67 resultados para Brasil política e governo 1964-1985


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A democracia e o socialismo foram dois eixos que nortearam a fundao do Partido dos Trabalhadores durante o processo de redemocratizao. Nesse sentido, o interesse investigar os sentidos atribudos aos conceitos de democracia e socialismo nos discursos presidenciais de Luis Incio Lula da Silva durante o primeiro mandato (2003-2006). Desse modo, o objetivo analisar como o projeto petista e o seu principal protagonista dialogam com esse passado que se constitui como identidade do partido ao chegar ao poder tendo em vista a crescente moderao dos discursos, abandono progressivo de uma postura anticapitalista e enfraquecimento do vnculo com os movimentos sociais ao longo dos anos 90.Por outro lado, este trabalho pretende abordar as regularidades e objetos discursivos, dentro dos pronunciamentos de Lula, que consolidam o projeto petista como de integrao nacional, um discurso de refundao da nao. Sendo assim, verificar qual a imagem construda dessa entidade social, as associaes identitrias utilizadas e a ideia dos males da nao no discurso do presidente que se fundam no olhar presente, em um arqutipo de mudana por meio da utilizao constante da expresso: "Nunca antes na Histria desse pas".

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Este trabalho tem por objetivo estudar, tendo como objeto a Comisso de Melhoramentos da Cidade do Rio de Janeiro, a construo do discurso da higiene e urbanizao que se delineou no Rio de Janeiro a partir da epidemia de 1849 e construiu ao longo do sculo XIX um discurso de cidade civilizada e moderna a partir de planos de melhoramentos urbanos e sanitrios, em um movimento liderado por engenheiros e sanitaristas, em sua maioria, ligados ao poder pblico, discurso este que ir se materializar, efetivamente, no incio do sculo XX com o Prefeito Francisco Pereira Passos.

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O presente estudo tem como objetivo analisar como as políticas neoliberais de desestruturao do Estado e da economia, implementadas no Brasil na dcada de noventa, afetaram as perspectivas de futuro dos jovens de baixa renda no Brasil, e em que medida as políticas do governo Lula, que buscam recuperar o Estado e a economia, alteraram esta realidade. O estudo parte de uma compreenso da juventude enquanto um tempo de construo de identidades e de definio de projetos de futuro, e de que a elaborao de um projeto de futuro se d dentro de um campo de possibilidades, o qual se relaciona diretamente com o tempo histrico e cultura coletiva em que o sujeito se insere. O desenvolvimento terico-metodolgico do estudo compe-se de levantamento bibliogrfico, anlise textual, e historicizao do objeto, atravs dos quais se busca destruir a pseudoconcreticidade do fenmeno observado, e conhecer sua autntica objetividade. O primeiro captulo versa sobre a doutrina neoliberal, sua origem, ascenso e efeitos, principalmente sobre o mundo do trabalho. O segundo captulo relata a adeso brasileira ao projeto neoliberal nos anos noventa, que tem lugar com a eleio de Fernando Henrique Cardoso, e suas conseqncias para a juventude. O terceiro captulo analisa o governo Lula, suas rupturas e continuidades com relao ao governo anterior, a inscrio da temtica da juventude como alvo de políticas pblicas e o estabelecimento de políticas de emprego, trabalho e renda para os jovens.

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Esta dissertao tem como objetivo mostrar a evoluo do pleito brasileiro por um assento permanente no Conselho de Segurana da Organizao das Naes Unidas ao longo dos governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) e Luiz Incio Lula da Silva (2003 a 2010). Em ambos os perodos, os argumentos apresentados pela diplomacia brasileira se baseiam parcialmente em princpios que, tradicionalmente, marcam e norteiam a política externa brasileira. Este pleito foi retomado pela diplomacia brasileira no incio da dcada de 1990. Mas as gestes realizadas em funo da busca pelo assento permanente no se do da mesma maneira nos governos dos dois presidentes nos quais esta dissertao se concentra. As mudanas que so observadas ao longo destes 16 anos esto associadas a alteraes nas linhas gerais da política externa brasileira. Essas alteraes permitem que se observe a uma atuao mais cautelosa no governo Cardoso e aes mais ousadas no governo Lula.

