena ao sujeito e no minimizem o sofrimento em funo do cumprimento de metas e produo de dados a serem planilhados. Lutem, acima de tudo, pela defesa de qualquer vida.

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Esta tese procura compreender o processo de incluso escolar dos alunos com deficincia intelectual a partir das suas histórias de vida e da percepo que eles tm da escola, considerando a relao entre deficincia, escola e construo do conhecimento. A pesquisa foi realizada em uma escola do campo, pertencente rede pblica estadual do municpio de Terespolis no Rio de Janeiro. Objetivo principal foi compreender o processo de incluso das pessoas com deficincia intelectual na escola regular a partir das histórias de cinco jovens inseridos na rede regular de ensino. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa norteada pelo mtodo da história de vida, segundo os pressupostos de Glat (2009), Augras (2009), Ferrarotti (1993) e outros. O referencial terico adotado no estudo pautou-se na abordagem psicossocial da deficincia, ressaltando a relao que a pessoa com deficincia estabelece com o meio social e cultural do qual faz parte. A partir das histórias de vida dos sujeitos foi possvel compreender como os jovens narram sua trajetria escolar, com destaque para as seguintes categorias: 1) trajetria escolar, 2) o papel da escola; 3) relao com os professores e as disciplinas; 4) relao com os colegas dentro e fora da escola; 5) perspectivas de futuro e transio para a vida adulta. O estudo revelou as contradies e a complexidade do processo de incluso de alunos com deficincia intelectual em escolas comuns, particularmente quando se trata da insero de jovens no segundo segmento do Ensino Fundamental e no Ensino Mdio. Percebemos que mesmo aps anos de discusses e pesquisas sobre a incluso escolar de alunos com deficincia intelectual suas trajetrias ainda so marcadas pela cultura da incapacidade e do descrdito em relao ao que esses alunos podem fazer. As polticas de incluso, embora bastante avanadas do ponto de vista de suas concepes tericas, na prtica no se traduzem na superao de prticas homogeneizadoras de ensino e organizao do espao escolar. Esperamos que esta pesquisa contribua significativamente para o contexto da educao brasileira, seja no mbito da escola comum ou da Educao Especial, de maneira que as falas que aqui foram apresentadas ecoem e signifiquem um ponto de reflexo sobre como os sistemas educacionais e ns mesmos estamos compreendendo o processo de incluso de alunos com deficincia e outras necessidades especiais na escola e na sociedade.

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Analisar a viagem que Rocha Pombo realizou aos estados do norte do Brasil como uma estratgia de legitimao no campo intelectual o horizonte do presente trabalho. Defende-se que a travessia realizada aos estados do norte do pas representou um momento excepcional na trajetria profissional do viajante, influenciando a reviso de sua escrita historiogrfica, no movimento de luta por legitimao como autor de livros de História no campo intelectual. Da viagem, o intelectual paranaense trouxe capital simblico e cultural fundamental para a escrita de seus livros de cunho histrico, consagrando-se como autoridade para falar de temas relacionados história. A viagem modificou a maneira como o intelectual paranaense passou a escrever seus livros de história, sobretudo no que tange ao lugar dos estados do dito norte do Brasil, bem como, em livros de história regional. A excurso por diferentes estados foi interpretada como uma ao reveladora de redes de sociabilidade, apoio, prestgio, no movimento construdo pelo intelectual em busca de projeo, visibilidade e distino frente aos concorrentes do campo. Se muitos foram os viajantes que percorreram o Brasil, defende-se que uma das singularidades do viajar na experincia de Rocha Pombo foi motivao em relao ampliao do mercado consumidor e leitor das obras do autor, publicadas por diferentes editores. A excurso de um autor auxilia no entendimento das tenses e competies do mercado editorial no perodo, com especial ateno ao pblico escolar. A travessia realizada por Rocha Pombo pelo Brasil afora permite vislumbrar a existncia de diferentes experincias de instruo pelo pas, evidenciando a circulao de livros didticos e de prticas e concepes de educao no perodo, para alm da esfera da capital tida como lcus intelectual e vitrine do progresso e da modernidade. A anlise do registro e da prtica da viagem em Rocha Pombo o circunscreve no movimento coletivo de diferentes sujeitos e debates acerca da necessidade de projetos de educao para o povo, na constituio de um pas que se pretendia grande, encontrando na diversidade a constituio enquanto povo e nao.

