422 resultados para Política habitacional Rio de Janeiro Teses.
Resumo:
A demarcao de Unidades de Conservao uma forma supostamente eficaz para a conservao da biodiversidade. A Mata Atlntica caracterizada por apresentar uma elevada biodiversidade e altos nveis de ameaa. O estado do Rio de Janeiro encontra-se totalmente inserido nesse bioma e seus remanescentes florestais so considerados um hotspot dentro de outro hotspot. O Rio de Janeiro pode ser considerado um dos estados melhor amostrados, porm ainda existem lacunas de conhecimentos geogrficos sobre a ocorrncia de morcegos. Esta tese foi desenvolvida em trs captulos com o objetivo de contribuir com conservao de morcegos no estado do Rio de Janeiro, focando em como e onde eles j foram amostrados e que locais ainda carecem de ateno. Para este estudo foram utilizados dados referentes a buscas bibliogrficas e dados de amostragens do Laboratrio de Diversidade de Morcegos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. No primeiro captulo pode-se observar que as localidades com mais de 30 espcies de morcegos so resultado de grande esforo de captura e amostragens usando diversas metodologias. Para uma melhor amostragem da riqueza local, devem-se armar redes no somente em trilhas e prximas a rvores em frutificao, mas tambm sobre corpos de gua. Fazer busca em refgios diurnos tambm aconselhvel. Devem ser realizadas amostragens durante a noite toda e variar a fase do ciclo lunar, no restringindo a apenas uma ou partes das fases do ciclo lunar. No segundo captulo observou-se que 43% das Unidades de Conservao aqui estudadas apresentam 20 ou mais espcies. Localidades que apresentam de 20 a 40 espcies de morcegos na Mata Atlntica podem ser consideradas bem amostradas. Isso demonstra que mais da metade das Unidades de Conservao no podem ser consideradas bem inventariadas. Muitos projetos de pesquisas do prioridade para a localidade estudada ser uma Unidade de Conservao, porm existem poucos trabalhos de longa durao. No Rio de Janeiro ainda existem diversas Unidades de Conservao no amostradas, principalmente aquelas de difcil acesso e em altitudes elevadas. No terceiro captulo foi possvel observar que h uma maior proporo de espcies que apresentam distribuio geogrfica restrita. Esse padro constitui uma informao importante em termos de conservao, visto que indiretamente poderia indicar uma menor capacidade de disperso desses animais em mdias e grandes distncias. Entretanto existem lacunas de conhecimento em decorrncia da falta de amostragem em algumas regies, sendo imperativos maiores esforos de captura. Importantes municpios para a conservao e/ou preservao de morcegos como Varre-Sai, Cambuci, Miracema, Carmo, Cantagalo, Valena, Barra do Pira e Pira no esto sob proteo legal, mesmo constituindo possveis corredores entre Unidades de Conservao ou mesmo fragmentos importantes que ainda detm espcies que no esto representadas em Unidades de Conservao j estabelecidas. imperativo que mais estudos e esforos de conservao sejam direcionados para essas reas
Resumo:
Alguns estudos vm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depresso; entretanto, esta associao ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalncia de sintomas depressivos numa amostra probabilstica de mulheres e investigou se existe uma associao entre nveis de TSH e a presena de sintomas depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no municpio do Rio de Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilstica por conglomerado, em trs estgios de seleo, tendo por base os setores censitrios do municpio. A funo tireoidiana foi medida pelo TSH srico, a partir das amostras coletadas no domiclio. Para avaliao da presena/ausncia de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram tambm coletados dados scio demogrficos e outras informaes de sade da participante. A prevalncia de sintomas depressivos, frequncias e associaes foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos especficos do pacote SAS (verso 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de no-resposta igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalncia de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relao aos nveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (≥6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A anlise ajustada mostrou que mulheres com nvel de TSH≥6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da anlise as participantes que auto-referiram diagnstico prvio de doena tireoidiana, a associao entre nveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significncia. Concluindo, foi observada alta prevalncia de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com nveis elevados de TSH. Os resultados chamam ateno para a importncia de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana.
