263 resultados para Bainha de mielina Doenças - Teses


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A utilizao de biomarcadores cardioespecficos vem sendo recomendado como ferramenta til na monitorao e identificao precoce de leso cardaca, em decorrncia do potencial de cardiotoxicidade da teraputica oncologica. O objetivo do presente estudo foi avaliar o nvel plasmtico do peptdeo natriurtico do tipo B (BNP) e da expresso gnica do BNP e outros genes relacionados a sua sntese, a interleucina-6 (IL-6), fator β1 de transformao de crescimento (TGF-β1) e procolgeno tipo I, mediante a associao dos agentes antineoplsicos docetaxel e ciclofosfamida (TC) e da radiao ionizante (IR) no corao de ratas Wistar, 2 meses aps o trmino do tratamento. Para isso, Ratas Wistar (3-4 meses, n=7) foram irradiadas no corao com dose nica de 20Gy, em um campo ntero-posterior de 2x2cm2, em acelerador linear com feixe de energia nominal de 6 MeV; outras (n=7) foram tratadas (4 ciclos, com 7 dias de intervalo) com docetaxel (12,5 mg/Kg) e ciclofosfamida (50 mg/Kg) e irradiadas aps 7 dias do tratamento quimioterpico. Como controle (n=7), animais no irradiados e no tratados com quimioterpicos. Aps 2 meses do fim do tratamento, a eutansia dos animais foi realizada. Amostras de plasma e tecido cardaco, ventrculo esquerdo (VE), foram coletadas. Por ensaio ELISA foi quantificada a concentrao plasmtica de BNP; parte do tecido cardaco foi fixado, includo em parafina e cortado em micrtomo, para assinalar a presena de BNP no VE, avaliao qualitativa, pela tcnica de imunohistoqumica (IHQ); e a outra parte para a tcnica RT-qPCR, onde foram avaliados a expresso relativa de mRNA dos genes do BNP, IL-6, TGF-β1 e procolgeno tipo I. Na IHQ o grupo controle apresentou uma marcao pontual, enquanto que os grupos tratados apresentaram uma marcao mais difusa, sendo que o grupo TC+IR foi o que apresentou maior disperso na marcao do BNP no tecido cardaco. Embora no tenha sido observado no ensaio ELISA uma diferena significativa entre as concentraes plasmticas de BNP dos grupos tratados em relao ao controle, nota-se uma tendncia de aumento no grupo TC+IR. Na analise por RT-qPCR, a expresso relativa de BNP foi similar ao apresentado no ELISA. O grupo TC+IR foi o grupo que apresentou maior expresso gnica de BNP, porm a diferena no significativa em relao ao controle. A nica anlise em que se obteve diferena na expresso gnica em relao ao controle foi a do gene IL-6 que apresentou expresso reduzida. Todos os demais genes analisados por RT-qPCR apresentaram uma expresso similar ao controle. Assim, os resultados obtidos sugerem que o BNP no se apresentou como um bom biomarcador cardioespecfico para identificao precoce de leso cardaca, no perodo a qual foi avaliado. As ratas Wistar, 2 meses aps a submisso do tratamento, no apresentaram um resultado diferenciado em relao ao controle, nos genes TGF-β1 e procolgeno tipo I, sugerindo ausncia de um quadro de remodelamento cardaco. Entretanto, apresentou reduo significativa do gene IL-6, no grupo TC+IR, propondo ao anti-inflamatria do BNP, que no mesmo grupo, apresentou uma tendncia de aumento em sua expresso gnica.

