289 resultados para Fonseca, Rubem, 1925- . Pierrô da caverna - Crítica e interpretação
Resumo:
A presente dissertao revela os resultados de um minucioso trabalho de reviso bibliogrfica cujo objetivo consistia em buscar as diferentes concepes de autogesto presentes no pensamento dos principais tericos que abordaram tal temtica, no intervalo compreendido entre o alvorecer do sculo XIX e os anos 70 do sculo passado. Com efeito, parte-se do princpio de que a autogesto (entendida como uma nova ordem social em que predomina a total igualdade entre seus membros, ausentes quaisquer divises entre dirigentes e dirigidos, cabendo coletividade a tomada de decises que afetem a vida social como um todo) um subproduto das contradies e antagonismos inerentes a conflitiva ordem capitalista. Assim sendo, a autogesto social seria uma bandeira histrica do movimento operrio e socialista, teorizada pelos principais pensadores ligados a tal movimento. Esta dissertao mostrar como as diversas concepes de autogesto nascem e refletem contextos histricos bem especficos, a partir das condies em que se d o desenvolvimento capitalista e sua inseparvel luta de classes.
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Esta dissertao tem o intento de averiguar qual o tratamento dado pelo gnero notcia aos eventos de violncia e preconceito contra os nordestinos brasileiros. A escolha deste gnero deu-se devido ao seu pertencimento s elites simblicas, ou seja, por possuir alto poder de produo e de disseminao discursivas. Em virtude disso, o critrio de seleo do corpus baseou-se em notcias que trazem em seu interior a(s) voz(es) da violncia e do preconceito, por veicularem, consequentemente, discursos ideolgicos. Como perspectiva terica, esse trabalho filia-se Anlise Crtica do Discurso, buscando, especificamente, em Norman Fairclough os princpios analticos norteadores. Para este pesquisador, o discurso produz trs significados, quais sejam, o significado acional, o significado representacional e o significado identificacional. Com o intuito de depreender estes significados das notcias, a anlise baseou-se, respectivamente, nas seguintes categorias: estrutura genrica, representao de atores sociais e modalizao. Como resultado, a anlise, de base qualitativa, demonstrou que os sentidos produzidos pelas notcias, majoritariamente, buscam reverter o quadro de discriminao que os nordestinos ainda sofrem em funo de determinantes histricos. Assim, a mudana social e cultural proposta por Fairclough, com vistas a minimizar a representao assimtrica de minorias sociais- os nordestinos, neste caso- s ser alcanada quando os discursos ideolgicos que promovem essa representao tornarem-se explcitos para a sociedade
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Essa dissertao tem como objetivo fazer uma anlise crtica da proposta nietzschiana de superao da metafsica. Primeiro, determinaremos o que Nietzsche entende por metafsica no perodo intermedirio de sua produo filosfica. Conquistada essa compreenso, mostraremos as crticas feitas pelo filsofo metafsica, presentes em sua obra de juventude Sobre a verdade e a mentira no sentido extra-moral. Por fim, a proposta de superao da metafsica ser analisada a partir de quatro grandes referncias interpretativas: o realismo negativo do devir, o neokantismo, o naturalismo substantivo e a proposta ontolgica da vontade de poder. Testaremos a legitimidade de cada uma dessas interpretaes a partir de duas principais perguntas: qual o estatuto ontolgico do devir na filosofia de Nietzsche? Por que o filsofo afirma que nossas categorias so somente fices?
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Essa tese tem como objetivo primordial estudar a trajetria musical do pianista portugus Arthur Napoleo (1843-1925), desde a sua iniciao musical na cidade natal do Porto, at o falecimento no Rio de Janeiro em 1925. Discute-se aqui a relevncia da insero do pianista e de sua msica nos meio scios-culturais dos pases da Europa e Amricas, em cujas cidades se apresentou durante os primeiros quinze anos de sua carreira. Do mesmo modo, estuda-se tambm as circunstncias da permanncia do notvel intrprete no Brasil, como imigrante radicado, desde 1868, bem como se deu a consolidao da sua nova perspectiva laboral no campo da msica, como empreendedor e mediador cultural. E ainda por meio da organizao de estabelecimentos comerciais voltados para a venda de pianos e partituras musicais, que se tornaram importantes espaos de sociabilidade musical na Corte, depois capital federal da Repblica, ao longo de sua vida. As numerosas e variadas fontes aqui utilizadas so caudatrias do texto autobiogrfico legado por Arthur Napoleo, de 1907. Essas "Memrias", ao mesmo tempo fonte de informao e objeto de estudo, possibilitam traar, pelo exame vis--vis com a documentao restante, a trajetria artstica de Arthur Napoleo, desde Portugal at o Brasil, no universo scio-cultural em transformao, da segunda metade do sculo XIX ao primeiro quarto do XX.