Resumo:
Excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e transtornos mentais comuns so importantes problemas de sade pblica no Brasil e no mundo. A associao entre ambos tem sido investigada por pesquisadores, porm os resultados ainda so conflitantes. Estudos realizados com nutricionistas tm dado maior nfase prtica de atuao, entretanto, poucos abordaram questes de sade desses profissionais, principalmente sobre o excesso de peso e sofrimento psquico. Objetivo - Analisar a associao entre sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns nesses profissionais. Mtodos - Estudo seccional, realizado com 289 nutricionistas da rede pblica de hospitais do municpio do Rio de Janeiro, no perodo de outubro de 2011 a agosto de 2012. A avaliao do excesso de peso corporal foi realizada com base no ndice de Massa Corporal (kg/m2) atravs da aferio de peso e altura, e os transtornos mentais comuns atravs do General Health Questionarie (GHQ-12). Variveis scio-demogrficas, laborativas e de sade tambm foram includas no estudo. Resultados - A prevalncia de sobrepeso foi de 32,3% e de obesidade, 15,3%. A prevalncia de transtornos mentais comuns (TMC) foi de 37,7%. A anlise bruta demonstrou uma associao negativa entre transtornos mentais comuns e sobrepeso (OR 0,68; IC95% 0,39 1,20) e positiva para obesidade (OR 1,34; IC95% 0,65 2,75) que no se modificou quando ajustado pelas variveis socioeconmicas (SES), laborativas e de sade (OR= 0,60 IC95% 0.32 1,10) para sobrepeso e para a obesidade (OR= 1.09 IC95% 0,50 2,37). Concluso - Os resultados do estudo destacam as altas prevalncias de sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns, bem como, a magnitude da associao entre os eventos, ambos sem significncia estatstica. Sugerimos novos estudos em que se possam identificar os mecanismos envolvidos nesta relao, bem como os fatores relacionados s condies de trabalho e de vida que possam estar afetando a sade do nutricionista que formado para cuidar da sade populao muitas vezes em detrimento da sua prpria sade.
Resumo:
Neste trabalho, escolheu-se a estrada canal Arroio Pavuna, em Jacarepagu, para avaliar quimicamente a qualidade do solo que recebe diariamente resduos slidos urbanos. A regio deste estudo tambm conhecida como estrada do Urubu, sendo este animal um dos principais vetores presente no local. Para uma caracterizao qumica, foram determinados pH, carbono orgnico, matria orgnica, concentraes dos metais alumnio, cdmio, chumbo, cobre, cromo, ferro, nquel e zinco, utilizando a tcnica de Absoro Atmica por Chama, alm da identificao dos principais compostos orgnicos atravs da tcnica de Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Tambm foi realizado o teste de comportamento com oligoquetas da espcie Eisenia andrei para avaliar a funo de habitat do solo analisado. Os resultados obtidos apontaram que a regio apresenta um solo cido na faixa de 5,51 a 6,70, bem como as concentraes de Cobre, Cromo, Nquel e Zinco acima dos valores orientadores de referncia de qualidade dos solos, um teor mdio de matria orgnica na faixa de 21,71 g.kg-1 a 29,73 g.kg-1, alm de presena de compostos orgnicos com estruturas muito complexas. O solo apresentou funo de habitat limitada. E como sugesto para a remediao deste solo, a fitorremediao apresenta bons rendimentos na literatura para remoo parcial ou total desses metais
Resumo:
Este trabalho pretende apontar o acometimento do transtorno do estresse ps-traumtico em policiais militares do Estado do Rio de Janeiro. Para isso, a autora utiliza sua experincia como psicloga da PMERJ h 11 anos e descreve inmeras situaes sobre o cotidiano na referida corporao, os desafios de pesquisar a instituio onde trabalha, descreve como funciona o servio de psicologia e como, a partir do lugar de psicloga militar, enxerga o homem policial militar, sua identidade e a instituio Polcia Militar. contextualizado o cenrio de violncia e criminalidade encontrado pelos policiais de nosso Estado nos ltimos anos e so abordados aspectos da formao desses profissionais de segurana pblica, que incluem a construo da negao do medo no exerccio da atividade laboral e a aderncia a um padro de homem destemido e forte em todos os momentos. H a tentativa de demonstrar como essas construes contribuem para o adoecimento psquico desses trabalhadores, por impedi-los de se dar conta de suas fragilidades e limitaes, estando sempre em busca de alcanar o padro do super-homem valorizado como ideal. Discute-se o adoecimento mental entre policiais, especialmente o transtorno do estresse ps-traumtico como um problema de sade pblica para alm dos muros da PMERJ. So apresentadas as diretrizes atuais em nosso pas no tocante a esta temtica e por fim so descritas duas estrias detalhadas de policiais militares para ilustrar como a profisso pode atravessar a vida desses trabalhadores, de forma a modific-las profundamente.
