As marcas de oralidade como recurso estilístico nas crônicas de Joaquim Ferreira dos Santos


Autoria(s): Viviane Godoi da Costa
Contribuinte(s)

Andre Nemi Conforte

Luiz Claudio Valente Walker de Medeiros

Claudio Cezar Henriques

Data(s)

02/04/2013

Resumo

A crônica é um gênero textual híbrido, por oscilar entre a subjetividade da literatura e a objetividade do jornalismo. Ela nasce de fatos corriqueiros, está vinculada à fala e à interação e tem um estilo que simula naturalidade. Diante de um texto desse tipo, de que maneira podemos dissociar as marcas de oralidade como constituintes da construção composicional do gênero das marcas de oralidade usadas como recurso estilístico do cronista? Para responder a essa questão, recorremos à Estilística e aos estudos sobre oralidade e escrita, guiando-nos, prioritariamente, pelas ideias de Marcel Cressot, Nilce SantAnna Martins, Norma Discini, José Lemos Monteiro, Claudio Cezar Henriques, Sírio Possenti, Dino Preti, Hudinilson Urbano, Luiz Antônio Marcuschi, Ingedore Villaça Koch e Eni P. Orlandi, entre outros. Trabalhamos, em adição, a linguagem jornalística sob a perspectiva de Patrick Charaudeau. O corpus utilizado para este trabalho teórico foi organizado a partir de crônicas de Joaquim Ferreira dos Santos, cujos textos, em sua maioria, voltam-se para a influência da modalidade falada da língua no cotidiano dos leitores, o que demonstra sua preocupação com a linguagem. Adotamos a linguagem sob a perspectiva sociointeracionista, nos termos de Mikhail Bakhtin, e sustentamos a visão de que as marcas de oralidade nas crônicas de Joaquim configuram-se como recurso estratégico para produzir um efeito de sentido pretendido pelo autor em determinado contexto

The journalistic chronicle is a hybrid text once it oscillates between the literary subjectivity and objectivity of journalism. It is born from everyday facts, is linked to speech and to interaction and it is built in a style that simulates naturalness. Considering a text of this nature, in which way can we dissociate the marks of orality as constituents of the compositional construction of the genre from the orality marks used as a stylistic feature of the chronicler? Seeking to answer this question, we made use of Stylistics and the correlate studies of orality and writing, being guided, primarily, by the ideas of Marcel Cressot, Nilce SantAnna Martins, Norma Discini, José Lemos Monteiro, Claudio Cezar Henriques, Sírio Possenti, Dino Preti, Hudinilson Urbano, Luiz Antônio Marcuschi, Ingedore Villaça Koch e Eni P. Orlandi, among others. In addition, we studied the journalistic language from the perspective of Patrick Charaudeau's Semiolinguistics. The corpus used to this theoretical study was based on the journalistic chronicles of Joaquim Ferreira dos Santos, whose texts mostly turn to the influence of spoken mode of language found in the daily life of readers, which demonstrates his concern with the language. The adopted language perspective herein is the social-interactionist one, in connection with Mikhail Bakhtins ideas, and we hold the view that the marks of orality in Joaquims journalistic chronicles configure themselves as a strategic resource to produce an effect of meaning intended by the author in a given context

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PDF

Identificador

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5317

Idioma(s)

pt

Publicador

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ

Direitos

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Palavras-Chave #Stylistics #Style #Journalistic chronicles #Joaquim Ferreira dos Santos #Oralidade na escrita #Estilo #Estilística #Crônica #LINGUA PORTUGUESA #Língua portuguesa - Estilo #Santos, Joaquim Ferreira dos, 1951- Crítica e interpretação #Oralidade na literatura #Crônicas brasileiras História e crítica #Língua portuguesa Português falado #Orality in written speech #Joaquim Ferreira dos Santos
Tipo

Eletronic Thesis or Dissertation

Tese ou Dissertação Eletrônica