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Atualmente, a deficincia pensada atravs de dois modelos principais: o modelo mdico e o modelo social. Cada um deles adota paradigmas prprios para a definio da deficincia e a proposio de aes reparadoras. Os efeitos sociais da adoo destes modelos variam amplamente, indo da excluso incluso social de pessoas com deficincia. Esta dissertao apresenta a contribuio de perspectivas crticas recentes - nomeadas aqui como perspectivas integracionistas - que congregam elementos dos modelos anteriores. Essas perspectivas apontam para os limites dos modelos tradicionais, e propem uma abordagem integrada que possa dar conta da complexidade do fenmeno da deficincia, caracterstica que as tornam particularmente interessantes para o campo da Sade Coletiva. No Brasil a deficincia ainda considerada uma temtica especfica de determinados nichos de conhecimento, mais ligados aos campos da sade e da educao. O tema da deficincia permanece abordado de modo incipiente pelas cincias humanas e sociais no pas. No entanto, o pas atravessa um momento de transio de paradigmas a respeito da deficincia: ao mesmo tempo em que desenvolvemos dispositivos legais alinhados s diretrizes da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia (ONU), ainda h uma enorme diferena entre os discursos circulantes e as prticas efetivamente dirigidas s pessoas com deficincia. Por esta razo, este trabalho buscou traar um panorama do discurso acadmico brasileiro sobre a deficincia, visando avaliar como as diferentes perspectivas e modelos tericos emergem nas narrativas acadmicas sobre o tema. Para isso, foi realizada uma reviso bibliogrfica em base de dados virtuais (SciELO Brazil). Foram selecionados para a amostra artigos cujos contedos se relacionavam questo da deficincia no Brasil e trouxessem achados de pesquisas empricas, relatos de experincia, pesquisas documentais ou estudos de caso no tema da deficincia. Procedimentos quantitativos e qualitativos foram usados para a anlise da amostra. O trabalho se divide em duas partes: a primeira parte apresenta os principais modelos tericos da deficincia e a contribuio crtica das perspectivas integracionistas. O propsito de tal discusso terica situar a deficincia em sua transversalidade e destacar as relaes entre a adoo de um modelo e as prticas e discursos sobre a deficincia que dele se derivam. A segunda parte do trabalho apresenta e discute os dados da pesquisa, buscando levantar as especificidades do contexto brasileiro sobre o tema da deficincia, relacionando os achados com os debates internacionais do campo dos Estudos sobre Deficincia.
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O tema que nos propomos a estudar o Poder local, cidadania e participao popular no municpio de Maric. A delimitao espao temporal de nosso projeto situa-se na cidade de Maric, localizada na Sub-regio dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro, a partir do ano de 2009, tendo como pano de fundo as especificidades da formao social brasileira e as determinaes estruturais resultantes da mundializao do capital. importante ressaltar que o termo participao popular pertinente a este estudo refere-se criao ou ampliao de canais institucionais para interveno da populao no controle social ou na construo do debate oramentrio nas cidades, que exigem estratgias polticas que so absolutamente fundamentais para a construo de uma nova sociedade pautada em princpios radicalmente democrticos.As contradies e as possibilidades da luta pelo direito cidade, frente ampliao mercantilizao do espao e a tradio clientelista na cidade de Maric, foram os desafios que procuraremos responder nesta tese. Para tal, elencamos as seguintes hipteses: 1) a disputa de projetos societrios, a partir da luta de classes, pode ser identificada nas cidades atravs das propostas antagnicas de cidade-mercadoria e do direito cidade, contradies estas que se reproduzem inclusive em governos municipais comprometidos com a ampliao dos canais de participao popular; 2) a gesto participativa municipal pode tanto contribuir para a subjetivao das classes subalternas no sentido das mesmas intervirem e at modificarem a esfera pblica, quanto se tornar um espao instrumental ao clientelismo e/ou associativismo local; 3) para evitar tal distoro importante que agentes contestatrios da sociedade civil retomem o tensionamento de canais institucionais de participao popular nas cidades, enquanto estratgia de ampliao da esfera pblica, visto que tais espaos tm sido ocupados por agentes muito mais colaborativos que conflituosos, despolitizando possibilidades, tais como: o oramento participativo, audincias pblicas e os Conselhos Municipais; 4) as cidades do CONLESTE, em especial o municpio de Maric, tornaram-se foco do interesse da burguesia nacional e internacional, aps as discusses em torno do COMPERJ e do Pr-sal, dificultando e/ou inviabilizado um direcionamento autnomo do poder local em torno das propostas engendradas pela participao popular na cidade, contexto que torna o urgente o tensionamento visando possibilidade de garantia da funo social da cidade, conforme preconiza a Carta Mundial de Direito Cidade, em especial frente especulao imobiliria.
