254 resultados para Obesidade Prevenção - Teses


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A doena heptica gordurosa no alcolica (DHGNA) tornou-se a hepatopatia crnica mais comum no mundo, afetando principalmente alguns grupos de pacientes, como os diabticos tipo II. A bipsia heptica permanece como mtodo padro ouro para o seu diagnstico. A prevalncia da DHGNA e seus subtipos, em especial a esteatohepatite (EH), pode estar subestimada por mtodos no invasivos de diagnstico ou superestimada pela realizao da bipsia em pacientes selecionados por alteraes na ultrassonografia (US) ou nas aminotransferases. Os objetivos deste estudo foram: determinar a prevalncia da DHGNA (esteatose, EH e cirrose) em uma amostra de pacientes diabticos tipo II, com base na bipsia heptica; quantificar a esteatose, inflamao e fibrose quando presentes; identificar fatores preditivos de DHGNA, EH e fibrose significativa (&#8805; estgio 2) e avaliar o valor das aminotransferases e da US de abdome para o diagnstico de EH e fibrose significativa. Todos os diabticos tipo II, entre 18 e 70 anos, consecutivamente atendidos no ambulatrio de Diabetes do Hospital Universitrio Pedro Ernesto, eram candidatos a participar do estudo. Foram excludos pacientes com sorologias positivas para hepatite B ou C, outras doenas hepticas crnicas, uso de drogas hepatotxicas ou esteatognicas, etilismo (&#8805;20g/dia), obesidade grau III, comorbidades graves, gravidez ou por recusa em participar do estudo. Dos 396 pacientes triados com critrios de incluso, 85 foram includos. Todos os pacientes foram submetidos avaliao clnica, exames laboratoriais, US de abdome e bipsia heptica. As lminas foram analisadas por dois patologistas independentes e a DHGNA foi graduada pelo NASH Clinical Research Network Scoring System. A concordncia entre os patologistas foi medida pelo coeficiente Kappa (k) e foi realizada anlise multivariada por regresso logstica para avaliao dos fatores associados de forma independente DHGNA, EH e fibrose significativa. A prevalncia de DHGNA na amostra foi de 92%, sendo 50% esteatose simples, 40% EH e 2% cirrose. A concordncia (k) entre os patologistas foi 0,78. A esteatose foi leve na maior parte dos pacientes com esteatose simples e predominantemente acentuada nos pacientes com EH (p<0,001). A fibrose foi verificada em 76% dos pacientes com EH, sendo significativa em 41% deles. A presena de sndrome metablica foi associada de forma independente DHGNA, o ndice de massa corporal e a circunferncia abdominal aumentada EH e a dosagem de alanina aminotransferase (ALT) EH e fibrose significativa. Apenas um de 21 pacientes (5%) com US e ALT normais apresentou EH. A prevalncia da EH aumentou progressivamente com o aumento do grau de esteatose na US e com o aumento da ALT. Concluso: A prevalncia da DHGNA estimada pela bipsia heptica sem vieses de seleo foi muito elevada. Apesar de alto, o percentual de EH e fibrose significativa foi inferior ao dos estudos com bipsias em diabticos selecionados por alteraes na US e aminotransferases. EH foi associada a esteatose acentuada na histologia. A obesidade foi um cofator importante no diagnstico de EH. O melhor desempenho da ALT e da US foi o de excluir as formas graves de DHGNA quando normais.

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Alguns recifes de coral da Baa de Todos os Santos passaram a ser dominado pelo zoantdeo Epizoanthus gabrieli em 2003. Fenmeno resultante da degradao dos recife de coral que atinge 20% desses ecossistemas e ameaa outros 35% no mundo. Apesar de sua importncia, apenas a mudana na comunidade para o domnio de macroalgas foi suficientemente estudado. Assim, torna-se urgente estudos sobres alteraes envolvendo a dominncia de outros organismos. Estes fornecem subsdios para produo de modelos funcionais que podem ajudar na tomada de deciso para o manejo destes ecossistemas tanto na prevenção destas alteraes quanto na recuperao de suas comunidades. Os objetivos deste trabalho so (i) verificar se este fenmeno constitui uma mudana de fase, a partir da reduo da abundncia de corais e persistncia da alta cobertura de E. gabrieli por pelo menos cinco anos, (ii) avaliar os efeitos da competio entre este zoantdeo e corais adultos e recrutas com experimentos manipulativos e (iii) investigar os efeitos desta dominncia na assembleia de peixes recifais. Os resultados confirmaram a existncia de uma mudana de fase, sugerindo que a abundncia de E. gabrieli aumentou em 2003 ou antes e que at 2007 houve uma reduo da cobertura de coral, condio que se mantm pelo menos at 2013. As trs espcies de corais testadas mostram-se muito sensveis ao contato com E. gabrieli, com necrose em 78% das colnias e ocupao do esqueleto dos corais em 35% dos casos em um perodo de 118 dias. Alm disso, um modelo feito a partir dos dados de proporo de colnias de corais em contato com este zoantdeo e a cobertura de E. gabrieli sugere que quando o zoantdeo atinge 6% de cobertura, 50% das colnias de corais entram em contato com o mesmo. Estes dados so fortes evidncias de que a reduo da cobertura de coral observada entre 2003 e 2007 foi causada por competio entre estes organismos. No foi observado efeito negativo no recrutamento do coral em substrato artificial livre em recifes dominados por E. gabrieli, nem nas proximidades das suas colnias. Isso sugere que uma suposta reduo da cobertura deste zoantdeo deve ser acompanhada pelo aumento da taxa de recrutamento de corais e que a competio com a inibio do recrutamento no suporta um efeito de histerese. Foi constatado que esta mudana de fase reduz a riqueza de espcies de peixes recifais, apresentando dez espcies a menos que os recifes normais, e que favorecem os invertvoros moveis em detrimento dos carnvoros e invertvoros ssseis. Contudo no se observou diferena na abundncia de peixes.