Resumo:
Trata-se de um estudo descritivo e exploratrio, que se apoiou na estatstica descritiva para abordagem dos resultados produzidos. Tem como objeto as iniciativas para segurana do paciente, implementadas pelos gerentes de risco em hospitais do municpio do Rio de Janeiro. O estudo teve como objetivo: analisar as iniciativas implementadas pelos gerentes de risco para garantir a segurana do paciente, considerando as iniciativas nacionais e mundiais existentes. Foi desenvolvido em cinco hospitais do Rio de Janeiro, com quatorze gerentes de risco. A tcnica utilizada foi a aplicao de um questionrio semiestruturado, composto por questes fechadas e abertas sobre as iniciativas para segurana do paciente. Foi verificado que todos realizam atividades voltadas para educao continuada. As menos desenvolvidas so aes de tecno, hemo e farmacovigilncia (29%). A maioria informou que se orienta pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, assim como implementa quatro programas para segurana do paciente: a identificao dos pacientes (100%), seguida da assistncia limpa uma assistncia mais segura (86%), controle de infeco da corrente sangunea associada ao cateter (64%) e cirurgia segura, salva vidas (64%). A maior parte dos gerentes de risco desconhece os cinco protocolos operacionais padronizados da Joint Comission on Acreditation of Healthcarecare Organizations e o contedo da campanha dos 5 milhes de vidas do Institute for Healthcare Improvement. Os eventos adversos cujo monitoramento prioritrio para os gerentes de risco, so queda do leito (43%) e infeces (36%). A maior parte deles (57%) informa utilizar a anlise de causa raiz e anlise do modo e efeito da falha como ferramentas de monitoramento de eventos adversos. Conclui-se que grande parte das iniciativas para segurana do paciente so implementadas pelos gerentes de risco, o que vai ao encontro do que sugerido atualmente, no entanto as iniciativas mais citadas so as iniciativas j divulgadas pelas instituies de referncia para segurana do paciente, e que exigem poucos investimentos para serem implementadas, logo essencial mais aes de capacitao dos gerentes de risco e de desenvolvimento de uma cultura de segurana no ambiente hospitalar.
Resumo:
O tema desta tese compreender trajetrias de indivduos que atuaram no trfico de drogas e de armas na regio metropolitana do Rio de Janeiro. Discuto as motivaes que ensejaram a entrada destes indivduos na atividade criminosa e os efeitos que a passagem pelo sistema prisional causou na constituio de suas identidades pessoais. O objetivo principal examinar as condies que propiciaram o abandono do trfico e detectar as mediaes que serviram de suporte na tentativa de reinsero no mundo formal e lega. Procurei analisar as atividades do trfico de drogas a partir das diversas interaes entre seus participantes, reconstitudas por entrevistas com indivduos que exerceram tal atividade. As formas sociais de conexo entre o lcito e o ilcito examinada neste trabalho a partir das motivaes individuais face foras estruturais que induzem a produo de um jogo de identidades que no toma o indivduo como um "locus " emprico dotado de encerramento da anlise sociolgica.
Resumo:
Este estudo tem o objetivo de pesquisar a prtica do(a) coordenador(a) pedaggico(a) na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro. Para entender a dinmica de trabalho desses profissionais analisei os perodos em que a Rede Municipal de Ensino estava orientada pela Multieducao, pelo Ciclo de Formao no Ensino Fundamental e pelas transformaes curriculares propostas a partir de 2009, quando se iniciou uma nova gesto na Secretaria Municipal de Educao (SME). Realizei um estudo do tipo etnogrfico, dialogando com autores que propiciam melhor compreenso da complexa prtica do(a) coordenador(a) pedaggico(a) nas escolas. Em seguida, observei as transformaes das políticas curriculares da Rede Municipal de Ensino a partir do ciclo de políticas proposto por Stephen J. Ball e colaboradores. E, por fim, examinei a prtica de coordenadores(as) pedaggicos(as) atravs do contexto cultural e da dinmica do currculo nas respectivas escolas, compreendendo a funo desse profissional como mediador(a) das políticas de currculo na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro.