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A pesquisa Educao Emancipatria Crtica: Um Ensaio Sobre Fetiche Tecnolgico na Prxis Docente questiona o quanto a prtica da formao emancipatria crtica pode ser sufocada como crena s argumentaes do modelo educacional capitalista ou como modelo emancipatrio de comportamento reflexivo e crtico na formao humana. A questo est centrada na relao que se estabelece entre os temas Educao e Tecnologia sob a tica da Educao Emancipatria Crtica Reflexiva e o Fetiche Tecnolgico. As razes que levaram a desenvolver esta pesquisa fazem parte da uma experincia esttica, que se distingue de outras baseadas na educao emancipatria, pois propiciada dentro de realidades combinadas do conhecimento, estabelecidas pela prxis social e pela docncia. O que passa assim a agregar a necessidade de aprofundamento da educao emancipatria crtica em um cenrio de relaes de conflitos de poder na sociedade, tendo como pano de fundo a barbrie no processo de acumulao capitalista e o que esta legitima. Neste sentido, a relao entre Educao Emancipatria Crtica Reflexiva e o Fetiche Tecnolgico passa a ser entendida como poltica estratgica, principalmente por permitir a reflexo crtica e abrir perspectivas, com limites e possibilidades pela trajetria da tecnologia no que desenvolvido nesta pesquisa como cultura digital. A metodologia da autorreflexo baseia-se em Adorno, sob a prxis social e docente em um percurso pela Extenso Universitria na UFRJ, realizada desde 1987, com aes em territrios de exceo nas escolas pblicas ou nos centros comunitrios. No se pretende buscar concluses que possuam o cunho do determinismo cientfico como causa e efeito, mas sim, emergir reflexes que apontam a necessidade estratgica do empoderamento tecnolgico.
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O presente trabalho procura discutir a sociedade formada em Minas Gerais entre fins do sculo XVIII e incio do XIX. Pelas particularidades que envolveram sua criao e ocupao, a colnia portuguesa na Amrica foi palco de configuraes identitrias especficas que conviveram durante o perodo da crise do Antigo Sistema Colonial, alternando as formas de relacionamento e autoimagem dos colonos. Em Minas Gerais, as sociabilidades foram influenciadas tambm pelas prticas de educao, de leitura e pela posse de livros. Para analisar a questo, procuramos utilizar parte da intensa produo epistolar produzida no perodo com base, principalmente, no acervo da Coleo Casa dos Contos.
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Neste trabalho foram analisadas e comparadas as principais teorias da conduta. Com isso buscou-se no apenas aprofundar um debate frequentemente mediado pelos manuais, mas tambm, por meio do recurso aos aportes crticos da bibliografia latino-americana, verificar se a concepo ontolgica de conduta de fato a mais limitadora ao poder punitivo. Parte do eixo analtico deste trabalho passa pelo estudo da articulao entre o respeito estrutura lgico-objetiva da conduta humana como base de sucessivas valoraes e a funo limitadora da conduta. Com isso, pretende-se debater se a minimizao dessa estrutura lgico-objetiva, acarretando a um acrscimo potencial de uma normativizao do direito penal, representaria uma maior exposio do sujeito ao poder punitivo. A partir do conceito de praxis, como desenvolvido por Lukcs, busca-se paralelamente uma base filosfica que no se esgote na compartimentalizao jurdica. Trata-se de uma corrente que reivindica criticamente a herana terica das principais contribuies filosficas ocidentais, desde proposies aristotlicas, passando pelos conceitos hegelianos, chegando ao debate sobre objetificao hegeliano-marxista.