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O consumo materno de dieta hiperlipdica saturada durante a gestao e lactao favorece o desenvolvimento obesidade e anormalidades metablicas na prole. Este trabalho teve como objetivo testar a hiptese de que a prole proveniente de mes alimentadas com dieta hiperlipdica durante a gestao e lactao desenvolve obesidade e anormalidades metablicas e de que essas alteraes esto associadas a resistncia central a leptina. As ratas grvidas da linhagem C57BL/6 (n=20) foram alimentadas com dieta standard chow (SC; 19% de lipdeos) ou dieta hiperlipdica (HF; 49% de lipdeos) durante todo perodo de gestao e lactao. Aps o desmame, a prole de machos foi dividida em quatro grupos experimentais, de acordo com a dieta das mes e da prole: SC(mes)/SC(prole), SC/HF, HF/SC e HF/HF (n=12/gp). As caractersticas metablicas foram avaliadas pela curva de ganho de peso; medida da presso arterial; glicose de jejum, rea sob a curva no teste oral de tolerncia a glicose; concentraes de triglicerdeos hepticos e estimativa da esteatose heptica; anlise plasmtica de insulina e leptina e; distribuio e anlise morfolgica do tecido adiposo. Para analisar a sensibilidade a leptina, os quatro grupos originais foram subdivididos em dois grupos cada (veculo ou leptina-5g) para verificar a resposta alimentar (g) aps o tratamento agudo intracerebroventricular (ICV) e a sinalizao hipotalmica de leptina. A dieta HF durante o perodo ps-desmame (grupo SC/HF), durante gestao e lactao (grupo HF/SC), ou ambos os perodos (grupo HF/HF), promoveu aumento da massa corporal. No que concerne as alteraes hepticas e a ao da insulina, a dieta HF durante o perodo perinatal favoreceu 25% de esteatose heptica, hiperinsulinemia e hiperleptinemia, enquanto os demais grupos experimentais SC/HF e HF/HF, demonstraram um padro mais exacerbado. A avaliao da distribuio e morfometria do tecido adiposo demonstra o importante papel da dieta HF perinatal em amplificar a habilidade de estocar gordura visceral na prole. Considerando a ao central da leptina nos grupos tratados, a resposta alimentar mostrou-se atenuada em SC/HF, indicando o efeito determinante da dieta ps-desmame sobre a ao da leptina nesse modelo. Os resultados indicam fortemente que a dieta HF materna afeta a sade da prole adulta. Especificamente, a prole programada apresenta esteatose heptica, hipertrofia de adipcitos, aumento de gordura visceral, hiperleptinemia e resistncia a insulina. Esse fentipo no est associado a resistncia central a leptina na prole aos trs meses de idade.

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Sorbitol um poliol encontrado em produtos para fins especiais, como diet e light, Dentro deste contexto, incluem-se as lactantes como grandes consumidoras, almejando o retorno mais rpido ao peso pr-gestacional. Devido grande carncia em dados referentes s consequncias metablicas do consumo excessivo destes tipos de produtos, o objetivo deste trabalho foi avaliar os possveis efeitos da ingesto materna de sorbitol na lactao sobre os perfis nutricional, bioqumico e toxicolgico nas proles amamentadas. O teste da Salmonella/microssoma foi utilizado, inicialmente, na avaliao mutagnica e citotxica com linhagens de S. enterica sorovar Typhimurium (TA97, TA98, TA100, TA102, TA104 e TA1535). Verificamos a capacidade de reverso da mutao (I.M.) e sobrevivncia (%), em diferentes concentraes (0,4; 4; 40; 400; 4000 e 5000 &#956;g/placa). Os resultados foram considerados positivos para valores de I.M. &#8805; 2,0. Ratas wistar lactantes (6 por grupo experimental), cada uma com 6 filhotes, receberam sorbitol (0,00015 mg/g/dia; 0,0015 mg/g/dia e 0,15 mg/g/dia), nos primeiros 14 dias da lactao. Neste perodo, avaliamos a biometria das mes e proles, consumo de rao e ingesto hdrica das mes. Aps a lactao, as ratas mes foram ordenhadas, e, junto com as proles, sacrificadas por puno cardaca, para coleta de sangue total. Os fgados das proles foram submetidos ao mtodo de perfuso, para obteno de hepatcitos em cultura primria, ao final dos 14 dias de lactao. Os fmures das proles foram retirados, para obteno da medula ssea. A bioqumica de sangue das proles (glicose, triglicerdeo, colesterol total, LDL, protenas totais, albumina, ALT, AST, clcio total e ionizado) foi analisada, assim como a bioqumica do leite ordenhado (triglicerdeos). Os testes do microncleo em medual ssea e hepatcitos, assim como o teste Cometa em sangue total, foram utilizados para avaliao genotxica e citotxica, de acordo com as diretrizes da OECD. Os resultados mostraram que, em concentraes mais baixas (0,00015 e 0,0015 mg/g), o sorbitol induziu o ganho de peso, principalmente na menor concentrao (0,00015 mg/g), e alteraes no perfil lipdico do sangue em todas as concentraes. As quantidades de triglicerdeo no leite variaram em funo da dose ingerida, reduzida na maior concentrao (0,15 mg/g) e aumentada na menor (0,00015 mg/g). A maior concentrao (0,15 mg/g) resultou em perda de peso das mes e proles, diminuio de protenas viscerais totais, albumina e aumento de enzimas hepticas (ALT e AST) nas proles. Os resultados do teste da Salmonella/microssoma no indicaram mutagenicidade, entretanto, uma relao de dependncia entre dose e ndice de Mutagenicidade (I.M.). Ambos os testes, microncleos de medula ssea e hepatcitos, apresentaram uma citotoxicidade dose dependente, estatisticamente significativa em relao ao grupo controle, corroborando com a genotoxicidade do teste Cometa e dependncia de dose encontrada no teste da Salmonella/microssoma. Em concentraes mais baixas, parece existir modulao das vias lipognicas, em contrapartida, nas mais altas a toxicidade parece dificultar tais alteraes, induzindo o efeito contrrio. Concluimos que o consumo excessivo de sorbitol resulta em alteraes metablicas e toxicolgicas em lactentes, mesmo sendo considerado seguro pelo FDA e ANVISA.