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Este trabalho tem como temtica as polticas curriculares circunscritas anlise de processos articulatrios no campo disciplinar da História. Defendo que a Teoria do Discurso de Ernesto Laclau mais potente para a compreenso de como sujeitos atuam na produo de polticas e de como seus significados so discursivamente produzidos e hegemonizados. Articulo os aportes terico-metodolgicos da Teoria do Discurso aos do Ciclo Contnuo de Produo de Polticas de Stephen Ball, retomando sua defesa de currculo como texto, mas questionando o risco de reintroduo de uma centralidade no processo de significao das polticas. De igual modo, articulo Teoria do Discurso os aportes da História das Disciplinas Escolares de Ivor Goodson, recuperando sua defesa de que significados disciplinares so negociados nos processos de hegemonizao, mas questionando o risco de essencializao dos sujeitos bem como sua subjetivao anterior articulao poltica. Com essa construo terica hbrida, defendo a concepo de currculo como poltica cultural discursiva e a delimitao de um campo discursivo disciplinar da História como campo ressignificador das polticas curriculares. Reforo os argumentos sobre as potencialidades da Teoria do Discurso a partir de analogias com a linguagem, conferindo centralidade aos conceitos imbricados de metonimizao e metaforizao e de lgica do significante. A partir de uma das ferramentas da Lingustica de Corpus, o programa Wordsmith Tools 5, submeto anlise, por um de seus instrumentos o Concord , o material emprico selecionado. Assim, identifico nas edies da Revista Brasileira de História e da Revista História Hoje publicaes da Associao Nacional de História (ANPUH); em Pareceres, Diretrizes, Orientaes e Parmetros Curriculares, dentre outros textos chancelados pelo Estado brasileiro no perodo compreendido entre os anos de 1960 e 2010; e, em seis entrevistas, a forma como nesses textos se significa conhecimento histrico, destacando a superposio de sentidos. Por fim, defendo, como nos processos de significao, sentidos se deslocam e se condensam simultaneamente, tornando hegemnica a concepo embutida na metfora de História como construo. Identifico processos de subjetivao nos quais atores sociais, defendendo a centralidade do conhecimento histrico, constituem uma identidade da História, antagonizando-se a outros que constituem uma identidade pedaggica na luta pela hegemonizao de sentidos nas polticas curriculares.

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Este trabalho visa contribuir com os estudos de História Ambiental e de Geografia ao abordar a interao entre os aspectos culturais e a natureza da Lagoa de Araruama e da Serra de Sapiatiba, localizado no Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa prope uma anlise das paisagens simblicas do municpio de So Pedro da Aldeia (RJ) por intermdio do 3 nvel da História Ambiental. Alm de caracterizar estas reas como paisagens simblicas inseridas na Regio dos Lagos numa rea de Proteo Ambiental (APA de Sapiatiba), destaca-se a importncia do capital imaterial e da história ambiental na conservao da diversidade de um pequeno fragmento de Mata Atlntica e tambm da natureza das guas em um importante trecho da maior lagoa hipersalina do mundo. Portanto, nosso objetivo neste estudo desvendar a História Ambiental da Lagoa de Araruama e da Serra de Sapiatiba no municpio de So Pedro da Aldeia (RJ), a partir da anlise da transformao da paisagem.