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A doena de Parkinson (DP) a segunda doena neurodegenerativa mais frequente no mundo, afetando 1-2% da populao acima de 65 anos, caracterizada clinicamente por tremor em repouso, bradicinesia, instabilidade postural e rigidez muscular. Essas manifestaes surgem devido degenerao neuronal progressiva e presena de incluses proteicas ricas em &#945;-sinuclena. A DP decorrente da interao entre fatores ambientais e genticos, e entre os fatores genticos, variantes exnicas de transmisso dominante nos genes LRRK2 (leucine-rich repeat kinase 2), VPS35 (vacuolar protein sorting 35) e EIF4G1 (eukaryotic translation initiation factor 4-gamma 1) tm sido associadas etiologia da doena. Entretanto, estudos sobre o efeito dessas variantes na populao brasileira so raros ou inexistentes. Por essa razo, neste trabalho rastreamos mutaes nos genes VPS35 (p.D620N; p.R524W), EIF4G1 (p.R1205H; p.A502V) e LRRK2 (p.G2019S) em uma amostra de 582 pacientes brasileiros com DP no aparentados e 329 indivduos controles saudveis. Alm disso, conduzimos o primeiro estudo caso-controle para anlise de variantes exnicas raras (p.Q1111H, p.T1410M, p.M1646T, p.S1761R, p.Y2189C) e comuns (p.N551K, p.R1398H, p.K1423K) no gene LRRK2 em um subgrupo de 329 pacientes brasileiros com DP, no aparentados, naturais da regio sudeste. Esse subgrupo foi analisado e comparado com 222 indivduos controles saudveis a fim de verificar associaes dessas variantes e a DP. Em relao s mutaes dos genes VPS35 e EIF4G1, no foram encontradas alteraes nos pacientes com DP. A mutao p.G2019S no gene LRRK2 foi encontrada em 15 probandos (2,6%), dos quais 9 so do sexo feminino (64,3%). O tremor em repouso foi observado em 47,36% dos pacientes com a mutao p.G2019S como primeiro sintoma motor. As anlises das variantes raras no gene LRRK2 no revelaram qualquer associao estatisticamente significante. Entre as variantes comuns, a p.K1423K mostrou evidncia de associao de risco com a DP (p<0,05) na estratificao contendo o grupo de indivduos com histria familiar da doena e para as variantes p.N551K e p.R1398H no foram observadas associaes. A anlise do hapltipo p.N551K-p.R1398H-p.K1423K revelou associao de proteo na amostra sudeste e na estratificao Rio de Janeiro (p<0,05). Esse hapltipo no est em desequilbrio de ligao na amostra de 222 indivduos controles brasileiros analisados (r2&#8804;45). Os resultados obtidos neste estudo representam contribuies valiosas ao entendimento da relao entre as variantes genticas estudadas e o risco de desenvolvimento da doena de Parkinson, principalmente no que se refere aos endofentipos associados.

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Os mecanismos celulares envolvidos na hiperplasia prosttica benigna (HPB) no so bem compreendidos e pouco se sabe sobre como os proteoglicanos esto relacionados com esta condio. Neste estudo foi avaliada a expresso de proteoglicanos de superfcie celular e do estroma na HPB. As amostras de prstata com HPB foram colhidas de pacientes submetidos prostatectomia aberta e resseco transuretral da prstata (RTUP), enquanto as amostras do grupo controle consistiram na zona de transio de prstatas normais de adultos jovens. Foram usados anticorpos primrios anti-sindecan-1, anti-biglican e anti-decorin. A imunomarcao foi avaliada determinando-se a rea relativa marcada pelo anticorpo, ou usando-se um escore atribudo intensidade da colorao. Os resultados mostraram que, no grupo controle, a expresso do sindecan-1 foi mnima ou nula. Na HPB, no entanto, a imunomarcao deste proteoglicano foi intensa e localizada principalmente nas clulas basais do cino prosttico e com menor intensidade na superfcie basolateral das clulas secretoras. Como no houve diferena entre as amostras obtidas atravs da prostatectomia aberta e da RTUP, esses grupos foram combinados em um nico grupo HPB. A rea marcada pelo anticorpo anti-sindecan-1 no epitlio das amostras de HPB foi nove vezes maior do que na prstata normal (p<0,001), e no houve correlaes significativas entre a marcao do sindecan-1naHPB e o volume da prstata, o PSA ou a idade do paciente. Quanto ao biglican e ao decorin, a marcao foi exclusivamente no estroma, tanto no grupo controle quanto no grupo HPB, e no houve diferena significativa na extenso e intensidade da colorao entre estes dois grupos. Em concluso, a imunomarcao do sindecan-1 na HPB intensa e est localizada no epitlio glandular exclusivamente, mas a intensidade no se correlaciona com o tamanho da prstata ou PSA. A expresso do decorin e do biglican, no entanto, no foi alterada na HPB.

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A endometriose uma doena benigna que causa dor e infertilidade. As disfunes sexuais so frequentes, especialmente a dispareunia de profundidade, interferindo na qualidade de vida e particularmente na vida conjugal dessas pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a satisfao sexual de pacientes com endometriose infiltrativa profunda. Foram analisadas cinquenta e sete pacientes com diagnstico de endometriose infiltrativa profunda acompanhadas no Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) de julho de 2010 a dezembro de 2011. O grupo controle incluiu 38 pacientes saudveis do ambulatrio de planejamento familiar do HUPE. Foi aplicado o Female Sexual Function Index (FSFI), questionrio validado para avaliao funcional da atividade sexual. Em relao ao resultados no houve diferena estatisticamente significativa no escore total do FSFI entre os dois grupos. No domnio dor, as pacientes com endometriose apresentaram escores significativamente menores, ou seja, maior intensidade de dor, do que o grupo controle. O resultado deste estudo sugere que as pacientes com endometriose apresentam um comprometimento do domnio dor, sem prejuzo potencial da funo sexual global.

