241 resultados para Souza, Márcio, 1946- . Lealdade. Crítica e Interpretação


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Este trabalho se prope a analisar diferentes ocorrncias do fenmeno da metafico presentes nas obras da escritora Adriana Lisboa e estabelecer conexes existentes entre o fenmeno e o drama da conscincia humana, constatando que os impasses derivados da busca de uma identidade expe a arte a uma representao irnica da realidade. Nesse sentido, analisamos as obras Sinfonia em branco, romance publicado em 2001, Um beijo de colombina, de 2003 e Rakushisha de 2007, visando a interpretao e o estudo do processo de construo dos romances, sobretudo, na sua relao entre fico, realidade, identidade, dvida e silncio. A partir destas perspectivas, verificamos que todas as obras guardam em si uma multiplicidade de olhares e vozes a retratar, nas pequenas coisas do cotidiano, um universo de poesia a refletir tanto a escrita quanto a nossa condio humana

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Este trabalho se prope a analisar diferentes ocorrncias do fenmeno da metafico presentes nas obras da escritora Adriana Lisboa e estabelecer conexes existentes entre o fenmeno e o drama da conscincia humana, constatando que os impasses derivados da busca de uma identidade expe a arte a uma representao irnica da realidade. Nesse sentido, analisamos as obras Sinfonia em branco, romance publicado em 2001, Um beijo de colombina, de 2003 e Rakushisha de 2007, visando a interpretao e o estudo do processo de construo dos romances, sobretudo, na sua relao entre fico, realidade, identidade, dvida e silncio. A partir destas perspectivas, verificamos que todas as obras guardam em si uma multiplicidade de olhares e vozes a retratar, nas pequenas coisas do cotidiano, um universo de poesia a refletir tanto a escrita quanto a nossa condio humana

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O tema desta Dissertao de Mestrado a anlise dos conceitos de analogia e assurreio (objetos formais) na obra Soledades (objeto material) de Luis de Gngora, bem como suas implicaes filosficas e formais. Pretendi fazer uma anlise do poema, tendo em vista perseguir a seguinte hiptese: a desmesura e a desproporo que as Soledades apresentam no so fruto de um mero capricho estilstico. Elas nascem de uma interveno do furor potico, entendido como furor divino. Gngora teve acesso a essas concepes mediante o influxo de ideias hermticas e neoplatnicas na Pennsula Ibrica. Tais influxos so responsveis por uma amplificao especialmente aguda da doutrina da analogia. O desdobramento mximo dessa nfase no princpio da analogia propriamente a assurreio, tal como definida por Claude-Gilbert Dubois. A partir desses elementos, esta Dissertao de Mestrado pretendeu proceder a uma anlise de alguns motivos, cenas e trechos do poema narrativo Soledades, de Luis de Gngora y Argote, mostrando como ele elabora a doutrina da analogia de proporcionalidade e em que momento essa analogia aguda produz a assurreio, ou seja, o corte transversal na hierarquia dos corpos institucionais, movimento este em geral entendido em termos teolgicos e polticos como heresia. Por outro lado, h a importante relao entre hermetismo, neoplatonismo e literatura na Renascena, bem como a maneira pela qual a doutrina do furor potico se infiltrou nas artes e na poesia espanholas por via italiana nos sculos XVI e XVII. Concentrei-me no conceito de assurreio e na anlise do deslocamento metafsico-teolgico das analogias de proporcionalidade presentes nas Soledades, cotejando-as com a distribuio dos lugares naturais de cada elemento do cosmos, fixada sobretudo por Santo Toms de Aquino, a maior autoridade da teologia catlica na Pennsula Ibrica do sculo XVII