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O presente trabalho apresenta como objetivo analisar, por meio de uma viso comparativa de histria, as transformaes políticas ocorridas no Rio de Janeiro e em Buenos Aires, a partir de 1808, que modificaram por completo o antigo mundo ibrico, trazendo consigo o processo de emancipao política para as regies em estudo. Por conseguinte, tais mudanas possibilitaram ainda a elaborao de projetos constitucionais para legitimar tais processos, que culminaram em 1824, com a Constituio Outorgada no Rio de Janeiro, sede do Imprio do Brasil, e com o Projeto Constitucional de Buenos Aires, que foi a base da constituio argentina anos depois. Na realizao desse estudo, priorizaram-se como fontes os projetos constitucionais de 1813 at 1824, alm de leis e decretos, que englobam o mesmo perodo, e de peridicos, tendo como destaque a Gazeta de Buenos Aires. No caso das fontes para o processo constitucional estabelecido no Rio de Janeiro, a nfase foi dada aos debates da Assembleia de 1823, e seu projeto constitucional, a Constituio de 1824, alm de peridicos, como Revrbero Constitucional Fluminense e o Sentinella da Liberdade na Guarita de Pernambuco. Frente s questes poltico-sociais procurou-se estudar a trajetria política e de vida de dois fundamentais personagens na construo da política nacional das regies em questo. Mariano Moreno e Antonio Carlos R. Andrada Machado Silva e Arajo que se apresentaram como principais agentes para a discusso constitucional. Por fim, buscou-se compreender que as questes que permitiram a elaborao de uma monarquia constitucional e de uma repblica para as sociedades em tela, apesar de destoarem frente aos respectivos projetos, mantiveram o status quo em suas sociedades.

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A Ditadura Militar brasileira desperta o interesse dos pesquisadores porque ainda alvo de disputas das memrias sobre o perodo. As fontes usadas nesta pesquisa foram principalmente documentos encontrados no APERJ (Arquivo Pblico do Estado do Rio de Janeiro) e no site do Grupo Tortura Nunca Mais / Rio e entrevistas. O principal conceito norteador dessa pesquisa o conceito de memria, usado na tica de Pollak, Jacques Le Goff e Paul Ricouer. A mesma trabalha em conjunto com a Histria Política e com a Histria Oral. Diferentes memrias foram confrontadas para analisar o perodo da ditadura.

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O objetivo do presente trabalho analisar as propostas políticas, identitrias e pedaggicas orfenicas de Villa-Lobos no Instituto de Educao do Rio de Janeiro, no perodo da Era Vargas. O corpus documental mobilizado neste estudo constitudo por correspondncias, relatrios, hinrios, cancioneiros, manuais pedaggicos e artigos de peridicos da poca em questo. Esses documentos so articulados com trs entrevistas, realizadas com professoras de msica, ex-alunas da instituio. Nessa perspectiva, buscou-se entender como se deu a aproximao do projeto musical-pedaggico villalobiano com as ideias do Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova, de 1932, que trabalharam no Instituto, a saber: Ansio Teixeira, Afranio Peixoto e Fernando de Azevedo. Coloca-se em baila o repertrio pedaggico villalobiano e suas conexes com as ideologias fomentadas pelo governo do Getlio Vargas, por meio das canes escolares, patriticas, militares, de ofcio e folclricas. Dedica-se tambm compreenso das relaes do Maestro com os outros docentes da disciplina Msica e Canto Orfenico do Instituto de Educao: o compositor nacionalista Oscar Lorenzo Fernandez, o pianista Jos Vieira Brando e catedrtica Ceio de Barros Barreto. Por meio desta investigao foi possvel entender que a consolidao do Canto Orfenico na escola da ento capital da Repblica deu-se por sua consonncia com o iderio dos pioneiros escolanovistas, que defendiam o acesso educao para todos, e com os educadores musicais nacionalistas, professores que trabalhavam motivados pelo desejo de construir uma identidade musical verdadeiramente brasileira