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O termo limitao ao fluxo expiratrio (LFE) refere-se a uma condio na qual o fluxo expiratrio mximo obtido durante um ciclo da respirao espontnea menor que o previsto e permanece constante apesar do aumento do gradiente pressrico. A LFE pode estar presente durante o envelhecimento pulmonar fisiolgico, e em afeces pulmonares obstrutivas, como na doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC). A aferio direta para determinar a LFE requer a mensurao do volume pela relao entre o fluxo e a presso transpulmonar, porm um mtodo invasivo. Os testes usualmente empregados esto baseados na comparao da curva fluxo-volume expiratrio mximo e corrente, porm estas tcnicas requerem alto grau de colaborao do indivduo e podem gerar alterao do tnus muscular brnquico. Estudos sugerem que a Tcnica de Presso Expiratria Negativa (NEP) pode ser aplicada para deteco da LFE, sendo um mtodo simples, no invasivo e que no requer esforo dos voluntrios. Contudo, ndices quantitativos para a avaliao deste fenmeno ainda no foram definidos, assim como tambm no foram estudadas a LFE no processo de envelhecimento e nos diversos estgios de obstruo das vias areas na DPOC. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar o comportamento da LFE durante o processo de envelhecimento e (2) estudar a LFE presente nos portadores de DPOC. Trata-se de um estudo transversal controlado com avaliao de casos prevalentes, tendo como unidade de avaliao o indivduo. Os exames realizados incluram medidas de espirometria e NEP. Foram selecionados indivduos saudveis para o grupo envelhecimento separados em trs grupos: grupo jovem (GJ), n=17; grupo meia idade (GMI), n=17 e grupo idoso (GI), n=17. No grupo DPOC foram selecionados indivduos tabagistas e com doena obstrutiva, sendo classificados de acordo com o nvel de obstruo sugerido pela espirometria. Essa classificao resultou em cinco categorias: indivduos normais ao exame espiromtrico (NE, n= 18); com distrbio ventilatrio obstrutivo leve (DVOL, n=15); distrbio ventilatrio obstrutivo moderado (DVOM, n= 18); distrbio ventilatrio obstrutivo acentuado (DVOA, n= 18) e distrbio ventilatrio obstrutivo muito acentuado (DVOMA, n= 18). Todos os indivduos realizaram os exames de NEP e posteriormente foram submetidos espirometria. No estudo sobre envelhecimento o parmetro LFE% foi o que melhor caracterizou a LFE, apresentando uma correlao moderada com a idade. Os parmetros &#8710;EF0-50% e &#8710;EF25-75% apresentaram uma correlao razovel com o progredir da idade, possivelmente devido a LFE no idoso apresentar componentes relacionadas s vias areas superiores. No grupo DPOC a NEP caracterizou adequadamente a LFE, sendo o melhor parmetro a LFE%. Alteraes significativas tambm foram encontradas com os parmetros &#8710;EF0-50% e &#8710;EF25-75%. Avaliando-se a influncia da idade neste grupo, pode-se observar que a idade um fator de contribui para a LFE, no entanto, o efeito preponderante foi a gravidade da doena. Pode-se concluir que: (1) a NEP til no estudo da LFE em idosos saudveis; (2) nestes indivduos a LFE ocorre principalmente nas vias areas extratorcicas; (3) que a NEP til na avaliao de pacientes com DPOC, e: (4) que os efeitos da DPOC se sobrepe ao efeito do envelhecimento.