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A efervescncia cultural e poltica dos anos 20 contribuiu para o surgimento do romance nordestino de 30. Nesse momento, o engajamento do intelectual era uma necessidade e as produes artsticas foram mediadas por influncias polticas de esquerda ou de direita. Com isso, as obras literrias ganharam um tom de denncia, expondo nossos problemas sociais. O intelectual brasileiro se viu entre dvidas e tenses e destacamos, na primeira parte desse trabalho, as posturas dos seguintes escritores: Jos Amrico de Almeida (1887-1980), Rachel de Queiroz (1910-2003), Jorge Amado (1912-2001), Jos Lins do Rego (1901-1957) e Graciliano Ramos (1892-1953). Na segunda parte, tomamos as obras do escritor paraibano, Jos Lins do Rego, para analisar o posicionamento desse intelectual frente as questes de sua poca. Com base nas discusses que o escritor pe em relevo em seus romances, identificamos a abordagem da relao entre intelectual e operrio, os limites da figurao do outro o negro e a mulher pobre , a continuidade e a ampliao da escravido no sculo XX. Cotejando as respostas de Jos Lins com as dos demais romancistas nordestinos de 30, verificamos como se estabeleceu o dilogo entre esses escritores e quais so os limites de seus posicionamentos

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O fogo, do latim focus, conota uma multiplicidade de imagens levadas sempre para a intensidade, para o extremo, porque por si s, o fogo exuberante, fascinante, encantador, deriva-se em chamas, calor, brasa, paixo, erotismo, lume, incndio e, na arte, uma imaginao ardente. A partir dessas consideraes, pretende-se mostrar que a obra do poeta portugus Al Berto, Horto de Incndio, relaciona-se com a imagem potica do fogo, desdobrando-se ora em sexualidade, por meio da erotizao da palavra, ora em morte, por intermdio do uso dessa imagem como profecia do seu prprio fim, antecipado nas pginas que se queimam no jardim de incndio. Para tanto, apia-se a presente pesquisa nos livros do filsofo francs Gaston Bachelard, acerca do fogo, suas simbologias e significaes na arte potica

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Atravs da viso multidimensional que a Literatura proporciona, acredita-se que a voz de Simone de Beauvoir desperta o pensamento crtico dos leitores sobre a condio da mulher, na segunda metade do sculo XX. A anlise se situa entre os odores que exalam do estudo de Walter Benjamin sobre o conceito de reflexo dos primeiros romnticos alemes e os sabores dos desencobrimentos presentes em A Mulher Desiludida, narrativa ficcional de Simone de Beauvoir. O que a literatura?, ingrediente adicionado por Jean-Paul Sartre, traz consistncia ao texto que, em sua finalizao, apimentado pela Teoria Esttica, de Theodor Adorno. O autor do Magnum opus a Dialtica do esclarecimento demonstra ainda a necessidade de se acrescentar o gosto que incomoda para que saibamos apreciar o alimento que nos oferecido. Todo o banquete servido sobre a base fundadora do feminismo: O Segundo Sexo. Agucem todos os sentidos, a iguaria ser servida

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O objetivo desta dissertao o de ler a obra Trs cartas da memria das ndias, do escritor portugus Al Berto, buscando desvelar sua conexo com toda uma tradio genolgica do pico, bem como assinalar a sobrevivncia deste gnero na ps-modernidade. Para Tanto, buscar-se- fazer um percurso de tal gnero na literatura portuguesa, contemplando, tambm, os seguintes autores: Lus de Cames, Os Lusadas, Cesrio Verde, Sentimento dum Ocidental, e Fernando Pessoa (lvaro de Campos), Opirio.

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A crnica um gnero textual hbrido, por oscilar entre a subjetividade da literatura e a objetividade do jornalismo. Ela nasce de fatos corriqueiros, est vinculada fala e interao e tem um estilo que simula naturalidade. Diante de um texto desse tipo, de que maneira podemos dissociar as marcas de oralidade como constituintes da construo composicional do gnero das marcas de oralidade usadas como recurso estilstico do cronista? Para responder a essa questo, recorremos Estilstica e aos estudos sobre oralidade e escrita, guiando-nos, prioritariamente, pelas ideias de Marcel Cressot, Nilce SantAnna Martins, Norma Discini, Jos Lemos Monteiro, Claudio Cezar Henriques, Srio Possenti, Dino Preti, Hudinilson Urbano, Luiz Antnio Marcuschi, Ingedore Villaa Koch e Eni P. Orlandi, entre outros. Trabalhamos, em adio, a linguagem jornalstica sob a perspectiva de Patrick Charaudeau. O corpus utilizado para este trabalho terico foi organizado a partir de crnicas de Joaquim Ferreira dos Santos, cujos textos, em sua maioria, voltam-se para a influncia da modalidade falada da lngua no cotidiano dos leitores, o que demonstra sua preocupao com a linguagem. Adotamos a linguagem sob a perspectiva sociointeracionista, nos termos de Mikhail Bakhtin, e sustentamos a viso de que as marcas de oralidade nas crnicas de Joaquim configuram-se como recurso estratgico para produzir um efeito de sentido pretendido pelo autor em determinado contexto