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Este estudo discute as transformaes corporais realizadas por mulheres trans a partir das suas narrativas, coletadas atravs de entrevistas semi-estruturadas e complementadas pela observao participante realizada em seus diferentes espaos de sociabilidade. Agrega tambm anlise documental e pesquisa bibliogrfica, com o objetivo de contextualizar e localizar histrica e socialmente o objeto da pesquisa. Fizeram parte deste estudo: travestis, mulheres transexuais, bombadeiras, cirurgies plsticos e a equipe de sade do ambulatrio trans de um hospital universitrio da cidade do Rio de Janeiro.O processo de investigao desdobrou-se em trs diferentes nveis: anlise dos discursos contidos nos dispositivos legais, polticas de sade voltadas para as pessoas trans, materiais informativos, tcnicos e educativos; anlise das narrativas de travestis e mulheres transexuais em seus itinerrios de reconstruo corporal; e anlise de saberes e prticas de bombadeiras, cirurgies plsticos e profissionais de sade, suas concepes sobre a relao corpo e gnero e sua percepo de risco e cuidados com a sade. Os dados coletados foram sistematizados e interpretados luz da anlise de contedo temtica, privilegiando as narrativas dos sujeitos sobre suas experincias, saberes e prticas, comparando-os aos resultados da reviso de literatura e ao previsto nos dispositivos legais que normatizam o direito das mulheres trans sade.Os resultados demonstram que as mulheres trans investigadas comeam a estranhar seus corpos, gostos e desejos ainda na infncia e que dois fatos parecem indispensveis para a deciso em modificar o corpo: a emergncia e aceitao da identidade trans e o acesso informao sobre tcnicas, substncias e pessoas que podem ajud-las a fazer um corpo de mulher. As minhas interlocutoras demonstraram conhecer os riscos do uso do silicone industrial e hormnios na construo clandestina do corpo, mas tambm me fizeram constatar que a situao financeira de cada uma que define as formas seguras ou no de modificao corporal. O conjunto de normativas, atravs das leis, resolues e portarias que, de certa forma, anunciam uma poltica de sade para as mulheres trans, entende de forma diferenciada e reducionista as identidades trans, localizando travestis e transexuais em diferentes alternativas de cuidado sade, muitas vezes, centrando as travestis nas estratgias de prevenção das DST-AIDS e as mulheres transexuais no acesso cirurgia de transgenitalizao, sem que seja proposto, ou melhor, efetivados servios e prticas de modificao corporal no SUS. Essa conformao das polticas, sistemas e servios de sade, acaba por recrudescer a recorrncia das mulheres trans aos servios das bombadeiras, fato que aumenta os riscos sade dessas pessoas. Mesmo para as mulheres transexuais cadastradas no processo transexualizador, o foco do atendimento a construo da genitlia, ficando a modificao corporal (implante de prteses mamria e/ou glteos, depilao a laser, lipoescultura, rinoplastia e feminizao da face) para quando possvel. Estas mulheres esperam que o sistema de sade compreenda sua necessidade de modificao corporal no como uma questo meramente de esttica, mas como uma questo de sade pblica.