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Apesar de significativos avanos obtidos no estudo da esquistossomose mansnica, as relaes existentes entre esquistossomose e m-nutrio ainda no se acham completamente esclarecidas. Sendo a fase de lactao um perodo de vida de extrema importncia para o indivduo, alteraes metablicas na gestante podem afetar diretamente o desenvolvimento do feto sugerindo uma programao (imprinting) no metabolismo deste indivduo em resposta adaptativa aos fatores ambientais encontrados em perodos iniciais de desenvolvimento. Este trabalho teve como objetivo avaliar as caractersticas do bao na fase aguda da infeco esquistossomtica de camundongos programados metabolicamente por restrio calrica e restrio protica. Os baos dos animais eutanasiados na 9 semana de infeco foram submetidos a cortes histolgicos (5m) e corados com hematoxilina-eosina. Foi realizada avaliao histopatolgica, anlise morfomtrica e estereologia. A anlise estatstica foi realizada utilizando-se o programa Graph Pad Instat. Foi observada desorganizao estrutural da polpa branca e da polpa vermelha nos grupos programados, independente da presena de infeco. Animais infectados apresentaram hiperplasia e hipertrofia da polpa branca e maior quantidade de pigmentos dispersos no tecido esplnico, bem como a presena de eosinfilos no interior de estruturas vasculares. A polpa branca dos grupos infectados tanto de restrio calrica quanto de restrio protica apresentaram medidas morfomtricas maiores quando comparados aos grupos no infectados. Os resultados estereolgicos mostraram que o grupo de restrio calrica infectado apresentou menor densidade de volume de polpa vermelha, enquanto no houve diferenas significativas na densidade de volume de polpa branca. Megacaricitos foram vistos em maior quantidade nos grupos infectados, com nfase no grupo de restrio protica. Estes dados sugerem que a programao pela desnutrio materna na lactao e a infeco esquistossomtica provocam desorganizao do tecido esplnico.

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A constipao intestinal e a disfuno do trato urinrio inferior so condies associadas e bastante prevalentes na infncia e adolescncia. Existem mltiplas teorias para explicar essa associao, como: o efeito mecnico do reto cheio sobre a parede e o colo vesical; estimulo de reflexos sacrais a partir do reto distendido, e mais recentemente, a associao entre a bexiga e o reto no sistema nervoso central. Muitas destas crianas e adolescentes apresentam constipao refratria. Esse fato chama a ateno para a possibilidade de existncia de uma desordem neuromuscular comum envolvendo o clon e o trato urinrio inferior. O objetivo desse estudo foi avaliar o trnsito colnico de crianas e adolescentes com constipao crnica refratria e sintomas do trato urinrio inferior. Foi realizado um estudo observacional com anlise transversal, no qual foram includos 16 indivduos com constipao refratria e sintomas do trato urinrio inferior, com idades entre sete e 14 anos (mdia de idade de 9,67 anos). Os participantes foram avaliados utilizando anamnese padro; exame fsico; dirio miccional e das evacuaes; escala de Bristol; Disfunctional Voiding Scoring System com verso validada para o portugus; ultrassonografia renal, de vias urinrias e medida de dimetro retal; urodinmica, estudo de trnsito colnico com marcadores radiopacos e manometria anorretal. O estudo de trnsito foi normal em trs (18,75%) crianas, dez (62,5%) apresentaram constipao de trnsito lento e trs (18,75%) obstruo de via de sada. A avaliao urodinmica estava alterada em 14 das 16 crianas estudadas: dez (76,9%) apresentaram hiperatividade detrusora associada disfuno miccional, trs (23,1%) hiperatividade vesical isolada e um (6,25%) disfuno miccional sem hiperatividade vesical. Ao compararmos constipao de trnsito lento e disfuno do trato urinrio inferior, dez (100%) sujeitos com constipao de trnsito lento e trs (50%) sem constipao de trnsito lento apresentavam hiperatividade vesical (p=0,036). Sete (70%) sujeitos com constipao de trnsito lento e quatro (66,7%) sem constipao de trnsito lento apresentavam disfuno miccional (p=0,65). Ao compararmos constipao de trnsito lento e a presena de incontinncia urinria, esta estava presente em nove (90%) participantes com constipao de trnsito lento e em um (16,7%) sem constipao de trnsito lento (p = 0,008). Quanto urgncia urinria, estava presente em 10 (100%) e trs (50%) respectivamente (p = 0,036). O escore do Disfunctional Voiding Scoring System variou de 6 a 21. O subgrupo com constipao de trnsito lento mostrou um escore de Disfunctional Voiding Scoring System significativamente maior que o subgrupo sem constipao de trnsito lento. O presente estudo demonstrou alta prevalncia de constipao de trnsito lento em crianas e adolescentes com constipao refratria e sintomas do trato urinrio inferior. Este estudo foi pioneiro em demonstrar a associao entre hiperatividade vesical e constipao de trnsito lento e coloca em voga a possibilidade de uma desordem neuromuscular comum, responsvel pela dismotilidade vesical e colnica. Futuros estudos envolvendo a motilidade intestinal e vesical so necessrios para melhor compreenso do tema e desenvolvimento de novas modalidades teraputicas.