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Esta dissertao investiga de que maneiras a representao do sujeito canadense pode ser encontrada em dois romances representativos da literatura canadense contempornea: Obasan, de Joy Kogawa, e Alias Grace, de Margaret Atwood. Esta investigao tambm demonstra que a busca pela definio da identidade canadense tem sido tema constante e relevante da cultura deste pas. A indefinio quanto ao que significa ser canadense tambm tem permeado a literatura canadense ao longo dos sculos, notadamente desde o sculo XIX. A fim de observar a representao literria da busca pela definio da identidade canadense, esta investigao aborda os conceitos relativos representao de grupos subalternos tradicionalmente silenciados. A anlise comparativa dos romances citados contempla a relao entre memria e trauma autobiogrficos, assim como as semelhanas narrativas entre fico e histria. Esta investigao tambm verifica de que maneiras a literatura ps-moderna emprega documentao oficial, relatos histricos e dados (auto) biogrficos a servio da reescrita da histria atravs da metafico historiogrfica

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A presente dissertao tem como objetivo apresentar duas influentes autoras afro-americanas do sculo XIX, Frances E. W. Harper e Pauline E. Hopkins. Ambas as autoras, atravs de seus romances Iola Leroy, or, Shadows Uplifted (1892) e Contending Forces: a Romance Illustrative of Negro Life North and South (1900) respectivamente, entrelaam fico e histria com o propsito de criar novas alternativas de discurso, afastando-se, portanto, do oficial. Ademais, o presente trabalho prope demonstrar como Frances Harper e Pauline Hopkins fazem uso do espao literrio com a finalidade de escrever a histria do oprimido, permitindo, principalmente, que as mulheres afro-americanas dessem voz as suas experincias e as suas prprias histrias. Assim sendo, a literatura produzida por Frances e Harper e Pauline Hopkins ser analisada como forma de empoderamento da comunidade afro-americana, principalmente como forma de aquisio de poder para as Mulheres Afro-Americanas.

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A presente dissertao parte da leitura do Livro do Desassossego de Fernando Pessoa (composto por Bernardo Soares ou Vicente Guedes, dependendo da fase de escrita do Livro), estabelecendo com ele uma relao dialgica, buscando gerar um pensamento sobre o livro a partir dele prprio. A pesquisa realizada procurou, sobretudo, tratar da encenao da palavra Desassossego na obra e a sua importncia como elemento de coeso no ambiente partido que o Livro. Para isso, efetivou-se uma anlise da palavra desassossego e as suas diversas formas de escrita durante a interminvel feitura da obra. Este trabalho, no entanto, no pretende expor uma definio para o que seria desassossego. Laborando exatamente no vis oposto, visa-se encenao do desassossego atravs da aproximao, ou seja, da experincia do desassossego na prpria escrita sobre ele. O estudo aqui apresentado constri-se como uma forma de narrativa de pensamento, realizando-se como registro da reflexo sobre a palavra desassossego, sobre o livro e sobre questes a ele pertinentes e por ele levantadas, como a problematizao da heteronmia, do gnero autobiogrfico, da editorao e das ideias de vida e literatura