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A interveno nutricional para perda ponderal uma das opes teraputicas para a apneia obstrutiva do sono (AOS) em pacientes com excesso de adiposidade corporal. No entanto, os efeitos da restrio energtica moderada, recomendada pelas diretrizes atuais para o tratamento da obesidade, sobre a AOS ainda no so conhecidos. Avaliar em indivduos obesos com diagnstico de AOS os efeitos da restrio energtica moderada sobre a adiposidade corporal; gravidade da AOS; presso arterial; atividade simptica; estresse oxidativo; biomarcadores inflamatrios; perfil metablico e funo endotelial. Ensaio clnico randomizado, com durao de 16 semanas, envolvendo 21 indivduos obesos grau I ou II, apresentando idade entre 20-55 anos e ndice de apneia/hipopneia (IAH) > 5 eventos/h. Os participantes foram randomizados em 2 grupos: 11 no grupo restrio energtica (GRE) e 10 no grupo controle (GC). O GRE foi orientado a realizar restrio energtica (-800 Kcal/dia) e o GC no modificou sua ingesto alimentar. No incio e ao final do estudo, os participantes foram submetidos avaliao do (a): AOS com o equipamento Watch-PAT 200 incluindo a determinao dos seguintes parmetros de gravidade da AOS: IAH, saturao mnima de O2, nmero de dessaturaes de O2>4%; adiposidade corporal (peso, % gordura corporal e circunferncias da cintura, quadril e pescoo); presso arterial (PA); atividade do sistema nervoso simptico (concentraes plasmticas de catecolaminas); biomarcadores inflamatrios (protena C reativa e adiponectina); estresse oxidativo (malondialdedo); metabolismo glicdico (glicose, insulina e HOMA-IR) e lipdico (colesterol total e fraes e triglicerdeos); e funo endotelial (ndice de hiperemia reativa avaliado com o equipamento Endo-PAT 2000 e molculas de adeso). A anlise estatstica foi realizada com o software STATA v. 10. O nvel de significncia estatstica adotado foi p<0,05. Resultados: O GRE, em comparao com o GC, apresentou reduo significativamente maior no peso corporal (-5,571,81 vs. 0,431,21kg, p<0,001) e nos demais parmetros de adiposidade corporal; no IAH (-7,222,79 vs. 0,131,88 eventos/h, p=0,04); no nmero de dessaturaes de O2>4% (-33,7015,57 vs. 1,807,85, p=0,04); nas concentraes plasmticas de adrenalina (-12,703,00 vs. -1,303,90pg/mL, p=0,04); alm de aumento significativamente maior na saturao mnima de O2 (4,601,55 vs. -0,601,42%,p=0,03). O GRE, em comparao com o GC, apresentou maior reduo, porm sem alcanar significncia estatstica, na PA sistlica (-4,231,95 vs. 2,341,39mmHg, p=0,05), na concentrao de insulina (-5,111,93 vs. -0,651,28&#61549;U/mL, p=0,07) e no HOMA-IR (-1,150,49 vs. -0,080,33, p=0,09). Durante o perodo do estudo, as modificaes na adiposidade corporal total e central apresentaram correlao significativa com as variaes nos parmetros de gravidade da AOS; na PA sistlica e diastlica; nas concentraes de insulina e no HOMA-IR, mesmo aps ajuste para fatores de confundimento. As modificaes na adiposidade corporal central apresentaram associao significativa com as variaes nas concentraes de noradrenalina e adiponectina. As modificaes nos parmetros de gravidade da AOS apresentaram associao significativa com as variaes nas concentraes sricas da protena C reativa. Este estudo sugere que em pacientes obesos com AOS a restrio energtica moderada capaz de reduzir a adiposidade corporal total e central, os parmetros de avaliao da gravidade da AOS e a atividade do sistema nervoso simptico.

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O desequilbrio nutricional no incio da vida leva ao desenvolvimento da obesidade, diabetes e doenas cardiovasculares na idade adulta. Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos a longo prazo da hiperalimentao na lactao por meio do modelo de reduo da ninhada na hemodinmica e bioenergtica cardaca. Vinte e quatro camundongos machos Swiss adultos foram divididos em dois grupos (controle e hiperalimentado) submetidos a duas condies (linha de base e isquemia/reperfuso) formando quatro grupos no total: grupo controle linha de base (GCLB), grupo controle isquemia/reperfuso (GCIR), grupo hiperalimentado linha de base (GHLB) e o grupo hiperalimentado isquemia/reperfuso (GHIR), todos com seis camundongos/grupo. As alteraes cardacas foram analisadas por meio da hemodinmica cardaca, da respirao mitocondrial e da biologia molecular. Os parmetros hemodinmicos analisados foram a velocidade de contrao (Max dP/dt), a velocidade de relaxamento (Min dP/dt), o tempo de relaxamento cardaco isovolumtrico (Tau) e os batimentos por minuto (BPM). A respirao mitocondrial foi avaliada por meio da razo do controle respiratrio (RCR) na oxidao de carboidratos e cidos gordos, e finalmente, a biologia molecular, atravs de protenas-chave como a protena quinase B (AKT), a protena quinase ativada por adenosina monofosfato (AMPK), a carnitina palmitoil transferase 1 (CPT-1), a protena desacopladora 2 (UCP2), o 4-hidroxinonenal (4-HNE) e a gliceraldedo-3-fosfato desidrogenase (GAPDH). Os camundongos do GH desenvolveram maior peso corporal (30,95%, P<0,001), gordura epididimal (68,64%, P<0,001), gordura retroperitoneal (109,38%, P<0,01) e glicemia de jejum (19,52%, P<0,05) comparados aos do GC. Os parmetros Max dP/dt e BPM apresentaram diminuio no GHIR quando comparado ao GHLB (P<0,001 e P<0,05). O parmetro Min dP/dt apresentou-se reduzido no GCIR e GHIR quando comparado aos grupos GCLB e GCLB (P<0,05; P<0,0001 respectivamente). Camundongos do GHIR apresentaram reduo do Tau quando comparado aos grupos GCIR e GHLB (P<0,0001). Estes desequilbrios na hemodinmica cardaca foram associados a funo mitocondrial, uma vez que, o GHLB apresenta a RCR reduzida para oxidao de cidos graxos e carboidratos (P<0,05 e P<0,01, respectivamente) e o GHIR apenas na oxidao dos cidos graxos (P<0,01). Alm disso, o GHIR apresentou diversas alteraes nas protenas-chave do metabolismo energtico cardaco, como diminuio do contedo de AKT (P<0,05) e aumento do contedo de CPT-1 (P<0,05), 4-HNE (P<0,05) e GAPDH (P<0,05) quando comparado ao CGIR. Finalmente, a expresso do mRNA para CPT1, GAPDH e UCP2 foi aumentada no GHIR quando comparado aos GCIR (P<0,05) e GHLB (P<0,05). A expresso de mRNA para UCP2 e CPT-1 foi reduzida no GCIR quando comparado ao GCLB (P<0,01 e P<0,05, respectivamente). O estudo apresenta resultados consistentes, demonstrando efeitos deletrios sobre o metabolismo cardaco adulto resultante de alteraes nutricionais durante a lactao.