Resumo:
A presente dissertao tem por objetivo identificar as representaes sociais da ressocializao, por meio da escola, de prisioneiros masculinos de presdios situados no Rio de Janeiro. A legislao brasileira tem, entre seus princpios organizadores, o conceito de ressocializao de prisioneiros, ao estabelecer limites de durao da pena e impedir a pena de morte. Entretanto, ao analisarmos as condies carcerrias existentes neste iderio de ressocializao, verificamos que este iderio no possui e nem produz eficcia. A oferta de educao, para presidirios, ocorreu no Brasil a partir de 1967 e atualmente est em vigor a Lei n 12.433, de 29 de junho de 2011, que estabelece uma correlao entre a educao formal e a remio de pena. A dissertao trata de um breve histrico da educao no sistema penal brasileiro, considerando seus limites e potencialidades. O referencial terico utilizado foi o da Teoria das Representaes Sociais como apresentada por Serge Moscovici (1978) em sua pesquisa original sobre as representaes sociais da psicanlise. O referencial terico adotado permitiu a identificao desta espcie de pensamento social em um grupo de presidirios que frequenta a escola no presdio, priorizando a relao entre escola e ressocializao. Foram entrevistados 80 sujeitos do sexo masculino, em presdios da capital do estado do Rio de Janeiro, com a devida autorizao do presdio, da Secretaria de Estado da Educao e com o rigor no cumprimento das normas ticas estabelecidas para pesquisa com humanos, especialmente a garantia de anonimato. A representao de comportamento no presdio resume-se ao conceito de enquadramento, que significa uma srie de atitudes e de pensamento que permitem a sobrevivncia no interior do presdio. A escola foi compreendida, pelos sujeitos, como instituio tambm determinada pelo enquadramento. Mesmo a escola tendo sido bem avaliada e apresentando perspectivas de futuro para a ressocializao, os sujeitos consideraram que a famlia o principal agente de ressocializao frente da escola. Consideramos que, para os presidirios, a escola pode representar possibilidades de ressocializao, entretanto deve aprimorar suas atividades para o mundo do trabalho e para a constituio de redes sociais de afinidade, com a famlia lato sensu dos prisioneiros, para que sua eficcia seja real e potente.
Resumo:
A presente dissertao tem por objeto elaborar um relato histrico da emergncia da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) no Brasil, com especial observncia ao eixo Rio-So Paulo nas dcadas de 1950, 1960 e 1970. A ACP faz parte da chamada Psicologia Humanista, um movimento inicialmente organizado pelo psiclogo norte-americano Abraham Maslow (1908-1970) na dcada de 1950, que contou com a forte participao de Carl Rogers (1902-1987), tambm psiclogo norte-americano, e fundador da atualmente denominada Abordagem Centrada na Pessoa. A trajetria profissional de Rogers foi marcada pelos acontecimentos de sua poca, como a crise econmica americana da dcada de 1930, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e os conflitos globais por questes tnicas, religiosas e raciais. Para uma melhor compreenso do desenvolvimento da ACP, este foi narrado em conjunto com a histria dos principais acontecimentos polticos, econmicos e culturais dos EUA, buscando construir uma narrativa situada historicamente. O mesmo foi feito em relao histria da ACP no Brasil, nas dcadas de 1950 a 1970, ressaltando-se o objetivo dos governantes nacionais de transformar o Brasil em uma grande nao em termos culturais e educacionais, para isso se valendo da criao de diversas instituies voltadas s crianas, adolescentes e jovens adultos, para seu atendimento psicolgico, educacional, orientao profissional e aprimoramento tcnico. A instaurao da ditadura civil-militar iniciada em 1964, o processo de regulamentao da profisso de psiclogo e a criao dos primeiros cursos de psicologia no Brasil so destaque. Registrar a histria da ACP no Brasil uma tarefa que se justifica dado o contingente de profissionais que atuam neste referencial terico e para incentivar a pesquisa em histria da psicologia. A metodologia de trabalho adotada foi a reviso bibliogrfica e o relato oral instrumentalizado por entrevistas com profissionais de destacada relevncia na histria da ACP no Rio de Janeiro e em So Paulo. Este estudo tem como marco final a vinda de Carl Rogers e sua equipe em 1977 ao Brasil para a realizao do I Encontro Brasileiro Centrado na Pessoa (Arcozelo I), o que possibilitou a reunio, o reconhecimento mtuo e a troca de experincias entre os profissionais brasileiros, fechando desta forma o perodo da emergncia da ACP no Brasil e favoreceu uma nova fase de desenvolvimento por todo o pas.