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A presente dissertao busca analisar as memrias do grupo de ex-militantes polticos sobre suas vivncias durante o crcere no Presdio da Ilha das Flores e o exlio no Chile. O objetivo central contribuir para as reflexes sobre a cultura política brasileira. Assim, as vertentes historiogrficas de Histria Política e Histria Cultural se fundem, proporcionando a anlise d essas memrias relatadas. A utilizao de fontes orais segue a metodologia de Histria Oral, discutindo a formao da identidade coletiva, da memria e da amizade que permeia o grupo. Alm disso, so abordadas as aes dos ex-prisioneiros polticos dentro do espao do presdio, no que se refere sobrevivncia aos maus-tratos e s denncias. Tambm so analisados os momentos que precederam a partida do grupo para o exlio no Chile, proveniente da troca pelo Embaixador suo seqestrado em 1970. Sobre o exlio chileno, so observadas as vivncias, as rupturas e redefinies relacionadas identidade e suas representaes poltico-culturais, as dificuldades de adaptao no espao distinto, a consolidao do Partido da Ilha das Flores e da amizade entre os exilados, as atividades desenvolvidas no exlio chileno, contrariando a viso de que o exlio era o momento do desbunde poltico dos militantes, o reflexo da cultura política adquirida no crcere pelo conjunto de militantes e a separao dos membros, em 1973, com a institucionalizao do regime militar no Chile.

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A presente dissertao demonstra as mudanas introduzidas na formulao de política externa para a Amaznia com a entrada de novos atores com interesses variados na rea. Ao longo do texto mostrado como a diversidade de atores que participa desse processo mostra-se diferenciada com relao ao de outras regies do Brasil. A dissertao tem como objetivo ampliar o debate acerca do papel de atores no-tradicionais nessa rea de estudos, inserindo-os em uma corrente de pensamento que olha a política externa tanto a partir de seus constrangimentos internos quanto pelo vis das foras profundas que atuam no cenrio internacional. A importncia desse estudo para as pesquisas envolvendo a Amaznia deve-se, principalmente, em funo da rea possuir uma variedade de atores com carter domstico, internacional ou transnacional que atuam atravs de lobbies e redes políticas na tentativa de influenciar as políticas domsticas e externas para o espao. Apresenta ento a discusso do surgimento das principais preocupaes da política externa no que tange o espao brasileiro da floresta em decorrncia da maior ateno verificada na arena internacional com o meio ambiente, o que traz mudanas políticas importantes durante o perodo autoritrio (1964-1985). Como consequncia da redemocratizao (1985-2002) e do aumento dos fluxos intra e interpases, o espao amaznico devido a suas riquezas potenciais voltou ao cerne dos debates de meio ambiente, o que teve impactos diretos no rearranjo poltico domstico. Mais atores passaram a atuar na discusso pblica sobre a floresta o que gerou novas formas de promoo da política externa do pas nesse campo por meio de grupos e novas condutas na sua histria diplomtica, porm em acordo com seu principal formulador de política externa: o Itamaraty.

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A vitria do Partido dos Trabalhadores nas eleies de 2002 proporcionou a ascenso de Lula presidncia da repblica e criou expectativas de mudanas significativas em grande parte da populao brasileira. Os doze anos seguidos de governos de tendncia neoliberal haviam causado o agravamento dos problemas sociais, a sujeio da economia brasileira aos interesses do capital financeiro internacional e uma política externa, em boa parte, atrelada aos interesses norte-americanos. A política nuclear, nesse perodo, representou um bom exemplo dessa submisso. No governo Lula houve a pretenso de se estabelecer um projeto que promovesse uma maior insero do Brasil num sistema internacional em transformao, com o fim da Guerra Fria e o aparente declnio do poder norte-americano. Apesar da linha de continuidade com o governo anterior observada na política econmica de Lula, a política externa pareceu caminhar em outro sentido, mais independente e assertiva que a de Cardoso. Nesse contexto, de acordo com os formuladores da política do governo brasileiro, o uso da energia nuclear teria um importante papel a desenvolver. O pas, como detentor da tecnologia de enriquecimento de urnio por ultracentrifugao, procurou utiliz-la como um instrumento para a sua ascenso no cenrio mundial. Esta pesquisa pretende estudar as relaes existentes entre a política externa brasileira e a retomada do programa nuclear na consecuo desse projeto, assim como os seus limites numa ordem mundial em mutao, onde a energia nuclear permanecer como um importante instrumento de poder.