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O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma reflexo sobre o uso dos indicadores sociais sintticos no sentido de formular e implementar polticas pblicas na rea social, especificamente em relao ao caso brasileiro, tomando como referncia principal o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nossa anlise partiu da premissa de que, pelos menos nas ltimas trs dcadas, os indicadores sociais tm sido amplamente utilizados no Brasil com o objetivo de justificar e orientar aes pblicas direcionadas para as tentativas de equacionamento das mais variadas questes sociais, tais como a pobreza e a concentrao de renda. Principalmente a partir dos anos 1990 os dados e apontamentos de alguns indicadores sociais sintticos, especialmente o IDH, parecem que vm sendo utilizados como justificativa principal ou at mesmo nica para a priorizao de determinadas polticas pblicas voltadas para a rea social. A partir dessa reflexo, nossa anlise buscou avaliar, com um olhar mais apurado sobre o IDH, a existncia de falhas e limites inerentes aos indicadores sintticos, que poderiam estar comprometendo sua eficcia no sentido de refletir dados mais aproximados com a realidade social brasileira. Assim, pretendemos apontar que a prtica de priorizao de polticas a partir dos dados desses indicadores sintticos, que parece ser constante no Brasil, acaba se tornando bastante preocupante ou, algumas vezes, talvez inadequada. Do ponto de vista metodolgico, este estudo dependeu basicamente de uma pesquisa bibliogrfica e de uma pesquisa documental, a partir das quais decompomos nossas anlises em reflexes sobre a formao e evoluo dos indicadores sociais, sobre os aspectos filosficos e metodolgicos do IDH e sobre as possveis falhas e limites inerentes aos indicadores, com base na anlise do IDH e dos ndices parciais que o compem (ndices de Renda, Educao e Longevidade). A seguir, para mostrar que a prtica de priorizao de polticas sociais a partir de indicadores parece constante no Brasil, ilustramos os casos selecionados de determinados estados e municpios brasileiros.
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O objetivo da nossa investigao a ideia de identidade, a partir do lugar central que ocupa nas discusses sobre a experincia subjetiva na contemporaneidade. Partindo inicialmente das formulaes de Giddens em torno da identidade como narrativa do eu, procuramos indicar os vnculos entre tal noo e o que chamamos racionalidade moderna, destacando assim a prpria identidade como ideia especificamente moderna e vinculada a determinadas categorias fundamentais ao pensamento ocidental a partir do sculo XVIII, como indivduo e estado-nao. Nesse percurso, introduzimos ainda uma discusso sobre a vinculao no modelo identitrio, entre a afirmao de si e a sujeio s instncias de poder e soberania. Em seguida, trabalhamos com a ideia de initeligvel, que parece percorrer de modo fundamental a lgica identitria interrogando o seu poder mortfero frente ao que, sendo estrangeiro, e escapando aos padres de inteligibilidade dessa racionalidade moderna, se apresenta como impossvel de ser absorvido pelo sistema e pelos identitrios vigentes. A partir dais, procuramos vislumbrar modos alternativos para a enunciao de si, fora de uma lgica identitria e no submetidos a essa racionalidade moderna. Para isso, recorremos sobretudo ao pensamento de Freud em torno das categorias de desejo e fantasia.
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A presente dissertao prope analisar o perigo como fundamento de punibilidade de condutas humanas e suas reverberaes no campo dogmtico para comprovar a tese de sua progressiva perda de materialidade na dogmtica penal hodierna. Para tanto se adotou como principais linhas de anlise os institutos da tentativa, da teoria do bem jurdico e da estrutura dos crimes de perigo. Inicialmente, objetivando pontuar o local da fala e das crticas que se direcionam as construes atuais, problematizou-se a prpria concepo dogmtica optando por um paradigma de conteno do poder punitivo como decorrncia da deslegitimao da pena j denunciada pela criminologia crtica, negando, portanto, qualquer funo tutelar no direito penal ou desnecessidade de ofensividade na estrutura tpica. Por fim, como marco terico possvel de anlise da mutao que se observa no desenvolver histrico, apontam-se as tendncias poltico-criminais atuariais no mbito da dogmtica penal, como uma vertente de legitimao (simblica) da opo poltica hodierna pelo Estado Penal.