Resumo:
Este trabalho est associado ao projeto de pesquisa As transformaes do cuidado de sade e enfermagem em tempo de AIDS: representaes sociais e memrias de enfermeiros e profissionais de sade no Brasil, coordenado pelo Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da UERJ. Neste trabalho, foi feito um recorte do projeto original, tendo como objetivo fazer um levantamento das prticas desenvolvidas pelos psiclogos que atuam no Programa Nacional DST/AIDS, alm de descrever e analisar o contedo das representaes sociais dos psiclogos sobre o HIV/AIDS e sobre seus pacientes. A fundamentao terica do trabalho consiste na Teoria das Representaes Sociais, inaugurada por Serge Moscovici em 1961, e desenvolvida por outros autores desde ento. Os sujeitos da pesquisa foram doze psiclogos que trabalham em servios de sade que desenvolvem as aes do Programa Nacional DST/AIDS na cidade do Rio de Janeiro, em SAES e CTAS. A coleta de dados consistiu em duas etapas: a aplicao de questionrios aos profissionais que trabalham no Programa Nacional DST/AIDS e realizao de entrevista com alguns dos profissionais de sade que responderam anteriormente ao questionrio. Alm das questes presentes no roteiro de entrevista comum a todos os profissionais de sade, foram inseridas algumas questes relativas s prticas e especificidade do trabalho do psiclogo nas equipes. Para a anlise dos dados brutos obtidos atravs dos dois roteiros de entrevista, foi utilizada a tcnica de anlise de contedo temtico-categorial, operacionalizada pelo software QRS NVivo. O resultado da anlise do material discursivo ficou concentrado em seis categorias: 1) A memria do HIV/AIDS: o incio da epidemia e sua construo social ao longo do tempo; 2) Mudanas e avanos em relao ao HIV/AIDS: conhecimento, cuidado, mentalidade e perfil dos pacientes; 3) O sistema de atendimento a pacientes com HIV/AIDS: prticas comuns e dificuldades vividas pelos profissionais de sade; 4) A atuao dos psiclogos com pacientes HIV/AIDS: suas prticas, dificuldades e percepes; 5) Os desafios de se viver com o HIV/AIDS: adeso ao tratamento e discriminao; 6) Políticas governamentais, sociais e institucionais para o HIV/AIDS: desafios e questes epidemiolgicas. As representaes das psiclogas a respeito do HIV/AIDS contm alguns elementos compartilhados com a populao geral no passado, como a ideia de grupos de risco, mortalidade e culpabilizao dos pacientes, mas tambm apresentam elementos que foram incorporados por conta de sua prtica profissional, como a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, a AIDS como uma doena crnica e a mudana de perfil dos pacientes. Em suas prticas, embora reconheam algumas particularidades nos pacientes com HIV/AIDS, as psiclogas no reconhecem nestas particularidades uma necessidade de atendimento diferenciado a esses pacientes.