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As sndromes mielodisplsicas (SMD) se caracterizam por terem uma hematopoese displsica, citopenias e pelo risco de progresso para leucemia mielide aguda. O diagnstico baseia-se na clnica e nos achados citomorfolgicos da medula ssea (MO) e citogenticos. Na fase inicial ou quando a MO hipocelular o diagnstico difcil e a citogentica frequentemente normal. A imunofenotipagem (IMF) tem sido cada vez mais utilizada nos casos de SMD em adultos e pouco explorada na SMD peditrica. Os nossos objetivos foram: estudar os casos de SMD e doenças correlatas (LMA relacionada SMD: LMA-rMD; leucemia mielomonoctica crnica: LMMC e leucemia mielomonoctica juvenil: LMMJ) em adultos e crianas, associando os dados clnicos e laboratoriais aos obtidos pela IMF, que utilizou um painel de anticorpos monoclonais para as vrias linhagens medulares. No perodo compreendido entre 2000 e 2010 foram estudados 87 pacientes (64 adultos e 23crianas) oriundos do HUPE/UERJ e IPPMG/UFRJ e 46 controles (23 adultos e 20 crianas). Todos os doentes realizaram mielograma, bipsia ssea, citogentica, citoqumica e estudo imunofenotpico. Segundo os critrios da OMS 50 adultos foram classificados como SMD, 11 como LMA-rMD e 3 LMMC. Entre as crianas 18 eram SMD, 2 LMA e 3 LMMJ. Os pacientes adultos com SMD foram divididos em alto risco (n = 9; AREB-1 e AREB-2) e baixo risco (n=41; CRDU, CRDM, CRDM-SA, SMD-N e SMD-5q-). As crianas com SMD em CR (n=16) e AREB (n = 2). Anormalidades clonais recorrentes foram encontradas em 22 pacientes adultos e em 7 crianas. Na anlise da IMF foi utilizada a metodologia da curva ROC para a determinao dos valores de ponto de corte a fim de identificar os resultados anormais dos anticorpos monoclonais nos pacientes e nos controles, permitindo determinar a sensibilidade e especificidade desses em cada linhagem. A IMF foi adequada para a anlise em todos os pacientes e 3 ou mais anormalidades foram encontradas. A associao da IMF aumentou a sensibilidade da anlise morfolgica na linhagem eritride de 70 para 97% nos adultos e de 59 para 86% nas crianas; na linhagem granuloctica de 53 para 98% nos adultos e de 50 para 100% nas crianas. Nos moncitos, onde a morfologia no foi informativa, mostrou uma sensibilidade de 86% nos adultos e 91% nas crianas. Enquanto que na linhagem megacarioctica, no analisada pela IMF, a morfologia mostrou uma sensibilidade de 95% nos adultos e 91% nas crianas. Na populao de blastos foi expressiva a ausncia de precursores linfide B (em 92% dos adultos e em 61% das crianas). Os resultados observados nas crianas com SMD foram semelhantes aos encontrados nos adultos. Em concluso, nossos resultados mostraram que a IMF um mtodo complementar ao diagnstico da SMD e doenças correlatas tanto em adultos quanto em crianas podendo contribuir para o reconhecimento rpido e precoce dessas enfermidades, devendo ser incorporado aos procedimentos de rotina diagnstica.

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As doenças infecto-parasitrias, ainda hoje, em pleno sculo XXI so responsveis por uma quantidade generosa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo. Muitas delas so amplamente influenciadas pelas mudanas climticas que esto ocorrendo em todo o planeta fazendo com que sua incidncia e distribuio geogrfica aumentem. A dengue considerada a principal doena reemergente nos pases tropicais e subtropicais. A malria tem forte incidncia nos pases ao sul do deserto do Saara na frica, ocorrendo tambm em vrios pases da Amrica do Sul que possuem parte da regio Amaznica em seu territrio. Vrias doenças voltam a assolar a populao de vrios locais como as leishmanioses, a Doena de Lyme, erlichioses entre outras. Em maro de 2009 comeam a ocorrer os primeiros casos de uma nova doena inicialmente denominada Influenza suna, a qual, levou alguns indivduos a bito em Oaxaca, uma cidade mexicana localizada a 400 quilmetros da capital. Rapidamente, a doena se espalhou pelo pas e posteriormente, no comeo do ms de abril de 2009 j, existiam relatos de casos em vrios pases. O objetivo geral desta pesquisa verificar em que medida o cuidado de enfermagem realizado expressou um maior ou menor grau de controle do enfermeiro sobre seu trabalho, apontando para os potenciais riscos (biolgicos) de adoecimento e impactos negativos na sade deste trabalhador. O presente estudo foi desenvolvido por meio de uma abordagem quantitativa com desenho longitudinal e observacional, delineamento de pesquisa no experimental e carter descritivo. Foi feita a anlise observacional nas tendas quanto a sua infraestrutura e posteriormente foi passado um questionrio aos enfermeiros pautado em questes sobre o risco biolgico que estes estavam sendo submetidos. Faz-se necessrio que a cultura do improviso acabe e comece a se pensar em uma nova realidade: as doenças transmissveis so uma realidade, elas existem e h de ser feito um adequamento de tudo que esteja ligado rea de sade pensando em um novo contexto. imperioso que tanto as autoridades como os profissionais revejam e reflitam sobre o que aconteceu, para que os erros do passado possam ficar para trs e no se repitam.