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Os direitos humanos consolidaram um conjunto de valores tico-polticos considerados fundamentais para assegurar o respeito dignidade do ser humano. A problemtica do desenvolvimento fundamental para as consideraes de política externa de pases como o Brasil. A consagrao do Direito ao Desenvolvimento (DaD) como um direito humano desafia a diviso artificial dos direitos humanos e revela a evoluo temtica deste campo de estudo. Essa dissertao usa o instrumental dos direitos humanos para avaliar a relevncia e a singularidade de algumas posies brasileiras. Aps uma dissonncia observada nos anos 1970, reflexo do ciclo autoritrio por que passava o pas, verificou-se postura cooperativa do Brasil nas proposies que versavam sobre o DaD. No mesmo sentido, observou-se que, conquanto no seja conceito recorrente no discurso oficial brasileiro, as posies do pas, no que dizem respeito ao modelo de desenvolvimento defendido e aos direitos humanos, autorizam a inferncia de que h uma harmonia em relao aos princpios fundamentais dispostos na Declarao sobre o DaD, de 1986. Da anlise das posies brasileiras, tornou-se possvel particularizar a política externa do governo Lula. Do levantamento das variveis internas e externas que exercem influncia sobre a formulao política do governo, bem como das iniciativas pblicas e dos discursos oficiais, encontramos alguma evidncia emprica no sentido de que a política externa brasileira para os direitos humanos, na administrao de Luiz Incio Lula da Silva, passa por um vis de promoo do desenvolvimento e de crtica ordem internacional. A política se singulariza por incorporar uma dimenso de valores crtica. Com isso, harmoniza-se com as posies defendidas pelo pas nos plenrios internacionais, onde o tema do DaD tem sido objeto de debate.

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Este trabalho tem por objetivo analisar a experincia política dos Conselhos Governo-Comunidade durante o governo Saturnino Braga frente da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1986 e 1988. Criados no interior das trinta Regies Administrativas espalhadas pelo territrio do municpio, os CGCs, como tambm ficaram conhecidos na poca, tinham a funo de fazer a interlocuo entre as reivindicaes e demandas das comunidades cariocas com o poder pblico municipal. O projeto dos CGCs procurou atender a uma antiga reivindicao do movimento comunitrio: o desejo de participar ativamente nos processos decisrios de interveno da prefeitura nos bairros e favelas cariocas. Constitudos por membros das associaes de moradores de bairros, associaes de favelas, associaes comerciais e de indstrias, alm de contar com a participao dos agentes pblicos da prefeitura, os CGCs, atravs da descentralizao política e administrativa, permitiram que as comunidades cariocas pudessem indicar e fiscalizar as obras que a prefeitura realizaria em suas localidades. Ao estabelecer a participao comunitria no processo de interveno nos bairros e favelas cariocas como base de sua política, o governo Saturnino Braga, por meio dos conselhos, objetivou o fortalecimento do poder local em detrimento das prticas clientelsticas na cidade do Rio de Janeiro, principalmente ao no permitir a troca de obras por votos para deputados e vereadores. Com crticas ao populismo, os CGCs foram uma aposta da prefeitura do Rio e do governo Saturnino Braga para uma nova forma de se fazer política na cidade.