Resumo:
O estudo tem como tema os Percursos trilhados pelas famlias para a garantia do direito educao de crianas com necessidades especiais. Este estudo surgiu pela demanda dos integrantes do Ncleo de Estudos da Infncia: Pesquisa & Extenso (NEI:P&E/UERJ), coordenado pela Prof Dr Vera Vasconcellos, em compreender como ocorreu a trajetria de escolarizao de crianas acompanhadas em dois estudos realizados em creches do municpio do Rio de Janeiro, em 2009, aps a sada delas das referidas instituies. Os estudos foram: i) Crianas focais: a triangulao educao-famlia-sade na creche, realizado em 2008 e 2009 na Creche Institucional Dr. Paulo Niemeyer; e ii) Infncia, Educao e Incluso: um estudo de caso, realizado em 2009 na Creche Municipal de Odetinha Vidal de Oliveira. A pesquisa atual tem como proposta um estudo de follow-up, onde demos continuidade s duas anteriores, a partir da anlise do percurso de trs (3) famlias (me) na tentativa de garantir uma educao inclusiva de qualidade para seus filhos. Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliogrfico e documental sobre o tema. Em seguida voltou-se s famlias das crianas com o objetivo de investigar de que modo escolarizao foi sendo propiciadas a estas crianas e como suas dificuldades de aprendizagem tm sido entendidas nos espaos educacionais que frequentam. Adotamos o Estudo de Caso como proposta metodolgica. Foram realizadas duas entrevistas com as mes das crianas, respectivamente em 2012 e 2013 e solicitado que elas respondessem um questionrio (Caracterizao Familiar), que delineava o perfil das mesmas destacando suas caractersticas sciodemograficas. Os dados produzidos foram sistematizados atravs da abordagem de Anlise de Contedo por temticas, com nfase nas trajetrias das crianas e suas famlias em prol da garantia ao direito Educao. A pesquisa conclui que as crianas do estudo no encontraram espao no sistema regular de educao, pblico e/ou privado, em contraste ao que garante os documentos nacionais e municipais. As trajetrias e experincias foram repletas de inseguranas e expectativas negativas por parte das escolas quanto ao desenvolvimento e escolarizao das crianas. Conclui tambm que no suficiente conhecer os direitos educao da criana com necessidades especiais, as instituies precisam reconhecer os familiares como parceiros privilegiados na construo de alternativas para a produo de conhecimentos das crianas com necessidades especiais. Os dados demonstraram a importncia social das escolas especiais no atendimento especializado de crianas com necessidades especiais. Os lugares ocupados por essas instituies so reconhecido pelas famlias como fundamental rede de apoio e suporte s crianas e famlias no processo de educao e incluso escolar.
Resumo:
A indstria farmacutica, de um modo geral, manipula substncias txicas, desenvolve atividades utilizando como matria-prima um dos maiores bens da natureza, que a gua. Enfim, para produzir o medicamento em benefcio do homem deixa como conseqncias, impactos ambientais considerveis. Pretende-se mostrar que o segmento em questo, apesar de buscar se adequar s normas legais, como as da vigilncia sanitria, ele muito centrado na qualidade do produto, em detrimento dos aspectos ambientais, ainda que tendo disponvel uma importante ferramenta para tal: A certificao de Boas Prticas de Fabricao (BPF) dos produtos farmacuticos. A escolha do local da pesquisa foi o estado do Rio de Janeiro, por ser este, entre outros aspectos, um stio onde historicamente se localizam empresas deste setor. O Rio de Janeiro e So Paulo so estados que congregam o maior nmero de fabricantes de medicamentos do pas. Identificadas as indstrias foi realizado um levantamento para selecionar um grupo de empresas com caractersticas semelhantes. Como as grandes empresas deste segmento so dotadas de estrutura adequada implantao de sistema de gesto ambiental, elas ficaram fora deste escopo. Tambm ficou fora da pesquisa o grupo formado por empresas que importam, embalam, comercializam, mas no fabricam os medicamentos e os produtores de fitoterpicos e veterinrios. O resultado da pesquisa foi que as empresas privadas com nmero de empregados entre 50 e 500 e todas as pblicas tm deficincia para atender aos requisitos ambientais legais, em outras palavras, as questes ambientais ficam restritas a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA / RDC-306) e aos processos de obteno de licenas junto a Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA). Apenas uma dentre s vinte e oito pesquisadas tem Sistema de Gesto Ambiental SGA implantado. Como todos os fabricantes de medicamentos tm que