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Receptores ativadores de proliferao perixossomal(PPARs) so fatores de transcrio envolvidos com a oxidao dos cidos graxos e proliferao celular, mediando diversas vias, o que representa uma estratgia promissora para enfrentar as caractersticas da sndrome metablica. Existem trs isoformas de PPARs(PPARalfa, beta/delta e gama), que so diferencialmente expressos em diferentes tecidos.No presente estudo, objetivou-se avaliar os efeitos pleiotrpicos da telmisartana, um anti-hipertensivo, bloqueador do receptor AT1 da angiotensina e agonista parcial PPAR gama, no tecido adiposo branco (TAB) e marrom (TAM) em camundongos obesos induzido por dieta.Camundongos machos, da linhagem C57BL/6 foram alimentados com uma dieta padro (standard-chow, 10% da energia proveniente de lipdios) ou com uma dieta com alto teor lipdico (high fat, 49% de energia proveniente de lipdios) durante 10 semanas. Em seguida, os animais foram distribudos aleatoriamente em quatro grupos: SC, SC-T, HF e HF-T (n=10). O frmaco foi administrado (10mg/kg de dieta) durante 4 semanas para os grupos SC-T e HF-T.O grupo HF apresentou sobrepeso, hipertenso arterial sistmica, perfil de adipocinas pr-inflamatrias, resistncia insulnica, diminuio do gasto energtico, comprometimento do metabolismo da glicose e distribuio anormal da massa adiposa. Alm disso, a obesidade ocasionou diminuio da expresso de PPARalfa, beta/delta e gama noTAB e TAM, resultando na inadequao da captao de glicose e termognese insuficiente. Por outro lado,a ativao das trs isoformas de PPARs, a melhora do perfil inflamatrio das adipocinas, o aumento da sensibilidade insulina e a melhora da captao de glicose, foi vistaaps o tratamento com telmisartana. A ativao dos PPARs no TAB trouxe muitos benefcios. No TAM, resultados surpreendentes foram que a telmisartana provocou o aumento da expresso do recepetor adrenrgico beta 3 (RA&#946;3), induzido pela ativao de PPARbeta/delta e maior termognese comaumento da expresso da protena desacopladora1 (UCP1). Em concluso, nossos resultados mostram que telmisartanaaumenta a expresso gnica e proteica PAN-PPAR no TAB e TAM em camundongos obesos induzidos por dieta. Nossas observaes mostram que, apesar do grupo HF-T ter reduzido a ingesto energtica, os efeitosso explicados pela ativao PAN-PPAR da telmisartana, causando a ativao da termognese e resultando num balano energtico negativo.

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Nesta tese realizada a modelagem do comportamento hidrulico dos principais rios que compem a bacia hidrogrfica do Rio Bengalas, localizada no municpio de Nova Friburgo-RJ, a qual abrange a rea mais urbanizada da referida cidade. Para a realizao das simulaes foi utilizado o Sistema de Modelagem de guas MOHID, ferramenta MOHID Land. J para a calibrao do modelo foram adotados alguns mtodos de otimizao, mais precisamente, os algoritmos de Luus- Jaakola (LJ) e Coliso de Partculas (PCA), acoplados ao referido sistema, com o intuito de determinar os principais parmetros necessrios modelagem de corpos hdricos, bem como suas bacias hidrogrficas. Foram utilizados dados topogrficos do IBGE disponibilizados pela prefeitura aps a elaborao do Plano de guas Pluviais da regio de interesse. Com o modelo devidamente calibrado por meio de dados experimentais, foi realizada a validao do mesmo atravs da simulao de inundaes nesta regio. Apesar de tcnicas de otimizao acopladas plataforma MOHID terem sido utilizadas pela primeira vez em um rio de montanha, os resultados apresentaram-se importantes e qualitativamente satisfatrios do ponto de vista de auxlio tomada de decises, tendo como base a prevenção de danos causados pelas elevaes da lmina dgua que ocorrem frequentemente em Nova Friburgo, como por exemplo, a recente tragdia de janeiro de 2011 ocorrida na Regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro.

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A doena heptica gordurosa no alcolica uma desordem multifatorial causada principalmente por excesso nutricional e resistncia insulina, com prevalncia estimada de 20-40% nos pases ocidentais. A dieta hiperlipdica e/ou rica em sacarose pode influenciar no desenvolvimento da esteatose heptica associada obesidade e a resistncia insulina. O fgado, por assumir papel central no controle metablico, um rgo alvo nos casos de excesso alimentar, ocasionando, principalmente, acmulo de gotculas de gordura nos hepatcitos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o incio das alteraes morfolgicas e metablicas no fgado e no tecido adiposo de camundongos suos machos alimentados com dieta hiperlipdica e/ou rica em sacarose. Camundongos suos machos aos trs meses de idade foram divididos em quatro grupos nutricionais: dieta padro (SC), dieta hiperlipdica (HF), dieta rica em sacarose (HSu) e dieta hiperlipdica rica em sacarose (HFHSu). Os animais receberam as respectivas dietas durante quatro semanas. A massa corporal, a ingesto alimentar e a tolerncia oral glicose foram avaliados. Ao sacrifcio, o fgado e os depsitos de gordura corporal foram removidos e processados para anlises histomorfomtricas e moleculares. As amostras de sangue foram obtidas para anlises bioqumicas plasmticas. Os dados foram expressos como mdia e erro padro da mdia e as diferenas foram testadas por one-way ANOVA com ps-teste de Holm-Sidak, e foi considerado o nvel de significncia de p<0,05. Os grupos HF e HFHSu apresentaram-se mais pesados quando comparados aos grupos SC e HSu. Os animais dos grupos HF, HSu e HFHSu apresentaram intolerncia glicose, esteatose heptica e aumento de triglicerdeos hepticos quando comparados ao grupo SC (p<0,0005). Adicionalmente, houve elevao na expresso heptica das protenas transportador de glicose 2 (GLUT-2), protena de ligao ao elemento regulador do esterol 1-c (SREBP1-c), fosfoenolpiruvato carboxiquinase (PEPCK), glicose -6- fosfatase (G6PASE), substrato do receptor da insulinaI-1 (IRS-1) e protena quinase B (AKt/ou PKB) e reduo da expresso no fgado do receptor ativador de proliferao peroxissomal (PPAR-&#945;) nos grupos experimentais em comparao com o grupo SC (p<0,0005). A administrao de dieta hiperlipdica e/ou rica em sacarose promoveu intolerncia glicose e danos hepticos (hepatomegalia, esteatose, reduo da beta-oxidao, aumento na lipognese e na produo de glicose) em camundongos machos adultos.