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Analisar a fico gua Viva, de Clarice Lispector, o desafio desta dissertao, que integra autor, texto e leitor em uma discusso acerca de experincia esttica e estrutura textual. Partindo de conceitos desenvolvidos pela Teoria do Efeito Esttico, de Wolfgang Iser, o objetivo a ser atingido o de identificar as ferramentas utilizadas pela autora Clarice Lispector que fazem de seu texto potncia esttica a ser desencadeada pelo leitor no ato da leitura. Ao investigar a estrutura desta obra, encontram-se elementos que tornam vulnerveis concepes pr-estabelecidas acerca da literatura, abrindo-se em vazios constitutivos que convidam o leitor a participar da criao de significaes e da experimentao dos sentidos. A aproximao entre texto e artes plsticas, principalmente pintura, tem forte presena nesta obra, que provoca a formao de imagens no momento do contato com o texto, acontecimento em que se fundem tempo e espao para a irrupo do instante-j. Procurou-se, ainda, identificar tendncias comuns entre a produo deste texto de Clarice Lispector e os questionamentos presentes em outras manifestaes artsticas da poca, notadamente quanto ao carter transitrio que a arte dos anos 70 assume, fazendo com que o prprio movimento, a prpria transformao, tornem-se estrutura da arte de ento

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Em Cal, livro do escritor portugus Jos Lus Peixoto, a morte mostra-se sob diversas perspectivas. Esta dissertao objetiva, primeiramente, reconhecer as singularidades dessas perspectivas, bem como o movimento de identificao entre elas. Considerando que o livro no apenas desvela possibilidades de morte, mas, principalmente, as intersees entre as noes de morte e de vida, buscaremos responder s seguintes questes: possvel saber se, de fato, estamos vivos? A morte definitiva? Morte e vida so condies excludentes? A temtica da memria e dos afetos, inseparvel das reflexes acerca da finitude e das noes de presena e ausncia, perpassar, inevitavelmente, toda a progresso deste trabalho. Para pensarmos esses temas, assim como seus temas transversais, tomamos como referncia conceitos de tericos da literatura, da filosofia e da psicanlise, como G. Deleuze, J. Derrida, M. Blanchot, F. Nietzsche, S. Freud, B. Spinoza, G. Bataille. O dilogo com e entre pensadores de contextos distintos contribui para dar a esta dissertao seu aspecto fragmentrio, na qual as reflexes surgem e resurgem em progresso labirntica, de limites deslocveis

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A presente Tese de Doutorado tem como objetivo principal a investigao das ressonncias do Niilismo Europeu na produo literria de Antero de Quental, Ea de Queirs e Cesrio Verde. Segundo a teorizao nietzschiana, o Niilismo Europeu a histria da insero, da desvalorizao e do declnio dos valores cosmolgicos do ocidente. Nesta tese, objetivamos demonstrar como as obras desses trs autores refletem essa histria. Com esse fim, empreendemos uma anlise dessas obras a partir destes trs eixos temticos que remetem desenvoluo da histria do Niilismo Europeu na segunda metade do sculo XIX: a conscincia da morte de Deus; a tentativa positivista de substituir o Deus morto pela verdade cientfica; e o crescente sentimento de desvalorizao da vida aps o fracasso dessa e de outras tentativas de dar-lhe um sentido. Como as obras de Antero, Ea e Cesrio representam essa histria? Que influncia os fatos dessa histria exercem sobre tais obras? Se a vida deixa de ter um sentido, e isso se torna a causa de sua desvalorizao, poderia a atividade literria manter ainda o seu prprio valor? So essas as perguntas que procuramos responder ao longo desta tese

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A presente dissertao discute a representao do passado em A Costa dos Murmrios. Analisa-se a maneira pela qual o perodo colonial retratado na obra, investigando as estratgias utilizadas por Ldia Jorge, para conceber um registro diferenciado desse tempo histrico. A histria de Portugal reavaliada criticamente, provocando uma ruptura com os padres ideologicamente estabelecidos. Verses at ento negligenciadas, passam a contribuir fortemente para um conhecimento pluralista do passado lusitano. O estudo revela a desconstruo do discurso oficial efetuada pelo romance, que relativiza as verdades propagadas pelo cnone. O trabalho verifica de que forma a narrativa de Jorge promove a articulao entre histria e fico, problematizando a tradicional distino entre elas. Alm disso, procura-se identificar como o romance A Costa dos Murmrios dialoga com as inovadoras teses de Hayden White, Walter Benjamin, Linda Hutcheon, entre outras, surgidas no clima de renovao epistemolgica que se instalou a partir de meados do sculo XX