cumprir as exigncias da RDC-210, para obterem o Certificado de BPF e os registros dos medicamentos, assim eles j possuem a cultura, parte dos requisitos e a ferramenta necessria implantao de um SGA de acordo com padres voluntrios como a NBR ISO 14001 (2004). Para comprovar tal evidncia, o estudo apresentou o caso de uma empresa pblica dotada de caractersticas inovadoras e cultura diferenciada, porque agrega colaboradores advindos de laboratrios privados. Tal empresa fabrica exclusivamente vacinas, biofrmacos e reativos, sendo uma grande exportadora, sujeita fiscalizao internacional, como por exemplo, a da Organizao Mundial da Sade (OMS). Conclui-se que as empresas priorizam as questes da ANVISA e as ambientais precisam ser monitoradas e mitigadas. Um Plano de Ao para melhorias ambientais, visando implantao de um SGA e a obteno de um diferencial competitivo pode ser adotado, atravs da estrutura existente por fora das exigncias da ANVISA a qualquer empresa do setor farmacutico
Resumo:
Neste trabalho foram analisados sedimentos marinhos de trs praias da Baa de Guanabara (praia de So Bento e praia da Bica, na Ilha do Governador, e praia de So Francisco, em Niteri), Rio de Janeiro, para avaliar a presena de microplsticos (fragmentos plsticos com tamanho ≤ 5 mm) nestes ambientes. Os detritos plsticos visveis (macroplstico) foram separados dos sedimentos manualmente e pesados. Os detritos plsticos no visveis foram separados por densidade com soluo saturada de cloreto de sdio. Os fragmentos plsticos obtidos com a separao por densidade foram caracterizados por microscopia ptica para avaliar forma e superfcie, e foram classificados e quantificados em funo de seu tamanho. Os fragmentos microplsticos foram separados e caracterizados por espectrometria de absoro na regio do infravermelho por reflexo atenuada (ATR FT IR). Os espectros obtidos foram comparados com espectros padro de polmeros. As trs praias se apresentam contaminadas com lixo macroplstico e com lixo microplstico. Na praia da Bica, foram coletados 173 fragmentos, dos quais 73% so microplsticos. Na praia de So Bento foram 81 fragmentos e na praia de So Francisco foram 73 fragmentos, dos quais 70% e 86%, respectivamente, so microplsticos. Nas trs praias foram encontrados fragmentos microplsticos de poliestireno expandido. Nas praias da Bica e de So Bento foram encontrados fragmentos de polietileno; nas praias de So Bento e So Francisco foram encontrados fragmentos microplsticos de polipropileno. O descarte irregular de lixo e atividades industriais e comerciais no entorno da baa podem ser apontados como possveis fontes contaminantes
Resumo:
As populaes introduzidas de saguis preocupam bilogos e conservacionistas, por causa do seu potencial de ocupao de hbitat, hibridao com congneres nativos, predao de representantes da fauna local, transmisso de doenas e competio com outras espcies. necessrio entendermos o que favorece essa flexibilidade na utilizao do suporte e no padro comportamental que possibilita que os saguis sobrevivam em ambientes florestais to diversos e at mesmo em regies muito alteradas e antropizadas, como as grandes metrpoles. Foram acompanhados indivduos de Callithrix sp. no arboreto do JBRJ. O trabalho de campo foi feito entre agosto de 2012 e agosto de 2013 e acumulou 205 horas de observaes e 400 horas de esforo amostral. O mtodo de amostragem utilizado foi o Animal Focal, no qual apenas um indivduo do grupo foi analisado por sesso amostral, de 3 minutos com 7 minutos de intervalo. A cada dez minutos, em uma nova sesso amostral, o foco era mudado para outro indivduo do grupo. Adultos, subadultos e jovens foram observados. Os indivduos de Callithrix sp. no JBRJ utilizam de forma diferenciada as categorias de utilizao de habitat, com maior frequncia a estratificao vertical inferior (entre 0 e 4,9m), suportes de dimetro fino (at aproximadamente 14 cm de dimetro), superfcie mdia e inclinao horizontal (0 a 30), corroborando a outros estudos realizados que tambm verificaram estes padres. Houve diferenas comportamentais dos indivduos de Callithrix sp. no JBRJ entre as classes de machos e fmeas adultos, subadultos e jovens. Os indivduos machos realizaram com maior frequncia todos os comportamentos. Resultados que contribuem para o conhecimento aprofundado sobre o comportamento desses primatas, no qual at ento no tinham sido feitas comparaes diretas entre as classes consideradas. Principalmente o resultado encontrado de que os machos so mais ativos que as demais classes, o que no mencionado na literatura at o presente e favorece para compreendermos mais sobre essas espcies