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A menopausa, fenmeno fisiolgico que ocorre em todas as mulheres, em mdia, aos 51 anos, acompanhada em cerca de 80% dos casos de sintomas como fogachos, secura vaginal, irritabilidade e insnia, que interferem na qualidade de vida e na produtividade socioeconmica das mulheres, alm de predisp-las a doenas crnico-degenerativas, como arteriosclerose, obesidade e distrbios cardiovasculares. A terapia de reposio hormonal base de estrgenos, que visa reduzir os incmodos da menopausa, est associada ao aumento do risco de cncer de mama e do endomtrio, como foi demonstrado em estudos cientficos. Considerando que as mulheres orientais, consumidoras de soja, apresentam doenas crnico-degenerativas e cncer em taxas inferiores s dos pases ocidentais, as isoflavonas da soja tm sido testadas em estudos clnicos e experimentais, porm com obteno de dados at contraditrios. O presente estudo investigou o efeito da administrao crnica de isoflavonas de soja no tero, mamas e tecidos adiposo e sseo de ratas ovariectomizadas. Quarenta ratas Wistar adultas foram distribudas em quatro grupos experimentais: a) ovariectomizadas: grupo ISO, recebendo isoflavonas de soja (100mg/kg/dia/v.o.); b) ovariectomizadas: grupo BE, recebendo benzoato de estradiol (10g/kg/dia/s.c.); c) ovariectomizadas: grupo OVX, recebendo salina (0,1ml/100g/dia/v.o.); d) controles: grupo FO, recebendo salina (0,1ml/100g/dia/v.o.). Antes e durante os 90 dias de tratamento, foram analisados os esfregaos vaginais, para acompanhamento do ciclo estral, determinao do peso corporal e do consumo de rao semanal. Aps esse perodo, os animais foram anestesiados e o sangue coletado para anlise de estradiol e progesterona sricos, por radioimunoensaio; e lipidograma e glicose, por espectrofotometria. Posteriormente, os animais foram sacrificados e necropsiados, coletando-se o tero, mamas, gordura intra-abdominal e fmur para macroscopia e pesagem. Os tecidos selecionados para o estudo foram corados em HE, analisados por microscopia ptica e histomorfometria, visando investigar alteraes do crescimento celular (software V.S NIH Image-J; imagens digitais-optronicos CCD). No grupo tratado com isoflavonas, o peso corporal diminuiu em relao OVX, no qual ocorreu aumento de peso em comparao aos animais falso-operados. O exame macroscpico revelou que o tero diminuiu de peso nas ratas do grupo ISO, semelhante s do OVX. Alm disso, a histopatologia das glndulas endometriais no mostrou alteraes entre os grupos ISO e OVX. Contudo, o grupo BE apresentou proliferao glandular, pseudoestratificao epitelial, frequentes mitoses tpicas, metaplasia escamosa, infiltrado eosinoflico e hidromtrio. A concentrao de estradiol no grupo ISO foi semelhante do OVX. Porm, no grupo BE, o estradiol e o peso uterino apresentaram-se aumentados em relao ao OVX. No foram observadas diferenas na histomorfometria mamria entre os grupos. Houve reduo no peso do tecido adiposo abdominal no grupo ISO, comparado com o OVX, sem identificao de alteraes morfolgicas significativas, apenas hipotrofia celular, confirmada pela histomorfometria. Apesar de no ter havido diferenas na concentrao de glicose, colesterol total e triglicerdeos, entre os grupos, o colesterol-HDL apresentou aumento no grupo ISO. No houve diferena na densitometria do fmur entre os grupos avaliados. Esses resultados indicam que o tratamento crnico com isoflavonas de soja, na dose testada, no induz mudanas significativas no tero, mamas e tecidos adiposo e sseo, sugerindo segurana no tratamento, sem risco para o desenvolvimento de cncer.