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O arco geogrfico de atuao internacional de um pas se delimita a partir das linhas de ao traadas pela política externa. No caso brasileiro, o continente africano percebido pelo pensamento diplomtico como espao privilegiado para a presena internacional do Brasil, em vista dos laos histricos e culturais, alm de complementaridades econmicas e políticas. Essa percepo apresentou oscilaes ao longo dos anos, nas relaes Brasil-frica, em uma dinmica de maior aproximao ou afastamento, em vista de conjunturas internacionais e domsticas de ambos os lados. Nos ltimos anos, ao longo do governo de Lula da Silva no Brasil, esse movimento convergiu para o estreitamento de laos e estabelecimento de parcerias e acordos de cooperao diversos. A compreenso desse processo, bem como de seus desdobramentos iniciais, o que se pretende tratar na dissertao ora apresentada. Ao arguir acerca da relevncia das relaes diplomticas do Brasil com pases africanos, a presente dissertao baseou-se em levantamento de dados de comrcio exterior, anlise de discurso diplomtico, leitura de reflexes de especialistas e acompanhamento dos desdobramentos suscitados pela valorizao do continente africano para a política externa brasileira. A pesquisa efetuada encaminhou-se para o levantamento da hiptese acerca da assertividade e pragmatismo da política africana de Lula da Silva, em vista de seus resultados e vnculos com o interesse nacional.

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A Revoluo Cubana foi o evento mais importante das relaes interamericanas no sculo XX. Ela foi responsvel pela quebra da homogeneidade da sociedade americana, introduzindo, no continente, tenses tpicas da Guerra Fria. O processo revolucionrio cubano obrigou aos Estados Unidos a rever a sua política para a Amrica Latina que, entre as dcadas de 1940 e 1950, tratava o subcontinente como uma rea secundria. A Revoluo nas Carabas teve impactos diretos tambm na formulao da política externa brasileira. Durante o governo Juscelino Kubitschek, a Operao Pan-Americana previa um plano de integrao com o objetivo de eliminar o subdesenvolvimento. O rechao da iniciativa por parte do governo cubano, foi um dos fatos determinantes para o abandono da Operao. A administrao subseqente, do presidente Jnio Quadros, foi responsvel por uma profunda reformulao na diplomacia do Brasil. A Política Externa Independente previa a defesa da autodeterminao dos povos e no-interveno em assuntos internos que, aplicados ao caso cubano, foram encarados por setores conservadores como apoio a um regime socialista. A condecorao do lder revolucionrio Ernesto Che Guevara e a oposio aos princpios da Política Externa Independente (PEI) foram fatores que culminaram na renncia do presidente brasileiro.

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Políticas pblicas so estruturadas com a finalidade de ser uma resposta dada pelo poder pblico para as diversas demandas, problemas e tenses geradas na sociedade. Devem ter magnitude e relevncia social, bem como possuir poder de barganha suficiente para fazer parte da agenda de prioridades de um determinado rgo fomentador de políticas. Desta forma, uma política constituda pelo seu propsito, diretrizes e definio de responsabilidades das esferas de Governo e dos rgos envolvidos. Assim, a política de medicamentos brasileira, inserida na Política de Sade, constitui um dos elementos fundamentais para a implementao de aes capazes de promover melhoria nas condies de sade. Preconiza a garantia da disponibilidade, do acesso e do uso racional de medicamentos por todos os setores da populao, conforme seu perfil de morbimortalidade. Nessa perspectiva, o presente trabalho pretendeu fazer uma anlise da Política Nacional de Medicamentos (PNM) para compreender os dados encontrados. Com base na abordagem qualitativa, levando em considerao o que explicita o documento fundador da PNM, alm de uma reviso da literatura foram feitos o mapeamento e a anlise dos referidos dados, gerando categorias (contexto, contedo e processos envolvidos). Este estudo permitiu concluir que a PNM no abrange muitos dos problemas relacionados ao uso do medicamento, como tambm no conseguiu ferramentas suficientes para dar todas as respostas governamentais necessrias para muitos dos problemas por ela levantados ou at mesmo daqueles existentes e que no foram por ela contemplados. Os governos, tanto o que a formulou quanto os que o sucederam, avanaram em suas diretrizes ou continuam envidando esforos para tal, no sentido de contribuir para a efetivao do direito assistncia teraputica integral.