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Na organizao do trabalho hospitalar h vrios determinantes que acarretam no desgaste psicofsico do trabalhador de enfermagem, mesmo com o discurso de que gostam da profisso e se sentem realizados em cuidar de pessoas enfermas, especialmente, no cuidado de clientes adoecidos com o HIV/Aids. A Psicodinmica do Trabalho uma cincia que possibilita analisar a configurao da organizao laboral, a qual comprovadamente incide na dimenso subjetiva do trabalhador, identificando o sofrimento psquico, o que potencializa o desenvolvimento de doenças mentais, entre elas a Sndrome de Burnout. Nesta perspectiva, o objeto deste estudo trata da organizao do trabalho na Unidade de Doena Infecto-Contagiosa, espao de cuidado de clientes com HIV/Aids e a ocorrncia de Burnout entre os trabalhadores de enfermagem que atuam neste espao laboral. A fim de apreender o objeto traaram-se trs objetivos: a) identificar a percepo dos trabalhadores acerca das caractersticas do trabalho de enfermagem no contexto da Unidade de Doena Infecto-Contagiosa, local de assistncia ao cliente portador do HIV/Aids; b) descrever as repercusses no processo sade-doena dos trabalhadores de enfermagem decorrente da assistncia ao cliente com HIV/AIDS; e c) analisar as repercusses do processo sade-doena dos trabalhadores de enfermagem com vistas identificao de situaes do aparecimento da Sndrome de Burnout. Para a realizao desta pesquisa, optou-se pela abordagem qualitativa, de carter descritivo e exploratrio. Os dados foram obtidos nos meses de maio a agosto de 2010, utilizando as seguintes fontes de coleta de informaes: a entrevista semi-estruturada e o formulrio Maslach Burnout Inventory. Optou-se por analisar as informaes atravs do Mtodo de Anlise Temtica de Contedo. Os resultados indicaram que o perfil do profissional de enfermagem era composto por trabalhadores do sexo feminino, que estavam na faixa etria entre 44 e 54 anos de idade, na grande maioria tcnicos de enfermagem com tempo mdio de 2 a 10 anos de trabalho com clientes HIV/Aids. Verificou-se tambm que havia discrepncias marcantes entre o trabalho prescrito e o real, o que acarretava sofrimento para o profissional de enfermagem. Constatou-se tambm que o sofrimento psquico resultava da vivncia cotidiana do processo de morte/morrer do cliente com HIV/Aids, pelo profissional de enfermagem. Alm disso, este sofrimento era determinado tambm pela precarizao das relaes e das condies de trabalho. Concluiu-se que havia vrios trabalhadores com fortes indcios de ocorrncia de Burnout, tanto porque a organizao do trabalho se configurava como incoerente e pouco racional como pelas caractersticas do processo de cuidar do cliente com HIV/Aids. Recomendam-se medidas que promovam a sade dos trabalhadores de enfermagem e previnam os agravos em seus processos sade-doena, tais como: a diminuio da carga emocional de trabalho, grupos de reflexo, ginstica laboral, entre outras. preciso haver conscientizao dos gestores, vontade poltica e estmulo da organizao laboral para que os trabalhadores participem.