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Estudo que possui como objeto violncia laboral em hospital psiquitrico como risco psicossocial sade dos trabalhadores de enfermagem, cujo interesse investigativo iniciou-se na graduao e posteriormente ao trabalhar como enfermeiro em um hospital psiquitrico. Tais experincias marcaram de forma peculiar a minha trajetria profissional e o interesse acerca do objeto de estudo, por entender que a violncia em mbito psiquitrico precisa ser desvelada e discutida para que medidas preventivas sejam adotadas no coletivo dos trabalhadores com vistas ao bem estar, a satisfao no trabalho e qualidade do servio ofertado a populao. Objetivou-se neste estudo, identificar os tipos de violncia presentes no trabalho da enfermagem em hospital psiquitrico; descrever as repercusses da violncia laboral para a sade dos trabalhadores de enfermagem em hospital psiquitrico e analisar os mecanismos de enfrentamento adotados pelos trabalhadores da enfermagem diante da violncia laboral em hospital psiquitrico. Estudo qualitativo, descritivo, cujos dados foram obtidos em um hospital psiquitrico situado no municpio do Rio de Janeiro, no perodo janeiro a fevereiro de 2013 com 16 trabalhadores (7 enfermeiros e 9 tcnicos de enfermagem), a partir dos critrios de incluso adotados. Trabalhou-se com a tcnica de entrevista semiestruturada, mediante um roteiro contendo questes sobre o objeto de estudo. O projeto atendeu as exigncias presentes na Resoluo 196/96, do Ministrio da Sade (MS), tendo sido aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa (CEP) com o nmero 070.3.2012. Aplicada a tcnica de contedo ao material emergiram os seguintes resultados: na vivencia dos trabalhadores do hospital psiquitrico h trs tipos de violncia. A primeira refere-se violncia sofrida, principalmente durante as emergncias psiquitricas, momento em que o trabalhador sofre com as agresses verbais e, em alguns casos, fsicas cometidas pelo paciente. Outro tipo de violncia no trabalho foi a perpetrada pelo familiar em momentos de tenso e a terceira envolveu a violncia simblica por parte dos mdicos, principalmente os residentes. A violncia do trabalho foi identificada em decorrncia da precarizao das condies de trabalho em termos de recursos humanos e materiais. A violncia laboral revelou-se como um risco psicossocial a sade do trabalhador por acarretar sofrimento psquico e fsico evidenciado atravs de queixas de desgaste, estresse e medo, levando a insatisfao e desmotivao no trabalho. Para se manterem no trabalho, os trabalhadores elaboram estratgias de enfrentamento centradas na resoluo dos problemas decorrentes da violncia e na regulao da emoo. Diante dos resultados, concluiu-se que a violncia em hospital psiquitrico um risco psicossocial que afeta a sade dos trabalhadores de enfermagem, cabendo a organizao juntamente com os trabalhadores propor medidas que deem visibilidade a violncia sofrida, atravs do diagnostico, da prevenção e enfrentamento coletivo, o que pode ser realizado mediante denuncia dos prprios trabalhadores junto a instituio, sindicatos e rgos de classe. Salienta-se a importncia de suporte psicoterpico dos trabalhadores de enfermagem vitimas de violncia com vistas identificao dos fatores de risco e fortalecimento dos fatores protetores. Recomenda-se a continuidade de estudos na rea, considerando a incipincia dos mesmos.

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Estudos da microcirculao cutnea demonstram que a disfuno microvascular neste stio est relacionada a diversos fatores de risco cardiovascular. Existem poucos estudos avaliando a reatividade microvascular em crianas e a interferncia da puberdade est presente na maioria deles. O objetivo deste estudo foi avaliar se a disfuno microvascular est presente em crianas pr-pberes com excesso de peso atravs da tcnica de videocapilaroscopia de leito periungueal. Realizou-se um estudo transversal com 52 obesos, 18 sobrepesos e 28 eutrficos, com idade de 7,44 1,22 anos. Avaliou-se o comportamento dos fatores de risco e a funo microvascular. A reatividade microvascular foi testada atravs da avaliao da densidade capilar funcional, da velocidade de deslocamento das hemcias em repouso e aps uma isquemia de 1 min, e do tempo de reperfuso durante a hiperemia reativa. Anlise de funo disciminante cannica foi utilizada de forma multivariada para testar a possibilidade de separao dos grupos conforme o grau de adiposidade. Nos pacientes estudados no observamos diferena na reatividade microvascular, em nenhuma da variveis testadas. Conforme esperado, os grupos obeso e sobrepeso apresentavam maiores valores para a circunferncia da cintura (p<0,001), a relao cintura/altura (p<0,001), a presso arterial mdia (p<0,001), o homeostasis model assessment for insulin resistance (HOMA-IR) (p<0,001) e os nveis de insulina (p<0,001), leptina (p<0,0001), glicose (p=0,02), triglicerdeos (p<0,05), colesterol total (p=0,004), cido rico (p=0,007) e protena C reativa (p<0,0001) do que os eutrficos. A anlise multivariada demonstrou a associao de variveis metablicas, antropomtricas e microvasculares, sendo que estas foram separadas pelo grau de adiposidade corporal. Conclumos que nessa populao estudada, apesar das diferenas nos perfis metablico, inflamatrio e hormonal, no houve diferena na reatividade microvascular. Entretanto, a associao entre variveis clnico-antropomtricas com aquelas relacionadas com a reatividade microvascular esteve presente nestas crianas pr-pberes e o grau de adiposidade corporal foi capaz de influenciar estas associaes.