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Esta pesquisa busca uma anlise e compreenso do(s) sentido(s) da presena dos recursos digitais na escola e da tecnologia no campo educacional. Para tanto, define como objeto de estudo o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) e como campo emprico a rede municipal de Nova Iguau. Apoiada na metodologia da anlise de contedo (AC), faz uma abordagem das diretrizes que orientam esse Programa do Ministrio da Educao (MEC) e busca capturar os aspectos da conduo da poltica pelos gestores municipais, revelando as concepes que orientam essas aes. Do sustentao terica a este estudo os conceitos de formao cultural/semiformao, de Adorno, e o conceito de tecnologia, construdo, fundamentalmente, a partir das ideias de Adorno, Horkheimer e Marcuse. Nossas observaes e anlise indicam que a introduo das Tecnologias Digitais da Informao e Comunicao (TDIC) nas escolas surge, essencialmente, para responder demanda do setor produtivo e no para estruturar novas dinmicas e novos processos educacionais. Sendo assim, o Proinfo se apresenta como mais uma reforma pedaggica isolada e tem servido para reforar a crise da formao cultural. Seus rumos precisam ser corrigidos para que se afigure como possibilidade de autorreflexo crtica e como a base potencial da emancipao dos sujeitos.
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A popularizao da Internet nos ltimos anos parte de diversas transformaes no mbito das comunicaes humanas. Essas transformaes tambm esto presentes na educao; e tanto instituies como seus profissionais vem buscando se atualizar em relaes s inovaes tcnicas dos ltimos tempos. Professores de Histria tambm integram esse quadro e foi percebida a presena de inmeros deles na rede mundial de computadores. Uma dessas expresses se d atravs da criao de blogs pessoais. Entendendo a utilizao desta ferramenta como potencial para diversas reconfiguraes na educao, esta pesquisa investigou como professores de Histria constroem suas prticas pedaggicas na rede. Para fundamentar a reflexo terico-metodolgica, foram utilizadas algumas das produes de Walter Benjamin, Guy Debord, Eni Orlandi e Norman Fairclough. Como metodologia de pesquisa, foi realizado um mapeamento de 122 blogs de professores de Histria da Educao Bsica. Buscando um dilogo com o chamado mtodo das constelaes de Walter Benjamin (2006), foi construda uma constelao com os blogs mapeados e posteriormente, desenvolvida uma anlise com contribuies da Anlise Crtica do Discurso.
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O ensino de Geografia defrontase com inmeros desafios no que compete formao de cidados com efetiva atuao social. Neste estudo, apontase, como um destes desafios, o raciocnio espacial, tendo como ponto de partida a compreenso multiescalar e multifacetada da questo ambiental por meio do reconhecimento dos diversos discursos e significados que permeiam essa questo. A mdia constituise, nos ltimos tempos, em expressiva instncia para a produo de sentidos e de representaes acerca do que vem a constituir esse debate, tendo o docente um papel indispensvel na mediao da prtica educativa e na problematizao dos processos que se pretendem hegemnicos. Considerando essas questes, este estudo discute o movimento a ser estabelecido da crtica relao sociedadenatureza no ensino de Geografia crtica da questo ambiental apresentada pela mdia. Para tal, desenvolveuse uma metodologia de pesquisa que, envolvendo professores e alunos, buscou confrontar as concepes e prticas enunciadas como as responsveis pelo debate ambiental em sala de aula com a questo ambiental difundida pela mdia, sendo observados como principais aspectos: a persistente dicotomia sociedade versus natureza como a principal responsvel pela dificuldade de professores e alunos na anlise da questo ambiental; o no reconhecimento, por parte dos professores, de que essa dicotomia ainda se faz latente no pensar e no fazer geogrfico na escola; a carncia de uma mediao pedaggica entre o material da mdia e o conhecimento geogrfico incorrendo na no problematizao de importantes elementos concernentes questo ambiental; as informaes ambientais da mdia tmse sobreposto ao conhecimento geogrfico do ambiente a ser pautado na relao sociedadenatureza; o reprodutivismo dos discursos e representaes mediticos sobre a natureza, o ambiente e o espao pelos alunos. Portanto, a partir dessas constataes, concluise que as percepes da questo ambiental, deslocadas da compreenso analtica e crtica da relao sociedadenatureza na contemporaneidade, podem conduzir a interpretaes fragmentrias e simplificadoras do espao. Como contrapontos a essa perspectiva, so apresentados aspectos das teorias da complexidade (Edgar Morin) e da totalidade (na concepo geogrfica de Milton Santos) como importantes alternativas analticas para o combate da viso dicotmica homem (sociedade) versus meio (natureza) e, por conseguinte, para o fortalecimento da compreenso do espao enquanto uma totalidade dialtica.