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Trata-se de um estudo quantitativo, com abordagem descritiva e comparativa, que objetivou verificar a influncia da consulta de enfermagem gerontolgica no nvel de adeso teraputica dos clientes com doenças crnicas no-transmissveis, acompanhados num ambulatrio especializado. Como objetivo especfico, buscou-se comparar o nvel de adeso teraputica, perfil sociodemografico e clnico entre o grupo de clientes acompanhados na consulta de enfermagem e o grupo dos no acompanhados. Este foi motivado pela prxis da autora em consultas gerontolgica, onde foram percebidos obstculos enfrentados por muitos clientes com adeso inadequada ao tratamento, acarretando dificuldades no controle de suas doenças, fato este ratificado pela literatura. Os resultados evidenciaram similaridade entre os perfis sociodemogrficos, com prevalncia de sexo feminino, baixa escolaridade e renda. O perfil clnico revelou, em ambos os grupos, alto ndice de hipertenso, diabetes e depresso, destacando-se esta ltima por ser desfavorvel ao comprometimento com o autocuidado. Por fim, verificou-se que os nveis de adeso teraputica ficaram majoritariamente dentro da faixa estabelecida como adeso ampla, sem diferena expressiva entre os grupos. relevante citar que, entre os acompanhados pela consulta de enfermagem, observou-se, um maior conhecimento sobre a doena em tratamento e suas manifestaes, maior acesso aos medicamentos e auto percepo de conhecimentos sobre efeitos colaterais. Constatando-se que, este ltimo achado, exerce grande influncia na adeso ao tratamento farmacolgico. Este desfecho reflete a importncia de uma assistncia sistematizada, embasada em uma teoria de enfermagem, que neste contexto, foi a teoria do autocuidado de Orem, utilizada previamente nas consultas de enfermagem do ambulatrio investigado. Os resultados corroboram o uso desta teoria, especialmente numa perspectiva educativa da assistncia ambulatorial. Diante disso, mister buscar novas abordagens de pesquisa, a fim continuar a investigao sobre as contribuies da enfermagem para uma melhor adeso teraputica dos clientes idosos. Finalmente, a autora espera cooperar para o aprimoramento cientfico nesta matria e para uma progressiva qualificao da assistncia de enfermagem na preveno e controle de agravos sade.

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A Neuromielite ptica (NMO), anteriormente considerada como um subtipo de Esclerose Mltipla, uma doena autoimune, inflamatria do sistema nervoso central, na qual o sistema imune ataca a mielina dos neurnios localizados nos nervos pticos e medula espinhal, produzindo, ento, mielite e neurite ptica simultnea ou sequenciais. A patognese da neuromielite ptica influenciada pela combinao de fatores genticos e ambientais, incluindo agentes infecciosos. Diferentes doenças infecciosas podem tanto desencadear como exacerbar a autoimunidade. Portanto, o objetivo do presente estudo foi de analisar a responsividade imune in vitro a Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Candida albicans em pacientes com NMO recorrente-remitente, e a correlacionar ao nvel de incapacidade neurolgica. Nesse contexto, a extenso da linfoproliferao e perfil de citocinas em resposta a S. aureus e C. albicans, em culturas de clulas mononucleares do sangue perifrico (CMSP) foram similares entre pacientes com NMO e indivduos saudveis. Entretanto, maior proliferao de clulas T associada elevada liberao de IL-1&#946;, IL-6 e IL-17 foi observada em culturas de clulas derivadas de pacientes com NMO quando estimuladas com E. coli. Ademais, nessas culturas, a produo de IL-10 foi significativamente menor quando comparada ao grupo controle. Ensaios conduzidos em culturas de CMSP depletadas de diferentes subtipos de linfcitos demonstraram que, enquanto clulas T CD4+ e T CD8+ produzem IL-6 em resposta a E. coli, a produo de IL-17 foi praticamente restrita s clulas T CD4+. Os nveis de IL-6 e IL-17 in vitro induzidos por E. coli foram correlacionados positivamente s incapacidades neurolgicas. Essa maior tendncia a produzir citocinas relacionadas ao perfil Th17 foi diretamente associada aos nveis de IL-23 produzidos por moncitos ativados com LPS. De modo interessante, nveis elevados de LPS foram quantificados no plasma de pacientes com NMO e estes foram correlacionados aos nveis plasmticos de IL-6. Em concluso, nossos resultados sugerem que uma maior responsividade a E. coli poderia estar envolvida na patognese da NMO. Esse tipo de investigao muito importante pois inibidores da ligao ou sinalizao do TLR poderiam ser considerados terapias com grande potencial como adjuvantes no tratamento de pacientes com NMO.