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A presente dissertao discute a representao do passado em A Costa dos Murmrios. Analisa-se a maneira pela qual o perodo colonial retratado na obra, investigando as estratgias utilizadas por Ldia Jorge, para conceber um registro diferenciado desse tempo histrico. A história de Portugal reavaliada criticamente, provocando uma ruptura com os padres ideologicamente estabelecidos. Verses at ento negligenciadas, passam a contribuir fortemente para um conhecimento pluralista do passado lusitano. O estudo revela a desconstruo do discurso oficial efetuada pelo romance, que relativiza as verdades propagadas pelo cnone. O trabalho verifica de que forma a narrativa de Jorge promove a articulao entre história e fico, problematizando a tradicional distino entre elas. Alm disso, procura-se identificar como o romance A Costa dos Murmrios dialoga com as inovadoras teses de Hayden White, Walter Benjamin, Linda Hutcheon, entre outras, surgidas no clima de renovao epistemolgica que se instalou a partir de meados do sculo XX

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Este trabalho pretende realizar uma história cultural ou "arqueologia" dos abrigos espritas para a infncia no Brasil, construdos como verdadeiros"monumentos" da f esprita, cuja materializao comea a ocorrer na segunda dcada do sculo XX, a partir de algumas iniciativas ou instituies que se tornaram pioneiras, tais como o Abrigo Thereza de Jesus, fundado em 1919 na cidade do Rio de Janeiro. Inspirados no lema "Fora da caridade no h salvao", um dos pilares do aspecto religioso do Espiritismo, os espritas entram na milenar história das prticas de proteo infncia apenas na Idade Moderna. A doutrina esprita,procurando estabelecer, desde o seu "nascimento", a aliana entre Cincia e Religio, acaba adquirindo a feio de uma "religio moderna", reinveno da tradio crist em tempos de racionalismo e cientificismo. Entretanto, apesar da nfase doutrinria no exerccio da caridade individual e silenciosa como fundamento para a evoluo espiritual, o movimento esprita acaba ampliando este sentido inicial presente nas obras de Allan Kardec, publicadas em Paris entre 1857 e 1869, tendo incorporado ou se apropriado de representaes e prticas de caridade que foram desenvolvidas histrica e culturalmente dentro da tradio crist mais antiga.

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Este texto resultado de encontros. Encontros de sala de aula, encontros de História, encontros de debate, encontros de vidas. Estes encontros produziram novos fios que foram tecendo-se juntos e unindo-se a uma rede que associava questes acerca do cotidiano escolar, do ensino de História, da formao do professor, da escola noturna e da pesquisa em sala de aula. Desejava-se compreender se a escola um espaotempo de pesquisa e se os estudantes so estudantes-pesquisadores e os docentes, professores-pesquisadores. Ao final da pesquisa realizada em uma escola noturna da rede estadual do Rio de Janeiro, pudemos compartilhar experincias vividas no cotidiano de seus praticantes e discutir se a escola proporciona aes de pesquisa entre os estudantes e se a mesma busca desenvolver atividades que partam dos interesses do grupo discente. A escola um lugar de pesquisa e ns somos estudantes-pesquisadores e professores-pesquisadores mesmo que, muitas vezes, a escola, da forma como est organizada e sofrendo presses internas e externas diversas, como, por exemplo, a falha formao de professores e as polticas pblicas de ensino, negligencie os interesses dos estudantes e que os mesmos no consigam reconhecer-se enquanto condutores de seu processo de aprendizagem, estudantes e professores pesquisadores. a experincia da pesquisa, de atividades que estimulem o estudante a fazer escolhas, buscar informaes, analis-las, critic-las, organizar o seu pensamento, apropriar-se dos conhecimentos reunidos e colocar-se diante da sociedade, modificando-se, que formar os cidados crticos que a escola e o ensino de História devem auxiliar a form

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Esta dissertao apresenta uma narrativa sobre o Setor de Psicologia Social da Universidade Federal de Minas Gerais, pretendendo resgatar a constituio do ensino da Psicologia Social nesta Universidade e o seu desenvolvimento como teoria e prtica profissional. Este estudo enfocar o perodo de 1964, incio do Setor, at o ano de 1992, data em que foi aprovado o Mestrado em Psicologia na UFMG, momento em que vrios integrantes do Setor mudaram para outros Departamentos ou Universidades, compreendendo-se assim, como momento final do grupo. Este trabalho, utiliza-se da metodologia histrica, a partir de anlise de documentos e entrevistas, visando a compreenso das condies da emergncia do grupo, o desenvolvimento de suas atividades prticas e tericas, seu percurso e os motivos pelos quais este grupo no permaneceu.