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A multidimensionalidade e a consistncia emprica da violncia convidam aos questionamentos, debates e reflexes acerca desse fenmeno. A violncia intrafamiliar contra a criana consiste em formas agressivas de membros da famlia se relacionarem adotando essa prtica como soluo de conflitos e estratgia para a correo e educao das crianas. Objeto de estudo: a violncia intrafamiliar criana na perspectiva de familiares. Objetivos: Identificar os atos considerados violentos contra a criana na perspectiva de familiares; descrever as implicaes desses atos violentos na vida da criana sob a tica de familiares; conhecer quais as atitudes que os familiares consideram importantes para a prevenção da violncia contra a criana e discutir a violncia intrafamiliar criana na perspectiva de familiares a luz da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. Descrio metodolgica: Trata-se de estudo de natureza qualitativo desenvolvido em um ambulatrio de pediatria de um hospital universitrio do municpio do Rio de Janeiro, com a participao de 12 familiares. Para a interpretao do material emprico foi utilizada a anlise de contedo de Bardin na modalidade temtica. O referencial terico da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz sustentou a discusso dos resultados. Resultados: Emergiram 6 (seis) categorias analticas, a saber: Violncia nas relaes familiares; Palavras que ferem; Formas silenciosas de descuido e descaso para com a vida do outro; Violncia gera violncia; Implicaes da violncia intrafamiliar na vida da criana; Falar com a criana para evitar a violncia. Os familiares a partir de uma relao annima entendem a violncia intrafamiliar contra a criana na perspectiva de um constructo terico, na qual se situam como espectadores e no como perpetradores dos atos violentos. Para eles, os castigos fsicos, a violncia psicolgica, a negligncia e o abandono praticados pelas pessoas so considerados violncia intrafamiliar contra a criana. Prticas como palmadinhas e tapinhas foram descritas como forma de correo e educao da criana. No se refere s implicaes dos atos violentos na vida da criana apontaram aquelas que podem levar marcas profundas na memria da criana vitimizada, bem como em sua vida scio-afetiva. O estudo possibilitou a aproximao ao conhecimento de uma realidade que afeta inmeras crianas, onde os familiares sinalizaram que a melhor maneira de se prevenir a violncia intrafamiliar por meio do estabelecimento de uma conversa esclarecedora com a criana, abordando os assuntos pertinentes para cada ocasio com que se deparam. A insero dessa temtica desde os cursos de graduao para profissionais que lidam com a criana e sua famlia poder ampliar os estudos neste campo e subsidiar a formao desses profissionais para lidar de forma adequada com o fenmeno da violncia intrafamiliar.

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Introduo: a apneia obstrutiva do sono (AOS) considerada um fator de risco para as doenas cardiovasculares. Os mecanismos responsveis pelo desenvolvimento da aterosclerose potencializados pela AOS no so completamente conhecidos. Entretanto, existem evidncias de que a AOS est associada com aumento no estresse oxidativo, elevao nos mediadores inflamatrios, resistncia insulina, ativao do sistema nervoso simptico, elevao da presso arterial (PA) e a disfuno endotelial. Objetivo: avaliar a relao da AOS com a funo endotelial, o estresse oxidativo, os biomarcadores inflamatrios, o perfil metablico, a adiposidade corporal, a atividade simptica e a PA em indivduos obesos. Mtodos: estudo transversal envolvendo 53 pacientes obesos, com ndice de massa corporal (IMC) &#8805; 30 e < 40 Kg/m2, sem distino de raa e gnero, apresentando idade entre 20 e 55 anos. O estudo do sono foi realizado com o equipamento Watch-PAT 200, sendo feito o diagnstico de AOS quando ndice apneia-hipopneia (IAH) &#8805; 5 eventos/h. Todos os participantes foram submetidos avaliao do (a): adiposidade corporal (peso, % gordura corporal e circunferncias da cintura, quadril e pescoo); PA; atividade do sistema nervoso simptico (concentraes plasmticas de catecolaminas); biomarcadores inflamatrios (protena C reativa ultrassensvel (PCR-us) e adiponectina); estresse oxidativo (malondialdedo); metabolismo glicdico (glicose, insulina e HOMA-IR) e lipdico (colesterol total e fraes e triglicerdeos); e funo endotelial (ndice de hiperemia reativa (RHI) avaliado com o equipamento Endo-PAT 2000 e molculas de adeso celular). A anlise estatstica foi realizada com o software STATA verso 10. Resultados: dos 53 pacientes avaliados 20 foram alocados no grupo sem AOS (grupo controle; GC) (IAH: 2,550,35 eventos/h) e 33 no grupo com AOS (GAOS) (IAH: 20,163,57 eventos/h). A faixa etria (39,61,48 vs. 32,52,09 anos) e o percentual de participantes do gnero masculino (61% vs. 25%) foram significativamente maiores no GAOS do que no GC (p=0,01). O GAOS em comparao o GC apresentou valores significativamente mais elevados de circunferncia do pescoo (CP) (40,980,63 vs. 38,650,75 cm; p=0,02), glicemia (92,541,97 vs. 80,21,92 mg/dL; p=0,0001), PA sistlica (126,051,61 vs.118,16 1,86 mmHg; p=0,003) e noradrenalina (0,160,02 vs. 0,120,03 ng/mL; p=0,02). Aps ajustes para fatores de confundimento, a glicose e a PCR-us foram significativamente mais elevadas no GAOS. Os 2 grupos apresentaram valores semelhantes de IMC, insulina, HOMA-IR, perfil lipdico, adiponectina, PA diastlica, adrenalina, dopamina, molculas de adeso celular e malondialdedo. A funo endotelial avaliada pelo RHI tambm foi semelhante nos 2 grupos (GAOS:1,850,2 vs. GC:1,980,1; p=0,31). Nas anlises de correlao, considerando todos os participantes do estudo, o IAH apresentou associao positiva e significativa com CP e PCR-us aps ajustes para fatores de confundimento. A saturao mnima de O2 se associou de forma negativa e significativa com a CP, os nveis sricos de insulina e o HOMA-IR, mesmo aps ajustes para fatores de confundimento. Concluses: o presente estudo sugere que em obesos a AOS est associada com valores mais elevados de glicemia e inflamao; o aumento do IAH apresenta associao significativa com a obesidade central e com a inflamao; e a queda na saturao de oxignio se associa com resistncia insulina.