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As doenças crnicas no transmissveis (DCNT) esto posicionadas no topo das enfermidades em termos de morbimortalidade, no Brasil e no mundo. Entre estas, as doenças cardiovasculares (DCV), e particularmente, as cerebrovasculares (DCbV), produzem um impacto significativo sobre a autonomia das pessoas, desfalcando a fora de trabalho das naes e gerando um alto custo para a previdncia social de todos os pases. No Brasil, s muito recentemente as enfermidades circulatrias passaram a ser contempladas por polticas pblicas formuladas pelo Ministrio da Sade (MS), no s pela manuteno destas doenças em altos patamares de morbimortalidade, mas tambm pelo crescimento exponencial de alguns dos seus fatores de risco. Partindo do pressuposto que as polticas e programas oficiais no esto sendo efetivamente implementados no mbito da Ateno Primria Sade (APS), o objetivo do presente estudo foi investigar e analisar como estas iniciativas do MS vem sendo efetivamente executadas em Juiz de Fora-MG. A estratgia utilizada para essa investigao consistiu em uma pesquisa qualiquantitativa com base em observao, documentos e entrevistas semi-estruturadas com os diferentes componentes profissionais das Equipes de Sade da Famlia de trs unidades bsicas de sade do municpio citado. Foram entrevistados 40 profissionais de sade, entre mdicos, enfermeiros e agentes comunitrios de sade, buscando-se entender como os programas governamentais com interface com a preveno das doenças cardiovasculares e, em especial, cerebrovasculares, vm sendo implementados ao nvel do Programa de Sade da Famlia. Na comparao entre o que recomendado nos programas governamentais e o que vem sendo executado nas UBS, concluiu-se que ainda h um longo caminho a ser percorrido para que estes programas sejam efetivamente implementados na porta de entrada do sistema de sade.

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Estudos recentes tm avaliado a presena de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoprotena, seu potencial papel na suscetibilidade das doenças inflamatrias intestinais (DII) e suas possveis correlaes com aspectos clnicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da anlise gentica de populaes distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 esto associados com as DII em populao do sudeste do Brasil e suas possveis correlaes com fentipos, atividade de doena, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como mtodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doena de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idioptica (RCUI), que foram recrutados atravs de critrios diagnsticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequncias genotpicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na populao de estudo. Associaes de gentipo-fentipo com caractersticas clnicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutaes foram calculados. Nenhuma diferena significativa foi observada nas freqncias genotpicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associaes significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fentipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposio ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associaes positivas tambm foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, atividade moderada/severa da doena (OR: 3,54, p = 0,046), e resistncia / refratariedade ao corticosteride (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimrficos. Nenhuma associao significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotpicas, atividade de doena ou resposta ao tratamento da RCUI. Em concluso, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fentipo estenosante, como tambm estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relao com a DC suporta a existncia de papis adicionais para o MDR1 em mecanismos especficos subjacentes na patognese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediao e regulao da fibrose. Alm disso, compreender os efeitos de vrios frmacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrio personalizada de regimes teraputicos.

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Este trabalho tem como objeto as trajetrias da medicina hipocrtica no pensamento mdico ocidental. Atravs da anlise bibliogrfica de textos e documentos, objetivou-se compreender como os conceitos de vida e do processo sade-doena, partindo de uma mesma raiz, foram se definindo em sistemas mdicos baseados em paradigmas distintos. Para tanto, inicialmente, procurou-se levantar e analisar o nascimento e desenvolvimento da medicina hipocrtica, com nfase em seu mtodo de observao clnica e em sua proposta teraputica. Em seguida, foi realizada a anlise do histrico e das dimenses das racionalidades mdicas homeopatia e biomedicina, avaliando o papel dos conceitos sobre physis, vida e vis medicatrix naturae em cada paradigma. Na abordagem dos referidos conceitos, Canguilhem e Jacob foram os principais apoios tericos. Concluses: para a medicina homeoptica, tal como para a medicina hipocrtica, o adoecer e o curar so processo de equilbrio e desequilbrio que fazem parte da vida do ser humano e, por isso, tambm considerados nico e individuais. Hahnemann criou uma teraputica baseada no reconhecimento da pessoa enferma como um indivduo nico, singular, dotado de capacidade automantenedora e autorrestauradora, levando em conta a ideia de natureza que se manifesta em singularidades plurais a cada momento e, portanto, a prescrio medicamentosa individualizada e mobilizadora da vis medicatrix naturae. A racionalidade mdica homeoptica compartilha dos conceitos hipocrticos tanto em sua doutrina, quanto nos seus sistemas diagnstico e teraputico. Apesar de a biomedicina ter em suas bases a medicina hipocrtica, ao se tornar uma cincia das doenças, no mais compartilhou dos conceitos hipocrticos que permitiriam uma abordagem de sade positiva e de um enfoque teraputico baseado no sujeito como um ser nico. A homeopatia afirma uma medicina que tem como categoria central de seu paradigma a categoria sade e no a doena, consideradas fenmenos da vida. A vida, assim valorizada, se colocaria no caminho da Grande Sade, afirmando-se em seu potencial criativo e capaz de transmutar valores.